Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28014 |
Resumo: | Alterações na composição de espécies ocasionadas por perturbações antrópicas são conhecidas por modificarem as interações entre espécies. As formigas cortadeiras (especialmente do gênero Atta) são um exemplo de organismos que proliferam com perturbações antrópicas. Devido às suas atividades de herbivoria e de alterações nas propriedades do solo e no regime de luz devido à construção e manutenção dos ninhos, as formigas cortadeiras provocam mudanças na composição de espécies de regenerantes e na dinâmica e estrutura da comunidade vegetal nas áreas do ninho e de forrageamento. A proliferação das formigas cortadeiras e sua influência nas comunidades de plantas são bastante conhecidas para florestas úmidas como Amazônia e floresta Atlântica, mas ainda não se tem informações sobre estas questões em áreas de Caatinga. O objetivo principal desta tese foi investigar o efeito das perturbações antrópicas crônicas sobre as populações de formigas cortadeiras do gênero Atta (Capítulo 1) e sobre as taxas de herbivoria da única espécie endêmica da Caatinga, Atta opaciceps (Capítulo 2). No primeiro capítulo encontramos que a densidade de colônias ativas aumentou (de 2,55 ± 1,65 ha⁻¹ para 15 ± 2,92 ha⁻¹) com a proximidade de estradas. O inverso foi encontrado para as colônias inativas. As colônias ativas ocorreram preferencialmente em áreas com baixa cobertura vegetal, enquanto as colônias inativas em áreas com alta cobertura vegetal. Com isso, demonstramos pela primeira vez que distúrbios antrópicos promovem a proliferação de formigas cortadeiras em florestas secas como a Caatinga. Adicionalmente, perturbações antrópicas crônicas tem um efeito positivo sobre as taxas de herbivoria de colônias de Atta opaciceps (de 5,34 % ± 5,32 para 96.09 % ± 3,87). Nós também encontramos um forte efeito da estação do ano em todas as variáveis relacionadas ao forrageamento das colônias (i.e. área de forrageamento das colônias, vegetação disponível na área de forrageamento, consumo foliar em biomassa e em área foliar), levando a maiores taxas de herbivoria na estação seca (45,18% ± 31,56) do que na chuvosa (22,24% ± 31,03), ocasionadas sobretudo pela menor disponibilidade de vegetação na estação seca. Esses resultados corroboram os padrões descritos para florestas úmidas, que indicam que áreas mais perturbadas têm vegetação mais palatável e proporcionam maior herbivoria por parte das colônias. A alta densidade de formigas cortadeiras aliada com alto consumo foliar, podem afetar a regeneração da vegetação de Caatinga via seu papel como herbívoro dominante e engenheiro de ecossistema como já relatado para florestas úmidas e savanas. Essa retirada de vegetação pode amplificar as mudanças ambientais ocasionadas por perturbações antrópicas crônicas, uma vez que valores altos de herbivoria aumentam a penetração de luz e a temperatura do ar e do solo, ao mesmo tempo em que reduzem a umidade do ar e do solo. Esses resultados suportam a ideia de que as formigas cortadeiras são um dos grupos vencedores de paisagens modificadas por atividades humanas na Caatinga. |
id |
UFPE_2bbe125e8f916a3d515b83d170fb39ea |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/28014 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silvahttp://lattes.cnpq.br/4323074623840547http://lattes.cnpq.br/9192753366182592LEAL, Inara RobertaWIRTH, Rainer Matthias2018-12-05T19:58:48Z2018-12-05T19:58:48Z2017-06-07https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28014Alterações na composição de espécies ocasionadas por perturbações antrópicas são conhecidas por modificarem as interações entre espécies. As formigas cortadeiras (especialmente do gênero Atta) são um exemplo de organismos que proliferam com perturbações antrópicas. Devido às suas atividades de herbivoria e de alterações nas propriedades do solo e no regime de luz devido à construção e manutenção dos ninhos, as formigas cortadeiras provocam mudanças na composição de espécies de regenerantes e na dinâmica e estrutura da comunidade vegetal nas áreas do ninho e de forrageamento. A proliferação das formigas cortadeiras e sua influência nas comunidades de plantas são bastante conhecidas para florestas úmidas como Amazônia e floresta Atlântica, mas ainda não se tem informações sobre estas questões em áreas de Caatinga. O objetivo principal desta tese foi investigar o efeito das perturbações antrópicas crônicas sobre as populações de formigas cortadeiras do gênero Atta (Capítulo 1) e sobre as taxas de herbivoria da única espécie endêmica da Caatinga, Atta opaciceps (Capítulo 2). No primeiro capítulo encontramos que a densidade de colônias ativas aumentou (de 2,55 ± 1,65 ha⁻¹ para 15 ± 2,92 ha⁻¹) com a proximidade de estradas. O inverso foi encontrado para as colônias inativas. As colônias ativas ocorreram preferencialmente em áreas com baixa cobertura vegetal, enquanto as colônias inativas em áreas com alta cobertura vegetal. Com isso, demonstramos pela primeira vez que distúrbios antrópicos promovem a proliferação de formigas cortadeiras em florestas secas como a Caatinga. Adicionalmente, perturbações antrópicas crônicas tem um efeito positivo sobre as taxas de herbivoria de colônias de Atta opaciceps (de 5,34 % ± 5,32 para 96.09 % ± 3,87). Nós