Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32356 |
Resumo: | A otomicose é infecção fúngica oportunista do conduto auditivo externo cujos principais agentes etiológicos são espécies de Aspergillus e Candida. Essa micose é caracterizada por prurido, otorreia e otalgia, e um importante fator de virulência de alguns desses patógenos é a capacidade de formar biofilmes. Tais estruturas aderemse a superfícies as quais podem ocasionar maior dano ao paciente devido a recorrências mais frequentes dessa micose além de resistência a tratamento com antifúngicos. Desta forma, esta pesquisa objetivou detectar, isolar e identificar fungos em amostras clínicas de pacientes com otite fúngica que fazem ou não uso de aparelho auditivo, e buscar novas estratégias para a prevenção, controle e tratamento da otomicose. Fungos foram isolados do conduto auditivo de pacientes com otomicose e identificados por meio da taxonomia clássica e molecular. Foram sequenciadas as regiões ITS e o domínio D1/D2 da região LSU, e os genes da calmodulina e β-tubulina, e no caso de otomicose bilaterial foi analisada a região GTG5 dos isolados. Após crescimento em meio de cultura, uma suspensão foi ajustada para uma concentração desejada de células. Produziram-se biofilmes em placas de microdiluição, nas quais células foram incubadas nos tempos de 24, 48 e 72h e o biofilme quantificado através da solução cristal violeta e de MTT. A atividade antifúngica in vitro das célulasplanctônicas, do biofilme e da determinação do sinergismo, foram avaliados pelo método de microdiluição em caldo, de acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute utilizando o anfotericina B, fluconazol, cetoconazol, ciclopirox olamina, octopirox olamina, derivados tiossemicarbazônicos e D-limoneno. A otomicose foi diagnosticada em 15 pacientes, com idade média de 28 anos; 60% era do sexo masculino. O fator de risco prevalente foi a presença da perfuração timpânica com inflamação exsudativa. Foram isolados e identificados 19 espécimes entre Aspergillus awamori, A. flavus, A. fumigatus, A. niger, A. parasiticus, A. pseudonomius, A. sydowii, A. tamarii, Candida parapsilosis, Millerozyma farinosa e Talaromyces funiculosus. Todos isolados formaram biofilme e tiveram maior atividade metabólica após 24h. As concentrações inibitórias mínimas obtidas de anfotericina B foram 0,125 a 4μg/mL; fluconazol, 16 a 64μg/mL, cetoconazol, 0,03 a 8μg/mL; itraconazol, 0,03 a 0,5μg/mL; ciclopirox olamina, 0,5 a 16μg/mL, e octopirox olamina, 0,5 a 4μg/mL. Derivados de tiossemicarbazonas, L3, L8 e L9, e o limoneno também tiveram atividade contra os isolados. L3, variou de 4 a 1024μg/mL; L8, 2 a 256 μg/mL; L9, 2 a 512 μg/mL, e o limoneno, 32 a 1024μg/mL. Além disso, constatamos sinergismo entre octopirox olamina e o limoneno. Também se verificou a atividade antifúngica no tratameto dos biofilmes de 18 isolados em pelo menos um dos tratamentos. Espécies de Aspergillus continuam sendo os agentes etiológicos mais frenquentes em casos de otomicoses. É cada vez mais claro que uma grande maioria destes fungos tem a capacidade de formar biofilmes e devido a este fato, são refratários ao tratamento desta micose, o que representa um grande problema para os pacientes, uma vez que a dose necessária para erradicar os agentes etiológicos, pode exceder o máximo atingível terapeuticamente as concentrações de antifúngicos. |
id |
UFPE_3a2faa6036495a0413e001a02ce7de77 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/32356 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
BUONAFINA, Maria Daniela Silvahttp://lattes.cnpq.br/0141395162041630http://lattes.cnpq.br/0360951033804105NEVES, Rejane PereiraLIMA NETO, Reginaldo Gonçalves de2019-09-06T19:12:59Z2019-09-06T19:12:59Z2018-03-08https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32356A otomicose é infecção fúngica oportunista do conduto auditivo externo cujos principais agentes etiológicos são espécies de Aspergillus e Candida. Essa micose é caracterizada por prurido, otorreia e otalgia, e um importante fator de virulência de alguns desses patógenos é a capacidade de formar biofilmes. Tais estruturas aderemse a superfícies as quais podem ocasionar maior dano ao paciente devido a recorrências mais frequentes dessa micose além de resistência a tratamento