Agroecologia e ecologia de saberes desconstruindo o projeto colonial da agricultura brasileira : a Zona da Mata pernambucana é resistência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MELO, Emely Christine Sulino de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43504
Resumo: A agricultura moderna brasileira tem suas raízes no modelo capitalista colonial que se baseia no conhecimento linear de exploração da natureza. Esse modelo homogeneíza os processos de construção do saber e invisibiliza os mais variados conhecimentos presentes nos territórios camponeses. Ao mesmo tempo, em contraponto, diversas experiências vêm utilizando a agroecologia e a ecologia de saberes como elementos na valorização dos sujeitos, dos saberes, das experiências e como forma de resistir ao sistema capitalista colonial. Uma dessas experiências se configura no Assentamento Nova Canaã, localizado no município de Tracunhaém, na zona da mata de Pernambuco, território chave desse trabalho. A pesquisa tem como objetivo geral compreender como a agroecologia e a ecologia de saberes no Assentamento Nova Canaã, se contrapõem ao modelo de agricultura colonial desde as famílias camponesas assentadas, através da verificação do contexto histórico do projeto colonial na zona da mata de Pernambuco; identificação das práticas de agricultura dentro do Assentamento Nova Canaã e análise dos processos de resistências e os saberes das camponesas e camponeses assentados. Para concretização do trabalho foram feitas seis idas a campo, na qual utilizamos da observação participante como principal método de pesquisa. Houve entrevistas semiestruturadas e o trabalho teve caráter qualitativo. Os resultados evidenciam que apesar da produção de cana de açúcar ainda dominar a zona da mata de Pernambuco, a agroecologia e ecologia de saberes dão elementos para romper o projeto colonial de agricultura perpetuada no território. Essas práticas agroecológicas evidenciam a diversidade de saberes e de sujeitos que todos os dias resistem em meio ao sistema opressor dominante. Assim, a agroecologia e ecologia de saberes se mostram como fundamentais na contraposição ao projeto colonial de agricultura brasileira.
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spelling MELO, Emely Christine Sulino dehttp://lattes.cnpq.br/7751606293909066http://lattes.cnpq.br/8937157835629256PEREIRA, Mônica Cox de Britto2022-03-24T16:48:53Z2022-03-24T16:48:53Z2021-02-26MELO, Emely Christine Sulino de. Agroecologia e ecologia de saberes desconstruindo o projeto colonial da agricultura brasileira : a Zona da Mata pernambucana é resistência. 2021. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43504ark:/64986/001300000jdftA agricultura moderna brasileira tem suas raízes no modelo capitalista colonial que se baseia no conhecimento linear de exploração da natureza. Esse modelo homogeneíza os processos de construção do saber e invisibiliza os mais variados conhecimentos presentes nos territórios camponeses. Ao mesmo tempo, em contraponto, diversas experiências vêm utilizando a agroecologia e a ecologia de saberes como elementos na valorização dos sujeitos, dos saberes, das experiências e como forma de resistir ao sistema capitalista colonial. Uma dessas experiências se configura no Assentamento Nova Canaã, localizado no município de Tracunhaém, na zona da mata de Pernambuco, território chave desse trabalho. A pesquisa tem como objetivo geral compreender como a agroecologia e a ecologia de saberes no Assentamento Nova Canaã, se contrapõem ao modelo de agricultura colonial desde as famílias camponesas assentadas, através da verificação do contexto histórico do projeto colonial na zona da mata de Pernambuco; identificação das práticas de agricultura dentro do Assentamento Nova Canaã e análise dos processos de resistências e os saberes das camponesas e camponeses assentados. Para concretização do trabalho foram feitas seis idas a campo, na qual utilizamos da observação participante como principal método de pesquisa. Houve entrevistas semiestruturadas e o trabalho teve caráter qualitativo. Os resultados evidenciam que apesar da produção de cana de açúcar ainda dominar a zona da mata de Pernambuco, a agroecologia e ecologia de saberes dão elementos para romper o projeto colonial de agricultura perpetuada no território. Essas práticas agroecológicas evidenciam a diversidade de saberes e de sujeitos que todos os dias resistem em meio ao sistema opressor dominante. Assim, a agroecologia e ecologia de saberes se mostram como fundamentais na contraposição ao projeto colonial de agricultura brasileira.CNPqModern Brazilian agriculture has its roots in the colonial capitalist model that is based on linear knowledge of nature exploration. This model homogenizes the processes of building the knowledge and makes the most varied knowledge present in peasant territories invisible. At the same time, in contrast, several complete experiences using agroecology and the ecology of knowledges as elements in the valuing of subjects, knowledge, experiences and as a way to resist the colonial capitalist system. One of these experiences takes place in the Nova Canaã Settlement, located in the municipality of Tracunhaém, in the forest area of Pernambuco, a key territory of this work. A general objective of the research is to understand how the agroecology and ecology of knowledge in the Nova Canaã Settlement, in contrast to the colonial agriculture model since the peasants settled in the agrarian reform, through the verification of the historical context of the colonial project in the Pernambuco forest zone ; identification of agricultural practices within the Nova Canaã Settlement and analysis of resistance processes and the knowledge of the peasants settled in the agrarian reform. In order to carry out the work, 06 field trips were made, in which we used participant observation as the main research method. There was a semi- structured loss and the work was qualitative. The results show that despite the production of sugar cane still dominate the forest area of Pernambuco, the agroecology and ecology of knowledge provide elements to break the colonial project of agriculture perpetuated in the territory. These agroecological practices show the diversity of knowledge and subjects that every day resist in the midst of the dominant oppressive system. Thus, agroecology and ecology of knowledges are fundamental in opposition to the colonial project of Brazilian agriculture.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografiaEcologia agrícolaAssentamentosCamponesesAgroecologia e ecologia de saberes desconstruindo o projeto colonial da agricultura brasileira : a Zona da Mata pernambucana é resistênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Emely Christine Sulino de Melo.pdfDISSERTAÇÃO Emely Christine Sulino de Melo.pdfapplication/pdf5168136https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43504/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Emely%20Christine%20Sulino%20de%20Melo.pdfe9a1ced55c8d939103d6d019ebf76a70MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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