Efeito da administração in vitro de substâncias serotoninérgicas sobre a produção de óxido nítrico e a viabilidade celular em macrófagos da linhagem RAW 264.7
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Data de Publicação: | 2013 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13172 |
Resumo: | No intuito de analisar o efeito da administração in vitro de substâncias serotoninérgicas (SS) sobre a produção de óxido nítrico (PNO) e a viabilidade celular em macrófagos, foi realizado um estudo experimental com cultura de células da linhagem RAW 264.7, adquiridas no Banco de Células do Rio de Janeiro. As células foram cultivadas em meio de cultura em placas de 24 poços a 37C com 5% de CO2 em ar umidificado. As células foram tratadas com lipopolissacarídeo (LPS de E. coli, sorotipo 055B5) na presença de várias concentrações de SS. As SS incluíram: inibidores seletivos da recaptação da serotonina-ISRS (Fluoxetina-FLX, paroxetina-PRX e escitalopran-ESC); facilitador seletivo da recaptação de serotonina (Tianeptina-TNP); aminoácido precursor da serotonina (Triptofano-TRP); agonista do receptor 5-HT1B (CP-93,129). Após 24 h, o sobrenadante de cultura foi removido para mensuração da concentração de nitrito, um metabólito estável do NO, pela reação de Griess. A seguir, as células foram incubadas por 2h com MTT, a fim de que aquelas viáveis o convertessem em formazam, cuja concentração foi quantificada espectrofotometricamente a 540 nm. As respostas das células estimuladas com LPS e tratadas com as SS foram sempre comparadas as das células não tratadas com SS. A coincubação das células com FLX e PRX a 10-4 M reduziu de maneira drástica a PNO (0% em ambos), acontecimento explicado pela citotoxicidade (98,2% para FLX e 99,2% para PRX). FLX aumentou a PNO a 10-6 (22,53%) e 10-7 M (21,71%). O mesmo foi observado para ESC apenas a 10-4 M (49,9%), apesar de ter havido redução na viabilidade celular nesta concentração (22,6%). PRX reduziu a PNO a 10-5 M (22,98%). Da mesma forma, CP diminuiu a PNO a 10-7 M (22,18%). A administração de TNP não interferiu na PNO. Um aumento na PNO foi observado nas células tratadas com TRF a 10-6 (40,03%) e 10-8 M (33,39%). Este resultado parece ter sido independente do aumento na viabilidade celular (observado a 10-7 M [10%]). A viabilidade das células tratadas com FLX e PRX entre 10-5 e 10-8 M variou de 81 a 92,5% (para FLX) e de 78,8 a 104,6% (para PRX). Este efeito foi inversamente proporcional à dose. Em conclusão, os resultados do presente trabalho indicam que ISRS interferem na PNO por macrófagos de maneira heterogênea, estimulando ou deprimindo dependendo da dose. A redução da PNO por macrófagos parece estar associada ao receptor 5-HT1B. Triptofano apresenta atividade promotora da PNO em macrófagos, contudo não se sabe se por via relacionado ao metabolismo da serotonina. |
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O mesmo foi observado para ESC apenas a 10-4 M (49,9%), apesar de ter havido redução na viabilidade celular nesta concentração (22,6%). PRX reduziu a PNO a 10-5 M (22,98%). Da mesma forma, CP diminuiu a PNO a 10-7 M (22,18%). A administração de TNP não interferiu na PNO. Um aumento na PNO foi observado nas células tratadas com TRF a 10-6 (40,03%) e 10-8 M (33,39%). Este resultado parece ter sido independente do aumento na viabilidade celular (observado a 10-7 M [10%]). A viabilidade das células tratadas com FLX e PRX entre 10-5 e 10-8 M variou de 81 a 92,5% (para FLX) e de 78,8 a 104,6% (para PRX). Este efeito foi inversamente proporcional à dose. Em conclusão, os resultados do presente trabalho indicam que ISRS interferem na PNO por macrófagos de maneira heterogênea, estimulando ou deprimindo dependendo da dose. A redução da PNO por macrófagos parece estar associada ao receptor 5-HT1B. 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