A uberização do trabalho docente : reconfiguração das condições e relações de trabalho mediados por plataformas digitais
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Data de Publicação: | 2022 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45841 |
Resumo: | A uberização do trabalho é um dos fenômenos recentes do processo contínuo de degradação da atividade produtiva, estimulada pela contradição capital x trabalho. Esse fenômeno é resultado de processos de reconfigurações na organização produtiva que levaram o mundo do trabalho a conhecer formas mais flexíveis da atividade laboral, no intuito de eliminar os vínculos entre aqueles que vedem sua força de trabalho e aqueles que exploram essa força. Nessas novas modalidades de exploração, a tecnologia entra como componente fundamental para o aumento da efetividade da exploração da força de trabalho, como mostram os estudos de Hillman (2021), Van Dijck (2018), Van Doorn (2021) e Zuboff (2015, 2020). As relações entre a exploração da força de trabalho e as tecnologias se dão desde que o capital subsumiu a maquinaria a seu favor (MARX, 2015), fazendo com que a tecnologia, que poderia libertar o ser humano do jugo do trabalho, aprofundasse ainda mais as relações capitalistas de exploração (MARX, 2014). No campo educacional essas relações de exploração do trabalho com a utilização das tecnologias da informação e comunicação (TICs) tornaram-se uma tendência ainda mais forte com o advento da uberização do trabalho (SLEE, 2017) e da inserção de exploração do trabalho docente a partir da mediação das plataformas digitais (SRNICEK, 2017), (VENCO, 2019), (HARVEY, 2020). Este estudo partiu da hipótese de que o trabalhador docente poderia estar sofrendo um processo de uberização do trabalho por meio do avanço da plataformização da atividade educativa. Considerando essas informações históricas esta tese coloca como seu problema de pesquisa: Quais são as tendências de reconfiguração do trabalho docente, no Brasil, mediado por plataformas digitais no contexto da uberização do trabalho? Desta feita, a pesquisa direcionou esforços para tentar responder ao objetivo de identificar as tendências de precarização do trabalho docente mediado por plataformas digitais a partir do fenômeno da uberização do trabalho. O levantamento dos dados se deu pela pesquisa bibliográfica e documental, bem como pela análise de redes sociais (FRIGOTTO, 2017) e plataformas digitais. A uberização do trabalho docente, que se dá pela mediação das plataformas digitais, tem criado tendências de precarização do trabalho docente, trazendo para o campo educacional as mesmas características de precarização que a uberização tem provocado no setor de serviços. Ainda na perspectiva da precarização do ensino e do avanço das plataformas digitais na educação, a pandemia de COVID-19 trouxe uma tendência de aceleração de processos de inserção da plataformização na educação, com a participação efetiva das grandes empresas do setor, conhecidas pela sigla GAFAM, e, consequentemente, de processos de reformas empresariais (FREITAS, 2012) que visam privatizar o ensino, o que precariza a atividade pedagógica e as condições do trabalho docente. Esta pesquisa desvelou ainda o quanto avança a descaracterização do trabalho docente em plataformas como a ALICERCE, onde professores acumulam suas atribuições com outras diversas e a COGNA, onde a figura do professor foi substituída pela de colaborador, típico das relações trabalhistas da era da flexibilização total do trabalho no contexto do capitalismo maquínico (ANTUNES, 2018). |
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TEIXEIRA, Pedro Henrique de Melohttp://lattes.cnpq.br/9209211733230387http://lattes.cnpq.br/6464562533995452SILVA, Katharine Nínive Pinto2022-08-19T14:14:21Z2022-08-19T14:14:21Z2022-04-26TEIXEIRA, Pedro Henrique de Melo. A uberização do trabalho docente: reconfiguração das condições e relações de trabalho mediados por plataformas digitais. 2022. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45841ark:/64986/001300000n1vgA uberização do trabalho é um dos fenômenos recentes do processo contínuo de degradação da atividade produtiva, estimulada pela contradição capital x trabalho. Esse fenômeno é resultado de processos de reconfigurações na organização produtiva que levaram o mundo do trabalho a conhecer formas mais flexíveis da atividade laboral, no intuito de eliminar os vínculos entre aqueles que vedem sua força de trabalho e aqueles que exploram essa força. Nessas novas modalidades de exploração, a tecnologia entra como componente fundamental para o aumento da efetividade da exploração da força de trabalho, como mostram os estudos de Hillman (2021), Van Dijck (2018), Van Doorn (2021) e Zuboff (2015, 2020). As relações entre a exploração da força de trabalho e as tecnologias se dão desde que o capital subsumiu a maquinaria a seu favor (MARX, 2015), fazendo com que a tecnologia, que poderia libertar o ser humano do jugo do trabalho, aprofundasse ainda mais as relações capitalistas de exploração (MARX, 2014). No campo educacional essas relações de exploração do trabalho com a utilização das tecnologias da informação e comunicação (TICs) tornaram-se uma tendência ainda mais forte com o advento da uberização do trabalho (SLEE, 2017) e da inserção de exploração do trabalho docente a partir da mediação das plataformas digitais (SRNICEK, 2017), (VENCO, 2019), (HARVEY, 2020). Este estudo partiu da hipótese de que o trabalhador docente poderia estar sofrendo um processo de uberização do trabalho por meio do avanço da plataformização da