O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NOBRE, Alena Pimentel Mello Cabral
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15174
Resumo: Lidar com a arbitrariedade simbólica parece ser difícil no início da infância. É preciso que a criança compreenda que o nome não tem valor intrínseco. Estudos da década de 80 revelaram que a dificuldade da criança em perceber arbitrariedades simbólicas, expressa através do Realismo Nominal, poderia interferir na aquisição e compreensão inicial do sistema notacional alfabético. Supõe-se, aqui, que é igualmente possível que interfira na aquisição do sistema notacional numérico. Sendo assim, nesta investigação buscou-se compreender se há relação entre a apropriação dos sistemas notacionais e a arbitrariedade simbólica. Além disso, propôs-se a averiguar se intervenções explicitas sobre o Realismo Nominal e o sistema de numeração decimal, poderiam facilitar a apreensão da criança sobre a natureza arbitrária dos signos e, consequentemente, a apropriação do sistema notacional alfabético e numérico. A amostra foi composta por 73 crianças entre 4 e 5 anos de idade, oriundas de uma escola particular numa região metropolitana da cidade do Recife. Foram aplicadas atividades relativas à escrita de palavras e números, consciência fonológica, Realismo Nominal, substituição simbólica e comparação numérica. Posteriormente, a amostra foi dividida em dois grupos: controle (GC) e experimental (GE). No intervalo de uma semana, o GE recebeu duas intervenções relativas à compreensão da arbitrariedade simbólica, sendo uma relativa ao sistema alfabético e a outra, ao numérico. O GC recebeu o mesmo número de intervenções do GE, entretanto, em nenhuma delas houve qualquer tipo de estimulação relativa à arbitrariedade do sistema simbólico, embora resguardassem conhecimentos relativos à área de linguagem e matemática. Após a intervenção, eram aplicados pós-testes baseados nos mesmos critérios de medidas utilizados anteriormente. A análise dos resultados apontou que a dificuldade em lidar com arbitrariedade simbólica e a presença do Realismo Nominal são variáveis que se correlacionam entre si (rho = .269, p=.024) e entre as variáveis de hipótese de escrita (rho = .354, p= .003), e consciência fonológica (rho=.287, p=.017) Apresentaram valores estaticamente significativos também às correlações de Spearman entre hipótese de escrita e os níveis das estratégias de escrita numérica (rho=.455, p=.000), bem como Realismo Nominal e a escrita numérica (rho=.270, p=.021) e o número de acertos na atividade de comparação numérica (rho=.299, p=.011). Como acréscimo, os resultados também esclareceram que intervenções explícitas sobre contagem silábica e valor posicional da dezena, favorecem o melhor desempenho nas atividades relativas ao confronto acerca do tamanho das palavras no teste de Realismo Nominal e dos números, nas atividades de comparação numérica. Entretanto, demonstraram também que esse avanço não significou progresso na compreensão de importantes princípios dos sistemas notacionais, nem progresso nos níveis de leitura e escrita.
id UFPE_320e00933c91b3d387ccf220f59be651
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/15174
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling NOBRE, Alena Pimentel Mello CabralROAZZI, Antônio2016-02-16T19:25:15Z2016-02-16T19:25:15Z2013-03-25https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15174Lidar com a arbitrariedade simbólica parece ser difícil no início da infância. É preciso que a criança compreenda que o nome não tem valor intrínseco. Estudos da década de 80 revelaram que a dificuldade da criança em perceber arbitrariedades simbólicas, expressa através do Realismo Nominal, poderia interferir na aquisição e compreensão inicial do sistema notacional alfabético. Supõe-se, aqui, que é igualmente possível que interfira na aquisição do sistema notacional numérico. Sendo assim, nesta investigação buscou-se compreender se há relação entre a apropriação dos sistemas notacionais e a arbitrariedade simbólica. Além disso, propôs-se a averiguar se intervenções explicitas sobre o Realismo Nominal e o sistema de numeração decimal, poderiam facilitar a apreensão da criança sobre a natureza arbitrária dos signos e, consequentemente, a apropriação do sistema notacional alfabético e numérico. A amostra foi composta por 73 crianças entre 4 e 5 anos de idade, oriundas de uma escola particular numa região metropolitana da cidade do Recife. Foram aplicadas atividades relativas à escrita de palavras e números, consciência fonológica, Realismo Nominal, substituição simbólica e comparação numérica. Posteriormente, a amostra foi dividida em dois grupos: controle (GC) e experimental (GE). No intervalo de uma semana, o GE recebeu duas intervenções relativas à compreensão da arbitrariedade simbólica, sendo uma relativa ao sistema alfabético e a outra, ao numérico. O GC recebeu o mesmo número de intervenções do GE, entretanto, em nenhuma delas houve qualquer tipo de estimulação relativa à arbitrariedade do sistema simbólico, embora resguardassem conhecimentos relativos à área de linguagem e matemática. Após a intervenção, eram aplicados pós-testes baseados nos mesmos critérios de medidas utilizados anteriormente. A