Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: QUEIROZ, Joel Araújo
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18500
Resumo: A Caatinga apresenta espécies vegetais com sistemas de polinização reconhecidamente diversificados, com recursos e tipos florais especializados e com freqüências de síndromes semelhantes a ambientes mais úmidos. Aspidosperma pyrifolium é uma arbórea endêmica de Caatinga, regionalmente, utilizada como fonte de madeira, sendo indicada na restauração florestal de áreas degradadas do semi-árido. Neste estudo, as seguintes questões, relacionadas à biologia floral e reprodutiva de A. pyrifolium, foram propostas - (1) quem são os visitantes florais e os polinizadores efetivos? (2) há recurso floral para os polinizadores? (3) há dependência de vetor biótico de pólen na formação de frutos? (4) como ocorre o processo de polinização? (5) como é o sistema reprodutivo? As observações de campo foram realizadas no período de abril/2007 a dezembro/2008, em populações naturais ocorrentes na RPPN Fazenda Almas (7°28'45"S e 36°54'18"W), Paraíba, Brasil. Aspidosperma pyrifolium apresentou floração anual, restrita ao período de seca (novembro-fevereiro), sendo os indivíduos caracterizados pela produção massiva de flores. As flores, cujos atributos estão relacionados as síndromes de esfingofilia e fanelofilia, apresentam corola hipocrateriforme, a qual é formada de cinco lobos esbranquiçados e um tubo floral esverdeado e curto, que pode ser acessado pela estreita fauce pentagonal. O início de antese é crepuscular, estando as flores abertas às 18:00hs. Há emissão de odor nos lobos da corola, principalmente, na primeira noite de antese. As anteras agrupam-se numa estrutura em formato de cone no interior do tubo floral, estando deiscentes já nos botões em préantese, sendo o pólen apresentados no interior do cone de anteras, permitindo assim, uma deposição eficiente destes na probóscide dos visitantes. A cabeça do estilete está envolvida na dupla função de produção de substância pegajosa e de estigma, não participando, porém, do mecanismo de apresentação secundária de pólen. As flores de A. pyrifolium são desprovidas de néctar, sendo a polinização realizada por engano. Lepidópteros noturnos (Sphingidae) são os polinizadores de A. pyrifolium. A reduzida freqüência de visitas de polinizadores, o mecanismo de polinização por engano, que pode desestimular visitas freqüentes, e o comportamento dos noctuídeos, que promovem o fluxo de pólen entre as flores do mesmo indivíduo, resultam na baixa produção de frutos em A. pyrifolium.
id UFPE_044bc2317f151e8a4b3610be558d0640
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18500
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling QUEIROZ, Joel Araújohttp://lattes.cnpq.br/4432575322141234http://lattes.cnpq.br/9624864332158474MACHADO, Isabel Cristina S.2017-04-06T15:28:32Z2017-04-06T15:28:32Z2009-02-18https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18500A Caatinga apresenta espécies vegetais com sistemas de polinização reconhecidamente diversificados, com recursos e tipos florais especializados e com freqüências de síndromes semelhantes a ambientes mais úmidos. Aspidosperma pyrifolium é uma arbórea endêmica de Caatinga, regionalmente, utilizada como fonte de madeira, sendo indicada na restauração florestal de áreas degradadas do semi-árido. Neste estudo, as seguintes questões, relacionadas à biologia floral e reprodutiva de A. pyrifolium, foram propostas - (1) quem são os visitantes florais e os polinizadores efetivos? (2) há recurso floral para os polinizadores? (3) há dependência de vetor biótico de pólen na formação de frutos? (4) como ocorre o processo de polinização? (5) como é o sistema reprodutivo? As observações de campo foram realizadas no período de abril/2007 a dezembro/2008, em populações naturais ocorrentes na RPPN Fazenda Almas (7°28'45"S e 36°54'18"W), Paraíba, Brasil. Aspidosperma pyrifolium apresentou floração anual, restrita ao período de seca (novembro-fevereiro), sendo os indivíduos caracterizados pela produção massiva de flores. As flores, cujos atributos estão relacionados as síndromes de esfingofilia e fanelofilia, apresentam corola hipocrateriforme, a qual é formada de cinco lobos esbranquiçados e um tubo floral esverdeado e curto, que pode ser acessado pela estreita fauce pentagonal. O início de antese é crepuscular, estando as flores abertas às 18:00hs. Há emissão de odor nos lobos da corola, principalmente, na primeira noite de antese. As anteras agrupam-se numa estrutura em formato de cone no interior do tubo floral, estando deiscentes já nos botões em préantese, sendo o pólen apresentados no interior do cone de anteras, permitindo assim, uma deposição eficiente destes na probóscide dos visitantes. A cabeça do estilete está envolvida na dupla função de produção de substância pegajosa e de estigma, não participando, porém, do mecanismo de apresentação secundária de pólen. As flores de A. pyrifolium são desprovidas de