Estudo de estabilidade : desenvolvimento de método indicativo por CLAE-DAD e caracterização dos produtos de degradação em hidrolise ácida do citrato de tamoxifeno (IFA) por LC-MS-TOF
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55036 |
Resumo: | O Tamoxifeno (TMX) é uma terapia hormonal utilizada para o câncer de mama pertencente ao grupo dos moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs). Compõe a classe II da classificação biofarmacêutica, apresentando baixa solubilidade em água, baixa seletividade e biodisponibilidade, podendo causar efeitos adversos distintos e graves aos pacientes em tratamento. Por outro lado, a produção de medicamentos exige a realização de estudos que garantam o uso seguro e eficaz, dentre estes, os estudos de degradação forçada têm grande destaque. Embora vários métodos espectroscópicos e cromatográficos sejam relatados para a determinação de tamoxifeno sozinho ou junto com seus derivados, metabólitos, ou em matrizes variadas, nenhum relato sobre a identificação dos seus produtos de degradação (PDs) ou impurezas estão disponíveis na literatura até o momento. Portanto, o presente estudo visou desenvolver um MEI por CLAE-DAD, para realizar o estudo de degradação forçada do TMX sob as condições de hidrólise ácida, detectar e quantificar os possíveis PDs, além de utilizar a espectrometria de massas, para caracterização dos PDs gerados nos ensaios forçados. Também foram realizados estudos de cinética de decaimento do teor do TMX. O método cromatográfico desenvolvido usou uma coluna Ascentis® Express C18 (250 x 4,6 mm; 5μm), a ± 25,5°C. A eluição isocrática utilizou Acetonitrila (ACN) e Tampão Fosfato (pH 3,0) 55:45 v/v como fase móvel, volume de injeção de 20 μL e fluxo de 1 mL/min. O TMX mostrou-se suscetível a condições ácidas assim como previsto na literatura e apresentou um decaimento de 66,82% e formação de três PDs. Avaliou-se sua cinética de degradação para definir a ordem de reação em meio ácido (HCL 1,0 M). A reação foi caracterizada como de ordem zero para a condição estudada e a partir dessa análise foi possível definir a constante de velocidade (k) e o cálculo dos parâmetros cinéticos de meia-vida (T1/2) e período de vida útil (T90%), onde pode-se afirmar que a velocidade da reação independe das concentrações dos reagentes. O acoplamento do sistema LC-MS foi realizado através da ionização por electrospray em modo positivo, onde foi possível observar o sinal 372,2260 m/z [M+ H]+ como pico base do TMX. Para o PD1 e PD2 foi observada a presença de íons moleculares 360.1866 m/z [M+ H]+ e 404.2204 m/z [M+ H]+, o que nos sugere a perda de dois carbonos e a adição de uma hidroxila no anel aromático no primeiro caso e a adição de duas hidroxilas no anel aromático no segundo caso. Para o PD3, foi possível observar um perfil de massas semelhante ao pico base do TMX de 372.2305 m/z [M+ H]+, o que nos leva a deduzir que este produto de degradação é a forma isomérica do fármaco. A partir deste estudo de degradação forçada foi possível conhecer melhor os aspectos envolvidos na estabilidade do TMX e obtiveram-se informações estruturais de seus produtos de degradação que são escassos na literatura. Dessa forma temos mais suporte para prever e avaliar instabilidades em medicamentos à base deste fármaco. |
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LIMA, Lorena Maria Barbosa dehttp://lattes.cnpq.br/3077318622815043http://lattes.cnpq.br/8745917013630518SOARES SOBRINHO, José Lamartine2024-02-06T11:01:11Z2024-02-06T11:01:11Z2022-07-27LIMA, Lorena Maria Barbosa de. Estudo de estabilidade: desenvolvimento de método indicativo por CLAE-DAD e caracterização dos produtos de degradação em hidrolise ácida do citrato de tamoxifeno (IFA) por LC-MS-TOF. 2022. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55036ark:/64986/001300000bwjkO Tamoxifeno (TMX) é uma terapia hormonal utilizada para o câncer de mama pertencente ao grupo dos moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs). Compõe a classe II da classificação biofarmacêutica, apresentando baixa solubilidade em água, baixa seletividade e biodisponibilidade, podendo causar efeitos adversos distintos e graves aos pacientes em tratamento. Por outro lado, a produção de medicamentos exige a realização de estudos que garantam o uso seguro e eficaz, dentre estes, os estudos de degradação forçada têm grande destaque. Embora vários métodos espectroscópicos e cromatográficos sejam relatados para a determinação de tamoxifeno sozinho ou junto com seus derivados, metabólitos, ou em matrizes variadas, nenhum relato sobre a identificação dos seus produtos de degradação (PDs) ou impurezas estão disponíveis na literatura até o momento. Portanto, o presente estudo visou desenvolver um MEI por CLAE-DAD, para realizar o estudo de degradação forçada do TMX sob as condições de hidrólise ácida, detectar e quantificar os possíveis PDs, além de utilizar a espectrometria de massas, para caracterização dos PDs gerados nos ensaios forçados. Também foram realizados estudos de cinética de decaimento do teor do TMX. O método cromatográfico desenvolvido usou uma coluna Ascentis® Express C18 (250 x 4,6 mm; 5μm), a ± 25,5°C. 