Estudo geoestrutural do maciço de Granito Vermelho Frevo Sertânia-PE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MENDES, Vanildo Almeida
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000001w19
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5122
Resumo: A finalidade deste trabalho é desenvolver uma metodologia aplicada à prospecção e pesquisa geológica de rochas ornamentais em maciço rochoso. Para tanto visa fornecer ao responsável técnico pelas futuras operações de lavra o conhecimento das características petrográficas e físico-mecânicas da rocha a ser explotada e o regime de tensões a que está submetida, para que o mesmo possa definir a melhor sistemática tecnológica no plano de aproveitamento econômico a ser adotado. Este Trabalho versa também sobre a importância do estudo regional na detecção de jazimentos de rochas ornamentais. O estudo regional foi realizado em uma área de 3.000 km2, situada na folha Sertânia, limitada pelas coordenadas geográficas: 37º a 37º 30 de longitude Oeste e 08º a 08º 30 de latitude Sul. A pesquisa de detalhe compreendeu uma área de 5 ha, localizada em terras do Sítio Jaú, município de Sertânia - PE. Na área de estudo afloram paragnaisses a biotita intensamente dobrados e migmatizados, com neossoma de cor róseo-avermelhado e paleossoma máfico rico em biotita e quartzo. Durante o transcorrer dos trabalhos de campo foi realizado o mapeamento geológico e estrutural de detalhe, incluindo a análise das deformações plicativas (1). Em paralelo, fez-se o levantamento do sistema de fraturamento, dos veios e o tratamento dos mesmos através dos métodos de projeção estereográfica (rede de Schmidt), culminando com a elaboração dos blocos de partição. A aplicação de tal sistemática de trabalho teve por finalidade definir o sistema de tensões atuantes sobre o maciço e a melhor forma de realizar a lavra sem provocar o aparecimento de fraturas de alívio na rocha. O afloramento estudado, constitui um maciço aberto nos anos 90 pela FUSTE LTDA visando a pesquisa e explotação de blocos canteirados (2) do Granito Vermelho Frevo, cujas dimensões correspondem a cerca de 220 m de comprimento, por 200 m de largura e uma altura média de 10 m. Posteriormente os trabalhos foram continuados pela MC LOPES, a qual recentemente enviou cerca de 15 m3 de material para a China para testes de mercado. Em termos estruturais, a rocha encontra-se intensamente deformada, afetada por 03 (três) fases de deformação, onde nota-se a presença de dobras isoclinais da fase F1 e a sua foliação (S1//S0), afetada por dobramentos inclinados a recumbentes da fase F2. Apresenta plano axial sub-horizontal, eixos coaxiais aos dobramentos anteriores e dispostos na direção 310o Az, com caimento entre 15º a 25º. A fase F3 constitui dobramentos abertos de plano axial sub-vertical, que afetou as foliações S1//S0 e S2, além dos dobramentos das fases anteriores e dispõe-se na direção NW. Tais deformações foram geradas em um regime tangencial, o qual foi progressivamente afetado por um regime de transcorrência, que atuou sobre os dobramentos pretéritos tendo inclusive crenulado a foliação S1//S2. A análise do fraturamento mostrou que as fraturas de cisalhamento situam-se nas direções 50º Az e 350º Az, com S1//S0 dispostas nas direções 300º Az a 320º Az, e as fraturas de tensão orientadas nos intervalos de 20º Az a 30º Az e 300º Az a 320º a Az. A apreciação do elipsóide de compressão mostra o σ1 na direção 30º Az, o que explica as direções das fraturas de cisalhamento, das tensões e das foliações. Com base no exposto pode-se concluir que a melhor orientação de corte, para o desenvolvimento dos trabalhos de abertura da pedreira, de modo a provocar o alivio das tensões e evitar o aparecimento de fraturas durante os serviços de lavra, é a direção SE-NW