com antifúngicos. Desta forma, esta pesquisa objetivou detectar, isolar e identificar fungos em amostras clínicas de pacientes com otite fúngica que fazem ou não uso de aparelho auditivo, e buscar novas estratégias para a prevenção, controle e tratamento da otomicose. Fungos foram isolados do conduto auditivo de pacientes com otomicose e identificados por meio da taxonomia clássica e molecular. Foram sequenciadas as regiões ITS e o domínio D1/D2 da região LSU, e os genes da calmodulina e β-tubulina, e no caso de otomicose bilaterial foi analisada a região GTG5 dos isolados. Após crescimento em meio de cultura, uma suspensão foi ajustada para uma concentração desejada de células. Produziram-se biofilmes em placas de microdiluição, nas quais células foram incubadas nos tempos de 24, 48 e 72h e o biofilme quantificado através da solução cristal violeta e de MTT. A atividade antifúngica in vitro das célulasplanctônicas, do biofilme e da determinação do sinergismo, foram avaliados pelo método de microdiluição em caldo, de acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute utilizando o anfotericina B, fluconazol, cetoconazol, ciclopirox olamina, octopirox olamina, derivados tiossemicarbazônicos e D-limoneno. A otomicose foi diagnosticada em 15 pacientes, com idade média de 28 anos; 60% era do sexo masculino. O fator de risco prevalente foi a presença da perfuração timpânica com inflamação exsudativa. Foram isolados e identificados 19 espécimes entre Aspergillus awamori, A. flavus, A. fumigatus, A. niger, A. parasiticus, A. pseudonomius, A. sydowii, A. tamarii, Candida parapsilosis, Millerozyma farinosa e Talaromyces funiculosus. Todos isolados formaram biofilme e tiveram maior atividade metabólica após 24h. As concentrações inibitórias mínimas obtidas de anfotericina B foram 0,125 a 4μg/mL; fluconazol, 16 a 64μg/mL, cetoconazol, 0,03 a 8μg/mL; itraconazol, 0,03 a 0,5μg/mL; ciclopirox olamina, 0,5 a 16μg/mL, e octopirox olamina, 0,5 a 4μg/mL. Derivados de tiossemicarbazonas, L3, L8 e L9, e o limoneno também tiveram atividade contra os isolados. L3, variou de 4 a 1024μg/mL; L8, 2 a 256 μg/mL; L9, 2 a 512 μg/mL, e o limoneno, 32 a 1024μg/mL. Além disso, constatamos sinergismo entre octopirox olamina e o limoneno. Também se verificou a atividade antifúngica no tratameto dos biofilmes de 18 isolados em pelo menos um dos tratamentos. Espécies de Aspergillus continuam sendo os agentes etiológicos mais frenquentes em casos de otomicoses. É cada vez mais claro que uma grande maioria destes fungos tem a capacidade de formar biofilmes e devido a este fato, são refratários ao tratamento desta micose, o que representa um grande problema para os pacientes, uma vez que a dose necessária para erradicar os agentes etiológicos, pode exceder o máximo atingível terapeuticamente as concentrações de antifúngicos.CNPqOtomycosis is an opportunistic fungal infection of the auditory input conduit in the municipality of Aspergillus and Candida. This mycosis is characterized by pruritus, otorrhea and otalgia, and an important virulence factor of some of these pathogens is the ability to form biofilms. Such structures adhere to surfaces which may cause greater damage to the patient due to more frequent recurrences of this mycosis besides resistance to treatment with antifungals. In this way, this research aimed to detect, isolate and identify fungi in clinical samples of patients with fungal otitis who do or do not use hearing aids, and to seek new strategies for the prevention, control and treatment of otomycosis. Fungi were isolated from the auditory canal of patients with otomycosis and identified through classical and molecular taxonomy. The ITS regions and the D1/D2 domain of the LSU region, and the calmodulin and β-tubulin genes were sequenced, and in the case of bilaterial otomycosis, the GTG5 region of the isolates was analyzed. After growth in culture medium, a suspension was adjusted to a desired concentration of cells. Biofilms were produced in microdilution plates, in which cells were incubated at 24, 48 and 72h times and the biofilm quantified through the crystal violet solution and MTT. The in vitro antifungal activity of planktonic cells, biofilm and synergism was evaluated by the broth microdilution method, according to the