Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, Raquel Correia de Assis
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14028
Resumo: A praia de Porto de Galinhas, situada no litoral sul de Pernambuco, Brasil, cerca de 50 km de Recife, possui recifes de arenito do tipo franja e é alvo de intensa atividade turística. Com o intuito de avaliar a estrutura da comunidade fitoplanctônica e sua dinâmica associada com as variáveis ambientais no ecossistema recifal de Porto de Galinhas, amostras de água foram coletadas em quatro meses dos períodos chuvoso (maio, junho, julho e agosto de 2010) e de estiagem (outubro, novembro e dezembro de 2010 e janeiro de 2011), na superfície, em quatro pontos fixos, na preamar e baixa-mar, em marés de sizígia diurna. A pluviosidade seguiu a curva dos 15 anos anteriores, porém o mês de junho apresentou pluviosidade acima da média devido a um intenso Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL). A transparência variou entre 0,63 e 6,5m, a temperatura variou entre 25 e 29ºC, a salinidade de 27 a 38, a taxa de saturação do oxigênio dissolvido de 87,80 a 135,28%, o nitrito foi <0.5μmol.L-1, o nitrato variou entre 0.1 e 5μmol.L-1, o N-amoniacal foi <0,97μmol.L-1, o fosfato foi <0.39μmol.L-1 e o silicato foi <39,2μmol.L-1; a clorofila a variou entre 0,42 e 5,66mg.m-3 e o índice trófico TRIX entre 0,98 e 3,46. A pluviosidade foi o principal fator condicionante nas variações ambientais. De acordo com a análise de componentes principais (ACP), a pluviosidade foi a forçante física mais importante para o sistema influenciando diretamente a clorofila a e nitrato e inversamente a transparência e salinidade. A estrutura da comunidade fitoplanctônica também oscilou em função da sazonalidade, além disso, apresentou maior densidade no período chuvoso. Foram identificados 192 táxons, pertencentes a 6 divisões, sendo Ochrophyta (64,6%) a mais representativa, seguida por Dynophyta (19,3%). Ostreopsis ovata, Trichodesmium eryhtraeum, Protoperidinium bispinum, Paralia sulcata, Thalassiosira leptopus e Fragilaria capucina foram as espécies mais representativas do ambiente. O. ovata se destacou por ser a única espécie muito frequente e dominante. O DOL contribuiu para a ocorrência de grande parte das espécies dulciaquícolas que ocorreram no local. O ambiente caracterizou-se como oligotrófico, tendendo a mesotrófico no período chuvoso. O elevado número de táxons, associado a uma alta equitabilidade foram indicativos de equilíbrio ambiental. A interferência continental pôde ser percebida através da variação dos parâmetros abióticos, assim como da variação na estrutura da comunidade fitoplanctônica. Apesar da área recifal sofrer forte pressão antrópica, esse impacto ainda não foi perceptível no ambiente pelágico.
id UFPE_1abd5193c1b3c985c0171cee28ee9b2a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/14028
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling MACHADO, Raquel Correia de AssisFEITOSA, Fernando Antônio do NascimentoKOENING, Maria Luise2015-05-22T12:36:13Z2015-05-22T12:36:13Z2015-02-26https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14028A praia de Porto de Galinhas, situada no litoral sul de Pernambuco, Brasil, cerca de 50 km de Recife, possui recifes de arenito do tipo franja e é alvo de intensa atividade turística. Com o intuito de avaliar a estrutura da comunidade fitoplanctônica e sua dinâmica associada com as variáveis ambientais no ecossistema recifal de Porto de Galinhas, amostras de água foram coletadas em quatro meses dos períodos chuvoso (maio, junho, julho e agosto de 2010) e de estiagem (outubro, novembro e dezembro de 2010 e janeiro de 2011), na superfície, em quatro pontos fixos, na preamar e baixa-mar, em marés de sizígia diurna. A pluviosidade seguiu a curva dos 15 anos anteriores, porém o mês de junho apresentou pluviosidade acima da média devido a um intenso Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL). A transparência variou entre 0,63 e 6,5m, a temperatura variou entre 25 e 29ºC, a salinidade de 27 a 38, a taxa de saturação do oxigênio dissolvido de 87,80 a 135,28%, o nitrito foi <0.5μmol.L-1, o nitrato variou entre 0.1 e 5μmol.L-1, o N-amoniacal foi <0,97μmol.L-1, o fosfato foi <0.39μmol.L-1 e o silicato foi <39,2μmol.L-1; a clorofila a variou entre 0,42 e 5,66mg.m-3 e o índice trófico TRIX entre 0,98 e 3,46. A pluviosidade foi o principal fator condicionante nas variações ambientais. De acordo com a análise de componentes principais (ACP), a pluviosidade foi a forçante física mais importante para o sistema influenciando diretamente a clorofila a e nitrato e inversamente a transparência e salinidade. A estrutura da comunidade fitoplanctônica também oscilou em função da sazonalidade, além disso, apresentou maior densidade no período chuvoso. Foram identificados 192 táxons, pertencentes a 6 divisões, sendo Ochrophyta (64,6%) a mais representativa, seguida por Dynophyta (19,3%). Ostreopsis ovata, Trichodesmium eryhtraeum, Protoperidinium bispinum, Paralia sulcata, Thalassiosira leptopus e Fragilaria capucina foram as espécies mais representativas do ambiente. O. ovata se destacou por ser a única espécie muito frequente e dominante. O DOL contribuiu para a ocorrência de grande parte das espécies dulciaquícolas que ocorreram no local. O ambiente caracterizou-se como oligotrófico, tendendo a mesotrófico no período chuvoso. O elevado número de táxons, associado a uma alta equitabilidade foram indicativos de equilíbrio ambiental. A interferência continental pôde ser percebida através da variação dos parâmetros abióticos, assim como da variação na estrutura da comunidade fitoplanctônica. Apesar da área recifal sofrer forte pressão antrópica, esse impacto ainda não foi perceptível no ambiente pelágico.CAPESporAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFitoplânctonOstreopsis ovataClorofila aÍndice TRIXRecifes de ArenitoEstrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE versão biblioteca.pdf.jpgTESE versão biblioteca.