néctar, sendo a polinização realizada por engano. Lepidópteros noturnos (Sphingidae) são os polinizadores de A. pyrifolium. A reduzida freqüência de visitas de polinizadores, o mecanismo de polinização por engano, que pode desestimular visitas freqüentes, e o comportamento dos noctuídeos, que promovem o fluxo de pólen entre as flores do mesmo indivíduo, resultam na baixa produção de frutos em A. pyrifolium.CNPQCaatinga presents vegetable species with undeniably diverse pollination systems, with specialized floral types and resources, besides the frequence syndromes similary to more humid enviroments. Aspidosperma pyrifolium is an endemic tree from Caatinga, it is regionally, used as a source of wood, it is indicated to reforestation in degraded areas in the semi-árido. In this study, the following questions, related to the reproductive and floral biology of the A. pyrifolium, were proposed – (1) who are its floral visitors and its effective pollinators? (2) Is there floral resource to the pollinators? (3) Does the formation of fruit depend on a biotic vector of pollen? (4) How does its process of pollination(5) How does its reproductive system? The research was carried out in the natural populations from RPPN Fazenda Almas (7028’45’’S and 36054’18’’W), Paraíba, Brazil. Aspidosperma pyrifolium have presented an annual flowering period, restricted to the dry season (November-February), its individuals are characterized by the massive production of flowers. The flowers, which presents attributes related to the sphingophily and phanelophily syndromes, presenting an salveforme corolla, that is formed by five pale segments and a short greenish floral tube, that can be entered through its narrow pentagonal throat. The beginning of its lifespan is crepuscular, its flowers bloom at 18:00hs. The segments of its corolla give off a sweet-smelling odour, mainly, at its very first night of life. The anthers form cone-shaped structure into the floral tube, becoming unfolded in the buds in pre-lifespan, the pollen is presented into the cone of anthers, making possible an effective deposition of pollen on the visitor’s tongue. The style head has the bouble function of producing a sticky substance and stigma, however, it does not take part in secondary presentation of pollen mechanism. Aspidosperma pyrifolium don’t produce nectar, so its pollination is a deceptive. Nocturnal lepidopterous (Sphingidae) are the pollinators of the Aspidosperma pyrifolium. The few number of visits of pollinators; the deceptive pollination mechanism, that can discourage frequent visits; and the nocturnal’s behaviour, which promotes the pollen flow between flowers in the same individual, causing loss of pollen, resulted in low rate of fruit production in A. pyrifolium.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFertilização de plantasPlantas da CaatingaMariposaCaatingaPlant fertilizationCaatinga PlantsMothCaatingaEsfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatingainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertação_Joel A Queiroz_PPGBV_2009.pdf.jpgDissertação_Joel A Queiroz_PPGBV_2009.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1125https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Joel%20A%20Queiroz_PPGBV_2009.pdf.jpg0f08592bdf82d665db22a91b1471ef54MD55ORIGINALDissertação_Joel A Queiroz_PPGBV_2009.pdfDissertação_Joel A Queiroz_PPGBV_2009.pdfapplication/pdf717853https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Joel%20A%20Queiroz_PPGBV_2009.pdf28a010a2540c0b05b3079ee58ef9b41aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDissertação_Joel A Queiroz_PPGBV_2009.pdf.txtDissertação_Joel A Queiroz_PPGBV_2009.pdf.txtExtracted texttext/plain145224https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Joel%20A%20Queiroz_PPGBV_2009.pdf.txta66e2088dae4a4e492ba4078be9d83e0MD54123456789/185002019-10-25 03:51:27.562oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18500TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:51:27Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga
title Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga
spellingShingle Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga
QUEIROZ, Joel Araújo
Fertilização de plantas
Plantas da Caatinga
Mariposa
Caatinga
Plant fertilization
Caatinga Plants
Moth
Caatinga
title_short Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga
title_full Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga
title_fullStr Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga
title_full_unstemmed Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga
title_sort Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga
author QUEIROZ, Joel Araújo
author_facet QUEIROZ, Joel Araújo
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4432575322141234
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9624864332158474
dc.contributor.author.fl_str_mv QUEIROZ, Joel Araújo
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MACHADO, Isabel Cristina S.
