Terapia de reidratação oral no setor de emergência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: COSTA, Auxiliadora Damianne Pereira Vieira da
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000b7dz
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9386
Resumo: Apesar de sua comprovada eficácia no manejo da diarréia aguda, com normas amplamente divulgadas em nível mundial, a terapia de reidratação oral (TRO) é frequentemente preterida pelos médicos em relação à hidratação venosa para crianças com desidratação não-grave no setor de emergência. O objetivo do estudo foi observar a aplicação dos princípios da TRO para crianças com diarréia aguda na emergência, verificando características inerentes aos pacientes, médicos e à dinâmica do próprio setor como fatores determinantes em sua prática. Estudo descritivo com componente analítico foi conduzido no período de fevereiro a maio de 2008 em duas unidades de emergência localizadas na cidade de Recife (Brasil), uma delas vinculada a um hospitalescola. Participaram do estudo 369 crianças com diarréia aguda e 43 médicos nos dois serviços. As principais variáveis foram: 1) a indicação da TRO para crianças com desidratação não-grave por diarréia aguda; 2) características clínicas das crianças e o tipo de serviço (com ou sem função de ensino); 3) perfil dos médicos que atuam no setor e 4) estrutura dos serviços global e específica para a realização da TRO. Foi observada uma tendência a declínio no uso da TRO em relação à hidratação venosa (HV), de acordo com o estado de hidratação, com a terapia sendo indicada para 35,6% (47/132) das crianças com desidratação leve e 17,6% (6/34) daquelas com a forma moderada no setor de emergência, sem associação com o tipo de serviço (com ou sem função de ensino). Foi indicada HV para 10,8% (22/203) das crianças hidratadas. Não houve interferência da intensidade dos vômitos ou das evacuações sobre a indicação da TRO. Mais da metade dos médicos (58,1% - 25/43) nas duas unidades refere percepção de sobrecarga importante no trabalho, considerando os serviços inadequados em termos de espaço físico (83,7%) e com insuficiência de equipamentos (76,7%) para a realização das atividades diárias. Não havia sala específica para reidratação em nenhum dos serviços, nem profissional específico para supervisão da TRO. Entre os empecilhos relatados pelos médicos para a aplicação da terapia no setor destacam-se determinantes estruturais (falta de espaço, equipamentos e recursos humanos) e relacionados aos processos de trabalho, como a demanda excessiva da assistência. A ausência de diferença entre os serviços (um assistencial e outro de ensino) em relação ao padrão de indicação da TRO sugere que a contribuição do treinamento médico não é suficiente, assumindo importância questões estruturais e relacionadas à dinâmica dos processos de trabalho no setor
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O objetivo do estudo foi observar a aplicação dos princípios da TRO para crianças com diarréia aguda na emergência, verificando características inerentes aos pacientes, médicos e à dinâmica do próprio setor como fatores determinantes em sua prática. Estudo descritivo com componente analítico foi conduzido no período de fevereiro a maio de 2008 em duas unidades de emergência localizadas na cidade de Recife (Brasil), uma delas vinculada a um hospitalescola. Participaram do estudo 369 crianças com diarréia aguda e 43 médicos nos dois serviços. As principais variáveis foram: 1) a indicação da TRO para crianças com desidratação não-grave por diarréia aguda; 2) características clínicas das crianças e o tipo de serviço (com ou sem função de ensino); 3) perfil dos médicos que atuam no setor e 4) estrutura dos serviços global e específica para a realização da TRO. Foi observada uma tendência a declínio no uso da TRO em relação à hidratação venosa (HV), de acordo com o estado de hidratação, com a terapia sendo indicada para 35,6% (47/132) das crianças com desidratação leve e 17,6% (6/34) daquelas com a forma moderada no setor de emergência, sem associação com o tipo de serviço (com ou sem função de ensino). Foi indicada HV para 10,8% (22/203) das crianças hidratadas. Não houve interferência da intensidade dos vômitos ou das evacuações sobre a indicação da TRO. Mais da metade dos médicos (58,1% - 25/43) nas duas unidades refere percepção de sobrecarga importante no trabalho, considerando os serviços inadequados em termos de espaço físico (83,7%) e com insuficiência de equipamentos (76,7%) para a realização das atividades diárias. Não havia sala específica para reidratação em nenhum dos serviços, nem profissional específico para supervisão da TRO. 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A ausência de diferença entre os serviços (um assistencial e outro de ensino) em relação ao padrão de indicação da TRO sugere que a contribuição do treinamento médico não é suficiente, assumindo importância questões estruturais e relacionadas à dinâmica dos processos de trabalho no setorConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessServiços Médicos de EmergênciaTerapia de Reidratação OralGastroenteriteCriançaAdministração de CasoTerapia de reidratação oral no setor de emergênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo4104_1.pdf.jpgarquivo4104_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1262https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9386/4/arquivo4104_1.pdf.jpgc68c1739eb22ef229e9fdd00c543279dMD54ORIGINALarquivo4104_1.pdfapplication/pdf4701358https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9386/1/arquivo4104_1.pdfc2bf9b704717fd8d55f6d7f93556395eMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9386/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo4104_1.pdf.txtarquivo4104_1.pdf.txtExtracted texttext/plain116736https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9386/3/arquivo4104_1.pdf.txt91c7d854cdeafab5bb470ca8ad3d4575MD53123456789/93862019-10-25 06:16:23.272oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9386Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T09:16:23Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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