O ensino da modalidade escrita da língua no final da educação infantil: concepções e práticas de docentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Thais Thalyta da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000t5km
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33928
Resumo: Defendendo o trabalho com a modalidade escrita da língua na Educação Infantil, a pesquisa buscou: I) caracterizar a prática de professoras, o cotidiano de suas salas de aula, para identificar suas rotinas e o lugar dedicado ao ensino da língua portuguesa - e, especificamente, da sua modalidade escrita - no último ano da Educação Infantil; II) identificar e analisar as concepções e práticas pedagógicas de ensino-aprendizagem da língua portuguesa das professoras investigadas, de modo a conhecer que atividades priorizavam e como as conduziam; e III) identificar os recursos didáticos que as professoras usavam para ensinar a notação alfabética e para praticar a leitura e escrita de textos, examinando os critérios para sua escolha e a coerência com as concepções que elas, docentes, expressavam. Para tal, investigamos as práticas de três professoras do final da Educação Infantil, indicadas por seus pares, sendo uma da rede privada e duas de redes públicas da Região Metropolitana do Recife. A coleta de dados se deu a partir da observação de 20 jornadas de aulas de cada docente, que aconteciam por semana completa, além de entrevista ao final das observações. Constatamos que as docentes tinham uma rotina estruturada de trabalho, mas com pouca incursão de práticas intencionais com a modalidade escrita da Língua Portuguesa. Dentre os eixos de ensino da língua, a apropriação do sistema de escrita foi o mais trabalhado, contudo, de forma pouco significativa. As três professoras diziam ter o objetivo de trabalhar principalmente o reconhecimento das letras, no entanto, as atividades mais presenciadas eram de escrita do nome próprio e a cópia de palavras. As atividades das professoras 2 e 3, das redes públicas, sempre partiam da exposição de uma família silábica. Os discursos sobre a leitura revelaram que a leitura era reduzida a um processo de decodificação. Apesar disso, a leitura de textos, em geral, estava presente no cotidiano das turmas, sendo realizada, principalmente, pelas professoras para seus alunos, mas sem preocupações com o ensino de compreensão leitora. As professoras 1 e 3 realizaram poucas questões pontuais sobre os textos lidos e a Professora 2 sequer conversou sobre nenhuma das leituras realizadas. A produção de textos era concebida pelas docentes, grosso modo, como um eixo mais difícil de ser trabalhado com as crianças da Educação Infantil, de modo que só uma delas fez uma atividade de produção de uma lista. Quanto aos recursos didáticos, também não foi registrada grande variação nos casos acompanhados, nem nos discursos e nem nas práticas docentes, sobretudo no caso da Professora 2. No eixo do sistema de escrita, os recursos mais utilizados eram as fichas de atividade. Na leitura, os livros literários eram recursos bastante presentes, menos no caso da Professora 2 que lia mais frequentemente os textos das fichas de atividade. A pesquisa aponta a necessidade de discutir e situar melhor o lugar da leitura e da escrita de textos e de palavras na Educação infantil, para colaborar com a fundamentação e desenvolvimento de práticas mais coesas, que valorizem e respeitem as crianças pequenas.