contributor_str_mv MACHADO, Isabel Cristina S.
dc.subject.por.fl_str_mv Fertilização de plantas
Plantas da Caatinga
Mariposa
Caatinga
Plant fertilization
Caatinga Plants
Moth
Caatinga
topic Fertilização de plantas
Plantas da Caatinga
Mariposa
Caatinga
Plant fertilization
Caatinga Plants
Moth
Caatinga
description A Caatinga apresenta espécies vegetais com sistemas de polinização reconhecidamente diversificados, com recursos e tipos florais especializados e com freqüências de síndromes semelhantes a ambientes mais úmidos. Aspidosperma pyrifolium é uma arbórea endêmica de Caatinga, regionalmente, utilizada como fonte de madeira, sendo indicada na restauração florestal de áreas degradadas do semi-árido. Neste estudo, as seguintes questões, relacionadas à biologia floral e reprodutiva de A. pyrifolium, foram propostas - (1) quem são os visitantes florais e os polinizadores efetivos? (2) há recurso floral para os polinizadores? (3) há dependência de vetor biótico de pólen na formação de frutos? (4) como ocorre o processo de polinização? (5) como é o sistema reprodutivo? As observações de campo foram realizadas no período de abril/2007 a dezembro/2008, em populações naturais ocorrentes na RPPN Fazenda Almas (7°28'45"S e 36°54'18"W), Paraíba, Brasil. Aspidosperma pyrifolium apresentou floração anual, restrita ao período de seca (novembro-fevereiro), sendo os indivíduos caracterizados pela produção massiva de flores. As flores, cujos atributos estão relacionados as síndromes de esfingofilia e fanelofilia, apresentam corola hipocrateriforme, a qual é formada de cinco lobos esbranquiçados e um tubo floral esverdeado e curto, que pode ser acessado pela estreita fauce pentagonal. O início de antese é crepuscular, estando as flores abertas às 18:00hs. Há emissão de odor nos lobos da corola, principalmente, na primeira noite de antese. As anteras agrupam-se numa estrutura em formato de cone no interior do tubo floral, estando deiscentes já nos botões em préantese, sendo o pólen apresentados no interior do cone de anteras, permitindo assim, uma deposição eficiente destes na probóscide dos visitantes. A cabeça do estilete está envolvida na dupla função de produção de substância pegajosa e de estigma, não participando, porém, do mecanismo de apresentação secundária de pólen. As flores de A. pyrifolium são desprovidas de néctar, sendo a polinização realizada por engano. Lepidópteros noturnos (Sphingidae) são os polinizadores de A. pyrifolium. A reduzida freqüência de visitas de polinizadores, o mecanismo de polinização por engano, que pode desestimular visitas freqüentes, e o comportamento dos noctuídeos, que promovem o fluxo de pólen entre as flores do mesmo indivíduo, resultam na baixa produção de frutos em A. pyrifolium.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-02-18
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-04-06T15:28:32Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-04-06T15:28:32Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18500
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18500
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Joel%20A%20Queiroz_PPGBV_2009.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Joel%20A%20Queiroz_PPGBV_2009.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18500/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Joel%20A%20Queiroz_PPGBV_2009.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0f08592bdf82d665db22a91b1471ef54
28a010a2540c0b05b3079ee58ef9b41a
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
a66e2088dae4a4e492ba4078be9d83e0
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310734490632192