Perspectivas de rearranjo socioespacial a partir da produção imobiliária de alto padrão no bairro de Barra de Jangada – Jaboatão dos Guararapes – PE

• Autor(a) principal: COSTA, Heitor Beserra da
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• dARK ID: ark:/64986/001300000w9x8
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36815
• topic: Geografia; Crescimento urbano – Jaboatão dos Guararapes (PE); Mercado imobiliário – Aspectos econômicos; Marketing; Vendas

Esta dissertação pretende debater da produção de espaços urbanos litorâneos, construídos próximos a atributos de raridade estão, quase sempre ligados à ambientes naturais e equipamentos urbanos. O recorte escolhido para ser estudado foi o bairro de Barra de Jangada, localizado no litoral sul do município do Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Metodologicamente, partiu-se da dialética encontrada em ambientes urbanos e dos conflitos locacionais gerados pela desigualdade, comum em países periféricos. Para que fosse possível analisar as dinâmicas do bairro, se fez necessário que conhecêssemos previamente alguns aspectos gerais do local, desde a composição físico-natural até questões de cunho econômico. Neste sentido, pretendeu-se entender de que forma os processos urbanos se apresentam no bairro e como os lotes, principalmente nas áreas de maior valor econômico, se adequam as dinâmicas (ou se sempre estiveram preparados para a chegada destes processos). Foram definidos 3 agentes produtores do espaço, com eixo central na produção habitacional; i) o agente privado, materializado na figura de construtoras/incorporadoras que agem no bairro; ii) o agente público, figurado e representado, neste caso, pelo governo Federal e suas políticas habitacionais (prévias e atuais), mas a validação do governo municipal e iii) o produtor informal de habitação. Entender de que maneira os movimentos internacionais repercutem nos espaços locais também foi necessário para que o estudo se desenvolvesse, situando o Brasil na periferia do capitalismo e as consequências dessa marginalidade sistêmica e como estes processos refletem-se nos ambientes naturais. Buscando aprofundar o conhecimento acerca dos processos, recorreu-se ao complexo situacional do bairro, ampliando o estudo, analisando de que maneira as elites pernambucanas se relacionam com os corpos hídricos, como estes passaram a se apresentar como atributos de valor e de que maneira o marketing empresarial se utiliza destes atributos na busca por maiores lucros. Para isso, também se verificou como as variações no mercado de terras impuseram acelerações e desacelerações na forma de produzir o espaço. Por se tratar de uma área onde ainda estão em ebulição os processos expansivos da metrópole central (o Recife), houve a possibilidade de traçar-se alguns perfis organizacionais para o bairro, um com caráter mais previsível e de provável concretização e outro alternativo ao que se impõe.