Clinical and Laboratory Standards Institute using amphotericin B, fluconazole, ketoconazole, cyclopirox olamine, octopirox olamine, thiosemicarbazonic derivatives and Dlimonene. Otomycosis was diagnosed in 15 patients, with a mean age of 28 years; 60% were male. The prevalent risk factor was the presence of tympanic perforation with exudative inflammation. Twenty nine specimens were identified and identified as Aspergillus awamori, A. flavus, A. fumigatus, A. niger, A. parasiticus, A. pseudonomius, A. sydowii, A. tamarii, Candida parapsilosis, Millerozyma farinosa and Talaromyces funiculosus. All the isolates formed biofilm in the three times and had greater metabolic activity after 24h. The minimum inhibitory concentrations obtained from amphotericin B were 0,125 to 4μg/mL; fluconazole, 16 to 64μg/mL, ketoconazole, 0,03 to 8μg/mL; itraconazole, 0,03 to 0,5μg/mL; cyclopirox olamine, 0,5 to 16 μg/mL, and octopirox olamine, 0,5 to 4 μg/mL. The thiosemicarbazones, L3, L8 and L9 derivatives, and limonene also had activity against the isolates. L3, ranged from 4 to 1024μg/mL; L8, 2 to 256μg/mL; L9, 2 to 512μg/mL, and limonene, 32 to 1024μg/mL. In addition, we found synergism between octopirox olamine and limonene. Antifungal activity was also observed in the treatment of biofilms of 18 isolates in at least one of the treatments. Aspergillus species continue to be the most frequent etiological agents in cases of otomycosis. It is increasingly clear that a large majority of these fungi have the ability to form biofilms and because of this, they are refractory to the treatment of this fungus, which is a major problem for patients, since the dose required to eradicate the fungi etiological, may exceed the maximum therapeutically achievable antifungal concentrations.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia de FungosUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMicologia médicaMicoseDiagnostico micológicoOtomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Maria Daniela Silva Buonafina.pdf.jpgTESE Maria Daniela Silva Buonafina.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1141https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/5/TESE%20Maria%20Daniela%20Silva%20Buonafina.pdf.jpg829a9471b6658995beb92b123cd7e1eeMD55ORIGINALTESE Maria Daniela Silva Buonafina.pdfTESE Maria Daniela Silva Buonafina.pdfapplication/pdf3538711https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/1/TESE%20Maria%20Daniela%20Silva%20Buonafina.pdf33de1115e234d35f198efb4d3b436fa6MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Maria Daniela Silva Buonafina.pdf.txtTESE Maria Daniela Silva Buonafina.pdf.txtExtracted texttext/plain237510https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/4/TESE%20Maria%20Daniela%20Silva%20Buonafina.pdf.txt24c59a10e00bc73c757afc1e4b06ca65MD54123456789/323562019-10-26 03:54:00.667oai:repositorio.ufpe.br:123456789/32356TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T06:54Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento |
title |
Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento |
spellingShingle |
Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento BUONAFINA, Maria Daniela Silva Micologia médica Micose Diagnostico micológico |
title_short |
Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento |
title_full |
Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento |
title_fullStr |
Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento |
title_full_unstemmed |
Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento |
title_sort |
Otomicose : diagnóstico e novas estratégias para o controle, prevenção e tratamento |
author |
BUONAFINA, Maria Daniela Silva |
author_facet |
BUONAFINA, Maria Daniela Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0141395162041630 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0360951033804105 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
BUONAFINA, Maria Daniela Silva |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
NEVES, Rejane Pereira |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
LIMA NETO, Reginaldo Gonçalves de |
contributor_str_mv |
NEVES, Rejane Pereira LIMA NETO, Reginaldo Gonçalves de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Micologia médica Micose Diagnostico micológico |