atividade educativa. Considerando essas informações históricas esta tese coloca como seu problema de pesquisa: Quais são as tendências de reconfiguração do trabalho docente, no Brasil, mediado por plataformas digitais no contexto da uberização do trabalho? Desta feita, a pesquisa direcionou esforços para tentar responder ao objetivo de identificar as tendências de precarização do trabalho docente mediado por plataformas digitais a partir do fenômeno da uberização do trabalho. O levantamento dos dados se deu pela pesquisa bibliográfica e documental, bem como pela análise de redes sociais (FRIGOTTO, 2017) e plataformas digitais. A uberização do trabalho docente, que se dá pela mediação das plataformas digitais, tem criado tendências de precarização do trabalho docente, trazendo para o campo educacional as mesmas características de precarização que a uberização tem provocado no setor de serviços. Ainda na perspectiva da precarização do ensino e do avanço das plataformas digitais na educação, a pandemia de COVID-19 trouxe uma tendência de aceleração de processos de inserção da plataformização na educação, com a participação efetiva das grandes empresas do setor, conhecidas pela sigla GAFAM, e, consequentemente, de processos de reformas empresariais (FREITAS, 2012) que visam privatizar o ensino, o que precariza a atividade pedagógica e as condições do trabalho docente. Esta pesquisa desvelou ainda o quanto avança a descaracterização do trabalho docente em plataformas como a ALICERCE, onde professores acumulam suas atribuições com outras diversas e a COGNA, onde a figura do professor foi substituída pela de colaborador, típico das relações trabalhistas da era da flexibilização total do trabalho no contexto do capitalismo maquínico (ANTUNES, 2018).The uberization of work is one of the recent phenomena of the continuous process of degradation of productive activity, stimulated by the capital x work contradiction. This phenomenon is the result of processes of reconfiguration in the productive organization that led the world of work to discover more flexible forms of work activity, in order to eliminate the ties between those who see their workforce and those who exploit this strength. In these new modalities of exploitation, technology enters as a fundamental component for increasing the effectiveness of the exploitation of the workforce, as shown by studies by Hillman (2021), Van Dijck (2018), Van Doorn (2021) and Zuboff (2015, 2020). The relations between the exploitation of the workforce and technologies have been taking place since capital subsumed machinery in its favor (MARX, 2015), making technology, which could free human beings from the yoke of work, deepen even further. the capitalist relations of exploitation (MARX, 2014). In the educational field, these relations of exploitation of work with the use of information and communication technologies (ICTs) have become an even stronger trend with the advent of uberization of work (SLEE, 2017) and the insertion of exploitation of teaching work to from the mediation of digital platforms (SRNICEK, 2017), (VENCO, 2019), (HARVEY, 2020). This study started from the hypothesis that the teaching worker could be suffering a process of uberization of work through the advancement of the platformization of the educational activity. Considering this historical information, this thesis poses as its research problem: What are the trends in the reconfiguration of teaching work, in Brazil, mediated by digital platforms in the context of the uberization of work? This time, the research directed efforts to try to respond to the objective of identifying trends in the precariousness of teaching work mediated by digital platforms based on the phenomenon of uberization of work. Data collection was carried out through bibliographic and documentary research, as well as through the analysis of social networks (FRIGOTTO, 2017) and digital platforms. The uberization of teaching work, which takes place through the mediation of digital platforms, has created trends of precariousness of teaching work, bringing to the educational field the same characteristics of precariousness that uberization has provoked in the service sector. Still from the perspective of the precariousness of teaching and the advancement of digital platforms in education, the COVID-19 pandemic brought a trend of acceleration of processes of insertion of platformization in education, with the effective participation of large companies in the sector, known by the acronym GAFAM , and, consequently, of business reform processes (FREITAS, 2012) that aim to privatize education, which precarious the pedagogical activity and the conditions of teaching work. This research also revealed how much progress is being made in the de-characterization of teaching work on platforms such as ALCERCE, where teachers accumulate their attributions with several others, and COGNA, where the figure of the teacher was replaced by that of a collaborator, typical of labor relations in the era of total flexibility. of work in the context of machinic capitalism (ANTUNES, 2018).porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EducacaoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessRelações de Trabalho - UberizaçãoRelações de Trabalho - PrecarizaçãoCOVID 19Trabalho DocenteNeoliberalismoUFPE - Pós-graduaçãoA uberização do trabalho docente : reconfiguração das condições e relações de trabalho mediados por plataformas digitaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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