Ecologia alimentar e distribuição espaço-temporal das diferentes fases ontogenéticas da espécie Cynoscion acoupa no estuário do Rio Goiana (PE/PB)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FERREIRA, Guilherme Vitor Batista
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17133
Resumo: Este estudo avalia a influência espaço-temporal nos padrões de distribuição, ecologia alimentar e ingestão de microplástico da espécie Cynoscion acoupa (Pescada Amarela) ao longo da sua ontogenia, no estuário do rio Goiana, localizado no nordeste do Brasil. A área de estudo se trata de um estuário tropical, com altas médias de temperatura anual e pequenas oscilações. O ambiente está submetido a um regime de mesomaré semi-diurna. As principais alterações encontradas no estuário são oriundas do ciclo sazonal, que está diretamente ligado à pluviometria, divida em quatro estações (início da chuva, fim da chuva, início da seca e fim da seeca), com o intuito de se ter uma maior precisão na avaliação dos processos abiológicos e na comunidade aquática. Os espécimes foram coletados em diferentes porções estuarinas (estuário superior, intermediário e inferior) e nos canais de maré. Simultaneamente a coleta dos dados biológicos foram obtidas informações a respeito dos parâmetros físico-químicos. Os padrões de distribuição e alimentação da espécie estudada ocorrem de forma distinta em relação à ontogenia, sazonalidade e áreas do estuário. A fase juvenil de C. acoupa ocupa a porção superior do estuário durante todas as estações do ano, em busca de baixos valores de salinidade, onde encontram condições ideais apara evitar predadores marinhos. As principais presas dos juvenins no estuário superior foram filamentos de microplástico (FO=63%), amphipoda (FO=28%) e mysidacea (FO=22%). Além disso, no início do período chuvoso, o estuário superior apresenta um papel crucial para o ciclo de vida da espécie, por se caracterizar como uma área berçário para C. acoupa (grande densidade 228,4 ind. ha-1 e baixa biomassa 46 g ha-1 de juvenis), pois a sua contribuição de indivíduos juvenis para a população adulta é muito maior que nos outros hábitats. No ambiente de berçário os juvenis se alimentaram principalmente de filamentos de microplástico (FO=48%), camarão (FO=28%), mysidacea (FO=22%) e amphipoda (FO=21%). Nas demais porções estuarinas, também são registrados indivíduos juvenis, sobretudo nos períodos chuvosos (início da chuva 115 ind ha-1 e fim da chuva 7,3 ind. ha-1), porém em menor escala. Os subadultos de C. acoupa utilizam principalmente o estuário superior durante o início da seca (1,7 ind. ha-1), fim da seca (1,6 ind. ha-1) e início da chuva (6,5 ind. ha-1) como área de alimentação. Predando no estuário superior, no início da seca, principalmente peixes não identificados (FO=50%), no fim da seca, filamentos de microplástico (FO=60%), mysidacea (FO=20%) e syllidae (FO=20%) e no início da chuva, filamentos de nylon FO=100% e peixes não identificados (FO=20%). Durante o fim do período chuvoso os indivíduos subadultos migram para o estuário intermediário (2,3 ind. ha-1) para evitar grandes estresses osmorregulatórios e predaram principalmente amphipoda (FO=75%), Cathorops spixii (FO=50%), Anchovia clupeoides (FO=25%) e peixes não identificados (FO=25%). A fase adulta de C. acoupa foi registrada somente nas porções mais externas do estuário inferior, por se tratar de uma espécie de hábitos costeiros quando completamente desenvolvida. Os indivíduos adultos de C. acoupa predaram principalmente filamentos de nylon (FO=100%), C. spixii (FO=18%), Achirus lineatus (FO=15%), Stellifer stellifer (FO=15%) e camarão (FO=15%). C. acoupa apresentou uma variação no padrão de distribuição em relação a sua ontogenia, sazonalidade e diferentes porções estuarinas. Ao longo do seu desenvolvimento ontogenético C. acoupa também apresentou uma alteração na sua guilda trófica, os juvenis e os subadultos foram classificados como oportunistas e os indivíduos adultos como piscívoros. A grande quantidade de fragmentos e microplástico encontrada na espécie estudada, demostra que ela é particularmente vulnerável a esse tipo de contaminante, sobre tudo os espécimes adultos, que registraram os maiores níveis de contaminação, provavelmente em razão do seu nível trófico, como predadores de topo.
