Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56408
Resumo: O presente estudo busca o entendimento de uma história de conexões, ligada ao espaço urbano colonial de Luanda. O desdobramento desta história leva-nos para uma escala reduzida sinalizada para a questão dos bairros indígenas de Luanda. Esta tese visa compreender o que esteve na base para a construção de bairros indígenas em Luanda. A hipótese que defendemos é a de que, embora o processo de construção de bairros indígenas em Luanda afigura-se com um cunho “aparentemente social”, suas bases estavam assentes numa perspectiva discriminatória. Para entendermos esta história, utilizaram-se como fontes: jornais, manuscritos, decretos, códices, editais, regulamentos, livros de memórias, depoimentos, fotografias e boletins: o oficial de Angola e o geral das colônias. A metodologia utilizada constituiu-se a partir dos seguintes eixos: o estabelecimento de uma periodização, a veracidade das fontes baseadas no exercício da crítica interna e externa, a história oral, técnicas não documentais: (participação - observação), a etnografia na cidade e o enfoque multidisciplinar. A construção de bairros indígenas pode ser vista pelo lado social e como um sinal que nos leva para uma visão contrária onde o racismo relaciona-se na forma como estes bairros foram concebidos e nos dispositivos criados após a edificação e a ocupação dos fogos habitacionais para os ditos indígenas. Os bairros indígenas estabelecidos na cidade colonial de Luanda, foram bairros provisórios. A materialização e concepção dos projetos ligados a questão do indígena e a habitação, pode ser vista numa perspectiva social e de melhoramento das condições de vida dos tais ditos indígenas, mas estes projetos foram de uma índole discriminatória. Os bairros indígenas foram lugares que demarcaram o espaço urbano colonial de Luanda em termos de linhas rácicas, outrossim reforçou a violência como prática na concepção do espaço urbano colonial. Por isso, os bairros indígenas, conjuntamente com a legislação urbanística que se traduz no campo arquitetural, nos permite entender as práticas e os dispositivos de vigilância. Do ponto de vista espacial, os bairros indígenas em Luanda em relação à cidade representavam espaços distintos com representações que espelhavam o ordenamento social e racial.
id UFPE_4430cf8b1febd6e2d2080f5d59667f8a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/56408
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling AGOSTINHO, Yuri Manuel Franciscohttp://lattes.cnpq.br/9011058537644661http://lattes.cnpq.br/8822901286294537http://lattes.cnpq.br/3350886147683190GUILLEN, Isabel Cristina MartinsLIMA, Ivaldo Marciano de França2024-06-04T12:25:05Z2024-06-04T12:25:05Z2023-11-20AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco. Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962. 2023. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56408O presente estudo busca o entendimento de uma história de conexões, ligada ao espaço urbano colonial de Luanda. O desdobramento desta história leva-nos para uma escala reduzida sinalizada para a questão dos bairros indígenas de Luanda. Esta tese visa compreender o que esteve na base para a construção de bairros indígenas em Luanda. A hipótese que defendemos é a de que, embora o processo de construção de bairros indígenas em Luanda afigura-se com um cunho “aparentemente social”, suas bases estavam assentes numa perspectiva discriminatória. Para entendermos esta história, utilizaram-se como fontes: jornais, manuscritos, decretos, códices, editais, regulamentos, livros de memórias, depoimentos, fotografias e boletins: o oficial de Angola e o geral das colônias. A metodologia utilizada constituiu-se a partir dos seguintes eixos: o estabelecimento de uma periodização, a veracidade das fontes baseadas no exercício da crítica interna e externa, a história oral, técnicas não documentais: (participação - observação), a etnografia na cidade e o enfoque multidisciplinar. A construção de bairros indígenas pode ser vista pelo lado social e como um sinal que nos leva para uma visão contrária onde o racismo relaciona-se na forma como estes bairros foram concebidos e nos dispositivos criados após a edificação e a ocupação dos fogos habitacionais para os ditos indígenas. Os bairros indígenas estabelecidos na cidade colonial de Luanda, foram bairros provisórios. A materialização e concepção dos projetos ligados a questão do indígena e a habitação, pode ser vista numa perspectiva social e de melhoramento das condições de vida dos tais ditos indígenas, mas estes projetos foram de uma índole discriminatória. Os bairros indígenas foram lugares que demarcaram o espaço urbano colonial de Luanda em termos de linhas rácicas, outrossim reforçou a violência como prática na concepção do espaço urbano colonial. Por isso, os bairros indígenas, conjuntamente com a legislação urbanística que se traduz no campo arquitetural, nos permite entender as práticas e os dispositivos de vigilância. Do ponto de vista espacial, os bairros indígenas em Luanda em relação à cidade representavam espaços distintos com representações que espelhavam o ordenamento social e racial.CAPESThis study seeks to understand a history of connections, linked to the colonial urban space of Luanda. The unfolding of this history takes us to a smaller scale signalled by the question of Luanda's indigenous neighbourhoods. This thesis aims to understand what led to the construction of indigenous neighbourhoods in Luanda. The hypothesis we defend is that, although the process of building indigenous neighbourhoods in Luanda appears to be "apparently social" in nature, its foundations were based on a discriminatory perspective. In order to understand this history, we used the following sources: newspapers, manuscripts, decrees, codices, edicts, regulations, memoirs, testimonies, photographs and bulletins: the official one from Angola and the general one from the colonies. The methodology used was based on the following axes: the establishment of a periodisation, the veracity of the sources based on the exercise of internal and external criticism, oral history, non-documentary techniques (participation - observation), ethnography in the city and a multidisciplinary approach. The construction of indigenous neighbourhoods can be seen from the social point of view and as a sign that leads us to a contrary view where racism is related to the way in which these neighbourhoods were conceived and the devices created after the building and occupation of the dwellings for the so-called indigenous people. The indigenous neighbourhoods established in the colonial city of Luanda were provisional neighbourhoods. The materialisation and conception of the projects linked to the issue of indigenous people and housing can be seen from a social perspective and as improving the living conditions of these so-called indigenous people, but these projects were discriminatory in nature. The indigenous neighbourhoods were places that demarcated Luanda's colonial urban space in terms of racial lines, while also reinforcing violence as a practice in the conception of colonial urban space. For this reason, the indigenous neighbourhoods, together with the urban planning legislation that translates into the architectural field, allow us to understand the practices and devices of surveillance. From a spatial point of view, the indigenous neighbourhoods in Luanda in relation to the city represented distinct spaces with representations that mirrored the social and racial order.