Origem e evolução da holocentricidade na família Juncaceae : uma abordagem filogenética, cito-molecular e genômica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SUCRE, Yennifer Carolina Mata
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000k3gq
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55291
Resumo: Juncaceae é uma família composta por 474 espécies com uma taxonomia complexa e baixa resolução filogenética. Historicamente, era considerada uma família composta exclusivamente por espécies com cromossomos holocêntricos e alta variabilidade cariotípica, mas estudos recentes mostraram que um de seus gêneros mais diversos, Juncus (332 spp), apresenta espécies com cromossomos monocêntricos. Essa descoberta desafia o entendimento da origem da holocentricidade na família e cria a necessidade de reinterpretar sua evolução do ponto de vista citogenético, filogenético e genômico. Assim, no Capítulo 1 investigamos a diversidade cariotípica e cito-molecular no gênero Juncus, com análises originais de 12 espécies e compilação dos dados disponíveis na literatura. Essa análise realizada num contexto filogenético revelou um número cromossômico ancestral x = 10 a 20 e sugeriu que o gênero seja cariotipicamente mais estável do que reportado na literatura. Os eventos de disploidia e poliploidia foram identificados como fatores significativos na evolução dos cromossomos. Citogeneticamente, duas a quatro bandas grandes de CMA+ foram observadas na região terminal das espécies, correspondendo a sítios de DNA ribossômico nuclear (DNAr) 35S. No entanto, pequenos sítios CMA+ pericentroméricos adicionais foram observados em espécies pertencentes a clados diferentes (J. capitatus, J. subsecundus e J. compressus). Além disso, a análise filogenética revelou relações complexas na família Juncaceae e não-monofiletismo do gênero Juncus (por exemplo, J. capitatus tem relações próximas com os gêneros Oreojuncus e Luzula) e de suas secções taxonômicamente reconhecidas. No Capítulo 2, foram explorados os repeatomas de representantes de Juncus, com foco no significado filogenético dos elementos repetitivos e nos repeats potencialmente associados aos monocentrômeros. Integramos dados de genoma de baixa cobertura de 33 táxons para reavaliar a sistemática do gênero utilizando diferentes abordagens filogenéticas repeat-based. Identificamos tendências clado-específicas na presença/ abundância de repetições para as diferentes linhagens de Juncus e a análise filogenética baseada em repeats foi congruente com a topologia do DNAr. Por outro lado, a topologia dos plastomas se apresentou incongruente a esses, sugerindo hibridização antiga na história do gênero. Nesse trabalho, ampliamos a caracterização da monocêntricidade para mais espécies de Juncus de diferentes clados, sugerindo que isso seja uma possível sinapomorfia do gênero. Esse estudo, publicado na revista Molecular Phylogenetics, enfatiza o poder da análise dos repeatomas para compreender a sistemática e a evolução das plantas. E, finalmente, no Capítulo 3, foi investifgada a evolução dos repeatomas no clado holocêntrico Luzula, irmão de Juncus. Foi realizado o sequenciamento do genoma completo e montagem no nível do cromossomo de L. sylvatica visando entender especificamente a organização genômica do seu holocentrômero. Foi identificado um DNA satélite específico, Lusy1, predominantemente associada a domínios centroméricos na maioria dos clados de Luzula. As análises comparativas sugerem que a redução do número de cromossomos em Luzula foi causada por várias fusões de cromossomos inteiros. Sugerimos que a manutenção de repeats centroméricos após fusões cromossômicas pode estar relacionada com a origem da holocentricidade em Luzula. Esse estudo propõe uma evolução dinâmica do holocentrômero baseada em repetições, fornecendo evidências para a transição de cromossomos monocêntricos para holocêntricos em plantas.
