Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44698 |
Resumo: | A Mata Atlântica é um dos biomas mais diversos em formas de vida e interações ecológicas, abrigando milhares de espécies que coexistem em diferentes intervalos de nicho e estratégias de vida. Algumas espécies têm se mostrado mais suscetíveis ao risco de extinção, devido a diversos fatores. Os anfíbios, sobretudo os anuros, estão entre os animais que mais sofrem com modificações ambientais. Muitos microhábitats utilizados por anuros são co-habitados por fungos, e estes desempenham associação, sobretudo no transporte de propágulos, mas a natureza desta interação permanece pouco conhecida. Como o primeiro esforço em direção ao conhecimento da interação fungos-anuros, o presente estudo teve como objetivo inventariar a micobiota associada a anuros em áreas da Mata Atlântica de Pernambuco, acessando a composição e a diversidade de espécies e avaliando a relação entre esta parâmetros e o grupo taxonômico do animal, seu hábitat e sua área de ocorrência. A amostragem foi realizada em três áreas: Estação Ecológica do Tapacurá (São Lourenço da Mata), no Jardim Botânico do Recife, e em Ventos de Santa Brígida (Garanhuns), todas em Pernambuco, Nordeste do Brasil. Para a localização dos anuros, foram realizadas quatro saídas a campo entre Julho e dezembro de 2018, nos períodos de seca e chuva. Foram feitas coletas ativas durante seis meses de amostragem, com esforço amostral de quatro horas, percorrendo as trilhas pré formadas. Assim que o animal era capturado, passou-se delicadamente um swab umedecido com uma solução salina por todo seu corpo, e em seguida o animal era solto. Cada swab foi separado em um tubo de 1,5 mL para posterior isolamento, em meio de cultura Batata Dextrose Ágar (BDA) acrescido de antibióticos. O cultivo de cada amostra foi realizado em triplicata. Foram coletadas amostras biológicas de 39 indivíduos, distribuídos em 14 espécies. Hylidae foi a família mais representativa (seis espécies). Adenomera hylaedactyla foi o anuro mais frequente. Boana albomarginata foi o anuro que apresentou maior taxa de ocorrências de fungos cultiváveis, assim como a micobiota rica. O grupo taxonômico dos anuros não é um parâmetro significativo para a composição da micobiota, a qual mostrou-se mais sensível ao hábitat dos animais, havendo relativo determinismo da micobiota entre anuros terrestres e arborícolas. Foram registrados fungos alocados em 102 grupos dentre as 281 ocorrências, incluindo gêneros, morfoespécies e espécies. Penicillium foi o gênero mais frequente e rico. Representantes de Aspergillus e de fungos acremonioides são mais comuns em rãs arborícolas do que em sapos terrestres. Espécies de Trichoderma, Fusarium, Cladosporium e de fungos leveduriformes foram também frequentes nas amostragens. A micobiota dos anuros é rica e diversa, e inclui fungos com conhecido potencial, seja para sua utilização ou para o seu controle. |
id |
UFPE_209d68dd099caa73e2f92a82f90cb017 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/44698 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
SILVA, Katiene Lima dahttp://lattes.cnpq.br/1276349290844931http://lattes.cnpq.br/0777368218133800http://lattes.cnpq.br/1098016005588674TIAGO, Patricia VieiraMELO, Roger Fagner Ribeiro2022-06-09T19:46:01Z2022-06-09T19:46:01Z2021-02-25SILVA, Katiene Lima da. Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil. 2021. Dissertação (Mestrado em Biologia de Fungos) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44698A Mata Atlântica é um dos biomas mais diversos em formas de vida e interações ecológicas, abrigando milhares de espécies que coexistem em diferentes intervalos de nicho e estratégias de vida. Algumas espécies têm se mostrado mais suscetíveis ao risco de extinção, devido a diversos fatores. Os anfíbios, sobretudo os anuros, estão entre os animais que mais sofrem com modificações ambientais. Muitos microhábitats utilizados por anuros são co-habitados por fungos, e estes desempenham associação, sobretudo no transporte de propágulos, mas a natureza desta interação permanece pouco conhecida. Como o primeiro esforço em direção ao conhecimento da interação fungos-anuros, o presente estudo teve como objetivo inventariar a micobiota associada a anuros em áreas da Mata Atlântica de Pernambuco, acessando a composição e a diversidade de espécies e avaliando a relação entre esta parâmetros e o grupo taxonômico do animal, seu hábitat e sua área de ocorrência. A amostragem foi realizada em três áreas: Estação Ecológica do Tapacurá (São Lourenço da Mata), no Jardim Botânico do Recife, e em Ventos de Santa Brígida (Garanhuns), todas em Pernambuco, Nordeste do Brasil. Para a localização dos anuros, foram realizadas quatro saídas a campo entre Julho e dezembro de 2018, nos períodos de seca e chuva. Foram feitas coletas ativas durante seis meses de amostragem, com esforço amostral de quatro horas, percorrendo as trilhas pré formadas. Assim que o animal era capturado, passou-se delicadamente um swab umedecido com uma solução salina por todo seu corpo, e em seguida o animal era solto. Cada swab foi separado em um tubo de 1,5 mL para posterior isolamento, em meio de cultura Batata Dextrose Ágar (BDA) acrescido de antibióticos. O cultivo de cada amostra foi realizado em