Avaliação da atividade gastroprotetora de croton argyrophyllus kunth em camundongos swiss

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Marcela Albuquerque de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• dARK ID: ark:/64986/0013000010p30
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32896
• topic: Fitoterapia; Plantas medicinais; Úlcera péptica

Doenças como úlcera gástrica tem acometido grande parte da população e as causas podem estar relacionadas com a alimentação inadequada, uso de álcool, estresse, fármacos anti-inflamatórios não esteroidais e pela infecção causada pela bactéria Helicobacter pylori. Além disso, os medicamentos alopáticos têm demonstrado efeitos colaterais indesejados e são pouco acessíveis às comunidades. Sendo o uso popular de plantas medicinais frequente no Brasil, a busca pela descoberta de metabólitos com propriedades promissoras tem despertado o interesse da ciência e pesquisas nesse campo têm crescido consideravelmente. Tendo em vista o uso de plantas com resultados satisfatórios para o tratamento de úlceras gástricas, o presente estudo investigou o potencial gastroprotetor de Croton argyrophyllus pertencente ao gênero Croton, ainda com poucos relatos na literatura a respeito de seu potencial terapêutico. A atividade gastroprotetora foi analisada em modelos agudos induzidos por etanol, etanol/HCL e antiinflamatório não esteroidal (AINE). A prospecção fitoquímica revelou a presença de flavonóides, fenilpropanóides, triterpenos, esteróides, saponinas, monoterpenos, sesquiterpenos, proantocianidinas e leucoantocianidinas. Os resultados obtidos demonstraram que o extrato apresentou redução significativa das lesões gástricas nos modelos testados. No modelo do etanol absoluto os resultados expressos em percentuais de inibição da área ulcerada foram 66,32% e 83% nas doses de 100 e 200 mg/kg respectivamente, o controle positivo apresentou 70,78% de inibição A dose de 200 mg/kg foi a escolhida para prosseguir os modelos experimentais por ter sido estatisticamente mais significativa. No modelo do etanol/HCL o índice de inibição do extrato foi de 45,24%, enquanto o controle positivo apresentou 22,61%. No modelo de indução por AINES, o índice de inibição correspondeu a 73%, a mesma porcentagem apresentada pelo controle positivo. No modelo crônico o índice de inibição correspondeu a 58% e de 60% no controle positivo. Em conclusão o extrato hidroalcoólico da entrecasca de Croton argyrophyllus apresentou potencial gastroprotetor.