análise dos resultados apontou que a dificuldade em lidar com arbitrariedade simbólica e a presença do Realismo Nominal são variáveis que se correlacionam entre si (rho = .269, p=.024) e entre as variáveis de hipótese de escrita (rho = .354, p= .003), e consciência fonológica (rho=.287, p=.017) Apresentaram valores estaticamente significativos também às correlações de Spearman entre hipótese de escrita e os níveis das estratégias de escrita numérica (rho=.455, p=.000), bem como Realismo Nominal e a escrita numérica (rho=.270, p=.021) e o número de acertos na atividade de comparação numérica (rho=.299, p=.011). Como acréscimo, os resultados também esclareceram que intervenções explícitas sobre contagem silábica e valor posicional da dezena, favorecem o melhor desempenho nas atividades relativas ao confronto acerca do tamanho das palavras no teste de Realismo Nominal e dos números, nas atividades de comparação numérica. Entretanto, demonstraram também que esse avanço não significou progresso na compreensão de importantes princípios dos sistemas notacionais, nem progresso nos níveis de leitura e escrita.CNPQDealing with symbolic arbitrariness seems to be difficult in early childhood. It is necessary that the child understands that names have no intrinsic value. Studies in the 80´s revealed that the child's difficulty in perceiving arbitrary symbolism, expressed through Nominal Realism, could interfere in the acquisition and initial understanding of the alphabetic notational system. It is assumed here that it is also possible its interference in the acquisition of the numerical notational system. Thus, this research aimed to understand a possible relation between arbitrariness and the notational systems. Furthermore, it was investigated if explicit interventions about nominal realism and the decimal numbering system could facilitate the apprehension of the arbitrary nature of signs, and therefore the appropriation of the alphabetic and numeric notational systems. The sample consisted of 74 children between 4 and 5 years old, coming from a private school in Recife. A number of activities were applied, including: writing words and numbers, phonological awareness, nominal realism, symbolic substitution and numeric comparison. Subsequently, the sample was divided into two groups: control (CG) and experimental (EG). In the interval of a week, EG received two interventions related to the understanding of numerical and alphabetical symbolic arbitrariness. The CG received the same number of interventions as GE; however, in none of them there were any stimulation about the comprehension of arbitrariness, although there were interventions about language and mathematics. After the intervention, post-tests were applied based on the same criterias of measurement that had been previously defined. The results indicated that the difficulty in dealing with the symbolic arbitrariness and the presence of nominal realism are correlated with each other (rho = .269, p = .024) and between the variables of writing hypothesis (rho = .354, p = .003), and phonological awareness (rho = .287, p = .017). Values were statistically significant in Spearman correlations between writing hypothesis and levels of numerical writing strategies (rho = 0.455, p = 0.000). Nominal realism and numerical written strategies also presented statistical significance (rho = .270, p= .021), as well as occurred with the number correct items selected by the children during the numerical comparison activity (rho = .299, p = .011). In addition, the results also clarified that explicit interventions on syllabic count and place value, had promoted better performance in activities related to the size of the words in the test of nominal realism and the numerical comparison activities. However, it has also showed that this advancing has not meant progress in the understanding of important principles of notational systems or in reading and writing performance.porUNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOPrograma de Pos Graduacao em Psicologia CognitivaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPsicologia cognitivaCognição em criançasSinais e simbolosNotação matemáticaAlfabetizaçãoO Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE ALENA - Biblioteca central - Sem assinatura.pdf.jpgTESE ALENA - Biblioteca central - Sem assinatura.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1206https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/5/TESE%20ALENA%20-%20Biblioteca%20central%20-%20Sem%20assinatura.pdf.jpga6401a4cc0563801c57bb93a297f413cMD55ORIGINALTESE ALENA - Biblioteca central - Sem assinatura.pdfTESE ALENA - Biblioteca central - Sem assinatura.pdfapplication/pdf2327924https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/1/TESE%20ALENA%20-%20Biblioteca%20central%20-%20Sem%20assinatura.pdf530c806a03a6da964a43b5785612069dMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE ALENA - Biblioteca central - Sem assinatura.pdf.txtTESE ALENA - Biblioteca central - Sem assinatura.pdf.txtExtracted texttext/plain267822https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/4/TESE%20ALENA%20-%20Biblioteca%20central%20-%20Sem%20assinatura.pdf.txtcd8ba797267f7b0a409ae311b05f3949MD54123456789/151742024-03-13 13:59:20.359oai:repositorio.ufpe.br:123456789/15174TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212024-03-13T16:59:20Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais
