Compreensão oral de crianças com e sem desvio fonológico: uma abordagem de diferentes dimensões lingüísticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LUCENA, Jonia Alves
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000md1g
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8425
Resumo: O desvio fonológico consiste em uma dificuldade de fala caracterizada pelo uso inadequado dos sons, de acordo com a idade e variações regionais. Tal distúrbio pode envolver erros de produção, percepção ou organização dos sons capazes de prejudicar a criança nos âmbitos educacional, social e emocional. Considerando que a dimensão fonológica está afetada, é comum, em terapia fonoaudiológica para os desvios de fala, que a atenção do terapeuta esteja voltada, apenas, para o trabalho com os diversos sons da fala. Entretanto, na prática clínica fonoaudiológica, muitas vezes de forma empírica, é possível observar crianças que apresentam desvios fonológicos, demonstrando, também, dificuldades em outras dimensões lingüísticas. Este estudo teve por objetivo, portanto, analisar a compreensão oral de crianças com desvio fonológico, comparando-as com crianças que não apresentam tal dificuldade de fala. Foram abordados, especificamente, aspectos da compreensão semântica e da sintaxe, bem como a compreensão textual. Participaram do estudo 36 crianças, distribuídas entre a Alfabetização, 1ª e 2ª séries, pertencentes a escolas da rede pública de ensino. Desse grupo, 18 crianças tinham diagnósticos clínicos de desvio fonológico, enquanto as demais não apresentavam tal patologia, sendo emparelhadas com as crianças do grupo com desvio, de acordo com idade, série, tipo de instrução, nível socioeconômico-cultural e memória de trabalho. As crianças foram submetidas a tarefas que avaliaram: a compreensão semântica (Teste de Vocabulário do WISC e Teste de Vocabulário por Imagens); compreensão de sentenças sintaticamente complexas, que variavam quanto à intensidade de pistas semânticopragmáticas; e compreensão textual, avaliada por meio da utilização de dois textos de estruturas distintas que requeriam respostas a perguntas literais e inferenciais. A análise que focalizou a comparação entre grupos mostrou que crianças sem desvio fonológico tiveram desempenhos significativamente superiores às crianças com desvio fonológico na tarefa de compreensão semântica do WISC. Esses dados podem apontar para o comprometimento de desenvolvimento semântico da criança que apresenta desvio fonológico, envolvendo o processo de compreensão. Isso consiste em achado peculiar, pois leva o fonoaudiólogo a refletir sobre propostas de avaliação e tratamento para os desvios fonológicos. Quanto às demais tarefas que avaliaram a compreensão oral, não foram registradas diferenças significativas entre os dois grupos de crianças. Entretanto, vale ressaltar que as duas crianças do grupo experimental que apresentavam desvio severo de fala foram exatamente aquelas que não pontuaram em nenhuma das tarefas de compreensão textual. Esse dado sugere que o grau de severidade do desvio é uma variável que pode estabelecer uma relação direta com o comprometimento de linguagem da criança como um todo. Por fim, observou-se que tanto crianças com desvio fonológico como crianças sem desvio fonológico apresentaram dificuldades no processamento de sentenças que requeriam uma análise prioritária de seus componentes intraproposicionais. Também ficou demonstrado que as crianças de ambos os grupos tiveram problemas na realização de inferências textuais. São achados preocupantes, pois dizem respeito ao desenvolvimento lingüístico das crianças envolvidas, o que aponta para a necessidade de refletir sobre alternativas de trabalho de compreensão junto às crianças, nas escolas
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Entretanto, na prática clínica fonoaudiológica, muitas vezes de forma empírica, é possível observar crianças que apresentam desvios fonológicos, demonstrando, também, dificuldades em outras dimensões lingüísticas. Este estudo teve por objetivo, portanto, analisar a compreensão oral de crianças com desvio fonológico, comparando-as com crianças que não apresentam tal dificuldade de fala. Foram abordados, especificamente, aspectos da compreensão semântica e da sintaxe, bem como a compreensão textual. Participaram do estudo 36 crianças, distribuídas entre a Alfabetização, 1ª e 2ª séries, pertencentes a escolas da rede pública de ensino. Desse grupo, 18 crianças tinham diagnósticos clínicos de desvio fonológico, enquanto as demais não apresentavam tal patologia, sendo emparelhadas com as crianças do grupo com desvio, de acordo com idade, série, tipo de instrução, nível socioeconômico-cultural e memória de trabalho. 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Quanto às demais tarefas que avaliaram a compreensão oral, não foram registradas diferenças significativas entre os dois grupos de crianças. Entretanto, vale ressaltar que as duas crianças do grupo experimental que apresentavam desvio severo de fala foram exatamente aquelas que não pontuaram em nenhuma das tarefas de compreensão textual. Esse dado sugere que o grau de severidade do desvio é uma variável que pode estabelecer uma relação direta com o comprometimento de linguagem da criança como um todo. Por fim, observou-se que tanto crianças com desvio fonológico como crianças sem desvio fonológico apresentaram dificuldades no processamento de sentenças que requeriam uma análise prioritária de seus componentes intraproposicionais. Também ficou demonstrado que as crianças de ambos os grupos tiveram problemas na realização de inferências textuais. 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