Efeito antinociceptivo de espécies de bromeliaceae nativas da caatinga: um estudo comparativo
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3668 |
Resumo: | Bromeliaceae é uma família de monocotiledôneas de grande importância pela sua diversidade ecológica. Possui 57 gêneros e cerca de 3.000 espécies, das quais 40% podem ser encontradas no Brasil. A família apresenta uma longa história de uso etnobotânico, como fonte de fibras, alimentos e medicamentos. Foram selecionadas para o estudo três espécies de Bromeliaceae, Neoglaziovia variegata (Nv-EtOH), Encholirium spectabile (Es-EtOH) e Bromelia laciniosa (Bl-EtOH), todas com domínio fitogeográfico na caatinga. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antinociceptivo do extrato etanólico bruto dessas espécies em camundongos, utilizando estímulos químicos (teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético e teste da formalina) e térmico (teste da placa quente), bem como realizar o estudo de toxicidade aguda, a fim de assegurar a utilização dos extratos e servir de parâmetros para o desenvolvimento de futuros medicamentos. Quanto à atividade antinociceptiva, os extratos demonstraram efeito em todos os ensaios experimentais. Nv-EtOH (100, 200 e 400 mg/kg, i.p.) reduziu significativamente o comportamento nociceptivo dos animais no teste das contorções abdominais. Este extrato também reduziu o tempo em que os animais lamberam a pata na 1ª e 2ª fase do teste da formalina, além de aumentar o tempo de permanência dos animais na placa quente, efeito este que foi revertido pela naloxona, sugerindo a participação dos receptores opióides no mecanismo de ação do extrato. Es-EtOH (100, 200 e 400 mg/kg, i.p.) reduziu significativamente as contorções abdominais induzidas pelo ácido acético. O extrato também mostrou efeito significativo em reduzir o tempo de lambida em ambas as fases do teste da formalina. Já no teste da placa quente, a administração de Es-EtOH não alterou o tempo de permanência dos animais sobre a placa quente, sugerindo para o extrato um possível mecanismo de ação periférico. Bl-EtOH (100, 200 e 400 mg/kg, i.p.) reduziu significativamente o número de contorções no teste das contorções abdominais. Este extrato também reduziu o tempo em que o animal lambeu a pata na 1ª e 2ª fase do teste da formalina. Quando foi utilizado o teste da placa quente, de uma maneira geral, a administração do extrato não induziu alterações no tempo de latência, porém na dose de 100 mg/kg, no tempo de 60 minutos, o extrato apresentou aumento no tempo de latência. Esse efeito não foi revertido pela naloxona. Este estudo mostrou que os extratos possuem atividade antinociceptiva em diversos modelos experimentais. Porém, o mecanismo exato peloqual exercem esse efeito ainda está sendo elucidado. Dessa forma, novos estudos são necessários para se chegar ao mecanismo de ação exato, bem como quais constituintes químicos são responsáveis pelo efeito antinociceptivo dos extratos. Na avaliação da toxidade aguda, a administração dos extratos nas doses de 2 e 5 g/kg pelas vias oral e intraperitoneal, respectivamente, não provocou morte nem alterações significativas nos parâmetros bioquímicos e hematológicos do sangue, assim, podemos considerar os extratos, de baixa toxicidade. Porém, de acordo com a análise histopatológica dos órgãos dos animais tratados com os extratos, a avaliação mostrou que houve algumas lesões, sobretudo no fígado e nos rins. Assim, faz-se necessário a realização de outros ensaios de toxicidade sub-crônica e crônica a fim de determinar o perfil de segurança dos extratos |
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Raquel Gomes de Lima Saraiva, SarahLúcia Cavalcanti de Amorim, Elba 2014-06-12T16:33:01Z2014-06-12T16:33:01Z2012-01-31Raquel Gomes de Lima Saraiva, Sarah; Lúcia Cavalcanti de Amorim, Elba. Efeito antinociceptivo de espécies de bromeliaceae nativas da caatinga: um estudo comparativo. 2012. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3668ark:/64986/001300000mt77Bromeliaceae é uma família de monocotiledôneas de grande importância pela sua diversidade ecológica. Possui 57 gêneros e cerca de 3.000 espécies, das quais 40% podem ser encontradas no Brasil. A família apresenta uma longa história de uso etnobotânico, como fonte de fibras, alimentos e medicamentos. Foram selecionadas para o estudo três espécies de Bromeliaceae, Neoglaziovia variegata (Nv-EtOH), Encholirium spectabile (Es-EtOH) e Bromelia laciniosa (Bl-EtOH), todas com domínio fitogeográfico na caatinga. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antinociceptivo do extrato etanólico bruto dessas espécies em camundongos, utilizando estímulos químicos (teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético e teste da formalina) e térmico (teste da placa quente), bem como realizar o estudo de toxicidade aguda, a fim de assegurar a utilização dos extratos e servir de parâmetros para o desenvolvimento de futuros medicamentos. Quanto à atividade antinociceptiva, os extratos demonstraram efeito em todos os ensaios experimentais. Nv-EtOH (100, 200 e 400 mg/kg, i.p.) reduziu significativamente o comportamento nociceptivo dos animais no teste das contorções abdominais. Este extrato também reduziu o tempo em que os animais lamberam a pata na 1ª e 2ª fase do teste da formalina, além de aumentar o tempo de permanência dos animais na placa quente, efeito este que foi revertido pela naloxona, sugerindo a participação dos receptores opióides no mecanismo de ação do extrato. 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Este estudo mostrou que os extratos possuem atividade antinociceptiva em diversos modelos experimentais. Porém, o mecanismo exato peloqual exercem esse efeito ainda está sendo elucidado. Dessa forma, novos estudos são necessários para se chegar ao mecanismo de ação exato, bem como quais constituintes químicos são responsáveis pelo efeito antinociceptivo dos extratos. Na avaliação da toxidade aguda, a administração dos extratos nas doses de 2 e 5 g/kg pelas vias oral e intraperitoneal, respectivamente, não provocou morte nem alterações significativas nos parâmetros bioquímicos e hematológicos do sangue, assim, podemos considerar os extratos, de baixa toxicidade. Porém, de acordo com a análise histopatológica dos órgãos dos animais tratados com os extratos, a avaliação mostrou que houve algumas lesões, sobretudo no fígado e nos rins. Assim, faz-se necessário a realização de outros ensaios de toxicidade sub-crônica e crônica a fim de determinar o perfil de segurança dos extratosConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAtividade antinociceptivaBromelia laciniosaBromeliaceaeEncholirium spectabileNeoglaziovia variegataToxicidade agudaEfeito antinociceptivo de espécies de bromeliaceae nativas da caatinga: um estudo comparativoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo9483_1.pdf.jpgarquivo9483_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1238https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3668/4/arquivo9483_1.pdf.jpgef120626e9a47a9cd30f480d6641791aMD54ORIGINALarquivo9483_1.pdfapplication/pdf4370229https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3668/1/arquivo9483_1.pdfe8e56a766760a50453de971b216794f4MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3668/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo9483_1.pdf.txtarquivo9483_1.pdf.txtExtracted texttext/plain314417https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3668/3/arquivo9483_1.pdf.txt4994c45fce4d67f8516d05e7939d1dbdMD53123456789/36682019-10-25 13:05:30.629oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3668Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T16:05:30Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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