title O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais
spellingShingle O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais
NOBRE, Alena Pimentel Mello Cabral
Psicologia cognitiva
Cognição em crianças
Sinais e simbolos
Notação matemática
Alfabetização
title_short O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais
title_full O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais
title_fullStr O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais
title_full_unstemmed O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais
title_sort O Realismo Nominal e a arbitrariedade simbólica na aquisição dos sistemas notacionais
author NOBRE, Alena Pimentel Mello Cabral
author_facet NOBRE, Alena Pimentel Mello Cabral
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv NOBRE, Alena Pimentel Mello Cabral
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv ROAZZI, Antônio
contributor_str_mv ROAZZI, Antônio
dc.subject.por.fl_str_mv Psicologia cognitiva
Cognição em crianças
Sinais e simbolos
Notação matemática
Alfabetização
topic Psicologia cognitiva
Cognição em crianças
Sinais e simbolos
Notação matemática
Alfabetização
description Lidar com a arbitrariedade simbólica parece ser difícil no início da infância. É preciso que a criança compreenda que o nome não tem valor intrínseco. Estudos da década de 80 revelaram que a dificuldade da criança em perceber arbitrariedades simbólicas, expressa através do Realismo Nominal, poderia interferir na aquisição e compreensão inicial do sistema notacional alfabético. Supõe-se, aqui, que é igualmente possível que interfira na aquisição do sistema notacional numérico. Sendo assim, nesta investigação buscou-se compreender se há relação entre a apropriação dos sistemas notacionais e a arbitrariedade simbólica. Além disso, propôs-se a averiguar se intervenções explicitas sobre o Realismo Nominal e o sistema de numeração decimal, poderiam facilitar a apreensão da criança sobre a natureza arbitrária dos signos e, consequentemente, a apropriação do sistema notacional alfabético e numérico. A amostra foi composta por 73 crianças entre 4 e 5 anos de idade, oriundas de uma escola particular numa região metropolitana da cidade do Recife. Foram aplicadas atividades relativas à escrita de palavras e números, consciência fonológica, Realismo Nominal, substituição simbólica e comparação numérica. Posteriormente, a amostra foi dividida em dois grupos: controle (GC) e experimental (GE). No intervalo de uma semana, o GE recebeu duas intervenções relativas à compreensão da arbitrariedade simbólica, sendo uma relativa ao sistema alfabético e a outra, ao numérico. O GC recebeu o mesmo número de intervenções do GE, entretanto, em nenhuma delas houve qualquer tipo de estimulação relativa à arbitrariedade do sistema simbólico, embora resguardassem conhecimentos relativos à área de linguagem e matemática. Após a intervenção, eram aplicados pós-testes baseados nos mesmos critérios de medidas utilizados anteriormente. A análise dos resultados apontou que a dificuldade em lidar com arbitrariedade simbólica e a presença do Realismo Nominal são variáveis que se correlacionam entre si (rho = .269, p=.024) e entre as variáveis de hipótese de escrita (rho = .354, p= .003), e consciência fonológica (rho=.287, p=.017) Apresentaram valores estaticamente significativos também às correlações de Spearman entre hipótese de escrita e os níveis das estratégias de escrita numérica (rho=.455, p=.000), bem como Realismo Nominal e a escrita numérica (rho=.270, p=.021) e o número de acertos na atividade de comparação numérica (rho=.299, p=.011). Como acréscimo, os resultados também esclareceram que intervenções explícitas sobre contagem silábica e valor posicional da dezena, favorecem o melhor desempenho nas atividades relativas ao confronto acerca do tamanho das palavras no teste de Realismo Nominal e dos números, nas atividades de comparação numérica. Entretanto, demonstraram também que esse avanço não significou progresso na compreensão de importantes princípios dos sistemas notacionais, nem progresso nos níveis de leitura e escrita.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-03-25
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-02-16T19:25:15Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-02-16T19:25:15Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15174
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15174
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/5/TESE%20ALENA%20-%20Biblioteca%20central%20-%20Sem%20assinatura.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/1/TESE%20ALENA%20-%20Biblioteca%20central%20-%20Sem%20assinatura.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15174/4/TESE%20ALENA%20-%20Biblioteca%20central%20-%20Sem%20assinatura.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a6401a4cc0563801c57bb93a297f413c
530c806a03a6da964a43b5785612069d
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
cd8ba797267f7b0a409ae311b05f3949
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310698722656256