A Utopia do Sujeito nos Manuscritos Econômico-Filosóficos: um estudo sobre a dialética marxiana da subjetividade
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6186 |
Resumo: | O panorama político-social da primeira metade do século XIX, fora suficiente para Marx perceber que, enquanto a reflexão acerca da essência humana estivesse dissociada da ciência, não haveria solução para a dominação da mercadoria sobre seus verdadeiros produtores, quer dizer, sobre o proletariado. A partir daí, deduzimos uma utopia marxiana do sujeito, decorrente do fato de que o homem ainda não efetivou sua essência na prática, e que tal constatação, ao invés de nos desanimar, deveria servir de fundamento para que os indivíduos venham a se tornar sujeitos de sua própria história. Não se limitando a verificar que o capitalismo inverte a essência humana, Marx aponta a realidade prática, humanamente constituída, como a única saída para o caos que representa o sistema capitalista de produção. Nossa essência não estaria num além idealizado, nem tampouco, num eu abstrato, mas na realidade concreta em que fora subtraída de nossa existência. O tema do sujeito no pensamento marxiano parece, dessa forma, se revestir de um caráter paradoxal, uma vez que não pode ser compreendido distante da problemática da utopia. A utopia do sujeito seria uma suspensão de juízo em torno da subjetividade metafísica, ou a confirmação desta última? O aparente enigma parece acirrar-se à medida que são apresentadas outras questões: a crítica de Marx à utopia acabaria negando consequentemente o sujeito, ou confirmaria sua existência nos limites da atual realidade? A crítica da utopia serviria para confirmar a existência do sujeito ou para decretar sua impossibilidade? Estas questões foram levantadas por diversos pensadores, e demandam grande complexidade teórica. O escopo de nossa pesquisa consiste em perceber os diversos posicionamentos acerca da problemática do sujeito no pensamento de Marx, procurando desenvolver uma interpretação crítica e, ao mesmo tempo, consciente das dificuldades inerentes ao tema pesquisado. Quanto mais o sujeito idealista pretendia ser um eu absoluto, mais se desligava da realidade. Diferentemente, ao compreendermos o sujeito enquanto um eu descentrado, uma utopia a ser realizada historicamente por meio da práxis, maiores são as possibilidade de nos aproximamos de sua efetivação, enquanto um ser social e histórico, cuja realização transcorreria no sentido inverso do estranhamento que oblitera os caminhos de uma verdadeira apropriação humana de sua essência |
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A partir daí, deduzimos uma utopia marxiana do sujeito, decorrente do fato de que o homem ainda não efetivou sua essência na prática, e que tal constatação, ao invés de nos desanimar, deveria servir de fundamento para que os indivíduos venham a se tornar sujeitos de sua própria história. Não se limitando a verificar que o capitalismo inverte a essência humana, Marx aponta a realidade prática, humanamente constituída, como a única saída para o caos que representa o sistema capitalista de produção. Nossa essência não estaria num além idealizado, nem tampouco, num eu abstrato, mas na realidade concreta em que fora subtraída de nossa existência. O tema do sujeito no pensamento marxiano parece, dessa forma, se revestir de um caráter paradoxal, uma vez que não pode ser compreendido distante da problemática da utopia. A utopia do sujeito seria uma suspensão de juízo em torno da subjetividade metafísica, ou a confirmação desta última? 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