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As principais alterações encontradas no estuário são oriundas do ciclo sazonal, que está diretamente ligado à pluviometria, divida em quatro estações (início da chuva, fim da chuva, início da seca e fim da seeca), com o intuito de se ter uma maior precisão na avaliação dos processos abiológicos e na comunidade aquática. Os espécimes foram coletados em diferentes porções estuarinas (estuário superior, intermediário e inferior) e nos canais de maré. Simultaneamente a coleta dos dados biológicos foram obtidas informações a respeito dos parâmetros físico-químicos. Os padrões de distribuição e alimentação da espécie estudada ocorrem de forma distinta em relação à ontogenia, sazonalidade e áreas do estuário. A fase juvenil de C. acoupa ocupa a porção superior do estuário durante todas as estações do ano, em busca de baixos valores de salinidade, onde encontram condições ideais apara evitar predadores marinhos. As principais presas dos juvenins no estuário superior foram filamentos de microplástico (FO=63%), amphipoda (FO=28%) e mysidacea (FO=22%). Além disso, no início do período chuvoso, o estuário superior apresenta um papel crucial para o ciclo de vida da espécie, por se caracterizar como uma área berçário para C. acoupa (grande densidade 228,4 ind. ha-1 e baixa biomassa 46 g ha-1 de juvenis), pois a sua contribuição de indivíduos juvenis para a população adulta é muito maior que nos outros hábitats. No ambiente de berçário os juvenis se alimentaram principalmente de filamentos de microplástico (FO=48%), camarão (FO=28%), mysidacea (FO=22%) e amphipoda (FO=21%). Nas demais porções estuarinas, também são registrados indivíduos juvenis, sobretudo nos períodos chuvosos (início da chuva 115 ind ha-1 e fim da chuva 7,3 ind. ha-1), porém em menor escala. Os subadultos de C. acoupa utilizam principalmente o estuário superior durante o início da seca (1,7 ind. ha-1), fim da seca (1,6 ind. ha-1) e início da chuva (6,5 ind. ha-1) como área de alimentação. Predando no estuário superior, no início da seca, principalmente peixes não identificados (FO=50%), no fim da seca, filamentos de microplástico (FO=60%), mysidacea (FO=20%) e syllidae (FO=20%) e no início da chuva, filamentos de nylon FO=100% e peixes não identificados (FO=20%). Durante o fim do período chuvoso os indivíduos subadultos migram para o estuário intermediário (2,3 ind. ha-1) para evitar grandes estresses osmorregulatórios e predaram principalmente amphipoda (FO=75%), Cathorops spixii (FO=50%), Anchovia clupeoides (FO=25%) e peixes não identificados (FO=25%). A fase adulta de C. acoupa foi registrada somente nas porções mais externas do estuário inferior, por se tratar de uma espécie de hábitos costeiros quando completamente desenvolvida. Os indivíduos adultos de C. acoupa predaram principalmente filamentos de nylon (FO=100%), C. spixii (FO=18%), Achirus lineatus (FO=15%), Stellifer stellifer (FO=15%) e camarão (FO=15%). C. acoupa apresentou uma variação no padrão de distribuição em relação a sua ontogenia, sazonalidade e diferentes porções estuarinas. Ao longo do seu desenvolvimento ontogenético C. acoupa também apresentou uma alteração na sua guilda trófica, os juvenis e os subadultos foram classificados como oportunistas e os indivíduos adultos como piscívoros. A grande quantidade de fragmentos e microplástico encontrada na espécie estudada, demostra que ela é particularmente vulnerável a esse tipo de contaminante, sobre tudo os espécimes adultos, que registraram os maiores níveis de contaminação, provavelmente em razão do seu nível trófico, como predadores de topo.CapesThis study assess the spatio-temporal distribution patterns, feeding ecology and microplastic ingestion of the Cynoscion acoupa (Acoupa weakfish) during its ontogeny in the Goianna Estuary, located in northeast Brazil. The study area is a tropical estuary, with high mean temperatures and narrow annual temperature variations. The environment is classified as a semi-diurnal mesotidal estuary. The major environmental dynamics are caused by the seasonal regime, which is related