Distribuição espaço-temporal da meiofauna e da nematofauna no ecossistema recifal de Porto de Galinhas, Ipojuca, Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maranhão, Grácia Maria Bártholo
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8673
Resumo: A praia de Porto de Galinhas (Ipojuca), por ser um dos maiores pólos turísticos do litoral de Pernambuco, foi escolhida para o presente estudo, cujos objetivos foram avaliar a distribuição espaço-temporal da meiofauna e da nematofauna de poças de maré e da parte interna do ecossistema recifal. Para avaliar a distribuição vertical da meiofauna e dos gêneros de Nematoda foram coletadas amostras de sedimentos nas poças de marés e na parte interna do ambiente recifal, através de seringas com 2,4 cm2 de área interna, cortadas em estratos de 0-2 cm e 2-10cm. Para estimar a variação espaço-temporal da meiofauna e da nematofauna amostragens sedimentológicas foram realizadas mensalmente de novembro de 1997 a outubro de 1998. Para análise meiofaunística foi coletada uma camada sedimentar de 2cm de espessura dentro de quadrados de 25x25cm jogados aleatoriamente. As amostras de plâncton foram coletadas com telas com malhas de 65μm de abertura para estimar a dispersão da nematofauna. Os parâmetros de salinidade, temperatura e teor de clorofila do microfitobentos, assim como a granulometria, foram correlacionados com a estrutura da comunidade. A meiofauna foi composta por 16 grupos, dominados por Copepoda Harpacticoida e Nematoda em ambos os ambientes, havendo uma repartição espacial quanto à densidade não só vertical quanto horizontalmente. Através das análises estatísticas empregadas para testar a estrutura da comunidade da meiofauna e da nematofauna em particular, entre os ambientes prospectados e entre estratos de seus sedimentos, não foram detectadas diferenças significativas quanto à abundância total da meiofauna ou dos Nematoda e quanto à diversidade, equitabilidade, riqueza de gêneros e associações de grandes grupos da meiofauna. Foram, porém, evidenciadas diferenças significativas entre áreas ao se considerar as associações da nematofauna. No estudo espaço-temporal, a nematofauna foi composta por 73 gêneros monoespecíficos, distribuídos em 26 Famílias. No Gênero Theristhus, foi identificada uma espécie nova, cuja descrição será feita posteriomente. Foram registradas 30 novas ocorrências genéricas para Pernambuco e 10 para o Brasil. A estrutura da comunidade definiu-se sobre os critérios: grande riqueza e baixa frequência, refletindo associações de sedimentos grosseiros sublitorâneos. A composição em grandes grupos taxonômicos da meiofauna foi correlacionada com nove fatores ambientais demonstrando a existência de correlações positivas fracas apenas com a assimetria e com a fração cascalho nas poças de maré. Na parte interna dos recifes essas correlações foram demonstradas com o desvio padrão e a assimetria dos sedimentos. A composição genérica da nematofauna apresentou diferenças significativas tanto no espaço quanto no tempo, sendo correlacionada com o tamanho dos grãos dos sedimentos e o desvio padrão em ambos os ambientes. Os grupos tróficos apresentaram uma repartição espacial bem marcada com os raspadores dominando nas poças de maré e os comedores de depósitos não seletivos, na parte interna do recife. A dispersão dos gêneros na coluna líquida em mais de 50% nos meses de estiagem, assomada à ocorrência de um gênero só destacado no plâncton, indica haver ressuspensão sedimentar decorrente da hidrodinâmica favorecida por um possível efeito antrópico
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Para avaliar a distribuição vertical da meiofauna e dos gêneros de Nematoda foram coletadas amostras de sedimentos nas poças de marés e na parte interna do ambiente recifal, através de seringas com 2,4 cm2 de área interna, cortadas em estratos de 0-2 cm e 2-10cm. Para estimar a variação espaço-temporal da meiofauna e da nematofauna amostragens sedimentológicas foram realizadas mensalmente de novembro de 1997 a outubro de 1998. Para análise meiofaunística foi coletada uma camada sedimentar de 2cm de espessura dentro de quadrados de 25x25cm jogados aleatoriamente. As amostras de plâncton foram coletadas com telas com malhas de 65μm de abertura para estimar a dispersão da nematofauna. Os parâmetros de salinidade, temperatura e teor de clorofila do microfitobentos, assim como a granulometria, foram correlacionados com a estrutura da comunidade. A meiofauna foi composta por 16 grupos, dominados por Copepoda Harpacticoida e Nematoda em ambos os ambientes, havendo uma repartição espacial quanto à densidade não só vertical quanto horizontalmente. Através das análises estatísticas empregadas para testar a estrutura da comunidade da meiofauna e da nematofauna em particular, entre os ambientes prospectados e entre estratos de seus sedimentos, não foram detectadas diferenças significativas quanto à abundância total da meiofauna ou dos Nematoda e quanto à diversidade, equitabilidade, riqueza de gêneros e associações de grandes grupos da meiofauna. Foram, porém, evidenciadas diferenças significativas entre áreas ao se considerar as associações da nematofauna. No estudo espaço-temporal, a nematofauna foi composta por 73 gêneros monoespecíficos, distribuídos em 26 Famílias. No Gênero Theristhus, foi identificada uma espécie nova, cuja descrição será feita posteriomente. Foram registradas 30 novas ocorrências genéricas para Pernambuco e 10 para o Brasil. A estrutura da comunidade definiu-se sobre os critérios: grande riqueza e baixa frequência, refletindo associações de sedimentos grosseiros sublitorâneos. A composição em grandes grupos taxonômicos da meiofauna foi correlacionada com nove fatores ambientais demonstrando a existência de correlações positivas fracas apenas com a assimetria e com a fração cascalho nas poças de maré. Na parte interna dos recifes essas correlações foram demonstradas com o desvio padrão e a assimetria dos sedimentos. A composição genérica da nematofauna apresentou diferenças significativas tanto no espaço quanto no tempo, sendo correlacionada com o tamanho dos grãos dos sedimentos e o desvio padrão em ambos os ambientes. Os grupos tróficos apresentaram uma repartição espacial bem marcada com os raspadores dominando nas poças de maré e os comedores de depósitos não seletivos, na parte interna do recife. A dispersão dos gêneros na coluna líquida em mais de 50% nos meses de estiagem, assomada à ocorrência de um gênero só destacado no plâncton, indica haver ressuspensão sedimentar decorrente da hidrodinâmica favorecida por um possível efeito antrópicoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessRecifesNematofaunaMeiofaunaDistribuição temporalDistribuição horizontalDistribuição verticalDistribuição espaço-temporal da meiofauna e da nematofauna no ecossistema recifal de Porto de Galinhas, Ipojuca, Pernambuco, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo8323_1.pdf.jpgarquivo8323_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1296https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8673/4/arquivo8323_1.pdf.jpgf1db873291e022888e23113ef149dba7MD54ORIGINALarquivo8323_1.pdfapplication/pdf767883https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8673/1/arquivo8323_1.pdffab7b7cae45f8de69fcbba0e62d6ff82MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8673/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo8323_1.pdf.txtarquivo8323_1.pdf.txtExtracted texttext/plain196529https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8673/3/arquivo8323_1.pdf.txt42cbef7b8f7370ca12756a18ce03714cMD53123456789/86732019-10-25 19:49:01.197oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8673Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T22:49:01Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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