também encontramos um forte efeito da estação do ano em todas as variáveis relacionadas ao forrageamento das colônias (i.e. área de forrageamento das colônias, vegetação disponível na área de forrageamento, consumo foliar em biomassa e em área foliar), levando a maiores taxas de herbivoria na estação seca (45,18% ± 31,56) do que na chuvosa (22,24% ± 31,03), ocasionadas sobretudo pela menor disponibilidade de vegetação na estação seca. Esses resultados corroboram os padrões descritos para florestas úmidas, que indicam que áreas mais perturbadas têm vegetação mais palatável e proporcionam maior herbivoria por parte das colônias. A alta densidade de formigas cortadeiras aliada com alto consumo foliar, podem afetar a regeneração da vegetação de Caatinga via seu papel como herbívoro dominante e engenheiro de ecossistema como já relatado para florestas úmidas e savanas. Essa retirada de vegetação pode amplificar as mudanças ambientais ocasionadas por perturbações antrópicas crônicas, uma vez que valores altos de herbivoria aumentam a penetração de luz e a temperatura do ar e do solo, ao mesmo tempo em que reduzem a umidade do ar e do solo. Esses resultados suportam a ideia de que as formigas cortadeiras são um dos grupos vencedores de paisagens modificadas por atividades humanas na Caatinga.FACEPEChanges in species composition caused by anthropogenic disturbances are known to modify interactions between species. Leaf-cutting ants (especially of the genus Atta) are an example of organisms that proliferate with anthropogenic disturbances. Because their activities of herbivory and physical alterations of soil and light regime due to the construction and maintenance of the nests, leaf-cutting ants promote changes in plant recruitment and in the dynamics and structure of the plant assemblages in the nest area and foraging sites. The proliferation of leaf-cutting ants and its influence on plant communities are well known in rainforests as Amazon and Atlantic forest, but these questions have been completely neglected for Caatinga dry forest, although the strong role of leaf-cutting as key-species. The main objective of this thesis was to investigate the effect of chronic anthropogenic disturbances on populations of leaf-cutting ants (Chapter 1) and on the herbivory rate of the endemic species Atta opaciceps (Chapter 2). In the first chapter we find that the density of active colonies increases (from 2.55 ± 1.65 ha⁻¹ to 15 ± 2.92 ha⁻¹) with the proximity of the road. The inverse pattern was found for inactive colonies. Active colonies occurred preferentially in areas with low vegetation cover, while inactive colonies were more frequent in areas with high vegetation cover. With this, we demonstrate for the first time that the anthropogenic disturbances promote the proliferation of leaf-cutting ants in dry forests as the Caatinga. Additionally, chronic anthropogenic disturbances positively influenced the herbivory rate of Atta opaciceps colonies (from 5.34 % ± 5.32 to 96.09 % ± 3.87). We also found a strong effect of the season on all variables related to foraging (i.e. foraging area of the colonies, vegetation available in the foraging area, foliar consumption in biomass and leaf area), leading to higher herbivory rate in the dry season (45.18% ± 31.56) as compared to the wet season (22.24% ± 31.03), mainly due to the lower availability of vegetation in the dry season. These results corroborate the patterns described for rainforests, which indicate that more disturbed areas have more palatable vegetation and proportionate higher herbivory rate by the colonies. The high density of leaf-cutting ants allied with high leaf consumption can affect the regeneration of the Caatinga vegetation through its role as dominant herbivore and ecosystem engineer as already reported for rainforests and savannas. This removal of vegetation can amplify the environmental shifts caused by chronic anthropogenic disturbances, since high values of herbivory increase light penetration and air and soil temperature, while reducing the humidity of the air and soil. These results support the idea that leaf-cutting ants are one of the winning groups of human modified landscapes in the Caatinga.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFlorestasFormiga- cortadeiraCaatingaInfluência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatingainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdf.jpgTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1158https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/5/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf.jpg3746f383e89a4ce392b62f790726357eMD55ORIGINALTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdfTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdfapplication/pdf1078712https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/1/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf25fc88d97c2cc8e1388d393d38896b27MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdf.txtTESE Felipe Fernando da Silva Siqueira.pdf.txtExtracted texttext/plain207080https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/4/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf.txt523fd7abe944aefd8e18689239656c19MD54123456789/280142019-10-26 00:23:44.658oai:repositorio.ufpe.br:123456789/28014TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T03:23:44Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga |
