Variação Organofaciológica da Seqüência Cenomaniana- Turoniana da Bacia de Pernambuco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6145 |
Resumo: | A caracterização das variações palinofaciológicas com base no conteúdo da matéria orgânica contida em sedimentos e rochas sedimentares, associada a dados organogeoquímicos é uma ferramenta valiosa para determinação do potencial para geração de hidrocarbonetos líquidos e gasosos de modo quantitativo e qualitativo, e para a reconstrução do paleoambiente deposicional. Neste trabalho esta ferramenta foi aplicada para caracterização das variações organofaciológicas e do paleoambiente deposicional da sequência cenomaniana-turoniana da Bacia de Pernambuco, cujas litologias foram interpretadas como sendo de um ambiente de plataforma carbonática rasa, com pulsos de sedimentação terrígena intermitentes. As analises foram realizadas em 59 amostras coletadas ao longo de quatro testemunhos de sondagem (BP-01, BP-04, BP-05 e BP-06) perfurados na porção onshore da bacia. Nas quatro seções sedimentares analisadas observam-se intercalações entre camadas de argilitos, com colorações variando entre esverdeada, avermelhada e cinza escura; camadas de margas, com coloração em vários tons de cinza claros; camadas de calcário dolomítico com granulação fina a sacaroidal, de coloração cinza esverdeada a cinza esbranquiçada; camadas de siltitos, com colorações entre bege a esverdeada e raras camadas de arenito com granulometria média e coloração esverdeada. As amostras foram processadas seguindo os padrões de preparação para palinofácies e palinologia, posteriormente analisadas em lâminas organopalinológicas e palinológicas com uso da microscopia em luz branca transmitida e luz azul/ultravioleta incidente (fluorescência). A contagem foi realizada com base em 300 partículas por lâmina, sendo então efetuado um tratamento estatístico relativo aos diferentes grupos e subgrupos da matéria orgânica. Por fim, os resultados percentuais foram submetidos ao tratamento estatístico com o auxílio do programa Statistica 6.0®, a partir do qual foi elaborada a matriz de correlação e a análise de agrupamento com base nos componentes orgânicos particulados. Para agrupar as amostras e seus componentes orgânicos foram testados vários métodos de linkage, sendo que o método que melhor representou os dados foi Complete Linkage versus r-Pearson, agrupando as amostras observando suas similaridades (modo Q) e as similaridades entre os componentes orgânicos (modo R). Para obtenção dos dados organogeoquímicos as amostras foram submetidas a análises de Carbono Orgânico Total (COT) e Enxofre Total (ST). Nas quatro seções sedimentares predominam os componentes orgânicos do grupo dos fitoclastos no total dos componentes do querogênio, seguido dos palinomorfos e subordinadamente matéria orgânica amorfa (MOA). A análise palinológica qualitativa foi aplicada visando auxiliar na interpretação dos paleoambientes deposicionais. Deu-se preferência ao processamento palinológico com o objetivo principal de recuperação de cistos de dinoflagelados, tendo em vista que é o palinomorfo que melhor responde à caracterização de paleoambientes marinhos. A análise de agrupamento (Modo R) do testemunho BP-01 agrupou os componentes orgânicos em cinco subgrupos: grãos de pólen e esporos; fitoclastos não-opacos nãobioestruturados; cutículas e fitoclastos não-opacos bioestruturados; Botryococcus, MOA e carbono orgânico total; e fitoclastos opacos e enxofre total. No testemunho BP-04 o agrupamento evidenciou cinco subgrupos: carbono orgânico total e esporos; cutículas e fitoclastos não-opacos bioestruturados; MOA, enxofre total e fitoclastos não-opacos não-bioestruturados; algas da ordem Chloroccocales e grãos de pólen; e palinoforaminíferos, dinocistos e fitoclastos opacos. Para o testemunho BP-05 foram agrupados cinco subgrupos: enxofre total, palinoforaminiferos e dinocistos; MOA; fitoclastos não-opacos bioestruturados e não-bioestruturados e carbono orgânico total; cutículas; e Botryococcus, grãos de pólen, esporos e fitoclastos opacos. Para o testemunho BP-06 foram evidenciados cinco subgrupos: Botryococcus grãos de pólen e esporos; enxofre total e fitoclasto não-opaco não-bioestruturado; carbono orgânico total, MOA e fitoclastos não-opacos bioestruturados; cutículas; e fitoclastos opacos. A análise de agrupamento (Modo Q) possibilitou a subdivisão das quatro seções sedimentares em intervalos, sendo três intervalos para o testemunho BP-01, quatro para o testemunho BP-04, quatro para o testemunho BP-05 e três para o testemunho BP-06, com base no padrão de suprimento da matéria orgânica. Caracterizando cada intervalo pela maior ou menor influência de aporte de material orgânico de origem continental e menor ou maior influência de material orgânico marinho. Devido à má preservação dos componentes orgânicos em alguns intervalos dos testemunhos não foi possível realizar uma correlação segura entre as quatro seções sedimentares analisadas. Pelo