Avaliação do efeito da alfa-D-Glucana sulfatada do líquen Ramalina celastri livre e encapsulada em lipossomas frente à infecção experimental por Schistosoma mansoni

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vidal de Souza Araújo, Rosangela
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2082
Resumo: Liposomas são vesículas formadas por fosfolipídios, adicionados ou não de colesterol e lipídios com carga, que encapsulam um compartimento aquoso. Os lipossomas podem carrear fármacos hidrofílicos e hidrofóbicos. Uma variedade de polissacarídeos de diversas origens têm a habilidade de potencializar o sistema imune, comportando-se como imunomoduladores e farmacologicamente são classificados como modificadores de resposta biológica (MRB). O objetivo do presente trabalho consistiu em encapsular a o derivado sulfatado de Ramalina celastri (α-glucana-SO4) em lipossomas convencionais e avaliar a sua ação antihelmíntica em sua forma livre e encapsulada sobre a infecção experimental pelo Schistosoma mansoni. Os lipossomas foram preparados pelo método de hidratação do filme lipídico, cujos constituintes foram fosfatidilcolina de soja, colesterol e estearilamina (7:2:1) contendo α-Glucana-SO4 (2 mg/ml). As formulações lipossomais foram submetidas a testes de estabilidade acelerada (centrifugação 3000 rpm durante 1h; estresse mecânico, 150 strokes, 48 h) e a longo prazo (ciclo gelo/degelo durante 16 h a - 18°C e 8 h a 25°C ± 1°C). As preparações foram observadas macro e microscopicamente antes e após cada teste. Nos ensaios in vivo , foram utilizados camundongos fêmeas, albino Swiss (25±2 g, idade 30-40 dias), divididos em 4 grupos: G1- tratados com α- Glucana-SO4 livre, G2- controle NaCl 150mM, G3- tratados com α-Glucana-SO4 encapsulada em lipossomas e G4- lipossomas vazios. Os animais foram tratados 24 horas após a infecção, sacrificados e perfundidos após 56 dias da infecção. Os parâmetros avaliados foram: excreção de ovos, número de vermes recuperados do sistema portahepático- mesentérico, número de granulomas hepáticos e intestinais além do padrão de marcação com lectinas nestes órgãos. Foi obtido uma taxa de encapsulação de 50% e observou-se um leve decaimento de pH (7,4 a 6,8) dos lipossomas em suspensão, ao longo de 180 dias. Os lipossomas obtidos apresentaram-se estáveis quanto aos testes de estabilidade acelerada e a longo prazo. As formulações lipossomais na forma liofilizada apresentaram-se estáveis após 60 dias. O grupo tratado com α-Glucana-SO4 livre reduziu 90,1% na eliminação de ovos nas fezes e, em 80%, os vermes totais em relação ao grupo controle. Esses resultados foram estatisticamente iguais aos obtidos com a α-Glucana-SO4 encapsulada. Em ambos os parâmetros (ovos excretados e vermes recuperados), o grupo lipossomas vazios apresentou efeito sobre a parasitose. Com relação ao número de granulomas hepáticos, os dois tratamentos foram eficazes reduzindo em 62% e 63%, respectivamente, em relação aos controles. Foram encontrados raros granulomas intestinais em todos os grupos, o que já era esperado pelo próprio perfil da parasitose. Quanto ao padrão de marcação com lectinas, a Con A marcou o sistema ovo-granuloma no grupo α- Glucana-SO4 livre e encapsulada e não foi verificada esta marcação no grupo NaCl 150 mM e lipossomas vazios. Já a lectina WGA marcou o sistema ovo-granuloma em todos os grupos. Pelo exposto constata-se a atividade biológica da α-Glucana-SO4 e que a encapsulação neste tipo de lipossoma e nestas condições experimentais causaram o mesmo efeito do polissacarídeo livre
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