Investigação toxicológica e composição fitoquímica da infusão das folhas de Moringa oleifera Lam.
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40212 |
Resumo: | A infusão das folhas de Moringa oleifera Lam. é usada pela população no tratamento de inflamação, hiperglicemia e para controle de peso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização de alimentos que apresentem M. oleifera na sua composição devido à falta de dados sobre toxicidade. A presente dissertação investigou a composição fitoquímica, as atividades antioxidante e hemolítica in vitro e a toxicidade in vivo de infusão das folhas de M. oleifera. As folhas (10 g) foram adicionadas a água destilada e após 100 °C a 15 min, a mistura foi filtrada e liofilizada. A caracterização fitoquímica foi feita por cromatografia de camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A atividade antioxidante foi avaliada pelos testes do DPPH e ABTS (31,25 - 1.000 µg/mL) e os resultados representados pela concentração de antioxidante que inibiu 50% dos radicais (IC50). A atividade hemolítica foi realizada com eritrócitos de camundongos (31,25 - 1.000 µg/mL) e os resultados expressos como a concentração que promoveu 50% de hemólise (EC50). O ensaio de toxicidade aguda usou camundongos albinos Swiss fêmeas administrados oralmente com dose única da infusão a 2000 e 5.000 mg/kg com posterior análise nas primeiras duas horas e durante 14 dias. Os animais foram avaliados quanto ao peso corporal, consumo de água e ração, parâmetros bioquímicos e hematológicos e histologia do fígado, baço e rins. A genotoxicidade e a mutagenicidade in vivo da infusão (2000 mg/kg) foi analisada através do ensaio cometa e teste do micronúcleo, respectivamente. A CCD detectou flavonoides, derivados cinâmicos e saponinas e a CLAE detectou derivados cinâmicos e flavonoides. Foram obtidos valores de 108,12 ± 1,59 µg EAT/mg para fenois totais, 2,69 ± 0,36 µg ER/mg para flavonoides e 0,74 ± 0,06 µg EC/mg para cumarinas. A infusão tem atividade antioxidante (CI50 51,51 ± 4,54 µg/mL e 53,95 ± 3,26 µg/mL, nos testes do DPPH e ABTS, respectivamente) e não tem atividade hemolítica (CE50 superior a 1000 µg/mL). Na dose de 5.000 mg/kg os animais apresentaram taquicardia, aumento de ambulação e agitação nas primeiras duas horas de observação. As duas doses não alteraram o peso ou o consumo de água e ração, bem como os parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos nos animais tratados. Genotoxicidade e mutagenicidade não foram detectadas na dose de 2000 mg/kg. O estudo revela que a infusão das folhas de M. oleifera é fonte de polifenois e agentes antioxidantes, os quais estão relacionados com suas aplicações biológicas. Além disso, a preparação não é hemolítica, não tem toxicidade aguda e não causa efeito adverso ao material genético. Contudo, avaliação do comportamento dos animais indica o uso de doses até 2.000 mg/kg. |
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BARROS, Matheus Cavalcanti dehttp://lattes.cnpq.br/0270513795862601http://lattes.cnpq.br/2885145995086459PAIVA, Patrícia Maria Guedes2021-05-28T17:36:37Z2021-05-28T17:36:37Z2021-03-09BARROS, Matheus Cavalcanti de. Investigação toxicológica e composição fitoquímica da infusão das folhas de Moringa oleifera Lam. 2021. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40212ark:/64986/0013000004wc5A infusão das folhas de Moringa oleifera Lam. é usada pela população no tratamento de inflamação, hiperglicemia e para controle de peso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização de alimentos que apresentem M. oleifera na sua composição devido à falta de dados sobre toxicidade. A presente dissertação investigou a composição fitoquímica, as atividades antioxidante e hemolítica in vitro e a toxicidade in vivo de infusão das folhas de M. oleifera. As folhas (10 g) foram adicionadas a água destilada e após 100 °C a 15 min, a mistura foi filtrada e liofilizada. A caracterização fitoquímica foi feita por cromatografia de camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A atividade antioxidante foi avaliada pelos testes do DPPH e ABTS (31,25 - 1.000 µg/mL) e os resultados