cruzamento dos dados palinofaciológicos, organogeoquímicos e palinológicos, observaram-se variações dos paleoambientes. No testemunho BP-01 ocorrem variações entre ambientes de transição plataforma-bacia sob regime desóxico, passando para plataforma proximal óxica. No testemunho BP-04 ocorrem variações entre ambientes de plataforma proximal-distal óxica, sob condições marinhas normais, com suprimentos intermitentes de água doce. Para o testemunho BP-05 foram observadas variações entre ambientes de plataforma proximal óxica, transição plataforma-bacia sob regime desóxico e plataforma óxica distal, sob condições marinhas normais, com suprimentos intermitentes de água doce. No testemunho BP-06 ocorrem variações entre ambientes de transição plataforma-bacia sob regime desóxico e bacia marginal desóxica-anóxica |
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FERREIRA, Janaína AnaLIMA FILHO, Mário Ferreira de2014-06-12T18:02:25Z2014-06-12T18:02:25Z2009-01-31Ana Ferreira, Janaína; Ferreira de Lima Filho, Mário. Variação Organofaciológica da Seqüência Cenomaniana- Turoniana da Bacia de Pernambuco. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6145ark:/64986/001300000tv48A caracterização das variações palinofaciológicas com base no conteúdo da matéria orgânica contida em sedimentos e rochas sedimentares, associada a dados organogeoquímicos é uma ferramenta valiosa para determinação do potencial para geração de hidrocarbonetos líquidos e gasosos de modo quantitativo e qualitativo, e para a reconstrução do paleoambiente deposicional. Neste trabalho esta ferramenta foi aplicada para caracterização das variações organofaciológicas e do paleoambiente deposicional da sequência cenomaniana-turoniana da Bacia de Pernambuco, cujas litologias foram interpretadas como sendo de um ambiente de plataforma carbonática rasa, com pulsos de sedimentação terrígena intermitentes. As analises foram realizadas em 59 amostras coletadas ao longo de quatro testemunhos de sondagem (BP-01, BP-04, BP-05 e BP-06) perfurados na porção onshore da bacia. Nas quatro seções sedimentares analisadas observam-se intercalações entre camadas de argilitos, com colorações variando entre esverdeada, avermelhada e cinza escura; camadas de margas, com coloração em vários tons de cinza claros; camadas de calcário dolomítico com granulação fina a sacaroidal, de coloração cinza esverdeada a cinza esbranquiçada; camadas de siltitos, com colorações entre bege a esverdeada e raras camadas de arenito com granulometria média e coloração esverdeada. As amostras foram processadas seguindo os padrões de preparação para palinofácies e palinologia, posteriormente analisadas em lâminas organopalinológicas e palinológicas com uso da microscopia em luz branca transmitida e luz azul/ultravioleta incidente (fluorescência). A contagem foi realizada com base em 300 partículas por lâmina, sendo então efetuado um tratamento estatístico relativo aos diferentes grupos e subgrupos da matéria orgânica. Por fim, os resultados percentuais foram submetidos ao tratamento estatístico com o auxílio do programa Statistica 6.0®, a partir do qual foi elaborada a matriz de correlação e a análise de agrupamento com base nos componentes orgânicos particulados. Para agrupar as amostras e seus componentes orgânicos foram testados vários métodos de linkage, sendo que o método que melhor representou os dados foi Complete Linkage versus r-Pearson, agrupando as amostras observando suas similaridades (modo Q) e as similaridades entre os componentes orgânicos (modo R). Para obtenção dos dados organogeoquímicos as amostras foram submetidas a análises de Carbono Orgânico Total (COT) e Enxofre Total (ST). Nas quatro seções sedimentares predominam os componentes orgânicos do grupo dos fitoclastos no total dos componentes do querogênio, seguido dos palinomorfos e subordinadamente matéria orgânica amorfa (MOA). A análise palinológica qualitativa foi aplicada visando auxiliar na interpretação dos paleoambientes deposicionais. Deu-se preferência ao processamento palinológico com o objetivo principal de recuperação de cistos de dinoflagelados, tendo em vista que é o palinomorfo que melhor responde à caracterização de paleoambientes marinhos. A análise de agrupamento (Modo R) do testemunho BP-01 agrupou os componentes orgânicos em cinco subgrupos: grãos de pólen e esporos; fitoclastos não-opacos nãobioestruturados; cutículas e fitoclastos não-opacos bioestruturados; Botryococcus, MOA e carbono orgânico total; e fitoclastos opacos e enxofre total. No testemunho BP-04 o agrupamento evidenciou cinco subgrupos: carbono orgânico total e esporos; cutículas e fitoclastos não-opacos bioestruturados; MOA, enxofre total e fitoclastos não-opacos não-bioestruturados; algas da ordem Chloroccocales e grãos de pólen; e palinoforaminíferos, dinocistos e fitoclastos opacos. Para o testemunho BP-05 foram agrupados cinco subgrupos: enxofre total, palinoforaminiferos e dinocistos; MOA; fitoclastos não-opacos bioestruturados e não-bioestruturados e carbono orgânico total; cutículas; e Botryococcus, grãos de pólen, esporos e fitoclastos opacos. 