O (des)conhecido cenário da violência contra idosos no ambiente doméstico
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9167 |
Resumo: | O objetivo do estudo foi determinar a ocorrência e os fatores associados à violência doméstica contra idosos no município do Recife, Pernambuco. Desta pesquisa participaram 274 indivíduos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, cadastrados nas cinco Unidades de Saúde da Família (USF) que compõem a microrregião 4.2 da cidade do Recife. Foram excluídos os idosos que apresentavam enfermidade ou agravo à saúde que implicasse comprometimentos em termos de comunicação. Os dados foram coletados nos domicílios ou nas USF e o instrumento de pesquisa foi organizado em três partes: um questionário estruturado, composto por questões fechadas; duas escalas de avaliação, Índice de Katz e Atividades Instrumentais da Vida Diária de Lawton e Brody, para avaliação das AVD e AIVD, respectivamente; e o instrumento para avaliar possíveis situações de violência contra pessoas idosas desenvolvido e validado em Porto Rico e adotado pelo Ministério da Saúde. Nos resultados obtidos, verifica-se a existência de 57 idosos com sinais indicativos de violência, o que corresponde à prevalência de 20,8% (IC 95%: 16,0 25,6), com pelo menos um dos tipos de violência sofrida pelos idosos em seu ambiente doméstico. O tipo de violência com maior frequência foi a psicológica 19,34% (53), seguido da sexual 2,19% (6), financeira 1,82% (5) e, por fim, física 1,09% (3). A violência doméstica foi predominante no sexo feminino (23,91%); na faixa etária de 60-69 anos (22,64%); entre os que nunca estudaram (26,15%); e entre os que não tinham companheiro (21,71%). Foi mais frequente, também, entre os que moravam com seis ou mais pessoas (33,33%); com renda inferior a um salário mínimo (22,86%); que contribuíam para o sustento da casa (20,88%) e com dependência para as atividades instrumentais da vida diária (26,17%). Observou-se associação entre os que moravam com um número maior de indivíduos apesar dos valores apresentarem significância limítrofe (p=0,06). Embora com certa ressalva, devido à menor significância estatística, foi ainda possível perceber que as maiores vítimas estavam entre as mulheres e entre os idosos dependentes para as atividades instrumentais da vida diária. Entretanto, após a análise pelo modelo de regressão logística múltipla, apenas as variáveis sexo e arranjo familiar mostraram-se associadas significativamente (p ≤ 0,05), havendo evidência de maior ocorrência de violência contra os idosos que coabitavam com seis ou mais moradores em relação àqueles que moravam com até cinco e entre as mulheres em relação aos homens. Nesse sentido, considerando a magnitude do fenômeno da violência contra os idosos e a escassez de estudos de base populacional em território nacional, torna-se essencial a identificação das ocorrências, sobretudo as ocasionadas no ambiente doméstico, bem como a priorização do tema no setor saúde, principalmente nas políticas de atenção à saúde do idoso, por meio de estratégias efetivas que visem ao enfrentamento da violência doméstica contra idosos |
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Os dados foram coletados nos domicílios ou nas USF e o instrumento de pesquisa foi organizado em três partes: um questionário estruturado, composto por questões fechadas; duas escalas de avaliação, Índice de Katz e Atividades Instrumentais da Vida Diária de Lawton e Brody, para avaliação das AVD e AIVD, respectivamente; e o instrumento para avaliar possíveis situações de violência contra pessoas idosas desenvolvido e validado em Porto Rico e adotado pelo Ministério da Saúde. Nos resultados obtidos, verifica-se a existência de 57 idosos com sinais indicativos de violência, o que corresponde à prevalência de 20,8% (IC 95%: 16,0 25,6), com pelo menos um dos tipos de violência sofrida pelos idosos em seu ambiente doméstico. O tipo de violência com maior frequência foi a psicológica 19,34% (53), seguido da sexual 2,19% (6), financeira 1,82% (5) e, por fim, física 1,09% (3). A violência doméstica foi predominante no sexo feminino (23,91%); na faixa etária de 60-69 anos (22,64%); entre os que nunca estudaram (26,15%); e entre os que não tinham companheiro (21,71%). Foi mais frequente, também, entre os que moravam com seis ou mais pessoas (33,33%); com renda inferior a um salário mínimo (22,86%); que contribuíam para o sustento da casa (20,88%) e com dependência para as atividades instrumentais da vida diária (26,17%). Observou-se associação entre os que moravam com um número maior de indivíduos apesar dos valores apresentarem significância limítrofe (p=0,06). Embora com certa ressalva, devido à menor significância estatística, foi ainda possível perceber que as maiores vítimas estavam entre as mulheres e entre os idosos dependentes para as atividades instrumentais da vida diária. Entretanto, após a análise pelo modelo de regressão logística múltipla, apenas as variáveis sexo e arranjo familiar mostraram-se associadas significativamente (p ≤ 0,05), havendo evidência de maior ocorrência de violência contra os idosos que coabitavam com seis ou mais moradores em relação àqueles que moravam com até cinco e entre as mulheres em relação aos homens. Nesse sentido, considerando a magnitude do fenômeno da violência contra os idosos e a escassez de estudos de base populacional em território nacional, torna-se essencial a identificação das ocorrências, sobretudo as ocasionadas no ambiente doméstico, bem como a priorização do tema no setor saúde, principalmente nas políticas de atenção à saúde do idoso, por meio de estratégias efetivas que visem ao enfrentamento da violência doméstica contra idososporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMaus tratos ao idosoViolência domésticaPolíticas de saúde.O (des)conhecido cenário da violência contra idosos no ambiente domésticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3392_1.pdf.jpgarquivo3392_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1268https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9167/4/arquivo3392_1.pdf.jpg443d9da4dc89a4ede8b0532b708a8bc7MD54ORIGINALarquivo3392_1.pdfapplication/pdf2130025https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9167/1/arquivo3392_1.pdf96efa58af2b3fcdad570b5a9ccc41b77MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9167/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3392_1.pdf.txtarquivo3392_1.pdf.txtExtracted texttext/plain133705https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9167/3/arquivo3392_1.pdf.txt7c692ff7485c8502347c8da5acb22bf5MD53123456789/91672019-10-25 15:24:56.361oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9167Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T18:24:56Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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