representados pela concentração de antioxidante que inibiu 50% dos radicais (IC50). A atividade hemolítica foi realizada com eritrócitos de camundongos (31,25 - 1.000 µg/mL) e os resultados expressos como a concentração que promoveu 50% de hemólise (EC50). O ensaio de toxicidade aguda usou camundongos albinos Swiss fêmeas administrados oralmente com dose única da infusão a 2000 e 5.000 mg/kg com posterior análise nas primeiras duas horas e durante 14 dias. Os animais foram avaliados quanto ao peso corporal, consumo de água e ração, parâmetros bioquímicos e hematológicos e histologia do fígado, baço e rins. A genotoxicidade e a mutagenicidade in vivo da infusão (2000 mg/kg) foi analisada através do ensaio cometa e teste do micronúcleo, respectivamente. A CCD detectou flavonoides, derivados cinâmicos e saponinas e a CLAE detectou derivados cinâmicos e flavonoides. Foram obtidos valores de 108,12 ± 1,59 µg EAT/mg para fenois totais, 2,69 ± 0,36 µg ER/mg para flavonoides e 0,74 ± 0,06 µg EC/mg para cumarinas. A infusão tem atividade antioxidante (CI50 51,51 ± 4,54 µg/mL e 53,95 ± 3,26 µg/mL, nos testes do DPPH e ABTS, respectivamente) e não tem atividade hemolítica (CE50 superior a 1000 µg/mL). Na dose de 5.000 mg/kg os animais apresentaram taquicardia, aumento de ambulação e agitação nas primeiras duas horas de observação. As duas doses não alteraram o peso ou o consumo de água e ração, bem como os parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos nos animais tratados. Genotoxicidade e mutagenicidade não foram detectadas na dose de 2000 mg/kg. O estudo revela que a infusão das folhas de M. oleifera é fonte de polifenois e agentes antioxidantes, os quais estão relacionados com suas aplicações biológicas. Além disso, a preparação não é hemolítica, não tem toxicidade aguda e não causa efeito adverso ao material genético. Contudo, avaliação do comportamento dos animais indica o uso de doses até 2.000 mg/kg.CAPESThe Moringa oleifera Lam. leaves infusion is used by the population in the treatment of inflammation, hyperglycemia and for weight control. The Brazil’s National Health Surveillance Agency (ANVISA) has prohibited the sale of foods that contain M. oleifera in their composition due to the lack of data regarding toxicity. The present dissertation investigated the phytochemical composition, antioxidant and hemolytic activities in vitro and in vivo toxicity of M. oleifera leaves infusion. The leaves (10 g) were added to distilled water and after 100 ° C at 15 min, the mixture was filtered and lyophilized. Phytochemical characterization was performed by thin layer chromatography (CCD) and high-performance liquid chromatography (HPLC). The antioxidant activity was evaluated by the DPPH and ABTS tests (31.25 - 1,000 µg/mL) and the results represented by the concentration of antioxidant that inhibited 50% of the radicals (IC50). Hemolytic activity was performed with mouse erythrocytes (31.25 - 1,000 µg/mL) and the results expressed as the concentration that promoted 50% of hemolysis (EC50). The acute toxicity test used female Swiss albino mice administered orally with a single dose of the infusion at 2000 and 5,000 mg/kg with subsequent analysis in the first two hours and for 14 days. The animals were evaluated for body weight, water and feed consumption, biochemical and hematological parameters and histology of the liver, spleen and kidneys. In vivo genotoxicity and mutagenicity of the infusion (2,000 mg/kg) were analyzed using the comet assay and micronucleus test, respectively. CCD detected flavonoids, cinnamic derivatives and saponins and HPLC detected cinnamic derivatives and flavonoid. Values of 108.12 ± 1.59 µg TAE/mg were obtained for total phenols, 2.69 ± 0.36 µg RE/mg for flavonoids and 0.74 ± 0.06 µg CE/mg for coumarins. The infusion has antioxidant activity (IC50 = 51.51 ± 4.54 µg/mL and 53.95 ± 3.26 µg/mL, in the DPPH and ABTS tests, respectively) and has no hemolytic activity (EC50greater than 1000 µg / mL) mL). At a dose of 5,000 mg / kg, the animals presented tachycardia, increased ambulation and agitation in the first two hours of observation. The two doses did not change the weight or consumption of water and feed, as well as the biochemical, hematological and histological parameters in the treated animals. Genotoxicity and mutagenicity were not detected at a dose of 2000 mg / kg. The study reveals that the infusion of M. oleifera leaves is a source of polyphenols and antioxidants, which are related to their biological applications. In addition, the preparation is not hemolytic, has no acute toxicity and does not cause adverse effect on the genetic material. However, evaluation of the animals' behavior indicates the use of doses up to 2,000 mg/kg.