Termometria por conversão ascendente de energia em microcristais individuais de NaYF₄ codopados com Yb³⁺ e Er³⁺
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34184 |
Resumo: | Íons de lantanídeos são amplamente utilizados na pesquisa científica devido as suas propriedades ópticas. Os elétrons opticamente ativos destes elementos encontram-se na subcamada eletrônica 4f, mais interna que as subcamadas 5s, 5p e 6s, resultando num efeito de blindagem eletroestática dos elétrons 4f. Deste modo, os elétrons opticamente ativos de elementos lantanídeos não sofrem influências significativas do campo cristalino da matriz hospedeira, mas suas propriedades ópticas continuam respondendo a agentes externos, como a luz de um laser ou a temperatura do meio onde a matriz contendo os íons lantanídeos se encontra. Portanto, até mesmo do ponto de vista teórico um íon lantanídeo é um bom candidato para aplicações de sensoriamento de grandezas físicas do ambiente externo. Estudos acerca da capacidade de sensoriamento térmico através do sinal fluorescente de conversão ascendente de energia (CAE) de nano- ou microestruturas dopadas com íons lantanídeos no estado trivalente são amplamente investigados na literatura. Em particular, nano- ou micro-estruturas baseadas na matriz de fluoreto de ítrio e sódio (NaYF₄) na fase cristalina β codopada com Yb³⁺ e Er³⁺ garantem emissão fluorescente no visível bastante eficiente com excitação em torno de 980 nm. Para este tipo de sistema, o mecanismo de CAE para as emissões no visível do íon de érbio em torno de 520, 550 e 650 nm já é bem compreendido. Neste processo, a transferência de energia do sensitizador Yb³⁺ para o aceitador Er³⁺ é eficiente e todas as emissões no visível dos íons de Er³⁺ são processos de dois fótons. Uma técnica de termometria óptica bastante aplicada em sistemas dopados com Er³⁺ é a fluorescence intensity ratio (FIR), em que o sensoriamento térmico é feito através das variações da razão das intensidades de fluorescência dos níveis termicamente acoplados do íon de Er³⁺ (emissões em torno de 520 e 550 nm) com a mudança da temperatura do meio. Nesta dissertação, investigamos o uso de microcristais individuais de NaYF₄ codopados com Yb³⁺ e Er³⁺ para realizar termometria óptica através da técnica de FIR. Para este propósito, desenvolvemos um aparato experimental baseado em um microscópio óptico invertido de varredura de amostra, que permite a localização de microcristais individuais distribuídos usando a técnica de spin coating sobre um coverslip. Este aparato é dotado de um sistema de aquecimento local de uma amostra de microcristais individuais. Nossa atividade experimental consistiu em: i) fazer imagens dos microcristais individuais através da varredura da amostra; ii) registrar os espectros de emissão de CAE com excitação em 977 nm em microcristais individuais, identificando as respectivas linhas de emissão no visível dos íons de Er³⁺; iii) caracterizar opticamente as linhas de CAE em microcristais individuais através do estudo com variação de potência de excitação para modelar os processos de emissão e, por fim, iv) utilizar a técnica de FIR para estudar e avaliar o potencial de aplicação dos microcristais individuais para sensoriamento térmico. Nesta avaliação, medidas de alguns parâmetros, tal como a sensitividade e a sensitividade relativa do sistema, foram realizadas. |
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GONÇALVES, Igor Macêdohttp://lattes.cnpq.br/4253574469931673http://lattes.cnpq.br/0574758575822571MENEZES, Leonardo de Souza2019-10-04T17:00:36Z2019-10-04T17:00:36Z2019-05-10https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34184ark:/64986/001300000cpv6Íons de lantanídeos são amplamente utilizados na pesquisa científica devido as suas propriedades ópticas. Os elétrons opticamente ativos destes elementos encontram-se na subcamada eletrônica 4f, mais interna que as subcamadas 5s, 5p e 6s, resultando num efeito de blindagem eletroestática dos elétrons 4f. Deste modo, os elétrons opticamente ativos de elementos lantanídeos não sofrem influências significativas do campo cristalino da matriz hospedeira, mas suas propriedades ópticas continuam respondendo a agentes externos, como a luz de um laser ou a temperatura do meio onde a matriz contendo os íons lantanídeos se encontra. Portanto, até mesmo do ponto de vista teórico um íon lantanídeo é um bom candidato para aplicações de sensoriamento de grandezas físicas do ambiente externo. Estudos acerca da capacidade de sensoriamento térmico através do sinal fluorescente de conversão ascendente de energia (CAE) de nano- ou microestruturas dopadas com íons lantanídeos no estado trivalente são amplamente investigados na literatura. Em particular, nano- ou