Anemia de Fanconi em Pernambuco : caracterização clínica e genética
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Data de Publicação: | 2022 |
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Resumo: | Anemia de Fanconi (AF) é uma doença rara, autossômica recessiva caracterizada por fragilidade cromossômica decorrente do defeito no sistema de reparo do DNA. A clínica da doença é heterogênea variando de pacientes assintomáticos até fenótipos mais graves que envolvem alterações na pele, baixa estatura, alterações esqueléticas e falência medular. O diagnóstico é realizado a partir do teste de fragilidade cromossômica usando agentes alquilantes como mitomicina C (MMC) e/ou diepoxibutano (DEB) ou, ainda pela identificação de mutações nos genes FANCS. No Brasil não existem dados epidemiológicos a respeito da doença e poucos centros realizam o teste diagnóstico de fragilidade cromossômica, que até o momento era ausente nos centros da região Nordeste. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi diagnosticar através da MMC e traçar o perfil clínico e genético dos genes FANCs dos pacientes pediátricos com AF do estado de Pernambuco. No período de 2018 a março de 2022, foram estudados 16 de 100 pacientes suspeitos para AF. Dentre os pacientes AF foi observado uma pequena prevalência no sexo feminino (55%), e as principais alterações clínicas foram manchas café com leite (60%) e anormalidades esqueléticas (53%). A análise de citogenética da medula óssea realizada em oito pacientes AF, mostrou em caso a trissomia clonal do cromossomo 21. O estudo molecular realizado em 6 pacientes mostrou o acometimento do gene FANCA em 66,6% apresentando as seguintes mutações: c.2535_2526delCT, c.4011-2A>C, c.1475A>G e c.3788_3790delTCT. O outro gene acometido foi o FANCG (33%) apresentando as mutações: c.1077-2A>G e c.908T>C. A partir dos dados obtidos, foi possível traçar um perfil clínico, citogenético e molecular preliminar dos pacientes do estado de Pernambuco, favorecendo com os dados epidemiológicos para a região Nordeste. A anemia de Fanconi é uma doença subdiagnosticada no Brasil e a implantação do teste diagnóstico em PE proporcionou um diagnóstico precoce, e consequentemente um melhor acompanhamento aos pacientes, garantindo um melhor tratamento e qualidade de vida. |
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ROSA BORGES, Maria Luiza Rocha dahttp://lattes.cnpq.br/4582593390776237http://lattes.cnpq.br/2906973201323652http://lattes.cnpq.br/5291195946023352SANTOS, NeideSALLES, Terezinha de Jesus Marques2023-03-22T17:02:09Z2023-03-22T17:02:09Z2022-12-13ROSA BORGES, Maria Luiza da. Anemia de Fanconi em Pernambuco: caracterização clínica e genética. 2022. Tese (Doutorado em Genética) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49443ark:/64986/0013000001715Anemia de Fanconi (AF) é uma doença rara, autossômica recessiva caracterizada por fragilidade cromossômica decorrente do defeito no sistema de reparo do DNA. A clínica da doença é heterogênea variando de pacientes assintomáticos até fenótipos mais graves que envolvem alterações na pele, baixa estatura, alterações esqueléticas e falência medular. O diagnóstico é realizado a partir do teste de fragilidade cromossômica usando agentes alquilantes como mitomicina C (MMC) e/ou diepoxibutano (DEB) ou, ainda pela identificação de mutações nos genes FANCS. No Brasil não existem dados epidemiológicos a respeito da doença e poucos centros realizam o teste diagnóstico de fragilidade cromossômica, que até o momento era ausente nos centros da região Nordeste. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi diagnosticar através da MMC e traçar o perfil clínico e genético dos genes FANCs dos pacientes pediátricos com AF do estado de Pernambuco. No período de 2018 a março de 2022, foram estudados 16 de 100 pacientes suspeitos para AF. Dentre os pacientes AF foi observado uma pequena prevalência no sexo feminino (55%), e as principais alterações clínicas foram manchas café com leite (60%) e anormalidades esqueléticas (53%). A análise de citogenética da medula óssea realizada em oito pacientes AF, mostrou em caso a trissomia clonal do cromossomo 21. O estudo molecular realizado em 6 pacientes mostrou o acometimento do gene FANCA em 66,6% apresentando as seguintes mutações: c.2535_2526delCT, c.4011-2A>C, c.1475A>G e c.3788_3790delTCT. O outro gene acometido foi o FANCG (33%) apresentando as mutações: c.1077-2A>G e c.908T>C. A partir dos dados obtidos, foi possível traçar um perfil clínico, citogenético e molecular preliminar dos pacientes do estado de Pernambuco, favorecendo com os dados epidemiológicos para a região Nordeste. A anemia de Fanconi é uma doença subdiagnosticada no Brasil e a implantação do teste diagnóstico em PE proporcionou um diagnóstico precoce, e consequentemente um melhor acompanhamento aos pacientes, garantindo um melhor tratamento e qualidade de vida.CAPESFanconi anemia (FA) is a rare autosomal recessive disease characterized by chromosomal fragility resulting from a defect in the DNA repair system. The clinicalprofile of the disease is heterogeneous, ranging from asymptomatic patients to more severe phenotypes involving skin alteration, short stature, skeletal abnormalities and bone marrow failure. The diagnosis is made with the chromosomal fragility testusing alkylating agents such as mitomycin C (MMC) and/or diepoxybutane (DEB), or even by the identification of mutations in the FANCS genes. In Brazil, there are no epidemiological data on the disease and few centers performe the diagnostic test for chromosomal fragility, which was absent in centers in the Northeast region. Thus, the objective of this work was to diagnose by MMC and to trace the clinical and genetic profile of the FANCs genes of pediatric patients with FA in the state of Pernambuco. From 2018 to March 2022, 16 out of 100 patients suspected of FA were studied. Among FA patients, a small prevalence was observed in females (55%), and the main clinical feature were café au lait spots (60%) and skeletal abnormalities (53%). The bone marrow cytogenetic analysis performed in eight FApatients showed clonal trisomy of chromosome 21. Molecular study in 6 patients showed the involvement of the FANCA gene in 66.6% with the following mutations: c.2535_2526delCT, c.4011- 2A>C, c.1475A>G and c.3788_3790delTCT. Other gene affected was FANCG (33%) with mutations: c.1077-2A>G and c.908T>C. With data obtained, it was possible to draw a preliminary clinical, cytogenetic and molecular profile of patients in the state of Pernambuco, improving theepidemiological data for the Northeast region. Fanconi anemia is an underdiagnosed disease in Brazil and the implementation of the MMC test in PE provided an early diagnosis, and consequently a better follow-up to patients,ensuring better treatment and quality of life.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeneticaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAnemiaMitomicinaCitogenéticaAnemia de Fanconi em Pernambuco : caracterização clínica e genéticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Maria Luiza Rocha da Rosa Borges.pdfTESE Maria Luiza Rocha da Rosa Borges.pdfapplication/pdf2360443https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49443/1/TESE%20Maria%20Luiza%20Rocha%20da%20Rosa%20Borges.pdff777d9aacf87b8e92b71162193963f9cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49443/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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