Representação social de crianças sobre drogas ancorada no desenho-estória

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valgueiro, Natália de Carvalho Lefosse
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000t7x0
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11146
Resumo: O estudo sobre as representações de crianças sobre drogas tem relevância social, pois é de conhecimento comum que os levantamentos disponíveis no Brasil demonstram que as medidas preventivas não vêm dando conta da problemática do uso das drogas entre grupos cada vez mais jovens. Diante disso, essa dissertação foi conduzida a partir do seguinte questionamento: Quais as representações de crianças em idade escolar sobre drogas? O artigo de revisão integrativa buscou identificar evidências científicas sobre as práticas de educação em saúde voltadas à criança na prevenção do uso de drogas. As bases de dados pesquisadas foram LILACS, BDENF, PUBMED e CINAHL e a biblioteca virtual SciELO, resultando em cinco artigos, destes, dois em Inglês, dois em Espanhol e um em Português, publicados entre 2002 e 2012. A análise dos níveis de evidência científica enfatiza a importância da realização de pesquisas como estudos experimentais ou quase-experimentais sobre a prevenção do uso de drogas voltadas às crianças. Estes estudos poderão se consolidar como referências para atuação dos profissionais da saúde e educação, bem como a fundamentação de políticas públicas para as práticas efetivas de prevenção do uso de drogas. O artigo original objetivou compreender as representações de crianças em idade escolar sobre drogas a partir do seu contexto social. O estudo foi do tipo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado numa escola municipal em Camaragibe/PE, com 21 crianças com idades entre os 8 aos 10 anos. A coleta de dados foi pelo procedimento desenho-estória e as informações colhidas foram submetidas à análise pelo Software ALCESTE. Como resultado, este gerou seis classes, discutidas e intituladas à luz da Teoria das Representações Sociais: Classe 1. Droga vinculada ao proibicionismo; Classe 2. Representação das drogas a partir de vivências práticas, sofrimento e perdas; Classe 3. Representação da ilegalidade e das consequências penais do uso das drogas, com ênfase na maconha; Classe 4. Drogas no contexto da família; Classe 5. A droga como causa de morte violenta/criminal e Classe 6. Representação da autodestruição e reprovação das drogas. Os achados traduzem a necessidade de implementação de estratégias de educação em saúde direcionadas a prevenção do uso de drogas com crianças, as quais devem considerar as representações próprias emergidas deste segmento social infantil, possibilitando, assim, um êxito de tais ações na consolidação da negação destas crianças frente às exposições ao uso de drogas.
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