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Este Trabalho versa também sobre a importância do estudo regional na detecção de jazimentos de rochas ornamentais. O estudo regional foi realizado em uma área de 3.000 km2, situada na folha Sertânia, limitada pelas coordenadas geográficas: 37º a 37º 30 de longitude Oeste e 08º a 08º 30 de latitude Sul. A pesquisa de detalhe compreendeu uma área de 5 ha, localizada em terras do Sítio Jaú, município de Sertânia - PE. Na área de estudo afloram paragnaisses a biotita intensamente dobrados e migmatizados, com neossoma de cor róseo-avermelhado e paleossoma máfico rico em biotita e quartzo. Durante o transcorrer dos trabalhos de campo foi realizado o mapeamento geológico e estrutural de detalhe, incluindo a análise das deformações plicativas (1). Em paralelo, fez-se o levantamento do sistema de fraturamento, dos veios e o tratamento dos mesmos através dos métodos de projeção estereográfica (rede de Schmidt), culminando com a elaboração dos blocos de partição. A aplicação de tal sistemática de trabalho teve por finalidade definir o sistema de tensões atuantes sobre o maciço e a melhor forma de realizar a lavra sem provocar o aparecimento de fraturas de alívio na rocha. O afloramento estudado, constitui um maciço aberto nos anos 90 pela FUSTE LTDA visando a pesquisa e explotação de blocos canteirados (2) do Granito Vermelho Frevo, cujas dimensões correspondem a cerca de 220 m de comprimento, por 200 m de largura e uma altura média de 10 m. Posteriormente os trabalhos foram continuados pela MC LOPES, a qual recentemente enviou cerca de 15 m3 de material para a China para testes de mercado. Em termos estruturais, a rocha encontra-se intensamente deformada, afetada por 03 (três) fases de deformação, onde nota-se a presença de dobras isoclinais da fase F1 e a sua foliação (S1//S0), afetada por dobramentos inclinados a recumbentes da fase F2. Apresenta plano axial sub-horizontal, eixos coaxiais aos dobramentos anteriores e dispostos na direção 310o Az, com caimento entre 15º a 25º. A fase F3 constitui dobramentos abertos de plano axial sub-vertical, que afetou as foliações S1//S0 e S2, além dos dobramentos das fases anteriores e dispõe-se na direção NW. Tais deformações foram geradas em um regime tangencial, o qual foi progressivamente afetado por um regime de transcorrência, que atuou sobre os dobramentos pretéritos tendo inclusive crenulado a foliação S1//S2. A análise do fraturamento mostrou que as fraturas de cisalhamento situam-se nas direções 50º Az e 350º Az, com S1//S0 dispostas nas direções 300º Az a 320º Az, e as fraturas de tensão orientadas nos intervalos de 20º Az a 30º Az e 300º Az a 320º a Az. A apreciação do elipsóide de compressão mostra o σ1 na direção 30º Az, o que explica as direções das fraturas de cisalhamento, das tensões e das foliações. Com base no exposto pode-se concluir que a melhor orientação de corte, para o desenvolvimento dos trabalhos de abertura da pedreira, de modo a provocar o alivio das tensões e evitar o aparecimento de fraturas durante os serviços de lavra, é a direção SE-NWConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessRochas ornamentaisMecânica de rochasTensão-deformaçãoGeologia estruturalEstudo geoestrutural do maciço de Granito Vermelho Frevo Sertânia-PEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3352_1.pdf.jpgarquivo3352_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1251https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/5122/4/arquivo3352_1.pdf.jpgb96bca8503874f02573affddc78eaea6MD54ORIGINALarquivo3352_1.pdfapplication/pdf5661337https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/5122/1/arquivo3352_1.pdff5a348202627ccf4cc7fe4e31abc02dcMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/5122/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3352_1.pdf.txtarquivo3352_1.pdf.txtExtracted texttext/plain193473https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/5122/3/arquivo3352_1.pdf.txt97118b239cf35a1e51ced00cab14065cMD53123456789/51222019-10-25 05:41:16.261oai:repositorio.ufpe.br:123456789/5122Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T08:41:16Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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