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em HistoriaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessHistóriaLuanda (Angola)Bairros indígenasIndígenasUrbanismoTrânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53ORIGINALTESE Yuri Manuel Francisco Agostinho.pdfTESE Yuri Manuel Francisco Agostinho.pdfapplication/pdf22577289https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/1/TESE%20Yuri%20Manuel%20Francisco%20Agostinho.pdfe0fd327ea7ad805191e3fec033d8360eMD51TEXTTESE Yuri Manuel Francisco Agostinho.pdf.txtTESE Yuri Manuel Francisco Agostinho.pdf.txtExtracted texttext/plain893704https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/4/TESE%20Yuri%20Manuel%20Francisco%20Agostinho.pdf.txtb7eae0dba44fdee6b38a54ddfa4bca94MD54THUMBNAILTESE Yuri Manuel Francisco Agostinho.pdf.jpgTESE Yuri Manuel Francisco Agostinho.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1240https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/5/TESE%20Yuri%20Manuel%20Francisco%20Agostinho.pdf.jpg275fe7a8155fd649069df6b48c543b59MD55123456789/564082024-06-05 02:27:05.768oai:repositorio.ufpe.br:123456789/56408VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212024-06-05T05:27:05Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962
title Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962
spellingShingle Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962
AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco
História
Luanda (Angola)
Bairros indígenas
Indígenas
Urbanismo
title_short Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962
title_full Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962
title_fullStr Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962
title_full_unstemmed Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962
title_sort Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962
author AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco
author_facet AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9011058537644661
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8822901286294537
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3350886147683190
dc.contributor.author.fl_str_mv AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv GUILLEN, Isabel Cristina Martins
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv LIMA, Ivaldo Marciano de França
contributor_str_mv GUILLEN, Isabel Cristina Martins
LIMA, Ivaldo Marciano de França
dc.subject.por.fl_str_mv História
Luanda (Angola)
Bairros indígenas
Indígenas
Urbanismo
topic História
Luanda (Angola)
Bairros indígenas
Indígenas
Urbanismo
description O presente estudo busca o entendimento de uma história de conexões, ligada ao espaço urbano colonial de Luanda. O desdobramento desta história leva-nos para uma escala reduzida sinalizada para a questão dos bairros indígenas de Luanda. Esta tese visa compreender o que esteve na base para a construção de bairros indígenas em Luanda. A hipótese que defendemos é a de que, embora o processo de construção de bairros indígenas em Luanda afigura-se com um cunho “aparentemente social”, suas bases estavam assentes numa perspectiva discriminatória. Para entendermos esta história, utilizaram-se como fontes: jornais, manuscritos, decretos, códices, editais, regulamentos, livros de memórias, depoimentos, fotografias e boletins: o oficial de Angola e o geral das colônias. A metodologia utilizada constituiu-se a partir dos seguintes eixos: o estabelecimento de uma periodização, a veracidade das fontes baseadas no exercício da crítica interna e externa, a história oral, técnicas não documentais: (participação - observação), a etnografia na cidade e o enfoque multidisciplinar. A construção de bairros indígenas pode ser vista pelo lado social e como um sinal que nos leva para uma visão contrária onde o racismo relaciona-se na forma como estes bairros foram concebidos e nos dispositivos criados após a edificação e a ocupação dos fogos habitacionais para os ditos indígenas. Os bairros indígenas estabelecidos na cidade colonial de Luanda, foram bairros provisórios. A materialização e concepção dos projetos ligados a questão do indígena e a habitação, pode ser vista numa perspectiva social e de melhoramento das condições de vida dos tais ditos indígenas, mas estes projetos foram de uma índole discriminatória. Os bairros indígenas foram lugares que demarcaram o espaço urbano colonial de Luanda em termos de linhas rácicas, outrossim reforçou a violência como prática na concepção do espaço urbano colonial. Por isso, os bairros indígenas, conjuntamente com a legislação urbanística que se traduz no campo arquitetural, nos permite entender as práticas e os dispositivos de vigilância. Do ponto de vista espacial, os bairros indígenas em Luanda em relação à cidade representavam espaços distintos com representações que espelhavam o ordenamento social e racial.
publishDate 2023
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-11-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-06-04T12:25:05Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-06-04T12:25:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco. Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962. 2023. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56408
identifier_str_mv AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco. Trânsitos entre a história da Cidade Colonial de Luanda e a memória dos seus bairros indígenas, 1942 – 1962. 2023. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56408
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Historia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/1/TESE%20Yuri%20Manuel%20Francisco%20Agostinho.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/4/TESE%20Yuri%20Manuel%20Francisco%20Agostinho.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56408/5/TESE%20Yuri%20Manuel%20Francisco%20Agostinho.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
e0fd327ea7ad805191e3fec033d8360e
b7eae0dba44fdee6b38a54ddfa4bca94
275fe7a8155fd649069df6b48c543b59
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310730137993216