Práticas de letramento em uma escola de assentamento do movimento dos trabalhadores rurais sem terra no município de São Lourenço da Mata
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4814 |
Resumo: | Este trabalho analisa as práticas de letramento desenvolvidas em uma escola de assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra, MST, durante os meses de março e abril de 2010, com vistas a compreender os possíveis sentidos construídos pela interação entre professora e alunos, no processo de ensino aprendizagem da língua portuguesa. Para tanto, na investigação do objeto desse estudo realizamos pesquisa de natureza qualitativa através de observação das práticas acima mencionadas, tendo como sujeitos da pesquisa uma professora e seus respectivos alunos. A discussão teórica se fundamenta nas teorias sobre letramento e suas práticas, particularmente nos estudos de Street (1984, 2003), Soares (2004a, 2006), Tfouni (2006), bem como em documentos do Movimento dos Sem Terra (MST, 2005) e em estudos de Caldart (2004), dentre outros. Na análise e discussão dos resultados evidenciamos que as práticas de letramento propiciadas aos alunos pela professora pesquisada, no contexto escolar do MST, assumem tanto a perspectiva do modelo do letramento ideológico como a do modelo instrumental (STREET, 1984). As atividades escolares propostas pela professora evidenciaram finalidades do alfabetizar letrando, voltadas para o processo de apropriação do sistema de escrita alfabético (SEA) e para a construção de habilidades de compreensão e interpretação textual para usos da leitura com diferentes finalidades. Concluímos que sendo o assentamento do MST um local impregnado pelo fator político, o qual permeia as questões relacionadas à vida e às práticas sociais dos militantes e sendo a escola um elemento simbólico para este Movimento, os educandos têm a educação como ponto de partida para o desenvolvimento das ações daqueles que militam no movimento. As práticas de letramento realizadas na escola investigada assumiam, frequentemente, aspectos ideológicos subjacentes à escolarização da escrita e da leitura. Dessa forma, consideramos que as práticas de letramento pesquisadas se caracterizavam por maneiras de pensar e agir em relação aos usos da escrita em um contexto situado cultural e socialmente |
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ALVES, Sidney Alexandre da CostaBARBOSA, Maria Lucia Ferreira de Figueiredo2014-06-12T17:23:03Z2014-06-12T17:23:03Z2011-01-31Alexandre da Costa Alves, Sidney; Lucia Ferreira de Figueiredo Barbosa, Maria. Práticas de letramento em uma escola de assentamento do movimento dos trabalhadores rurais sem terra no município de São Lourenço da Mata. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4814ark:/64986/001300000b0g3Este trabalho analisa as práticas de letramento desenvolvidas em uma escola de assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra, MST, durante os meses de março e abril de 2010, com vistas a compreender os possíveis sentidos construídos pela interação entre professora e alunos, no processo de ensino aprendizagem da língua portuguesa. Para tanto, na investigação do objeto desse estudo realizamos pesquisa de natureza qualitativa através de observação das práticas acima mencionadas, tendo como sujeitos da pesquisa uma professora e seus respectivos alunos. A discussão teórica se fundamenta nas teorias sobre letramento e suas práticas, particularmente nos estudos de Street (1984, 2003), Soares (2004a, 2006), Tfouni (2006), bem como em documentos do Movimento dos Sem Terra (MST, 2005) e em estudos de Caldart (2004), dentre outros. Na análise e discussão dos resultados evidenciamos que as práticas de letramento propiciadas aos alunos pela professora pesquisada, no contexto escolar do MST, assumem tanto a perspectiva do modelo do letramento ideológico como a do modelo instrumental (STREET, 1984). As atividades escolares propostas pela professora evidenciaram finalidades do alfabetizar letrando, voltadas para o processo de apropriação do sistema de escrita alfabético (SEA) e para a construção de habilidades de compreensão e interpretação textual para usos da leitura com diferentes finalidades. Concluímos que sendo o assentamento do MST um local impregnado pelo fator político, o qual permeia as questões relacionadas à vida e às práticas sociais dos militantes e sendo a escola um elemento simbólico para este Movimento, os educandos têm a educação como ponto de partida para o desenvolvimento das ações daqueles que militam no movimento. As práticas de letramento realizadas na escola investigada assumiam, frequentemente, aspectos ideológicos subjacentes à escolarização da escrita e da leitura. Dessa forma, consideramos que as práticas de letramento pesquisadas se caracterizavam por maneiras de pensar e agir em relação aos usos da escrita em um contexto situado cultural e socialmenteFaculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de PernambucoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPráticas de LetramentoModelos de LetramentoMSTPráticas de letramento em uma escola de assentamento do movimento dos trabalhadores rurais sem terra no município de São Lourenço da Matainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo6404_1.pdf.jpgarquivo6404_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1183https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4814/4/arquivo6404_1.pdf.jpg97cfd7d690202448df6bd026c7ee543dMD54ORIGINALarquivo6404_1.pdfapplication/pdf1860370https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4814/1/arquivo6404_1.pdf1903bb435b6c61e91c38d9a7734675bfMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4814/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo6404_1.pdf.txtarquivo6404_1.pdf.txtExtracted texttext/plain326603https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4814/3/arquivo6404_1.pdf.txt779784627de49de8e071caace38c3b19MD53123456789/48142019-10-25 18:53:37.691oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4814Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T21:53:37Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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Este trabalho analisa as práticas de letramento desenvolvidas em uma escola de assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra, MST, durante os meses de março e abril de 2010, com vistas a compreender os possíveis sentidos construídos pela interação entre professora e alunos, no processo de ensino aprendizagem da língua portuguesa. Para tanto, na investigação do objeto desse estudo realizamos pesquisa de natureza qualitativa através de observação das práticas acima mencionadas, tendo como sujeitos da pesquisa uma professora e seus respectivos alunos. A discussão teórica se fundamenta nas teorias sobre letramento e suas práticas, particularmente nos estudos de Street (1984, 2003), Soares (2004a, 2006), Tfouni (2006), bem como em documentos do Movimento dos Sem Terra (MST, 2005) e em estudos de Caldart (2004), dentre outros. Na análise e discussão dos resultados evidenciamos que as práticas de letramento propiciadas aos alunos pela professora pesquisada, no contexto escolar do MST, assumem tanto a perspectiva do modelo do letramento ideológico como a do modelo instrumental (STREET, 1984). As atividades escolares propostas pela professora evidenciaram finalidades do alfabetizar letrando, voltadas para o processo de apropriação do sistema de escrita alfabético (SEA) e para a construção de habilidades de compreensão e interpretação textual para usos da leitura com diferentes finalidades. Concluímos que sendo o assentamento do MST um local impregnado pelo fator político, o qual permeia as questões relacionadas à vida e às práticas sociais dos militantes e sendo a escola um elemento simbólico para este Movimento, os educandos têm a educação como ponto de partida para o desenvolvimento das ações daqueles que militam no movimento. As práticas de letramento realizadas na escola investigada assumiam, frequentemente, aspectos ideológicos subjacentes à escolarização da escrita e da leitura. Dessa forma, consideramos que as práticas de letramento pesquisadas se caracterizavam por maneiras de pensar e agir em relação aos usos da escrita em um contexto situado cultural e socialmente |
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