“Marcas (In)Visíveis” : a dinâmica rememorativa-imaginativa na (re)construção do self dialógico dos adolescentes que praticaram autolesão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AGUIAR, Mariana Bentzen
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38070
Resumo: A presente dissertação utilizou os pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Cultural de Dinâmica Semiótica para investigar o processo de construção de significados de si (Self Dialógico – SD) referentes ao início e fim do uso da autolesão em adolescentes, destacando nesse processo, o papel da rememoração e da imaginação atreladas ao SD na construção da trajetória de vida desses sujeitos. Estudou-se o processo de mudança psicológica do SD através da perspectiva dialógica e das funções psicológicas superiores (imaginação-rememoração) que o assessoram epossibilitama continuidade, ou descontinuidade, das posições do eu. Ademais, compreendemos os participantes como construtores de signos que se constituem em uma separação inclusiva com a cultura. A fim de captar tais processos, combinaram-se métodos qualitativos de base ideográfica para a construção dos dados: entrevistas longitudinais semiestruturadas, apresentação de vídeo e um experimento de apagar frases. Todos os dados foram utilizados para (1) a construção da trajetória de vida de cada participante inspirada na abordagem de equifinalidade de trajetórias (TrajectoryEquifinality Approach) e nas Avenidas de Significações Dirigidas (ADMs); (2) o exame das posições do eu (através do mapeamento do agente, objeto, audiências, domínio relacional e posição do eu) atreladas aos pontos de inícios e fim da autolesão destacados na trajetória – explorou-se também as esferas de experiências nela encontradas; (3) a investigação da dinâmica de transformação das posições do eu levantadas através do estudo dos processos imaginativos e rememorativos e da negociação entre a cultura pessoal e cultura coletiva, e, portanto, ancorados na unidade quadrática proposta por Valsiner. Ademais, destacaram-se as rupturas e transições, bem como os reguladores semióticos catalizadores, inibidores e promotores. Participaram do estudo 2 adolescentes (12 a 18 anos) que estavam em atendimento psicoterápico e tinham tido experiências de autolesão, mas que essas já houvessem cessado. Através da análise dos dados construídos percebemos que, com a hierarquização estereotipada das posições do eu – ou a exacerbação do falso self, numa linguagem Winnicottiana –, o movimento do SD em direção ao que chamamos de sua realização estética fica comprometido. Sem conseguir construir novos sentidos para si, articular diálogos entre as posições do eu (devido a hierarquias fixas e o silenciamento de outras vozes pela posição do eu dominante) o mal-estar psíquico parece advir. Esse acaba sendo demarcado no corpo através do ato autolesivo. Como a cristalização dos sentidos de si se dá na negociação do sujeito com a sociedade, assim, a autolesão surge como um signo ofertado pelo sujeito a esse outro: uma mensagem ou demanda de aceitação do seu eu por completo (multifacetado, com uma hierarquização flexível e com múltiplas vozes em diálogo). O fim do padecimento psíquico e dos atos autolesivos ocorreu através da destruição dos sentidos anteriores (dicotômicos) em uma síntese resultante da experiência do sublime – dos sentidos de si e dos sentidos conferido à autolesão. Essa síntese, por sua vez, só se torna possível a partir da emergência de novas ADMs – seja através do auxílio de reguladores semióticos catalíticos identificados ou não. Assim, a relação sujeito<>objeto (gegenstand) /outros sociais se modifica no decorrer do tempo ontológico.
