Evolução no escuro : seleção fenotípica de atributos florais associados à Quiropterofilia
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Data de Publicação: | 2019 |
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Resumo: | A polinização por morcegos é o mais recente sistema de polinização a ter evoluído dentre as angiospermas. Embora estas flores componham uma síndrome de polinização cuja o nível de previsibilidade é um dos maiores, frente a singularidade de seus atributos, muitos deles ainda não foram explorados e a forma como cada um deles evoluiu e está sujeito aos processos de seleção permanece em grande parte desconhecida. Aqui apresentamos um conjunto de abordagens que demonstram como esses atributos florais são integrados entre si, bem como atribuímos-lhes um valor evolutivo ao entender o efeito de sua variação fenotípica. Apresentamos como o principal atrativo primário destas flores, o néctar, pode desempenhar diferentes funções além de recurso, tais como sinalização olfativa, ajuste ao corpo do polinizador e pode sofrer fortes restrições relacionadas à morfologia floral. Propomos e demonstramos como a reflexão ultravioleta desempenha um importante papel de sinalização na polinização por morcego. Assim, abrimos novas perspectivas de interpretação na sinalização floral neste sistema de polinização. Demonstramos como as morfologias irregulares de flores quiropterófilas podem ser compreendidas como fractais, estando essa característica sob processos de seleção fenotípica que favorecem indivíduos com flores com morfologias mais compactas. Nós interpretamos estes resultados à luz da acústica geométrica e bioacústica dos morcegos, o que nos leva a propor um papel de sinalização floral através de disufão sonora. Exemplificamos como diferentes pressões, além dos próprios corpos dos polinizadores, podem estar associadas à processos de seleção fenotípica, tais como manutenção da hercogamia e interferência polínica. Nossos resultados demonstram que morcegos polinizadores podem exercer fortes pressões sobre a seleção de atributos florais. Além disso, alguns atributos ainda não explorados podem resignifcar a compreensão de alguns detalhes da interação entre flores e morcegos. |
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MELO, Arthur Domingos dehttp://lattes.cnpq.br/5419739486554941http://lattes.cnpq.br/9624864332158474MACHADO, Isabel Cristina SobreiraCOCUCCI, Andrea A.2021-05-28T11:47:17Z2021-05-28T11:47:17Z2019-02-22MELO, Arthur Domingos de. Evolução no escuro: seleção fenotípica de atributos florais associados à Quiropterofilia. 2019. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40204ark:/64986/001300000j0p4A polinização por morcegos é o mais recente sistema de polinização a ter evoluído dentre as angiospermas. Embora estas flores componham uma síndrome de polinização cuja o nível de previsibilidade é um dos maiores, frente a singularidade de seus atributos, muitos deles ainda não foram explorados e a forma como cada um deles evoluiu e está sujeito aos processos de seleção permanece em grande parte desconhecida. Aqui apresentamos um conjunto de abordagens que demonstram como esses atributos florais são integrados entre si, bem como atribuímos-lhes um valor evolutivo ao entender o efeito de sua variação fenotípica. Apresentamos como o principal atrativo primário destas flores, o néctar, pode desempenhar diferentes funções além de recurso, tais como sinalização olfativa, ajuste ao corpo do polinizador e pode sofrer fortes restrições relacionadas à morfologia floral. Propomos e demonstramos como a reflexão ultravioleta desempenha um importante papel de sinalização na polinização por morcego. Assim, abrimos novas perspectivas de interpretação na sinalização floral neste sistema de polinização. Demonstramos como as morfologias irregulares de flores quiropterófilas podem ser compreendidas como fractais, estando essa característica sob processos de seleção fenotípica que favorecem indivíduos com flores com morfologias mais compactas. Nós interpretamos estes resultados à luz da acústica geométrica e bioacústica dos morcegos, o que nos leva a propor um papel de sinalização floral através de disufão sonora. Exemplificamos como diferentes pressões, além dos próprios corpos dos polinizadores, podem estar associadas à processos de seleção fenotípica, tais como manutenção da hercogamia e interferência polínica. Nossos resultados demonstram que morcegos polinizadores podem exercer fortes pressões sobre a seleção de atributos florais. Além disso, alguns atributos ainda não explorados podem resignifcar a compreensão de alguns detalhes da interação entre flores e morcegos.FACEPEBat-pollination is the latest pollination system to have evolved in the angiosperms. Although these flowers comprise a pollination syndrome whose level of predictability is one of the largest, in the face of the uniqueness of their attributes, many of them have not yet been explored and the way in which