Influência das rodovias PE-60 e PE-076 sobre a anurofauna de solo da Reserva Biológica Saltinho
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Data de Publicação: | 2012 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10164 |
Resumo: | A Floresta Atlântica apresenta alta biodiversidade, contrastante com seu alto grau de fragmentação, intensificado pela ocorrência de rodovias. Esse trabalho objetivou registrar a influência direta e indireta de rodovias sobre a riqueza, abundância e distribuições temporal e espacial de anuros de solo e a penetração de ruídos na Reserva Biológica Saltinho (RBS), Pernambuco, Brasil. Foram instaladas oito linhas de pitfalls, quatro às margens das rodovias e quatro distantes delas, revisadas semanalmente de jan/2010 a jan/2011. As relações com pluviosidade, temperatura e umidade do ar foram testadas por meio da correlação de Spearman. As áreas foram comparadas usando ANOVA Kruskal-Wallis e ANOSIM. Foram registrados 245 animais, compondo 14 espécies. As estações seca e chuvosa não diferiram nas abundâncias, nem houve correlação entre as abundâncias populacionais com as variáveis abióticas. A ANOSIM não diferenciou a área das rodovias daquelas mais distantes. Vinte espécimes de espécies tolerantes a áreas abertas foram encontrados atropelados, sendo que uma delas representa o segundo registro para o Estado. Os ruídos das estradas penetram cerca de 800 m na floresta, fortemente até 200 m da margem das rodovias, reduzem entre 200 m e 800 m em 1.5 dB/100 m, e após, não há influência sonora das rodovias. Apesar da similaridade na distribuição da anurofauna, não é possível afirmar que as estradas não tenham efeitos negativos sobre os animais, tendo em vista a impossibilidade de dissociar os seus efeitos dos demais impactos sofridos pela RBS. As baixas abundâncias encontradas e os atropelamentos registrados são fenômenos que estão conhecidos como consequência das rodovias indireta e diretamente, respectivamente. Fragmentos florestais pequenos ligados a riachos (caso da RBS) são considerados importantes para a fauna de anfíbios em paisagens muito fragmentadas e as rodovias ainda devem ser observadas com atenção visando à minimização de mortalidades a elas associáveis e conservação da anurofauna que persiste no local. |
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As estações seca e chuvosa não diferiram nas abundâncias, nem houve correlação entre as abundâncias populacionais com as variáveis abióticas. A ANOSIM não diferenciou a área das rodovias daquelas mais distantes. Vinte espécimes de espécies tolerantes a áreas abertas foram encontrados atropelados, sendo que uma delas representa o segundo registro para o Estado. Os ruídos das estradas penetram cerca de 800 m na floresta, fortemente até 200 m da margem das rodovias, reduzem entre 200 m e 800 m em 1.5 dB/100 m, e após, não há influência sonora das rodovias. Apesar da similaridade na distribuição da anurofauna, não é possível afirmar que as estradas não tenham efeitos negativos sobre os animais, tendo em vista a impossibilidade de dissociar os seus efeitos dos demais impactos sofridos pela RBS. As baixas abundâncias encontradas e os atropelamentos registrados são fenômenos que estão conhecidos como consequência das rodovias indireta e diretamente, respectivamente. 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