Polimorfismo do gene MBL2 em pacientes com hepatite C sua relação com o tratamento antiviral e o desenvolvimento de marcadores sorológicos de autoimunidade tiroidiana
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7078 |
Resumo: | O polimorfismo no éxon 1 do gene da lectina ligadora de manose (MBL2) altera os níveis séricos e a funcionalidade desta lectina (MBL), que é um componente da imunidade natural, e poderia estar envolvida na susceptibilidade e no tipo de resposta ao tratamento da hepatite C crônica.O interferon alfa peguilado (IFNα-peg) associado à ribavirina (RIBA) melhorou a resposta terapêutica de pacientes infectados pelo vírus da hepatite C (HCV), embora de modo não satisfatório. Estudos de fatores relacionando a resposta terapêutica não sustentável podem indicar novas estratégias de tratamento. A infecção pelo o HCV e seu tratamento com IFNα- peg/ RIBA são relacionados aos marcadores sorológicos de autoimunidade tireoidiana (AAT). A deficiência de MBL está associada ao desenvolvimento de doenças autoimunes. Neste estudo verificamos a associação entre o polimorfismo do MBL2 com o HCV e a resposta ao seu tratamento. Verificamos também, a associação entre o HCV, seu tratamento combinado e genótipos virais com AAT. Participaram deste estudo 162 pacientes infectados pelo o HCV, sendo 111 tratados com IFNα-peg/RIBA e 51 não tratados atendidos no Serviço de Gastrohepatologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco Brasil e, 232 voluntários sadios. Entre os pacientes, 65 indivíduos tinham a carga viral disponível após o término do tratamento, e foram classificados em respondedores virológicos (n=37) e não respondedores virológicos (n=28). O polimorfismo do MBL2 foi determinado por PCR em tempo real e classificou o alelo selvagem (A) e os polimórficos (0). Pacientes e controles foram testados para anticorpos anti-peroxidase tireoidiana e anti-tireoglobulina. A freqüência do polimorfismo para MBL2 foi mais alta nos pacientes infectados pelo HCV do que nos indivíduos sadios (p=0,01; OR=4,44; IC 0,56-10,06). Os genótipos minoritários A0/00 não foram mais freqüentes no grupo que respondeu ao tratamento (p=0,1146; OR 2,54; IC 0,83 -7,87). A ocorrência de AAT foi de 11,1% (n=18) nos pacientes (n=162), de 11,7% (n=13) nos pacientes após o tratamento (n=111) e de 9,8% (n=5) nos pacientes não tratados (51). Estes dados mostraram correlação positiva quando pacientes com AAT tratados (p= 0,01; OR 5,35; IC 1,41-9,89) e sem tratamento específico (p=0,0474; OR 4,38; IC 0,81-29,08) foram comparados com voluntários. Comparando os grupos de pacientes, não encontramos diferenças nas freqüências de AAT (p=0,928; OR 1,22; IC 0,38-4,63). A presença de AAT nos pacientes com o HCV não foi maior no sexo feminino (p=0,0801; OR 2,91; IC 0,91-10,9). A chance do genótipo 1 do HCV estar relacionado à AAT foi 3,42 vezes maior do que a do genótipo 3 (p= 0,14; OR 3,42; IC 0,71-3,24). Os pacientes infectados pelo HCV e com AAT positivos (n=18) apresentaram uma elevada freqüência do polimorfismo do MBL2 (22%) comparando com aqueles sem AAT (10%) (n=144), entretanto esta diferença não foi significativa (p= 0,1196; OR 2,65; IC 0,56 10,06). O polimorfismo estrutural do MBL2 foi associado à infecção pelo HCV, indicando que a MBL poderia ter um papel na imunidade inata contra este vírus. A deficiência de MBL parece não influenciar a resposta ao tratamento do HCV, embora uma população maior de pacientes deva ser estudada. O sexo feminino não foi confirmado como importante fator de risco de desenvolvimento de AAT nos pacientes de HCV. O HCV parece ser um fator importante no desenvolvimento de autoimunidade tireoidiana, independente da terapia combinada. O polimorfismo do gene MBL2 parece não estar associado com o desenvolvimento de AAT nos pacientes de HCV, entretanto devido ao reduzido número de pacientes infectados pelo HCV com AAT (n=18) esta observação não pode ser considerada definitiva |
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Montenegro de Melo, FranciscoRamos Lacerda de Melo, Heloísa 2014-06-12T18:28:49Z2014-06-12T18:28:49Z2008-01-31Montenegro de Melo, Francisco; Ramos Lacerda de Melo, Heloísa. Polimorfismo do gene MBL2 em pacientes com hepatite C sua relação com o tratamento antiviral e o desenvolvimento de marcadores sorológicos de autoimunidade tiroidiana. 2008. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7078ark:/64986/001300000fn6xO polimorfismo no éxon 1 do gene da lectina ligadora de manose (MBL2) altera os níveis séricos e a funcionalidade desta lectina (MBL), que é um componente da imunidade natural, e poderia estar envolvida na susceptibilidade e no tipo de resposta ao tratamento da hepatite C crônica.O interferon alfa peguilado (IFNα-peg) associado à ribavirina (RIBA) melhorou a resposta terapêutica de pacientes infectados pelo vírus da hepatite C (HCV), embora de modo não satisfatório. Estudos de fatores relacionando a resposta terapêutica não sustentável podem indicar novas estratégias de tratamento. A infecção pelo o HCV e seu tratamento com IFNα- peg/ RIBA são relacionados aos marcadores sorológicos de autoimunidade tireoidiana (AAT). A deficiência de MBL está associada ao desenvolvimento de doenças autoimunes. Neste estudo verificamos a associação entre o polimorfismo do MBL2 com o HCV e a resposta ao seu tratamento. Verificamos também, a associação entre o HCV, seu tratamento combinado e genótipos virais com AAT. Participaram deste estudo 162 pacientes infectados pelo o HCV, sendo 111 tratados com IFNα-peg/RIBA e 51 não tratados atendidos no Serviço de Gastrohepatologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco Brasil e, 232 voluntários sadios. Entre os pacientes, 65 indivíduos tinham a carga viral disponível após o término do tratamento, e foram classificados em respondedores virológicos (n=37) e não respondedores virológicos (n=28). O polimorfismo do MBL2 foi determinado por PCR em tempo real e classificou o alelo selvagem (A) e os polimórficos (0). Pacientes e controles foram testados para anticorpos anti-peroxidase tireoidiana e anti-tireoglobulina. 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