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Pelo cruzamento dos dados palinofaciológicos, organogeoquímicos e palinológicos, observaram-se variações dos paleoambientes. No testemunho BP-01 ocorrem variações entre ambientes de transição plataforma-bacia sob regime desóxico, passando para plataforma proximal óxica. No testemunho BP-04 ocorrem variações entre ambientes de plataforma proximal-distal óxica, sob condições marinhas normais, com suprimentos intermitentes de água doce. Para o testemunho BP-05 foram observadas variações entre ambientes de plataforma proximal óxica, transição plataforma-bacia sob regime desóxico e plataforma óxica distal, sob condições marinhas normais, com suprimentos intermitentes de água doce. No testemunho BP-06 ocorrem variações entre ambientes de transição plataforma-bacia sob regime desóxico e bacia marginal desóxica-anóxicaPetróleo Brasileiro S.A.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFormação EstivaPalino FáceisBacia de PernambucoVariação Organofaciológica da Seqüência Cenomaniana- Turoniana da Bacia de Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2489_1.pdf.jpgarquivo2489_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1185https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6145/4/arquivo2489_1.pdf.jpg2805fc96feded20d9a81af1cf8f266a6MD54ORIGINALarquivo2489_1.pdfapplication/pdf7063378https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6145/1/arquivo2489_1.pdfc785ea3e926ae52fb96e27fc05582d11MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6145/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2489_1.pdf.txtarquivo2489_1.pdf.txtExtracted texttext/plain352102https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6145/3/arquivo2489_1.pdf.txt41f6936fbe91ce517574bca4b5536b3dMD53123456789/61452019-10-25 06:08:27.748oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6145Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T09:08:27Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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Nas quatro seções sedimentares analisadas observam-se intercalações entre camadas de argilitos, com colorações variando entre esverdeada, avermelhada e cinza escura; camadas de margas, com coloração em vários tons de cinza claros; camadas de calcário dolomítico com granulação fina a sacaroidal, de coloração cinza esverdeada a cinza esbranquiçada; camadas de siltitos, com colorações entre bege a esverdeada e raras camadas de arenito com granulometria média e coloração esverdeada. As amostras foram processadas seguindo os padrões de preparação para palinofácies e palinologia, posteriormente analisadas em lâminas organopalinológicas e palinológicas com uso da microscopia em luz branca transmitida e luz azul/ultravioleta incidente (fluorescência). A contagem foi realizada com base em 300 partículas por lâmina, sendo então efetuado um tratamento estatístico relativo aos diferentes grupos e subgrupos da matéria orgânica. Por fim, os resultados percentuais foram submetidos ao tratamento estatístico com o auxílio do programa Statistica 6.0®, a partir do qual foi elaborada a matriz de correlação e a análise de agrupamento com base nos componentes orgânicos particulados. Para agrupar as amostras e seus componentes orgânicos foram testados vários métodos de linkage, sendo que o método que melhor representou os dados foi Complete Linkage versus r-Pearson, agrupando as amostras observando suas similaridades (modo Q) e as similaridades entre os componentes orgânicos (modo R). Para obtenção dos dados organogeoquímicos as amostras foram submetidas a análises de Carbono Orgânico Total (COT) e Enxofre Total (ST). Nas quatro seções sedimentares predominam os componentes orgânicos do grupo dos fitoclastos no total dos componentes do querogênio, seguido dos palinomorfos e subordinadamente matéria orgânica amorfa (MOA). A análise palinológica qualitativa foi aplicada visando auxiliar na interpretação dos paleoambientes deposicionais. Deu-se preferência ao processamento palinológico com o objetivo principal de recuperação de cistos de dinoflagelados, tendo em vista que é o palinomorfo que melhor responde à caracterização de paleoambientes marinhos. A análise de agrupamento (Modo R) do testemunho BP-01 agrupou os componentes orgânicos em cinco subgrupos: grãos de pólen e esporos; fitoclastos não-opacos nãobioestruturados; cutículas e fitoclastos não-opacos bioestruturados; Botryococcus, MOA e carbono orgânico total; e fitoclastos opacos e enxofre total. No testemunho BP-04 o agrupamento evidenciou cinco subgrupos: carbono orgânico total e esporos; cutículas e fitoclastos não-opacos bioestruturados; MOA, enxofre total e fitoclastos não-opacos não-bioestruturados; algas da ordem Chloroccocales e grãos de pólen; e palinoforaminíferos, dinocistos e fitoclastos opacos. 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