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spelling SILVA, Thais Thalyta dahttp://lattes.cnpq.br/7084740221784761http://lattes.cnpq.br/8901640283482955MORAIS, Artur Gomes de2019-09-27T22:14:04Z2019-09-27T22:14:04Z2018-10-22https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33928ark:/64986/001300000t5kmDefendendo o trabalho com a modalidade escrita da língua na Educação Infantil, a pesquisa buscou: I) caracterizar a prática de professoras, o cotidiano de suas salas de aula, para identificar suas rotinas e o lugar dedicado ao ensino da língua portuguesa - e, especificamente, da sua modalidade escrita - no último ano da Educação Infantil; II) identificar e analisar as concepções e práticas pedagógicas de ensino-aprendizagem da língua portuguesa das professoras investigadas, de modo a conhecer que atividades priorizavam e como as conduziam; e III) identificar os recursos didáticos que as professoras usavam para ensinar a notação alfabética e para praticar a leitura e escrita de textos, examinando os critérios para sua escolha e a coerência com as concepções que elas, docentes, expressavam. Para tal, investigamos as práticas de três professoras do final da Educação Infantil, indicadas por seus pares, sendo uma da rede privada e duas de redes públicas da Região Metropolitana do Recife. A coleta de dados se deu a partir da observação de 20 jornadas de aulas de cada docente, que aconteciam por semana completa, além de entrevista ao final das observações. Constatamos que as docentes tinham uma rotina estruturada de trabalho, mas com pouca incursão de práticas intencionais com a modalidade escrita da Língua Portuguesa. Dentre os eixos de ensino da língua, a apropriação do sistema de escrita foi o mais trabalhado, contudo, de forma pouco significativa. As três professoras diziam ter o objetivo de trabalhar principalmente o reconhecimento das letras, no entanto, as atividades mais presenciadas eram de escrita do nome próprio e a cópia de palavras. As atividades das professoras 2 e 3, das redes públicas, sempre partiam da exposição de uma família silábica. Os discursos sobre a leitura revelaram que a leitura era reduzida a um processo de decodificação. Apesar disso, a leitura de textos, em geral, estava presente no cotidiano das turmas, sendo realizada, principalmente, pelas professoras para seus alunos, mas sem preocupações com o ensino de compreensão leitora. As professoras 1 e 3 realizaram poucas questões pontuais sobre os textos lidos e a Professora 2 sequer conversou sobre nenhuma das leituras realizadas. A produção de textos era concebida pelas docentes, grosso modo, como um eixo mais difícil de ser trabalhado com as crianças da Educação Infantil, de modo que só uma delas fez uma atividade de produção de uma lista. Quanto aos recursos didáticos, também não foi registrada grande variação nos casos acompanhados, nem nos discursos e nem nas práticas docentes, sobretudo no caso da Professora 2. No eixo do sistema de escrita, os recursos mais utilizados eram as fichas de atividade. Na leitura, os livros literários eram recursos bastante presentes, menos no caso da Professora 2 que lia mais frequentemente os textos das fichas de atividade. A pesquisa aponta a necessidade de discutir e situar melhor o lugar da leitura e da escrita de textos e de palavras na Educação infantil, para colaborar com a fundamentação e desenvolvimento de práticas mais coesas, que valorizem e respeitem as crianças pequenas.FACEPEDefending work with the written language in Infant Education, the research sought to: I) characterize the practice of teachers, the daily life of their classrooms, to identify their routines and the place dedicated to teaching the Portuguese language - and specifically , of his written modality - in the last year of Early Childhood Education; II) to identify and analyze the teaching-learning pedagogical conceptions and practices of the Portuguese language of the investigated teachers, in order to know what activities were prioritized and how they were conducted; and III) to identify the didactic resources that the teachers used to teach alphabetic notation and to practice reading and writing texts, examining the criteria for their choice and the coherence with the conceptions they expressed. To do this, we investigated the practices of three teachers at the end of Early Childhood Education, indicated by their peers, one of the private network and two of public networks in the Metropolitan Region of Recife. The data collection was based on the observation of 20 days of classes of each teacher, which happened for a full week, besides an interview at the end of the observations. We found that teachers had a structured routine of work, but with little incursion of intentional practices with the written modality of the Portuguese Language. Among the axes of teaching the language, the appropriation of the writing system was the most worked, however, in a small way. The three teachers claimed to have the purpose of working mainly on the recognition of letters, however, the most attended activities were writing of the proper name and the copy of words. The activities of teachers 2 and 3, of public networks, always started with the exposition of a syllabic family. The discourse on reading revealed that reading was reduced to a process of decoding. Despite this, the reading of texts, in general, was present in the daily life of the classes, being carried out, mainly, by