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Ciencias BiologicasUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessPlantas medicinaisToxicidade – TestesAntioxidantesInvestigação toxicológica e composição fitoquímica da infusão das folhas de Moringa oleifera Lam.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40212/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO Matheus Cavalcanti de Barros.pdfDISSERTAÇÃO Matheus Cavalcanti de Barros.pdfapplication/pdf1966490https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40212/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Matheus%20Cavalcanti%20de%20Barros.pdfe45d2c44677af40f464e4d991064eb22MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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A infusão das folhas de Moringa oleifera Lam. é usada pela população no tratamento de inflamação, hiperglicemia e para controle de peso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização de alimentos que apresentem M. oleifera na sua composição devido à falta de dados sobre toxicidade. A presente dissertação investigou a composição fitoquímica, as atividades antioxidante e hemolítica in vitro e a toxicidade in vivo de infusão das folhas de M. oleifera. As folhas (10 g) foram adicionadas a água destilada e após 100 °C a 15 min, a mistura foi filtrada e liofilizada. A caracterização fitoquímica foi feita por cromatografia de camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A atividade antioxidante foi avaliada pelos testes do DPPH e ABTS (31,25 - 1.000 µg/mL) e os resultados representados pela concentração de antioxidante que inibiu 50% dos radicais (IC50). A atividade hemolítica foi realizada com eritrócitos de camundongos (31,25 - 1.000 µg/mL) e os resultados expressos como a concentração que promoveu 50% de hemólise (EC50). O ensaio de toxicidade aguda usou camundongos albinos Swiss fêmeas administrados oralmente com dose única da infusão a 2000 e 5.000 mg/kg com posterior análise nas primeiras duas horas e durante 14 dias. Os animais foram avaliados quanto ao peso corporal, consumo de água e ração, parâmetros bioquímicos e hematológicos e histologia do fígado, baço e rins. A genotoxicidade e a mutagenicidade in vivo da infusão (2000 mg/kg) foi analisada através do ensaio cometa e teste do micronúcleo, respectivamente. A CCD detectou flavonoides, derivados cinâmicos e saponinas e a CLAE detectou derivados cinâmicos e flavonoides. Foram obtidos valores de 108,12 ± 1,59 µg EAT/mg para fenois totais, 2,69 ± 0,36 µg ER/mg para flavonoides e 0,74 ± 0,06 µg EC/mg para cumarinas. A infusão tem atividade antioxidante (CI50 51,51 ± 4,54 µg/mL e 53,95 ± 3,26 µg/mL, nos testes do DPPH e ABTS, respectivamente) e não tem atividade hemolítica (CE50 superior a 1000 µg/mL). Na dose de 5.000 mg/kg os animais apresentaram taquicardia, aumento de ambulação e agitação nas primeiras duas horas de observação. As duas doses não alteraram o peso ou o consumo de água e ração, bem como os parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos nos animais tratados. Genotoxicidade e mutagenicidade não foram detectadas na dose de 2000 mg/kg. O estudo revela que a infusão das folhas de M. oleifera é fonte de polifenois e agentes antioxidantes, os quais estão relacionados com suas aplicações biológicas. Além disso, a preparação não é hemolítica, não tem toxicidade aguda e não causa efeito adverso ao material genético. Contudo, avaliação do comportamento dos animais indica o uso de doses até 2.000 mg/kg. |
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