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spelling AGUIAR, Mariana Bentzenhttp://lattes.cnpq.br/1645080470736399http://lattes.cnpq.br/7889645056048521LYRA, Maria da Conceição Diniz Pereira de2020-09-23T20:36:24Z2020-09-23T20:36:24Z2019-02-22AGUIAR, Mariana Bentzen. “Marcas (In)Visíveis”: a dinâmica rememorativa-imaginativa na (re)construção do self dialógico dos adolescentes que praticaram autolesão. 2019. Dissertação (Mestrado em Psicologia Cognitiva) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38070A presente dissertação utilizou os pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Cultural de Dinâmica Semiótica para investigar o processo de construção de significados de si (Self Dialógico – SD) referentes ao início e fim do uso da autolesão em adolescentes, destacando nesse processo, o papel da rememoração e da imaginação atreladas ao SD na construção da trajetória de vida desses sujeitos. Estudou-se o processo de mudança psicológica do SD através da perspectiva dialógica e das funções psicológicas superiores (imaginação-rememoração) que o assessoram epossibilitama continuidade, ou descontinuidade, das posições do eu. Ademais, compreendemos os participantes como construtores de signos que se constituem em uma separação inclusiva com a cultura. A fim de captar tais processos, combinaram-se métodos qualitativos de base ideográfica para a construção dos dados: entrevistas longitudinais semiestruturadas, apresentação de vídeo e um experimento de apagar frases. Todos os dados foram utilizados para (1) a construção da trajetória de vida de cada participante inspirada na abordagem de equifinalidade de trajetórias (TrajectoryEquifinality Approach) e nas Avenidas de Significações Dirigidas (ADMs); (2) o exame das posições do eu (através do mapeamento do agente, objeto, audiências, domínio relacional e posição do eu) atreladas aos pontos de inícios e fim da autolesão destacados na trajetória – explorou-se também as esferas de experiências nela encontradas; (3) a investigação da dinâmica de transformação das posições do eu levantadas através do estudo dos processos imaginativos e rememorativos e da negociação entre a cultura pessoal e cultura coletiva, e, portanto, ancorados na unidade quadrática proposta por Valsiner. Ademais, destacaram-se as rupturas e transições, bem como os reguladores semióticos catalizadores, inibidores e promotores. Participaram do estudo 2 adolescentes (12 a 18 anos) que estavam em atendimento psicoterápico e tinham tido experiências de autolesão, mas que essas já houvessem cessado. Através da análise dos dados construídos percebemos que, com a hierarquização estereotipada das posições do eu – ou a exacerbação do falso self, numa linguagem Winnicottiana –, o movimento do SD em direção ao que chamamos de sua realização estética fica comprometido. Sem conseguir construir novos sentidos para si, articular diálogos entre as posições do eu (devido a hierarquias fixas e o silenciamento de outras vozes pela posição do eu dominante) o mal-estar psíquico parece advir. Esse acaba sendo demarcado no corpo através do ato autolesivo. 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Assim, a relação sujeito<>objeto (gegenstand) /outros sociais se modifica no decorrer do tempo ontológico.CNPqThis dissertation used the theoretical-methodological assumptions of Cultural Psychology of Semiotic Dynamics to investigate the meaning making process of oneself (Dialogic Self - SD) referring to the beginning and end of the use of self-harm in adolescents, highlighting in this process the role of remembering and imagination linked to SD in life trajectory’s construction of these subjects. We seek to study the process of psychological change – SD – In light of dialogic perspective and highlighting the psychological functions (imagination and emembering) that auxiliates the SD, enabling its continuity or discontinuity of self positioning. Moreover, we understand these adolescents as sign builders and constituted in a relationship of inclusive separation with culture.The present dissertation combined qualitative methods with an ideographic basis for data construction: semi-structured longitudinal interviews, a video presentation and an erasing phrases experiment. All data were used to (1) construct each participant's life trajectory inspired by the Trajectory Equifinality Approach and by the Avenues of Directive Meaning (ADMs); (2) examinate the self Ipositions (through mapping of the agent, object, audience, relational domain and self Ipositions ), linked to the beginning and end of self-harming moments highlighted in the trajectory - we also explored the spheres of experience found on it ; (3) the investigation of the dynamics' transformation of the self I-positioning raised through the study of the imaginative and remembering processes and the negotiation between personal culture and collective culture, and therefore, anchored in the quadratic unity proposed by Valsiner. In addition, we highlighted the ruptures and transitions, as well as the semiotic catalysts, inhibitors and promoters regulators. The adolescents (12 to 18 years old) that participated in the study were in psychotherapeutic care and had experienced self-harming before– but they had already ceased it before this study. From the constructed data’s analysiswe perceive that, with the I-positions organized in a stereotyped hierarchy – or the false self’s exacerbation, in a Winnicottian language – the SD’s movement towards what we call its aesthetic realization is compromised. Unable to construct new senses for himself, to articulate dialogues between the I-positions (due the fixed hierarchie and, therefore, the dominant I-position silencing the others) psychological distress seems to emerge. This process ends up being demarcated in the body through the self-harming acts. As the crystallization self’s senses occurs in the negotiation between the subject and society, thus, self-harm appears as a sign offered by the subject to the social other: a message or demand of acceptance his SD's wholeness (multifaceted, with a flexible hierarchy and with multiple voices in dialogue). The end of psychic suffering and self-harming acts occurred through the destruction of the earlier (dichotomic) senses in a synthesis resulted from the sublime’s experience – in the SD’s meanings and also in the self-harming meanings. This synthesis, successively, is only possible from the emergence of new ADMs – either through identified semiotic catalytic regulators’ aid or not. Thus, the relation subject object (gegenstand) /social other changes in the course of the ontological time.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Psicologia CognitivaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPsicologia CognitivaSignificado do euSimiose que não é repetidoProcessos cognitivos básicosPrópria históriaAdolescentes com aspectos negativos“Marcas (In)Visíveis” : a dinâmica rememorativa-imaginativa na (re)construção do self dialógico dos adolescentes que praticaram autolesãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Mariana Bentzen Aguiar.pdfDISSERTAÇÃO Mariana Bentzen Aguiar.pdfapplication/pdf3618220https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38070/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Mariana%20Bentzen%20Aguiar.pdff0cb880f996422bfc27e1d0ae6ddf761MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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