triplicata. Foram coletadas amostras biológicas de 39 indivíduos, distribuídos em 14 espécies. Hylidae foi a família mais representativa (seis espécies). Adenomera hylaedactyla foi o anuro mais frequente. Boana albomarginata foi o anuro que apresentou maior taxa de ocorrências de fungos cultiváveis, assim como a micobiota rica. O grupo taxonômico dos anuros não é um parâmetro significativo para a composição da micobiota, a qual mostrou-se mais sensível ao hábitat dos animais, havendo relativo determinismo da micobiota entre anuros terrestres e arborícolas. Foram registrados fungos alocados em 102 grupos dentre as 281 ocorrências, incluindo gêneros, morfoespécies e espécies. Penicillium foi o gênero mais frequente e rico. Representantes de Aspergillus e de fungos acremonioides são mais comuns em rãs arborícolas do que em sapos terrestres. Espécies de Trichoderma, Fusarium, Cladosporium e de fungos leveduriformes foram também frequentes nas amostragens. A micobiota dos anuros é rica e diversa, e inclui fungos com conhecido potencial, seja para sua utilização ou para o seu controle.CAPESCNPqThe Atlantic Forest is one of the most diverse biomes, both in life forms and ecological interactions, housing thousands of species that coexist in different niche breadths and life strategies. Some species have been shown to be more susceptible to the risk of extinction, due to several factors. Amphibians, especially anurans, are among the animals that suffer most from environmental changes. Many microhabitats used by anurans are co-inhabited by fungi, and these play an association, especially in the propagation of propagules, but the nature of this interaction remains unclear. As the first effort towards the knowledge of the anuran-fungi interaction, the present study aimed to access the funga associated with anurans in areas of the Atlantic Forest of Pernambuco, accessing the composition and diversity of species and evaluating the relationship between this parameters and the taxonomic group of the animal, its habitat and its area of occurrence. Sampling was carried out in three areas: Estação Ecológica do Tapacurá (São Lourenço da Mata), in the Recife Botanical Garden, and in Ventos de Santa Brígida (Garanhuns), all in Pernambuco, Northeastern Brazil. For frogs localization, four field trips were carried out between July and December 2018, during periods of drought and rain. Active collections were made during six months of sampling, with a sampling effort of four hours, covering the pre-formed trails. As soon as the animal was captured, a swab moistened with a saline solution was gently passed over its entire body, and then the animal was released. Each swab was separated into a 1.5 mL tube for subsequent isolation in a Potato Dextrose Agar (PDA) culture medium with antibiotics. The cultivation of each sample was carried out in triplicate. Biological samples were collected from 39 individuals, distributed in 14 species. Hylidae was the most representative family (six species). Adenomera hylaedactyla was the most frequent frog. Boana albomarginata was the anuran with the highest occurrence rate of cultivable fungi, as well as the richest funga. The taxonomic group of anurans is not a significant parameter for fungal composition, which was more sensitive to the animals habitat, with a relative determinism of mycobiota between terrestrial and arboreal anurans. Fungi were recorded in 102 groups among 281 occurrences, including genera, morphospecies and species. Penicillium was the most frequent and richest genus. Representatives of Aspergillus and acremonioid fungi are more common in tree frogs than in terrestrial frogs. Species of Trichoderma, Fusarium, Cladosporium and yeast fungi were also frequent in the samples. The anuran funga is rich and diverse, and includes fungi with known potential, either for their use or for their control.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia de FungosUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFungosAnfíbiosMata AtlânticaFungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Katiene Lima da Silva.pdfDISSERTAÇÃO Katiene Lima da Silva.pdfapplication/pdf2925670https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Katiene%20Lima%20da%20Silva.pdfd0598dc032b95994ec002dab6ecd039cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTDISSERTAÇÃO Katiene Lima da Silva.pdf.txtDISSERTAÇÃO Katiene Lima da Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain158998https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Katiene%20Lima%20da%20Silva.pdf.txt7e436c4cfbfd28541416bd9acac70f8fMD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Katiene Lima da Silva.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Katiene Lima da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1270https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Katiene%20Lima%20da%20Silva.pdf.jpgd09e5efa23fa5d8ab9b670a76c1e2905MD55123456789/446982022-06-10 02:14:33.851oai:repositorio.ufpe.br:123456789/44698VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-06-10T05:14:33Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil |
title |
Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil |
spellingShingle |
Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil SILVA, Katiene Lima da Fungos Anfíbios Mata Atlântica |