to the rainfall, according to the pluviometry, the area was divided in four different seasons (early dry, late dry, early rainy and late rainy). Biological samples were performed in different estuarine reaches (upper, middle and lower estuary) and in tidal creeks. During the fish sampling, environmental parameters were also recorded. The distribution and feeding patters of the studied species occur in a distinctive form according to the ontogeny, seasonality and estuarine area. The juveniles of C. acoupa occupy the upper estuary, during all seasons, seeking low salinity that provide ideal conditions to avoid marine predators. The main juveniles prey in the upper estuary were microplastic threads (FO=63%), amphipoda (FO=28%) and mysidacea (FO=22%). Moreover in the early rainy season, the upper estuary is crucial for the life ciclo of the species, because it is a nursery ground for C. acoupa (high density 228.4 ind. ha-1 and low biomass 46 g ha-1 of juveniles), as a result of the higher contribution of juveniles for to the adult population than in the other habitats. In the nursery ground, the juveniles of C. acoupa fed mainly on plastic threads (FO=48%), penaeid shrimps (FO=28%), mysidacea (FO=22%) and amphipoda (FO=21%). In other estuarine areas juveniles were also recorded, mainly on the rainy seasons (early rainy 115 ind. ha-1 and late rainy 7.3 ind. ha-1), however with lower densities. The subadults of C. acoupa inhabited mostly the upper estuary, during the early dry (1.7 ind. ha-1), late dry (1.6 ind. ha-1) and early rainy seasons (6.5 ind. ha-1) as a feeding ground. In the upper estuary, during the early season they fed mainly on unidentified fish (FO=50%), in the late dry, plastic threads (FO=60%), mysidacea (FO=20%) and syllidae (FO=20%) and in the early rainy, plastic threads (FO=100%) and unidentified fish (FO=20%). During the late rainy season the subadults of C. acoupa migrated to the middle estuary (2.3 ind. ha-1) to avoid osmoregulatory stress, the subadults and fed mainly on amphipoda (FO=75%), Cathorops spixii (FO=50%), Anchovia clupeoides (FO=25%) and non-identified fish (FO=25%). The adults of C. acoupa were recorded only in seaward areas of the lower estuary, as a result of C. acoupa being a coastal/marine species when fully developed. The adults preyed mostly plastic threads (FO=100%), C. spixii (FO=18%), Achirus lineatus (FO=15%), Stellifer stellifer (FO=15%) and penaeid shrimp (FO=15%). During the ontogenetic process, C. acoupa showed a trophic guild shift, the juveniles and subadults were assigned as opportunistic and the adults as psicivores. C. acoupa showed a variation in the distribution pattern in relation to the ontogeny, seasonality and different estuarine reaches. During the ontogenetic development, C. acoupa showed a trophic guild shift, the juveniles and subadults were assigned as opportunistic and the adults as psicivores. The high occurrence of microplastic threads in the species, evince that C. acoupa is particularly vulnerable to this contaminant, especially the adult phase that registered highest contamination levels, probably due its trophic level, as a top predator.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em OceanografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessOceanography. Spatial-temporal distribution. Feeding ecology. Environmental gradient. Nursery. Microplastic debris. Top predatorOceanografia. Distribuição espaço-temporal. Ecologia alimentar. Gradiente ambiental. Berçário. Filamentos de microplástico. Predador de topo.Ecologia alimentar e distribuição espaço-temporal das diferentes fases ontogenéticas da espécie Cynoscion acoupa no estuário do Rio Goiana (PE/PB)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertação (G. Ferreira).pdf.jpgDissertação (G. Ferreira).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1158https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17133/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20%28G.%20Ferreira%29.pdf.jpg2dff4af4295678813597859bc4de4875MD55ORIGINALDissertação (G. Ferreira).pdfDissertação (G. 