the teachers for their students, but without preoccupations with the teaching of reading comprehension. Teachers 1 and 3 performed few specific questions about the texts read and Teacher 2 did not even talk about any of the readings. The production of texts was conceived by teachers, roughly speaking, as a more difficult axis to work with the children of Early Childhood Education, so that only one of them did a list-making activity. As for the didactic resources, there was also no great variation in the cases followed, neither in the discourses nor in the teaching practices, especially in the case of Teacher 2. In the axis of the writing system, the most used resources were the activity fiches. In reading, literary books were very present resources, except in the case of Professor 2 who read more frequently the texts of the activity sheets. The research points out the need to discuss and better situate the place of reading and writing texts and words in children's education, to collaborate with the foundation and development of more cohesive practices that value and respect small children.En défendant le travail avec la langue écrite dans l’éducation infantile, la recherche visait à: I) caractériser la pratique des enseignants, la vie quotidienne de leurs salles de classe, identifier leurs routines et la place dédiée à l’enseignement de la langue portugaise - et plus particulièrement , de sa modalité écrite - dans la dernière année d’éducation de la petite enfance; II) identifier et analyser les conceptions et pratiques pédagogiques enseignement-apprentissage de la langue portugaise des enseignants enquêtés, afin de savoir quelles activités ont été classées par ordre de priorité et comment elles ont été conduites; et III) identifier les ressources didactiques utilisées par les enseignants pour enseigner la notation alphabétique et s'exercer à lire et à écrire des textes, en examinant les critères de choix et la cohérence avec les conceptions qu'ils ont exprimées. Pour ce faire, nous avons étudié les pratiques de trois enseignants à la fin de l’éducation de la petite enfance, indiquées par leurs pairs, l’un du réseau privé et deux des réseaux publics de la région métropolitaine de Recife. La collecte de données était basée sur l'observation de 20 jours de cours de chaque enseignant, ce qui s'est passé pendant une semaine complète, en plus d'un entretien à la fin des observations. Nous avons constaté que les enseignants avaient une routine de travail structurée, mais avec peu d'incursion de pratiques intentionnelles dans la modalité écrite de la langue portugaise. Parmi les axes d’enseignement de la langue, l’appropriation du système d’écriture a été la plus travaillée, mais de façon modeste. Les trois enseignants ont déclaré avoir pour objectif de travailler principalement à la reconnaissance des lettres. Toutefois, les activités les plus fréquentées ont été la rédaction du nom propre et la copie des mots. Les activités des enseignants 2 et 3, des réseaux publics, ont toujours commencé avec l’exposition d’une famille syllabique. Le discours sur la lecture a révélé que la lecture était réduite à un processus de décodage. Malgré cela, la lecture des textes était en général présente dans la vie quotidienne des classes, principalement par les enseignants pour leurs élèves, mais sans se préoccuper de l’enseignement de la compréhension en lecture. Les enseignants 1 et 3 ont posé peu de questions spécifiques sur les textes lus et l’enseignant 2 n’a même pas parlé des lectures. La production de textes a été conçue par les enseignants, en gros, comme un axe plus difficile à travailler avec les enfants de l'éducation de la petite enfance, de sorte qu'un seul d'entre eux a réalisé une activité de liste. En ce qui concerne les ressources didactiques, il n’ya pas non plus de grande variation dans les cas suivis, ni dans les discours ni dans les pratiques pédagogiques, en particulier dans le cas de Teacher 2. Dans l’axe du système d’écriture, les ressources les plus utilisées étaient les fiches d’activité. En lecture, les livres littéraires étaient des ressources très présentes, sauf dans le cas du professeur 2 qui lisait plus fréquemment les textes des fiches d'activité. La recherche souligne la nécessité de discuter et de mieux situer la place de la lecture et de l'écriture de textes et de mots dans l'éducation des enfants, de collaborer à la fondation et au développement de pratiques plus cohérentes valorisant et respectant les jeunes enfants.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EducacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEducação infantilLíngua portuguesa - EscritaCompreensão na leituraUFPE - Pós-graduaçãoO ensino da modalidade escrita da língua no final da educação infantil: concepções e práticas de docentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Thais Thalyta da Silva.pdf.jpgTESE Thais Thalyta da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1207https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/33928/5/TESE%20Thais%20Thalyta%20da%20Silva.pdf.jpg24e05420ed6f3297e86f824e8fd4566bMD55ORIGINALTESE Thais Thalyta da Silva.pdfTESE Thais Thalyta da Silva.pdfapplication/pdf2446817https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/33928/1/TESE%20Thais%20Thalyta%20da%20Silva.pdf2df7e3e55d151afff16c19cb91bbf15aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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