title_short |
Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil |
title_full |
Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil |
title_fullStr |
Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil |
title_full_unstemmed |
Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil |
title_sort |
Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil |
author |
SILVA, Katiene Lima da |
author_facet |
SILVA, Katiene Lima da |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1276349290844931 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0777368218133800 |
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1098016005588674 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SILVA, Katiene Lima da |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
TIAGO, Patricia Vieira |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
MELO, Roger Fagner Ribeiro |
contributor_str_mv |
TIAGO, Patricia Vieira MELO, Roger Fagner Ribeiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Fungos Anfíbios Mata Atlântica |
topic |
Fungos Anfíbios Mata Atlântica |
description |
A Mata Atlântica é um dos biomas mais diversos em formas de vida e interações ecológicas, abrigando milhares de espécies que coexistem em diferentes intervalos de nicho e estratégias de vida. Algumas espécies têm se mostrado mais suscetíveis ao risco de extinção, devido a diversos fatores. Os anfíbios, sobretudo os anuros, estão entre os animais que mais sofrem com modificações ambientais. Muitos microhábitats utilizados por anuros são co-habitados por fungos, e estes desempenham associação, sobretudo no transporte de propágulos, mas a natureza desta interação permanece pouco conhecida. Como o primeiro esforço em direção ao conhecimento da interação fungos-anuros, o presente estudo teve como objetivo inventariar a micobiota associada a anuros em áreas da Mata Atlântica de Pernambuco, acessando a composição e a diversidade de espécies e avaliando a relação entre esta parâmetros e o grupo taxonômico do animal, seu hábitat e sua área de ocorrência. A amostragem foi realizada em três áreas: Estação Ecológica do Tapacurá (São Lourenço da Mata), no Jardim Botânico do Recife, e em Ventos de Santa Brígida (Garanhuns), todas em Pernambuco, Nordeste do Brasil. Para a localização dos anuros, foram realizadas quatro saídas a campo entre Julho e dezembro de 2018, nos períodos de seca e chuva. Foram feitas coletas ativas durante seis meses de amostragem, com esforço amostral de quatro horas, percorrendo as trilhas pré formadas. Assim que o animal era capturado, passou-se delicadamente um swab umedecido com uma solução salina por todo seu corpo, e em seguida o animal era solto. Cada swab foi separado em um tubo de 1,5 mL para posterior isolamento, em meio de cultura Batata Dextrose Ágar (BDA) acrescido de antibióticos. O cultivo de cada amostra foi realizado em triplicata. Foram coletadas amostras biológicas de 39 indivíduos, distribuídos em 14 espécies. Hylidae foi a família mais representativa (seis espécies). Adenomera hylaedactyla foi o anuro mais frequente. Boana albomarginata foi o anuro que apresentou maior taxa de ocorrências de fungos cultiváveis, assim como a micobiota rica. O grupo taxonômico dos anuros não é um parâmetro significativo para a composição da micobiota, a qual mostrou-se mais sensível ao hábitat dos animais, havendo relativo determinismo da micobiota entre anuros terrestres e arborícolas. Foram registrados fungos alocados em 102 grupos dentre as 281 ocorrências, incluindo gêneros, morfoespécies e espécies. Penicillium foi o gênero mais frequente e rico. Representantes de Aspergillus e de fungos acremonioides são mais comuns em rãs arborícolas do que em sapos terrestres. Espécies de Trichoderma, Fusarium, Cladosporium e de fungos leveduriformes foram também frequentes nas amostragens. A micobiota dos anuros é rica e diversa, e inclui fungos com conhecido potencial, seja para sua utilização ou para o seu controle. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-02-25 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-06-09T19:46:01Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-06-09T19:46:01Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SILVA, Katiene Lima da. Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil. 2021. Dissertação (Mestrado em Biologia de Fungos) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44698 |
identifier_str_mv |
SILVA, Katiene Lima da. Fungos associados a anuros em remanescentes de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil. 2021. Dissertação (Mestrado em Biologia de Fungos) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44698 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Katiene%20Lima%20da%20Silva.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Katiene%20Lima%20da%20Silva.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44698/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Katiene%20Lima%20da%20Silva.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d0598dc032b95994ec002dab6ecd039c 6928b9260b07fb2755249a5ca9903395 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 7e436c4cfbfd28541416bd9acac70f8f d09e5efa23fa5d8ab9b670a76c1e2905 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310791389511680 |