micro-estruturas baseadas na matriz de fluoreto de ítrio e sódio (NaYF₄) na fase cristalina β codopada com Yb³⁺ e Er³⁺ garantem emissão fluorescente no visível bastante eficiente com excitação em torno de 980 nm. Para este tipo de sistema, o mecanismo de CAE para as emissões no visível do íon de érbio em torno de 520, 550 e 650 nm já é bem compreendido. Neste processo, a transferência de energia do sensitizador Yb³⁺ para o aceitador Er³⁺ é eficiente e todas as emissões no visível dos íons de Er³⁺ são processos de dois fótons. Uma técnica de termometria óptica bastante aplicada em sistemas dopados com Er³⁺ é a fluorescence intensity ratio (FIR), em que o sensoriamento térmico é feito através das variações da razão das intensidades de fluorescência dos níveis termicamente acoplados do íon de Er³⁺ (emissões em torno de 520 e 550 nm) com a mudança da temperatura do meio. Nesta dissertação, investigamos o uso de microcristais individuais de NaYF₄ codopados com Yb³⁺ e Er³⁺ para realizar termometria óptica através da técnica de FIR. Para este propósito, desenvolvemos um aparato experimental baseado em um microscópio óptico invertido de varredura de amostra, que permite a localização de microcristais individuais distribuídos usando a técnica de spin coating sobre um coverslip. Este aparato é dotado de um sistema de aquecimento local de uma amostra de microcristais individuais. Nossa atividade experimental consistiu em: i) fazer imagens dos microcristais individuais através da varredura da amostra; ii) registrar os espectros de emissão de CAE com excitação em 977 nm em microcristais individuais, identificando as respectivas linhas de emissão no visível dos íons de Er³⁺; iii) caracterizar opticamente as linhas de CAE em microcristais individuais através do estudo com variação de potência de excitação para modelar os processos de emissão e, por fim, iv) utilizar a técnica de FIR para estudar e avaliar o potencial de aplicação dos microcristais individuais para sensoriamento térmico. Nesta avaliação, medidas de alguns parâmetros, tal como a sensitividade e a sensitividade relativa do sistema, foram realizadas.FACEPELanthanide ions are widely used in scientific research due to their optical properties. The optically active electrons of these elements are in the 4f electronic subshell, more internal than the 5s, 5p and 6s subshells, resulting in an electrostatic shielding effect of the 4f electrons. Thus, the optically active electrons of lanthanide elements do not undergo significant influences from the crystalline field of the host matrix, but their optical properties continue to respond to external agents such as laser light or the temperature of the medium where the matrix containing the lanthanide ions is found. Therefore, even from the theoretical point of view a lanthanide ion is a good candidate for applications of sensing of physical quantities of the external environment. Studies on the thermal sensing capability through the energy upconverting fluorescent signal (CAE) of doped nano- or microstructures with lanthanide ions in the trivalent state are extensively investigated in the literature. In particular, nano- or microstructures based on the sodium yttrium fluoride (NaYF₄) matrix in the β crystalline phase codoped with Yb³⁺ and Er³⁺ ensure fairly visible fluorescent emission with excitation around 980 nm. For this type of system, the CAE mechanism for visible emissions of the erbium ion around 520, 550 and 650 nm is well understood. In this process, the energy transfer from the Yb³⁺ sensitizer to the Er³⁺ acceptor is efficient and all visible emissions of Er³⁺ ions are two photon processes. A very common optical thermometry technique in Er³⁺ doped systems is the fluorescence intensity ratio (FIR), in which thermal sensing is done by varying the ratio of the fluorescence intensities of the thermally coupled Er³⁺ ion levels (emissions around 520 and 550 nm) with increasing temperature of the medium. In this dissertation, we intigated the use of individual microcrystals of NaYF₄ codoped with Yb³⁺ and Er³⁺ to perform optical thermometry through the FIR technique. For this purpose, we developed an experimental apparatus based on an inverted sample-scanning optical microscope, which allows the localization of individual microcrystals distributed using the spin coating technique on a coverslip. This apparatus is provided with a local heating system of the sample with the individual microcrystals. Our experimental activity consisted in: i) making images of the individual microcrystals by scanning the sample; ii) recording the CAE emission spectra with excitation at 977 nm in individual microcrystals, identifying the respective emission lines in the visible Er³⁺ ions; iii) optically characterizing CAE lines in individual microcrystals through the excitation power variation study to model the emission processes and, finally, iv) using the FIR technique to study and evaluate the application potential of individual microcrystals for thermal sensing. In this evaluation, measurements of some parameters, such as the sensitivity of the system, were performed.