Polimorfismos de base única (SNPs) dos genes LIG4, RAD52, VDR e IFIH1 e a susceptibilidade ao Lúpus Eritematoso Sistêmico e suas manifestações clínicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Jaqueline de Azevêdo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000zb1t
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12295
Resumo: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma das mais relevantes desordens autoimunes no mundo com a prevalência variando entre 20 a 150 casos a cada 100.000 indivíduos. A formação de autoanticorpos e a deposição de imunocomplexos na circulação sanguínea é um dos principais mecanismos patogênicos da doença. Além disso, o LES é caracterizado por um diversificado quadro de manifestações clínicas que varia de paciente para paciente. A genética do LES é complexa e caracteriza-se pela participação de diversos genes atuando em conjunto na etiopatogênese da doença. Neste trabalho foi estudada a susceptibilidade dos polimorfismos nos genes LIG4, RAD52, VDR e IFIH1 ao LES e suas manifestações clínicas. Os genes LIG4 e RAD52 são codificadores de enzimas de reparo do DNA e os danos ao DNA são potenciais ativadores da resposta imune. O VDR (receptor de vitamina D) atua como modulador da resposta imune através da ação da vitamina D. Uma vez que pacientes com LES apresentam com frequência alterações dos níveis séricos da vitamina D e o VDR está presente em importantes células do sistema imune, o VDR aparece como um candidato promissor à susceptibilidade ao LES. O gene IFIH1 é capaz de induzir a ativação do IFN e, como esta citocina apresenta papel chave na patogênese do LES, a ação deste gene tem papel importante na resposta imune. Nos gene LIG4 e RAD52 foram analisados quatro (rs10131, rs1805386, rs1805388 e rs3093740) e três (rs1051669, rs1106467 e rs3748522) SNPs respectivamente, em 158 pacientes e 212 controles da população do Sudeste Brasileiro. Os polimorfismos nos genes LIG4 e RAD52 não apresentaram associação ao LES nem às suas manifestações clínicas na população analisada. Os polimorfismos analisados no gene VDR (rs11168268, rs2248098, rs1540339, rs4760648 e rs3890733) não apresentaram associação com o LES, no entanto apresentaram associação com as seguintes manifestações clínicas: alterações cutâneas com genótipo G/G (rs11168269, OR=3,01e p=0,035), anticorpo anti ds-DNA com o genótipo C/T (rs4760648, OR=0,369 e p=0,03), alterações imunológicas com o genótipo G/G (rs2248098, OR=2,82 e p=0,04) e artrite com o genótipo T/T (rs3890733, OR=17,05 e p= 0,001). No gene IFIH1 foram analisados dois polimorfismos (rs6432714 e rs10930046) e o genótipo C/C (rs10930046) foi associado com ao LES (p=0.032), no entanto, não foi encontrada associação com as manifestações clínicas. Os resultados obtidos neste estudo forneceram dados para o primeiro estudo de associação com LES e os genes de reparo LIG4 e RAD52. Além disso, os genes VDR e IFIH1 foram testados pela primeira vez na população brasileira, contribuindo como marcadores não somente na doença, mas nas manifestações clínicas do LES.