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description Este estudo avalia a influência espaço-temporal nos padrões de distribuição, ecologia alimentar e ingestão de microplástico da espécie Cynoscion acoupa (Pescada Amarela) ao longo da sua ontogenia, no estuário do rio Goiana, localizado no nordeste do Brasil. A área de estudo se trata de um estuário tropical, com altas médias de temperatura anual e pequenas oscilações. O ambiente está submetido a um regime de mesomaré semi-diurna. As principais alterações encontradas no estuário são oriundas do ciclo sazonal, que está diretamente ligado à pluviometria, divida em quatro estações (início da chuva, fim da chuva, início da seca e fim da seeca), com o intuito de se ter uma maior precisão na avaliação dos processos abiológicos e na comunidade aquática. Os espécimes foram coletados em diferentes porções estuarinas (estuário superior, intermediário e inferior) e nos canais de maré. Simultaneamente a coleta dos dados biológicos foram obtidas informações a respeito dos parâmetros físico-químicos. Os padrões de distribuição e alimentação da espécie estudada ocorrem de forma distinta em relação à ontogenia, sazonalidade e áreas do estuário. A fase juvenil de C. acoupa ocupa a porção superior do estuário durante todas as estações do ano, em busca de baixos valores de salinidade, onde encontram condições ideais apara evitar predadores marinhos. As principais presas dos juvenins no estuário superior foram filamentos de microplástico (FO=63%), amphipoda (FO=28%) e mysidacea (FO=22%). Além disso, no início do período chuvoso, o estuário superior apresenta um papel crucial para o ciclo de vida da espécie, por se caracterizar como uma área berçário para C. acoupa (grande densidade 228,4 ind. ha-1 e baixa biomassa 46 g ha-1 de juvenis), pois a sua contribuição de indivíduos juvenis para a população adulta é muito maior que nos outros hábitats. No ambiente de berçário os juvenis se alimentaram principalmente de filamentos de microplástico (FO=48%), camarão (FO=28%), mysidacea (FO=22%) e amphipoda (FO=21%). Nas demais porções estuarinas, também são registrados indivíduos juvenis, sobretudo nos períodos chuvosos (início da chuva 115 ind ha-1 e fim da chuva 7,3 ind. ha-1), porém em menor escala. Os subadultos de C. acoupa utilizam principalmente o estuário superior durante o início da seca (1,7 ind. ha-1), fim da seca (1,6 ind. ha-1) e início da chuva (6,5 ind. ha-1) como área de alimentação. Predando no estuário superior, no início da seca, principalmente peixes não identificados (FO=50%), no fim da seca, filamentos de microplástico (FO=60%), mysidacea (FO=20%) e syllidae (FO=20%) e no início da chuva, filamentos de nylon FO=100% e peixes não identificados (FO=20%). Durante o fim do período chuvoso os indivíduos subadultos migram para o estuário intermediário (2,3 ind. ha-1) para evitar grandes estresses osmorregulatórios e predaram principalmente amphipoda (FO=75%), Cathorops spixii (FO=50%), Anchovia clupeoides (FO=25%) e peixes não identificados (FO=25%). A fase adulta de C. acoupa foi registrada somente nas porções mais externas do estuário inferior, por se tratar de uma espécie de hábitos costeiros quando completamente desenvolvida. Os indivíduos adultos de C. acoupa predaram principalmente filamentos de nylon (FO=100%), C. spixii (FO=18%), Achirus lineatus (FO=15%), Stellifer stellifer (FO=15%) e camarão (FO=15%). C. acoupa apresentou uma variação no padrão de distribuição em relação a sua ontogenia, sazonalidade e diferentes porções estuarinas. Ao longo do seu desenvolvimento ontogenético C. acoupa também apresentou uma alteração na sua guilda trófica, os juvenis e os subadultos foram classificados como oportunistas e os indivíduos adultos como piscívoros. A grande quantidade de fragmentos e microplástico encontrada na espécie estudada, demostra que ela é particularmente vulnerável a esse tipo de contaminante, sobre tudo os espécimes adultos, que registraram os maiores níveis de contaminação, provavelmente em razão do seu nível trófico, como predadores de topo.
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