topic |
Micologia médica Micose Diagnostico micológico |
description |
A otomicose é infecção fúngica oportunista do conduto auditivo externo cujos principais agentes etiológicos são espécies de Aspergillus e Candida. Essa micose é caracterizada por prurido, otorreia e otalgia, e um importante fator de virulência de alguns desses patógenos é a capacidade de formar biofilmes. Tais estruturas aderemse a superfícies as quais podem ocasionar maior dano ao paciente devido a recorrências mais frequentes dessa micose além de resistência a tratamento com antifúngicos. Desta forma, esta pesquisa objetivou detectar, isolar e identificar fungos em amostras clínicas de pacientes com otite fúngica que fazem ou não uso de aparelho auditivo, e buscar novas estratégias para a prevenção, controle e tratamento da otomicose. Fungos foram isolados do conduto auditivo de pacientes com otomicose e identificados por meio da taxonomia clássica e molecular. Foram sequenciadas as regiões ITS e o domínio D1/D2 da região LSU, e os genes da calmodulina e β-tubulina, e no caso de otomicose bilaterial foi analisada a região GTG5 dos isolados. Após crescimento em meio de cultura, uma suspensão foi ajustada para uma concentração desejada de células. Produziram-se biofilmes em placas de microdiluição, nas quais células foram incubadas nos tempos de 24, 48 e 72h e o biofilme quantificado através da solução cristal violeta e de MTT. A atividade antifúngica in vitro das célulasplanctônicas, do biofilme e da determinação do sinergismo, foram avaliados pelo método de microdiluição em caldo, de acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute utilizando o anfotericina B, fluconazol, cetoconazol, ciclopirox olamina, octopirox olamina, derivados tiossemicarbazônicos e D-limoneno. A otomicose foi diagnosticada em 15 pacientes, com idade média de 28 anos; 60% era do sexo masculino. O fator de risco prevalente foi a presença da perfuração timpânica com inflamação exsudativa. Foram isolados e identificados 19 espécimes entre Aspergillus awamori, A. flavus, A. fumigatus, A. niger, A. parasiticus, A. pseudonomius, A. sydowii, A. tamarii, Candida parapsilosis, Millerozyma farinosa e Talaromyces funiculosus. Todos isolados formaram biofilme e tiveram maior atividade metabólica após 24h. As concentrações inibitórias mínimas obtidas de anfotericina B foram 0,125 a 4μg/mL; fluconazol, 16 a 64μg/mL, cetoconazol, 0,03 a 8μg/mL; itraconazol, 0,03 a 0,5μg/mL; ciclopirox olamina, 0,5 a 16μg/mL, e octopirox olamina, 0,5 a 4μg/mL. Derivados de tiossemicarbazonas, L3, L8 e L9, e o limoneno também tiveram atividade contra os isolados. L3, variou de 4 a 1024μg/mL; L8, 2 a 256 μg/mL; L9, 2 a 512 μg/mL, e o limoneno, 32 a 1024μg/mL. Além disso, constatamos sinergismo entre octopirox olamina e o limoneno. Também se verificou a atividade antifúngica no tratameto dos biofilmes de 18 isolados em pelo menos um dos tratamentos. Espécies de Aspergillus continuam sendo os agentes etiológicos mais frenquentes em casos de otomicoses. É cada vez mais claro que uma grande maioria destes fungos tem a capacidade de formar biofilmes e devido a este fato, são refratários ao tratamento desta micose, o que representa um grande problema para os pacientes, uma vez que a dose necessária para erradicar os agentes etiológicos, pode exceder o máximo atingível terapeuticamente as concentrações de antifúngicos. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-03-08 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-09-06T19:12:59Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-09-06T19:12:59Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32356 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32356 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/5/TESE%20Maria%20Daniela%20Silva%20Buonafina.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/1/TESE%20Maria%20Daniela%20Silva%20Buonafina.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32356/4/TESE%20Maria%20Daniela%20Silva%20Buonafina.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
829a9471b6658995beb92b123cd7e1ee 33de1115e234d35f198efb4d3b436fa6 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 24c59a10e00bc73c757afc1e4b06ca65 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310701503479808 |