Seleção de fungos filamentosos do gênero Aspergillus com potencialidade para a biorremediação de efluentes contaminados com corantes têxteis

• Autor(a) principal: NEVES, Anna Gabrielly Duarte
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39308
• topic: Biodegradação; Fungos filamentosos; Corantes têxteis

O setor têxtil é um dos segmentos industriais que mais polui o meio ambiente durante seus processos, sobretudo pela liberação de efluentes. Caracterizados quanto sua toxicidade, potencial carcinogênico, mutagênico e bioacumulativo, tornando-se assim um problema ambiental e de saúde pública. Por isso, esse estudo investigou a capacidade de fungos do gênero Aspergillus em descolorir efluentes contaminados com corantes têxteis, sobretudo o corante Direct Black 22, quanto a eficiência no uso de biomassa viva e morta, a influência da concentração do corante na biorremediação, o potencial de reutilização da biomassa fúngica e a otimização do processo de descoloração. Das 15 cepas testadas foram selecionadas A. niger URM 5741, A. japonicus URM 5620 e A. niger URM 5838. A eficiência de descoloração da biomassa viva foi maior que a morta, atingindo entre 87-91% e 32-46%, respectivamente. O fungo que descoloriu mais rápido o DB22 foi o A. niger URM5741, chegando a 92%, 94% e 81% de descoloração do corante com 50m/L, 150mg/L e 300mg/L, respectivamente, após 120min, havendo uma relação inversa do aumento da concentração e da descoloração. Na otimização do processo, o corante foi testado com 1, 3 e 5g de biomassa, possibilitando conhecer a capacidade de reutilização do biossorvente, e sua eficiência total, onde durante a descoloração os fungos atingiram 90% de eficiência antes dos primeiros 50min, mesmo com 1g. A. niger URM5741 chegou a descolorir completamente o corante mesmo após duas reutilizações. A. niger URM5741 também descoloriu eficientemente (>90%) o 78GR Turquesa, um corante residual obtido através do ITEP, em até 120min. E ainda, o efluente têxtil de uma lavanderia de Toritama/PE, descolorindo 81% e 94% do efluente com 1g e 4g de biomassa, respectivamente, em 24h de experimento. Esses dados mostram uma alta eficiência da aplicação da biomassa peletizada como biossorvente de corantes têxteis, possibilitando sua aplicação numa escala maior, com baixo custo e fácil operação.