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1158https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/5/TESE%20vers%c3%a3o%20biblioteca.pdf.jpg8d39b0f81ea5349bda50bcfd12a4b118MD55ORIGINALTESE versão biblioteca.pdfTESE versão biblioteca.pdfapplication/pdf2567467https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/1/TESE%20vers%c3%a3o%20biblioteca.pdfcbc9baab1ec205be3fca7faef6988926MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE versão biblioteca.pdf.txtTESE versão biblioteca.pdf.txtExtracted texttext/plain296229https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/4/TESE%20vers%c3%a3o%20biblioteca.pdf.txt529062c0a79f87de53d2799b160479c6MD54123456789/140282019-10-25 19:01:57.285oai:repositorio.ufpe.br:123456789/14028TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T22:01:57Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)
title Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)
spellingShingle Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)
MACHADO, Raquel Correia de Assis
Fitoplâncton
Ostreopsis ovata
Clorofila a
Índice TRIX
Recifes de Arenito
title_short Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)
title_full Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)
title_fullStr Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)
title_full_unstemmed Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)
title_sort Estrutura da comunidade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco-Brasil)
author MACHADO, Raquel Correia de Assis
author_facet MACHADO, Raquel Correia de Assis
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv MACHADO, Raquel Correia de Assis
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv FEITOSA, Fernando Antônio do Nascimento
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv KOENING, Maria Luise
contributor_str_mv FEITOSA, Fernando Antônio do Nascimento
KOENING, Maria Luise
dc.subject.por.fl_str_mv Fitoplâncton
Ostreopsis ovata
Clorofila a
Índice TRIX
Recifes de Arenito
topic Fitoplâncton
Ostreopsis ovata
Clorofila a
Índice TRIX
Recifes de Arenito
description A praia de Porto de Galinhas, situada no litoral sul de Pernambuco, Brasil, cerca de 50 km de Recife, possui recifes de arenito do tipo franja e é alvo de intensa atividade turística. Com o intuito de avaliar a estrutura da comunidade fitoplanctônica e sua dinâmica associada com as variáveis ambientais no ecossistema recifal de Porto de Galinhas, amostras de água foram coletadas em quatro meses dos períodos chuvoso (maio, junho, julho e agosto de 2010) e de estiagem (outubro, novembro e dezembro de 2010 e janeiro de 2011), na superfície, em quatro pontos fixos, na preamar e baixa-mar, em marés de sizígia diurna. A pluviosidade seguiu a curva dos 15 anos anteriores, porém o mês de junho apresentou pluviosidade acima da média devido a um intenso Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL). A transparência variou entre 0,63 e 6,5m, a temperatura variou entre 25 e 29ºC, a salinidade de 27 a 38, a taxa de saturação do oxigênio dissolvido de 87,80 a 135,28%, o nitrito foi <0.5μmol.L-1, o nitrato variou entre 0.1 e 5μmol.L-1, o N-amoniacal foi <0,97μmol.L-1, o fosfato foi <0.39μmol.L-1 e o silicato foi <39,2μmol.L-1; a clorofila a variou entre 0,42 e 5,66mg.m-3 e o índice trófico TRIX entre 0,98 e 3,46. A pluviosidade foi o principal fator condicionante nas variações ambientais. De acordo com a análise de componentes principais (ACP), a pluviosidade foi a forçante física mais importante para o sistema influenciando diretamente a clorofila a e nitrato e inversamente a transparência e salinidade. A estrutura da comunidade fitoplanctônica também oscilou em função da sazonalidade, além disso, apresentou maior densidade no período chuvoso. Foram identificados 192 táxons, pertencentes a 6 divisões, sendo Ochrophyta (64,6%) a mais representativa, seguida por Dynophyta (19,3%). Ostreopsis ovata, Trichodesmium eryhtraeum, Protoperidinium bispinum, Paralia sulcata, Thalassiosira leptopus e Fragilaria capucina foram as espécies mais representativas do ambiente. O. ovata se destacou por ser a única espécie muito frequente e dominante. O DOL contribuiu para a ocorrência de grande parte das espécies dulciaquícolas que ocorreram no local. O ambiente caracterizou-se como oligotrófico, tendendo a mesotrófico no período chuvoso. O elevado número de táxons, associado a uma alta equitabilidade foram indicativos de equilíbrio ambiental. A interferência continental pôde ser percebida através da variação dos parâmetros abióticos, assim como da variação na estrutura da comunidade fitoplanctônica. Apesar da área recifal sofrer forte pressão antrópica, esse impacto ainda não foi perceptível no ambiente pelágico.
publishDate 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-05-22T12:36:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-05-22T12:36:13Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-02-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14028
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14028
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/5/TESE%20vers%c3%a3o%20biblioteca.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/1/TESE%20vers%c3%a3o%20biblioteca.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14028/4/TESE%20vers%c3%a3o%20biblioteca.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8d39b0f81ea5349bda50bcfd12a4b118
cbc9baab1ec205be3fca7faef6988926
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
529062c0a79f87de53d2799b160479c6
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310818455355392