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It composes class II of the biopharmaceutical classification, presenting low water solubility, low selectivity and bioavailability, which can cause distinct and serious adverse effects to patients undergoing treatment. On the other hand, the production of medicines requires the performance of studies that ensure the safe and effective use, among these, studies of forced degradation have great prominence. Although several spectroscopic and chromatographic methods are reported for the determination of tamoxifen alone or along with its derivatives, metabolites, or in various matrices, no reports on the identification of their degradation products (PDs) or impurities are available in the literature to date. Therefore, the present study aimed to develop a MEI by HPLC-DAD, to perform the study of forced degradation of TMX under the conditions of acid hydrolysis, detect and quantify the possible PDs, besides using mass spectrometry, to characterize the PDs generated in forced assays. Studies of decay kinetics of tmx content were also performed. The chromatographic method developed used an Ascentis® Express C18 column (250 x 4.6 mm; 5μm), at ± 25.5°C. Isocratic elution used Acetonitrtrila (ACN) and Phosphate Buffer (pH 3.0) 55:45 v/v as mobile phase, injection volume of 20 μL and flow of 1 mL/min. The TMX was susceptible to acidic conditions as predicted in the literature and presented a decay of 66.82% and formation of three PDs. Its degradation kinetics was evaluated to define the reaction order in acid medium (HCL 1.0 M). The reaction was characterized as zero-order for the studied condition and from this analysis it was possible to define the velocity constant (k) and the calculation of the kinetic parameters of half-life (T1/2) and useful life (T90%), where it can be affirmed that the reaction velocity is independent of the concentrations of the reagents. The coupling of the LC-MS system was performed by electrospray ionization in positive mode, where it was possible to observe the signal 372.2260 m/z [M+ H]+ as the base peak of the TMX. For PD1 and PD2, the presence of molecular ions 360.1866 m/z [M+ H]+ and 404.2204 m/z [M+ H]+ was observed, suggesting the loss of two carbons and the addition of a hydroxyl in the aromatic ring in the first case and the addition of two hydroxyls in the aromatic ring in the second case. For PD3, it was possible to observe a mass profile similar to the base peak of TMX of 372.2305 m/z [M+ H]+, which leads us to deduce that these degradation products is the isomeric form of the drug. From this study of forced degradation it was possible to better understand the aspects involved in the stability of TMX and obtained structural information of its degradation products that are scarce in the literature. Thus, we have more support to predict and evaluate instabilities in drugs based on this drug.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Ciencias FarmaceuticasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCromatografiaHidróliseProdutos de degradaçãoEspectometria de massasEstudo de estabilidade : desenvolvimento de método indicativo por CLAE-DAD e caracterização dos produtos de degradação em hidrolise ácida do citrato de tamoxifeno (IFA) por LC-MS-TOFinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Lorena Maria Barbosa de Lima.pdfDISSERTAÇÃO Lorena Maria Barbosa de Lima.pdfapplication/pdf1435862https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55036/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Lorena%20Maria%20Barbosa%20de%20Lima.pdf4ac7043b13f45909ff27cd9fa4417d9dMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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O Tamoxifeno (TMX) é uma terapia hormonal utilizada para o câncer de mama pertencente ao grupo dos moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs). Compõe a classe II da classificação biofarmacêutica, apresentando baixa solubilidade em água, baixa seletividade e biodisponibilidade, podendo causar efeitos adversos distintos e graves aos pacientes em tratamento. Por outro lado, a produção de medicamentos exige a realização de estudos que garantam o uso seguro e eficaz, dentre estes, os estudos de degradação forçada têm grande destaque. Embora vários métodos espectroscópicos e cromatográficos sejam relatados para a determinação de tamoxifeno sozinho ou junto com seus derivados, metabólitos, ou em matrizes variadas, nenhum relato sobre a identificação dos seus produtos de degradação (PDs) ou impurezas estão disponíveis na literatura até o momento. Portanto, o presente estudo visou desenvolver um MEI por CLAE-DAD, para realizar o estudo de degradação forçada do TMX sob as condições de hidrólise ácida, detectar e quantificar os possíveis PDs, além de utilizar a espectrometria de massas, para caracterização dos PDs gerados nos ensaios forçados. Também foram realizados estudos de cinética de decaimento do teor do TMX. O método cromatográfico desenvolvido usou uma coluna Ascentis® Express C18 (250 x 4,6 mm; 5μm), a ± 25,5°C. A eluição isocrática utilizou Acetonitrila (ACN) e Tampão Fosfato (pH 3,0) 55:45 v/v como fase móvel, volume de injeção de 20 μL e fluxo de 1 mL/min. O TMX mostrou-se suscetível a condições ácidas assim como previsto na literatura e apresentou um decaimento de 66,82% e formação de três PDs. Avaliou-se sua cinética de degradação para definir a ordem de reação em meio ácido (HCL 1,0 M). A reação foi caracterizada como de ordem zero para a condição estudada e a partir dessa análise foi possível definir a constante de velocidade (k) e o cálculo dos parâmetros cinéticos de meia-vida (T1/2) e período de vida útil (T90%), onde pode-se afirmar que a velocidade da reação independe das concentrações dos reagentes. O acoplamento do sistema LC-MS foi realizado através da ionização por electrospray em modo positivo, onde foi possível observar o sinal 372,2260 m/z [M+ H]+ como pico base do TMX. Para o PD1 e PD2 foi observada a presença de íons moleculares 360.1866 m/z [M+ H]+ e 404.2204 m/z [M+ H]+, o que nos sugere a perda de dois carbonos e a adição de uma hidroxila no anel aromático no primeiro caso e a adição de duas hidroxilas no anel aromático no segundo caso. Para o PD3, foi possível observar um perfil de massas semelhante ao pico base do TMX de 372.2305 m/z [M+ H]+, o que nos leva a deduzir que este produto de degradação é a forma isomérica do fármaco. A partir deste estudo de degradação forçada foi possível conhecer melhor os aspectos envolvidos na estabilidade do TMX e obtiveram-se informações estruturais de seus produtos de degradação que são escassos na literatura. Dessa forma temos mais suporte para prever e avaliar instabilidades em medicamentos à base deste fármaco. |
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