each one has evolved and is subject to selection processes remains largely unknown. Here we present a set of approaches that demonstrate how these floral attributes are integrated. We determinete them an evolutionary value by understanding the effect of their phenotypic variation. We present as the main primary attraction of these flowers, nectar, can perform different functions besides resource, such as olfactory signaling, adjustment to the body of the pollinator and may suffer strong restrictions related to floral morphology. We propose and demonstrate how ultraviolet reflection plays an important role of signaling in bat pollination. Thus, we open new perspectives in the floral signaling in this pollination system. We demonstrate how the irregular morphologies of chiropterophilic flowers can be understood as fractals, being this characteristic under phenotypic selection processes that favor individuals with flowers with more compact morphologies. We interpret these results in light of the geometric and bioacoustic acoustics of bats, which leads us to propose a floral signaling role through sound difusion. We exemplify how different pressures, besides the pollinator bodies themselves, may be associated with phenotypic selection processes, such as maintenance of hercogamy and pollen interference. Our results demonstrate that pollinating bats can exert strong pressure on the selection of floral attributes. In addition, some attributes not yet explored can understate the understanding of some details of the interaction between flowers and bats.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessFertilização de plantasMorcegoCaatingaEvolução no escuro : seleção fenotípica de atributos florais associados à Quiropterofiliainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40204/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40204/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53ORIGINALTESE Arthur Domingos de Melo.pdfTESE Arthur Domingos de Melo.pdfapplication/pdf3692910https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40204/1/TESE%20Arthur%20Domingos%20de%20Melo.pdf5d0b844301ac3e9747a733c4b3b9fc9aMD51TEXTTESE Arthur Domingos de Melo.pdf.txtTESE Arthur Domingos de Melo.pdf.txtExtracted texttext/plain331022https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40204/4/TESE%20Arthur%20Domingos%20de%20Melo.pdf.txt32eaf7bb848fdad780a5b7a1b22183aaMD54THUMBNAILTESE Arthur Domingos de Melo.pdf.jpgTESE Arthur Domingos de Melo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1193https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40204/5/TESE%20Arthur%20Domingos%20de%20Melo.pdf.jpgff20a0a8ec4e5e252360cf00826ded82MD55123456789/402042021-05-29 02:15:41.838oai:repositorio.ufpe.br:123456789/40204TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212021-05-29T05:15:41Repositório Institucional da UFPE - 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A polinização por morcegos é o mais recente sistema de polinização a ter evoluído dentre as angiospermas. Embora estas flores componham uma síndrome de polinização cuja o nível de previsibilidade é um dos maiores, frente a singularidade de seus atributos, muitos deles ainda não foram explorados e a forma como cada um deles evoluiu e está sujeito aos processos de seleção permanece em grande parte desconhecida. Aqui apresentamos um conjunto de abordagens que demonstram como esses atributos florais são integrados entre si, bem como atribuímos-lhes um valor evolutivo ao entender o efeito de sua variação fenotípica. Apresentamos como o principal atrativo primário destas flores, o néctar, pode desempenhar diferentes funções além de recurso, tais como sinalização olfativa, ajuste ao corpo do polinizador e pode sofrer fortes restrições relacionadas à morfologia floral. Propomos e demonstramos como a reflexão ultravioleta desempenha um importante papel de sinalização na polinização por morcego. Assim, abrimos novas perspectivas de interpretação na sinalização floral neste sistema de polinização. Demonstramos como as morfologias irregulares de flores quiropterófilas podem ser compreendidas como fractais, estando essa característica sob processos de seleção fenotípica que favorecem indivíduos com flores com morfologias mais compactas. Nós interpretamos estes resultados à luz da acústica geométrica e bioacústica dos morcegos, o que nos leva a propor um papel de sinalização floral através de disufão sonora. Exemplificamos como diferentes pressões, além dos próprios corpos dos polinizadores, podem estar associadas à processos de seleção fenotípica, tais como manutenção da hercogamia e interferência polínica. Nossos resultados demonstram que morcegos polinizadores podem exercer fortes pressões sobre a seleção de atributos florais. Além disso, alguns atributos ainda não explorados podem resignifcar a compreensão de alguns detalhes da interação entre flores e morcegos. |
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