Estudo do papel de linfócitos T CD4+ e CD8+ e suas citocinas na Leishmaniose Tegumentar Americana
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13212 |
Resumo: | A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença negligenciada com distribuição mundial, acometendo principalmente àquele com menor status socioeconômico. No Brasil, a LTA já foi visualizada em todos os Estados, sendo endêmica em Pernambuco. A LTA pode apresentar variadas formas clínicas, e a forma cutânea é a manifestação mais comum. A resposta imunológica desempenha um importante papel na cura clínica da doença ou na sua progressão, e os linfócitos T são fundamentais. Células T CD4+ e CD8+ são fontes produtoras de citocinas, atuando nos mecanismos de cura e patogênese da doença. A resposta linfocitária é caracterizada principalmente pelo aumento de células T CD4+. Os subtipos Th1 e Th2, seu direcionamento e papel, são ao mais bem descritos na susceptibilidade e resistência a LTA. Recentemente células T regulatórias e células Th17 também vêm se destacando. Dessa maneira, os objetivos desse estudo foram avaliar a participação de linfócitos T (CD4+, CD8+, Th1, Th2, Th17 e Treg) e de suas citocinas (IFN-, TNF, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, IL-21, IL-22 e IL-23) em indivíduos com LTA ativa e naqueles após a cura clínica (espontânea ou após tratamento). A imunofenotipagem e avaliação de citocinas foram feitas por citometria de fluxo, CBA, e através da quantificação relativa do mRNA das citocinas por qPCR. Os resultados desse trabalho, apresentados em três artigos, mostraram que o balanço na proporção de células T CD4+ e CD8+ é importante para cicatrização das lesões na LTA, e que o tratamento com antimonial não induz nenhum mudança deletéria na proporção de linfócitos T na corrente sanguínea. Além disso, foi visto que as frações antigênicas solúvel e insolúvel de L. (V.) braziliensis são capazes de induzir uma resposta imune específica por parte dos pacientes com LTA. Transcritos para TNF e IFN- foram encontrados significativamente aumentadas após 24h de cultura quando comparado aos controles; no entanto, não foi possível identificar sua população secretora. O desenvolvimento da doença parece estar relacionado a uma desregulação imunológica temporária no início da infecção, caracterizada por um predomínio do perfil Th2 nos pacientes com lesão ativa, e a cura ao desenvolvimento de uma resposta do tipo 1. Essa resposta aparenta ser balanceada/coordenada por mecanismos que envolvem a citocina IL-10, e células Treg e suas subpopulações expressando marcadores de imunossupressão e migração tecidual foram observadas nos indivíduos com LTA ativa. Foi visto ainda a presença significativa de citocinas Th17, sugerindo a sua associação com a patogênese da doença. O estudo mostrou que a resposta imunológica desenvolvida pelo hospedeiro na LTA é dinâmica, e contribui em futuros estudos para desenho apropriado de intervenções imunológicas em pacientes e de vacinas. |
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