Distribuição, sazonalidade das capturas,utilização do habitat e movimentação do Tubarão lixa Ginglymostoma cirratum (Bonnaterre 1778) na costa do Recife, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cerqueira Ferreira, Luciana
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8346
Resumo: O presente trabalho teve por objetivos analisar a abundância relativa, a distribuição de tamanhos, a proporção sexual, os padrões de movimentação, a utilização do habitat e o padrão de residência do tubarão lixa, Ginglymostoma cirratum, na costa do Recife. Apesar de a espécie possuir uma ampla distribuição no litoral brasileiro, ainda muito pouco se sabe sobre a sua biologia, com a maioria dos trabalhos tendo sido realizados nas costas da Florida e do Caribe. No primeiro capítulo desta dissertação foram analisados os dados de captura provenientes de excursões de pesca semanais realizadas de 2004 a 2010 pelo barco de pesquisa (BPq.) Sinuelo, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no litoral do Recife, atuando, principalmente, nas áreas em frente às praias de Boa Viagem/ Piedade e Paiva. As capturas foram realizadas com a utilização de dois espinhéis de fundo e 23 linhas de espera, lançadas após o canal existente em frente às referidas praias, e com mais alguns lances do espinhel em águas mais profundas (em torno de 30 m). A CPUE (Captura por Unidade de Esforço), em termos do número de indivíduos capturados por 1.000 anzóis, foi utilizada para se estimar a abundância relativa. O tubarão lixa foi a segunda espécie mais frequente entre os elasmobrânquios capturados no espinhel lançado em frente às praias de Boa Viagem/ Piedade e Paiva e foi a espécie mais capturada nas linhas de espera e no espinhel ocasionalmente lançado em profundidades maiores. O comprimento total dos tubarões variou entre 107 e 300 cm. Durante o período chuvoso, as capturas foram dominadas por fêmeas que representaram 72,7% dos tubarões lixa capturados entre abril e setembro. Os machos foram mais abundantes em outubro e janeiro, quando representaram 63,3% e 83,3% das capturas, respectivamente. De uma maneira geral, a CPUE dos machos foi maior entre outubro e abril, período no qual a salinidade, temperatura e transparência da água também estiveram mais altas. A CPUE das fêmeas apresentou uma oscilação mensal entre 0,05 e 0,58, mas sem padrão sazonal aparente. No segundo capítulo foram utilizados dados do monitoramento acústico e de marcação- recaptura para avaliar a residência e os movimentos de tubarões lixa na costa do Recife. O monitoramento acústico dos tubarões foi realizado por meio de uma série de receptores com áreas de detecção não sobrepostas dispostos ao longo da costa do Recife, de janeiro de 2010 a janeiro de 2011. Nove por cento dos tubarões marcados foram recapturados após, em média, 209 dias de liberdade em locais distantes 0,04 a 6,23 km do local de marcação. Um tubarão macho foi considerado semi-residente, apresentando home ranges diários pequenos e uma área de atividade restrita às estações localizadas ao sul do rio Jaboatão, apesar de ter demonstrado longo período de completa ausência de detecções na área monitorada Duas fêmeas apresentaram o mesmo padrão de movimentação restrita com evidências de fidelidade local a algumas áreas. Todos os tubarões foram mais detectados durante a noite, sendo que dois deles nunca foram detectados durante o dia, sugerindo o uso da área monitorada como possível local de alimentação no período noturno
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No primeiro capítulo desta dissertação foram analisados os dados de captura provenientes de excursões de pesca semanais realizadas de 2004 a 2010 pelo barco de pesquisa (BPq.) Sinuelo, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no litoral do Recife, atuando, principalmente, nas áreas em frente às praias de Boa Viagem/ Piedade e Paiva. As capturas foram realizadas com a utilização de dois espinhéis de fundo e 23 linhas de espera, lançadas após o canal existente em frente às referidas praias, e com mais alguns lances do espinhel em águas mais profundas (em torno de 30 m). A CPUE (Captura por Unidade de Esforço), em termos do número de indivíduos capturados por 1.000 anzóis, foi utilizada para se estimar a abundância relativa. 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Todos os tubarões foram mais detectados durante a noite, sendo que dois deles nunca foram detectados durante o dia, sugerindo o uso da área monitorada como possível local de alimentação no período noturnoConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGinglymostomaCPUEComprimentoMarcaçãoTelemetria acústicaResidênciaPernambucoDistribuição, sazonalidade das capturas,utilização do habitat e movimentação do Tubarão lixa Ginglymostoma cirratum (Bonnaterre 1778) na costa do Recife, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2648_1.pdf.jpgarquivo2648_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1196https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8346/4/arquivo2648_1.pdf.jpg2ff0c9cb3e3fba0a57762d2a46eddc12MD54ORIGINALarquivo2648_1.pdfapplication/pdf1056342https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8346/1/arquivo2648_1.pdf6c7103da70a5ec0f1d7a1f651c091166MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8346/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2648_1.pdf.txtarquivo2648_1.pdf.txtExtracted texttext/plain103503https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8346/3/arquivo2648_1.pdf.txt764210e83cacb6224ac8b80e917ed10eMD53123456789/83462019-10-25 03:45:01.241oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8346Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:45:01Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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