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em FisicaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessÓpticaÍons de lantanídeosConversão ascendente de energiaTermometria ópticaTermometria por conversão ascendente de energia em microcristais individuais de NaYF₄ codopados com Yb³⁺ e Er³⁺info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Igor Macêdo Gonçalves.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Igor Macêdo Gonçalves.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1322https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34184/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Igor%20Mac%c3%aado%20Gon%c3%a7alves.pdf.jpg87471d7c6da26ef84f0081d9514550a1MD56ORIGINALDISSERTAÇÃO Igor Macêdo Gonçalves.pdfDISSERTAÇÃO Igor Macêdo Gonçalves.pdfapplication/pdf3848601https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34184/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Igor%20Mac%c3%aado%20Gon%c3%a7alves.pdf2d48ee9fac87876cd45c2245b9584e1dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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Íons de lantanídeos são amplamente utilizados na pesquisa científica devido as suas propriedades ópticas. Os elétrons opticamente ativos destes elementos encontram-se na subcamada eletrônica 4f, mais interna que as subcamadas 5s, 5p e 6s, resultando num efeito de blindagem eletroestática dos elétrons 4f. Deste modo, os elétrons opticamente ativos de elementos lantanídeos não sofrem influências significativas do campo cristalino da matriz hospedeira, mas suas propriedades ópticas continuam respondendo a agentes externos, como a luz de um laser ou a temperatura do meio onde a matriz contendo os íons lantanídeos se encontra. Portanto, até mesmo do ponto de vista teórico um íon lantanídeo é um bom candidato para aplicações de sensoriamento de grandezas físicas do ambiente externo. Estudos acerca da capacidade de sensoriamento térmico através do sinal fluorescente de conversão ascendente de energia (CAE) de nano- ou microestruturas dopadas com íons lantanídeos no estado trivalente são amplamente investigados na literatura. Em particular, nano- ou micro-estruturas baseadas na matriz de fluoreto de ítrio e sódio (NaYF₄) na fase cristalina β codopada com Yb³⁺ e Er³⁺ garantem emissão fluorescente no visível bastante eficiente com excitação em torno de 980 nm. Para este tipo de sistema, o mecanismo de CAE para as emissões no visível do íon de érbio em torno de 520, 550 e 650 nm já é bem compreendido. Neste processo, a transferência de energia do sensitizador Yb³⁺ para o aceitador Er³⁺ é eficiente e todas as emissões no visível dos íons de Er³⁺ são processos de dois fótons. Uma técnica de termometria óptica bastante aplicada em sistemas dopados com Er³⁺ é a fluorescence intensity ratio (FIR), em que o sensoriamento térmico é feito através das variações da razão das intensidades de fluorescência dos níveis termicamente acoplados do íon de Er³⁺ (emissões em torno de 520 e 550 nm) com a mudança da temperatura do meio. Nesta dissertação, investigamos o uso de microcristais individuais de NaYF₄ codopados com Yb³⁺ e Er³⁺ para realizar termometria óptica através da técnica de FIR. Para este propósito, desenvolvemos um aparato experimental baseado em um microscópio óptico invertido de varredura de amostra, que permite a localização de microcristais individuais distribuídos usando a técnica de spin coating sobre um coverslip. Este aparato é dotado de um sistema de aquecimento local de uma amostra de microcristais individuais. Nossa atividade experimental consistiu em: i) fazer imagens dos microcristais individuais através da varredura da amostra; ii) registrar os espectros de emissão de CAE com excitação em 977 nm em microcristais individuais, identificando as respectivas linhas de emissão no visível dos íons de Er³⁺; iii) caracterizar opticamente as linhas de CAE em microcristais individuais através do estudo com variação de potência de excitação para modelar os processos de emissão e, por fim, iv) utilizar a técnica de FIR para estudar e avaliar o potencial de aplicação dos microcristais individuais para sensoriamento térmico. Nesta avaliação, medidas de alguns parâmetros, tal como a sensitividade e a sensitividade relativa do sistema, foram realizadas. |
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