Lesões bucais e maxilo-faciais : estudo clínico-patológico de uma série de casos

• Autor(a) principal: MENDES, José Erivaldo da Silva
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• dARK ID: ark:/64986/001300000stgb
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35152
• topic: Cavidade oral; Lesões orais; Lesões gengivais; Prevalência

A cavidade bucal e estruturas anexas constituem locais importantes para a ocorrência de doenças de patogêneses diferentes. Para o cirurgião-dentista, é fundamental conhecer a prevalência de lesões bucais e maxilo-faciais. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento das lesões orais e maxilo-faciais diagnosticadas em laboratórios de patologia oral. Entre janeiro de 2000 e dezembro de 2017 foi realizada uma análise retrospectiva das lesões diagnosticadas nos laboratórios de Patologia Oral da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e de Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FO-UFRJ), a partir das fichas clínicas de requisição e dos laudos de diagnósticos histopatológicos. Foram coletados dados clínicos sobre sexo, idade, localização da lesão, tempo de evolução, tipo de biópsia, diagnóstico clínico, diagnóstico histopatológico e correlações clínico-patológica. As lesões foram separadas em grupos de acordo com sua etiopatogenia. Foram utilizadas 5.965 lesões do laboratório da UFPE, para determinar a prevalência de todos os grupos de lesões, e 1.563 lesões dos laboratórios da UFPE e FO-UFRJ para determinar a frequência de lesões em gengiva e rebordo alveolar. Foi observado associação significativa entre sexo e grupo de lesões (p < 0,001) e entre idade e grupo de lesões (p < 0,001). O gênero feminino e a sexta década de vida foram os mais encontrados em ambas as análises. Lábio e gengiva / rebordo alveolar foram os locais mais acometidos. As lesões reativas inflamatórias foi o grupo de maior prevalência. A hiperplasia fibrosa foi a lesão mais comum do estudo geral e a hiperplasia gengival inflamatória foi a lesão mais frequente no estudo em gengiva e rebordo alveolar. Carcinoma epidermóide foi a neoplasia maligna mais comum e as lesões potencialmente malignas tiveram alta frequência no estudo, principalmente em gengiva e rebordo alveolar. Este estudo fornece informações úteis sobre a prevalência e distribuição das patologias orais, além de reforçar a importância do exame histopatológico no diagnóstico final e tratamento das lesões.