Avaliação da atividade antitumoral da lectina recombinante de Cratyllia mollis (rCramoll) livre e encapsulada em lipossomas furtivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Cássia Regina Albuquerque da
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12105
Resumo: Apesar do avanço no tratamento e métodos de prevenção, algumas doenças ainda continuam a ser um desafio para a ciência, como o câncer. Algumas moléculas de origem natural, têm sido estudadas como candidatas a fármacos anticancerígenos, como as lectinas de plantas a exemplo Cramoll 1,4. Uma nova lectina recombinante (rCramoll) foi sintetizada pela técnica de expressão heteróloga que visa evitar as interferências sazonais nos produtos purificados bem como acentuar seu grau de pureza. Contudo, a utilização de proteínas para terapia do câncer esbarra em algumas dificuldades como a possível degradação pelos fluidos biológicos, rápida eliminação da corrente sanguínea, distribuição em tecidos ou órgãos não desejados e necessidade de doses frequentes para se manter o nível terapêutico. Com o propósito de superar essas dificuldades, sistemas de liberação controlada de fármacos, tais como lipossomas, têm sido desenvolvidos como veículos para o carreamento de proteínas. Sendo assim, rCramoll foi avaliada quanto ao seu potencial antitumoral livre e encapsulada em lipossomas furtivos. Testes para avaliar a estabilidade desta lectina frente a condições de estresses, tais como agitação mecânica e sonicação revelaram que, assim como a proteína nativa da planta (Cramoll 1,4), rCramoll não diminuiu a sua capacidade de hemaglutinação até 250s de sonicação e 24 horas de agitação mecânica. Quando submetida a ciclos de congelamento em nitrogênio líquido (-196 °C) e descongelamento em banho-maria (35 °C) ela também não alterou a sua atividade hemaglutinante até 2 ciclos. Formulações lipossomais pelo método de congelamento e descongelamento foram elaboradas e mostraram um tamanho de partícula de 190,0 ± 0,5 nm, que estavam dentro da faixa adequada para o estudo in vivo e índice de polidispersão de 0,266 ± 0,002, sugerindo que as amostras eram monodispersas. Por esta técnica foi possível encapsular cerca de 60% da proteína. A atividade antitumoral in vivo revelou que rCramoll livre inibiu o crescimento do tumor em 68% e quando encapsulada em lipossomas furtivos essa inibição aumentou para 80%. Análises bioquímicas e histopatológicas revelaram que a lectina livre ou encapsulada não foi nefrotóxica. A avaliação do nível da enzima glutationa peroxidase não mostrou alteração após o tratamento com a lectina livre ou encapsulada. Sendo assim, esse estudo revelou que a expressão heteróloga proporcionou uma lectina mais pura sem intereferências sazonais com potencial antitumoral que pode ser intensificado ao ser encapsulada em lipossomas furtivos para futuras aplicações na terapia do câncer.
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