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Essa descoberta desafia o entendimento da origem da holocentricidade na família e cria a necessidade de reinterpretar sua evolução do ponto de vista citogenético, filogenético e genômico. Assim, no Capítulo 1 investigamos a diversidade cariotípica e cito-molecular no gênero Juncus, com análises originais de 12 espécies e compilação dos dados disponíveis na literatura. Essa análise realizada num contexto filogenético revelou um número cromossômico ancestral x = 10 a 20 e sugeriu que o gênero seja cariotipicamente mais estável do que reportado na literatura. Os eventos de disploidia e poliploidia foram identificados como fatores significativos na evolução dos cromossomos. Citogeneticamente, duas a quatro bandas grandes de CMA+ foram observadas na região terminal das espécies, correspondendo a sítios de DNA ribossômico nuclear (DNAr) 35S. No entanto, pequenos sítios CMA+ pericentroméricos adicionais foram observados em espécies pertencentes a clados diferentes (J. capitatus, J. subsecundus e J. compressus). Além disso, a análise filogenética revelou relações complexas na família Juncaceae e não-monofiletismo do gênero Juncus (por exemplo, J. capitatus tem relações próximas com os gêneros Oreojuncus e Luzula) e de suas secções taxonômicamente reconhecidas. No Capítulo 2, foram explorados os repeatomas de representantes de Juncus, com foco no significado filogenético dos elementos repetitivos e nos repeats potencialmente associados aos monocentrômeros. Integramos dados de genoma de baixa cobertura de 33 táxons para reavaliar a sistemática do gênero utilizando diferentes abordagens filogenéticas repeat-based. Identificamos tendências clado-específicas na presença/ abundância de repetições para as diferentes linhagens de Juncus e a análise filogenética baseada em repeats foi congruente com a topologia do DNAr. Por outro lado, a topologia dos plastomas se apresentou incongruente a esses, sugerindo hibridização antiga na história do gênero. Nesse trabalho, ampliamos a caracterização da monocêntricidade para mais espécies de Juncus de diferentes clados, sugerindo que isso seja uma possível sinapomorfia do gênero. Esse estudo, publicado na revista Molecular Phylogenetics, enfatiza o poder da análise dos repeatomas para compreender a sistemática e a evolução das plantas. E, finalmente, no Capítulo 3, foi investifgada a evolução dos repeatomas no clado holocêntrico Luzula, irmão de Juncus. Foi realizado o sequenciamento do genoma completo e montagem no nível do cromossomo de L. sylvatica visando entender especificamente a organização genômica do seu holocentrômero. Foi identificado um DNA satélite específico, Lusy1, predominantemente associada a domínios centroméricos na maioria dos clados de Luzula. As análises comparativas sugerem que a redução do número de cromossomos em Luzula foi causada por várias fusões de cromossomos inteiros. Sugerimos que a manutenção de repeats centroméricos após fusões cromossômicas pode estar relacionada com a origem da holocentricidade em Luzula. Esse estudo propõe uma evolução dinâmica do holocentrômero baseada em repetições, fornecendo evidências para a transição de cromossomos monocêntricos para holocêntricos em plantas.CAPESJuncaceae is a family of 474 species with a complex taxonomy and low phylogenetic resolution. Historically, it was considered a family composed exclusively of species with holocentric chromosomes and high karyotypic variability, but recent studies have shown that one of its most diverse genera, Juncus (332 spp), has species with monocentric chromosomes. This discovery challenges the understanding of the origin of holocentricity in the family and creates the need readdress its evolution from a cytogenetic, phylogenetic and genomic point of view. Thus, in Chapter 1 we investigate the karyotypic and cyto-molecular diversity of the genus Juncus, with original analyses of 12 species and a compilation of the data available in the literature. This analysis carried out in a phylogenetic context revealed an ancestral chromosome number x = 10 / 20 and suggested that the genus is karyotypically more stable than reported in the literature. Dysploidy and polyploidy events were identified as significant factors in chromosome evolution. Cytogenetically, two to four large CMA+ bands were observed in the terminal region of the species, corresponding to 35S nuclear ribosomal DNA (rDNA) sites. However, additional small pericentromeric CMA+ sites were observed in species belonging to different clades (J. capitatus, J. subsecundus and J. compressus). In addition, the phylogenetic analysis revealed complex relationships within the Juncaceae family and non-monophyly of the genus Juncus (for example, J. capitatus species has closer relationships with the genera Oreojuncus and Luzula) and its taxonomically recognized sections. In Chapter 2, we explored the repeatomes of representatives of Juncus genus, focusing on the phylogenetic significance of repetitive elements and repeats potentially associated with monocentromeres. We integrated low-coverage genome data from 33 taxa to reassess the systematics of the genus using different repeat-based phylogenetic approaches. We identified clado-specific trends in the presence/abundance of repeats for the different Juncus lineages and the repeat-based phylogenetic analysis was congruent with the DNAr topology. On the other hand, the topology of the plastomes was incongruent with these, suggesting ancient hybridization in the history of the genus. In this work, we extended the characterization of monocentricity to six more Juncus species from different clades, suggesting that this is a possible synapomorphy of the genus. This study, published in the Molecular Phylogenetics and Evolution journal, emphasizes the power of repeatome analysis to understand plant systematics and evolution. Finally, in Chapter 3 we investigate the evolution of repeatome in the holocentric clade Luzula, sister to Juncus. We performed whole genome sequencing and assembly at the chromosome level of L. sylvatica in order to specifically understand the genomic organization of its holocentromere. We identified a specific satellite DNA, Lusy1, predominantly associated with centromeric domains in most Luzula clades. Comparative analyses suggest that the reduction in chromosome number in Luzula was caused by several whole chromosome fusions. We suggest that the maintenance of centromeric repeats after chromosome fusions may be related to the origin of holocentricity in Luzula. This study proposes a dynamic evolution of the holocentromere based on repeats, providing evidence for the transition from monocentric to holocentric chromosomes in plants.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCitogenéticaCitotaxonomiaSequências repetitivasJuncaceaeCentromeroHolocentricosMonocentricosOrigem e evolução da holocentricidade na família Juncaceae : uma abordagem filogenética, cito-molecular e genômicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Yennifer Carolina Mata Sucre.pdfTESE Yennifer Carolina Mata Sucre.pdfapplication/pdf11736879https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55291/1/TESE%20Yennifer%20Carolina%20Mata%20Sucre.pdf084a10e0148333e18cd201511194dbb4MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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