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Os polimorfismos analisados no gene VDR (rs11168268, rs2248098, rs1540339, rs4760648 e rs3890733) não apresentaram associação com o LES, no entanto apresentaram associação com as seguintes manifestações clínicas: alterações cutâneas com genótipo G/G (rs11168269, OR=3,01e p=0,035), anticorpo anti ds-DNA com o genótipo C/T (rs4760648, OR=0,369 e p=0,03), alterações imunológicas com o genótipo G/G (rs2248098, OR=2,82 e p=0,04) e artrite com o genótipo T/T (rs3890733, OR=17,05 e p= 0,001). No gene IFIH1 foram analisados dois polimorfismos (rs6432714 e rs10930046) e o genótipo C/C (rs10930046) foi associado com ao LES (p=0.032), no entanto, não foi encontrada associação com as manifestações clínicas. Os resultados obtidos neste estudo forneceram dados para o primeiro estudo de associação com LES e os genes de reparo LIG4 e RAD52. Além disso, os genes VDR e IFIH1 foram testados pela primeira vez na população brasileira, contribuindo como marcadores não somente na doença, mas nas manifestações clínicas do LES.CNPQ; CAPES; FACEPEporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLúpus Eritematoso SistêmicoSNPsLIG4RAD52VDRIFIH1Polimorfismos de base única (SNPs) dos genes LIG4, RAD52, VDR e IFIH1 e a susceptibilidade ao Lúpus Eritematoso Sistêmico e suas manifestações clínicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTese_Jaqueline de Azevedo Silva.pdf.jpgTese_Jaqueline de Azevedo Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1266https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12295/5/Tese_Jaqueline%20de%20Azevedo%20Silva.pdf.jpgb0920bca2d73578d26eb862637853f33MD55ORIGINALTese_Jaqueline de Azevedo Silva.pdfTese_Jaqueline de Azevedo Silva.pdfapplication/pdf1480397https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12295/1/Tese_Jaqueline%20de%20Azevedo%20Silva.pdfb38b99c8bc543a2c2b3933d0bb630f45MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Silva, Jaqueline de Azevêdo
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description O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma das mais relevantes desordens autoimunes no mundo com a prevalência variando entre 20 a 150 casos a cada 100.000 indivíduos. A formação de autoanticorpos e a deposição de imunocomplexos na circulação sanguínea é um dos principais mecanismos patogênicos da doença. Além disso, o LES é caracterizado por um diversificado quadro de manifestações clínicas que varia de paciente para paciente. A genética do LES é complexa e caracteriza-se pela participação de diversos genes atuando em conjunto na etiopatogênese da doença. Neste trabalho foi estudada a susceptibilidade dos polimorfismos nos genes LIG4, RAD52, VDR e IFIH1 ao LES e suas manifestações clínicas. Os genes LIG4 e RAD52 são codificadores de enzimas de reparo do DNA e os danos ao DNA são potenciais ativadores da resposta imune. O VDR (receptor de vitamina D) atua como modulador da resposta imune através da ação da vitamina D. Uma vez que pacientes com LES apresentam com frequência alterações dos níveis séricos da vitamina D e o VDR está presente em importantes células do sistema imune, o VDR aparece como um candidato promissor à susceptibilidade ao LES. O gene IFIH1 é capaz de induzir a ativação do IFN e, como esta citocina apresenta papel chave na patogênese do LES, a ação deste gene tem papel importante na resposta imune. Nos gene LIG4 e RAD52 foram analisados quatro (rs10131, rs1805386, rs1805388 e rs3093740) e três (rs1051669, rs1106467 e rs3748522) SNPs respectivamente, em 158 pacientes e 212 controles da população do Sudeste Brasileiro. Os polimorfismos nos genes LIG4 e RAD52 não apresentaram associação ao LES nem às suas manifestações clínicas na população analisada. Os polimorfismos analisados no gene VDR (rs11168268, rs2248098, rs1540339, rs4760648 e rs3890733) não apresentaram associação com o LES, no entanto apresentaram associação com as seguintes manifestações clínicas: alterações cutâneas com genótipo G/G (rs11168269, OR=3,01e p=0,035), anticorpo anti ds-DNA com o genótipo C/T (rs4760648, OR=0,369 e p=0,03), alterações imunológicas com o genótipo G/G (rs2248098, OR=2,82 e p=0,04) e artrite com o genótipo T/T (rs3890733, OR=17,05 e p= 0,001). No gene IFIH1 foram analisados dois polimorfismos (rs6432714 e rs10930046) e o genótipo C/C (rs10930046) foi associado com ao LES (p=0.032), no entanto, não foi encontrada associação com as manifestações clínicas. Os resultados obtidos neste estudo forneceram dados para o primeiro estudo de associação com LES e os genes de reparo LIG4 e RAD52. Além disso, os genes VDR e IFIH1 foram testados pela primeira vez na população brasileira, contribuindo como marcadores não somente na doença, mas nas manifestações clínicas do LES.
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