Mulheres (des) cobertas, histórias reveladas : relações de trabalho, práticas cotidianas e lutas políticas das trabalhadoras canavieiras na zona da mata sul de Pernambuco (1980-1988)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BEZERRA, Marcela Heráclio
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11042
Resumo: As trabalhadoras canavieiras da Zona da Mata Sul de Pernambuco, desde a tenra infância, foram obrigadas a sobreviver em miseráveis condições de vida e degradantes relações de trabalho inerentes ao sistema agrícola implantada na região desde os tempos de Duarte Coelho. A lógica da produção canavieira, fundamentada na tríade latifúndio, monocultura do açúcar e exploração da mão-de-obra, imprimia às mulheres canavieiras, assim como os demais trabalhadores, à exploração extensiva das classes patronais. Para as trabalhadoras, a exploração de classe somava-se à opressão de gênero, recaindo sob elas, a dupla ou tripla jornada de trabalho. A partir do reconhecimento e da valorização das mulheres canavieiras como partícipes da classe trabalhadora, característica nem sempre considerada pela historiografia relativa aos movimentos sociais no campo, a presente pesquisa buscou dar visibilidade histórica às trabalhadoras canavieiras, através da reflexão acerca das práticas políticas e das relações estabelecidas por elas nos distintos âmbitos de atuação social, ao longo do decênio de 1980. Ao problematizar a presença ou a ausência das mulheres canavieiras nos diferentes espaços de sociabilidade, analisou-se3.074 fichas de trabalhadores associados ao Sindicato de Trabalhadores Rurais do Cabo de Santo Agostinho, entre os anos de 1963 e 1989, os documentos produzidos pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco e pelo Centro das Mulheres do Cabo. Realizou-se também um estudo pormenorizado dos 525 processos trabalhistas impetrados na 1ª Junta de Conciliação Justiça do Cabo de Santo Agostinho, de 1980 a 1985 e das 15 entrevistas realizadas com trabalhadores canavieiros, assessores sindicais e líderes de movimentos sociais. Longe de constituírem-se como apêndices históricos, constatou-se: o protagonismo das trabalhadoras canavieiras no ambiente do trabalho assalariado e no espaço doméstico; o gradativo aumento da participação feminina nas campanhas salariais e nos movimentos sindicais e de mulheres trabalhadoras rurais; a presença das trabalhadoras canavieiras na Justiça do Trabalho através dos processos trabalhistas que reivindicação o cumprimento dos direitos conquistados através das Convenções e Dissídios Coletivos. Ao eleger como objeto de estudo as relações de trabalho, as lutas políticas e os embates travados no cotidiano das trabalhadoras canavieiras da zona da Mata Sul de Pernambuco, ao longo da década de 1980, visa-se dar visibilidade histórica a sujeitos pouco contemplados pela historiografia - as mulheres canavieiras – sem os quais, torna-se incompleta qualquer análise sobre a história dos trabalhadores canavieiros de Pernambuco bem como da classe trabalhadora rural brasileira como um todo.
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A lógica da produção canavieira, fundamentada na tríade latifúndio, monocultura do açúcar e exploração da mão-de-obra, imprimia às mulheres canavieiras, assim como os demais trabalhadores, à exploração extensiva das classes patronais. Para as trabalhadoras, a exploração de classe somava-se à opressão de gênero, recaindo sob elas, a dupla ou tripla jornada de trabalho. A partir do reconhecimento e da valorização das mulheres canavieiras como partícipes da classe trabalhadora, característica nem sempre considerada pela historiografia relativa aos movimentos sociais no campo, a presente pesquisa buscou dar visibilidade histórica às trabalhadoras canavieiras, através da reflexão acerca das práticas políticas e das relações estabelecidas por elas nos distintos âmbitos de atuação social, ao longo do decênio de 1980. 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