title |
Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga |
spellingShingle |
Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva Florestas Formiga- cortadeira Caatinga |
title_short |
Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga |
title_full |
Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga |
title_fullStr |
Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga |
title_full_unstemmed |
Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga |
title_sort |
Influência de perturbações antrópicas crônicas sobre as interações entre plantas e formigas cortadeiras na caatinga |
author |
SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva |
author_facet |
SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4323074623840547 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9192753366182592 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SIQUEIRA, Felipe Fernando da Silva |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
LEAL, Inara Roberta |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
WIRTH, Rainer Matthias |
contributor_str_mv |
LEAL, Inara Roberta WIRTH, Rainer Matthias |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Florestas Formiga- cortadeira Caatinga |
topic |
Florestas Formiga- cortadeira Caatinga |
description |
Alterações na composição de espécies ocasionadas por perturbações antrópicas são conhecidas por modificarem as interações entre espécies. As formigas cortadeiras (especialmente do gênero Atta) são um exemplo de organismos que proliferam com perturbações antrópicas. Devido às suas atividades de herbivoria e de alterações nas propriedades do solo e no regime de luz devido à construção e manutenção dos ninhos, as formigas cortadeiras provocam mudanças na composição de espécies de regenerantes e na dinâmica e estrutura da comunidade vegetal nas áreas do ninho e de forrageamento. A proliferação das formigas cortadeiras e sua influência nas comunidades de plantas são bastante conhecidas para florestas úmidas como Amazônia e floresta Atlântica, mas ainda não se tem informações sobre estas questões em áreas de Caatinga. O objetivo principal desta tese foi investigar o efeito das perturbações antrópicas crônicas sobre as populações de formigas cortadeiras do gênero Atta (Capítulo 1) e sobre as taxas de herbivoria da única espécie endêmica da Caatinga, Atta opaciceps (Capítulo 2). No primeiro capítulo encontramos que a densidade de colônias ativas aumentou (de 2,55 ± 1,65 ha⁻¹ para 15 ± 2,92 ha⁻¹) com a proximidade de estradas. O inverso foi encontrado para as colônias inativas. As colônias ativas ocorreram preferencialmente em áreas com baixa cobertura vegetal, enquanto as colônias inativas em áreas com alta cobertura vegetal. Com isso, demonstramos pela primeira vez que distúrbios antrópicos promovem a proliferação de formigas cortadeiras em florestas secas como a Caatinga. Adicionalmente, perturbações antrópicas crônicas tem um efeito positivo sobre as taxas de herbivoria de colônias de Atta opaciceps (de 5,34 % ± 5,32 para 96.09 % ± 3,87). Nós também encontramos um forte efeito da estação do ano em todas as variáveis relacionadas ao forrageamento das colônias (i.e. área de forrageamento das colônias, vegetação disponível na área de forrageamento, consumo foliar em biomassa e em área foliar), levando a maiores taxas de herbivoria na estação seca (45,18% ± 31,56) do que na chuvosa (22,24% ± 31,03), ocasionadas sobretudo pela menor disponibilidade de vegetação na estação seca. Esses resultados corroboram os padrões descritos para florestas úmidas, que indicam que áreas mais perturbadas têm vegetação mais palatável e proporcionam maior herbivoria por parte das colônias. A alta densidade de formigas cortadeiras aliada com alto consumo foliar, podem afetar a regeneração da vegetação de Caatinga via seu papel como herbívoro dominante e engenheiro de ecossistema como já relatado para florestas úmidas e savanas. Essa retirada de vegetação pode amplificar as mudanças ambientais ocasionadas por perturbações antrópicas crônicas, uma vez que valores altos de herbivoria aumentam a penetração de luz e a temperatura do ar e do solo, ao mesmo tempo em que reduzem a umidade do ar e do solo. Esses resultados suportam a ideia de que as formigas cortadeiras são um dos grupos vencedores de paisagens modificadas por atividades humanas na Caatinga. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-06-07 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-12-05T19:58:48Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-12-05T19:58:48Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28014 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28014 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/5/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/1/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28014/4/TESE%20Felipe%20Fernando%20da%20Silva%20Siqueira.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
3746f383e89a4ce392b62f790726357e 25fc88d97c2cc8e1388d393d38896b27 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 523fd7abe944aefd8e18689239656c19 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310777414090752 |