O Parque Güell e a crítica à autonomia da arte: um estudo sobre as relações entre a obra de Gaudí e a crítica Fin-de-Siècle à Autonomia da Arte e os Gêneros Artísticos
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Data de Publicação: | 2012 |
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Resumo: | A idéia de arquitetura como arte e gênero artístico autônomo é relativamente nova. Na prática construtiva grega, o templo era uma produção totalizante, em que espaço, plástica e cor contribuíam igualmente para a expressividade da obra. No tratado vitruviano, a arquitetura – a construção – é tratada de forma indistinta à pintura e à escultura. Durante a idade média, não existiam grêmios exclusivos de arquitetos – construtores –, mas sim de canteiros, marceneiros, pintores, todos agrupados sob a mesma irmandade. Foi na revolução científica que tomou forma a partir da baixa idade média que a escultura e construção se separaram como fenômeno. Mais tarde, com o nascimento da crítica de arte moderna, especialmente com a idéia de autonomia das diferentes expressões artísticas de Lessing, no século XVIII, e a estética de gêneros autônomos de Hegel, no século de XIX, formaliza-se a idéia da produção artística de gêneros autônomos. Contudo, movimentos como o Arts-and-Crafts, o Pré-Rafaelismo e as manifestações artístico-decorativas como o Art-Nouveau Franco-Belga, a Sessezion Austríaca, o Jungendstill Alemão e o Modernismo Catalão, além de conceitos como a Obra de Arte Total Wagneriana, representam reações a essa esquematização da arte. O objetivo dessa pesquisa é situar a produção de Antoni Gaudí - concretamente o Parque Güell - dentro desse contexto, e verificar a hipótese de que essa produção, mais do que situada dentro de contexto de integração da arte com a arquitetura – Corbusiano, do século XX – se relaciona de forma anacrônica com uma produção artística total – wagneriana, do século XIX. Para isso se lançará mão de um método de análise histórico comparado com a Crítica fin-de-siècle. |
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BARRETTO, Diogo CardosoMOREIRA, Fernando Diniz2015-03-06T14:29:48Z2015-03-06T14:29:48Z2012-04-09https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11157ark:/64986/0013000000q1tA idéia de arquitetura como arte e gênero artístico autônomo é relativamente nova. Na prática construtiva grega, o templo era uma produção totalizante, em que espaço, plástica e cor contribuíam igualmente para a expressividade da obra. No tratado vitruviano, a arquitetura – a construção – é tratada de forma indistinta à pintura e à escultura. Durante a idade média, não existiam grêmios exclusivos de arquitetos – construtores –, mas sim de canteiros, marceneiros, pintores, todos agrupados sob a mesma irmandade. Foi na revolução científica que tomou forma a partir da baixa idade média que a escultura e construção se separaram como fenômeno. 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