Mestras e mestres da oralidade: ensinem-nos os saberes ancestrais da Mãe-Terra
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29074 |
Resumo: | A presente dissertação de mestrado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, da Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico do Agreste (UFPE Caa), na linha de pesquisa: Educação, Estado e Diversidade. Consiste no resultado de uma investigação que teve por objetivo compreender os processos de vivência, circulação, diálogo e partilha dos saberes tecidos pelos sujeitos diversos e plurais, mestres e mestras da oralidade (Benzedeiras, Raizeiros, Parteiras, Rezadeiras, Agricultores e Hare Krishnas) residentes no Vila do Murici e entrono - Caruaru - PE. Estes sujeitos vivem mediante a uma compreensão dialógica com a terra, com a natureza. Assim, o fio norteador deste estudo é a concepção de Mãe-Terra. A pergunta que orientou o nosso percurso dentro desta investigação foi considerando a Mãe-Terra, enquanto concepção dos povos indígenas, mediadora das culturas ancestrais e ecológicas: como os mestres e mestras da oralidade, da região da Vila do Murici-PE, vivenciam, dialogam e partilham seus saberes sobre a Mãe-Terra, a partir de práticas de educação popular e ancestralidade? Epistemologicamente inspira-se nas Epistemologias do Sul contando com a contribuição de pensadores como Boaventura de Sousa Santos, Mahatma Gandhi, Maria Paula Meneses, Suzane de Oliveira, Mogobe B. Ramose, dentre outras contribuições. Sobre o conceito de Mãe-Terra, contamos com a contribuição de Fernando Mamani, Carlos Rodrigues Brandão, Cacique Seatle, Aílton Krenak, dentre outros. No que se refere à educação, realizamos uma discussão relacionada à educação popular com foco nos saberes populares, ancestralidade, oralidade e memória, por meio das contribuições de Paulo Freire, Carlos Rodrigues Brandão, Miguel Arroyo, Hampaté Bâ, Paul Zunthor, dentre outros. A partir da visão desses teóricos discutimos os saberes produzidos no Sul global, as principais concepções sobre a Mãe-Terra e a educação com o foco nos saberes ancestrais dos mestres e mestras da oralidade. Nas questões metodológicas utilizamos a pesquisa qualitativa para a investigação, com características de estudo exploratório e explicativo. O nosso percurso analítico foi trilhado nos termos do Método do Caso Alargado, conforme definido por Boaventura de Sousa Santos. O trabalho de coleta de dados foi realizado no Vila do Murici e entorno. por meio da observação participante, de conversas informais e da realização de entrevistas semiestruturadas com dez sujeitos, que nos serviu de fonte de informação. As nossas conclusões apontam que os sujeitos diversos pesquisados falam sobre educação, sobre situações, processos, tessituras de saberes, estruturas de trocas de símbolos, por meio dos quais se vivencia e se faz fluir o saber. Outro aspecto é que olhar para uma vida mais simples, orgânica, comunitária torna-se uma contribuição para novas epistemologias que se (re)constroem no mundo, nas quais a teoria se aproxima da prática e a vida se torna sinônimo de viver bem. Isso transforma o ser de um possível estado de individualismo para o estado que propicia o fluxo do encontro e vivência relacional direta com o mundo. |
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SANTOS, Otávio Augusto Chaves Rubino doshttp://lattes.cnpq.br/4018309881520308http://lattes.cnpq.br/8659756009849404LAGE, Allene Carvalho2019-02-13T11:56:59Z2019-02-13T11:56:59Z2017-04-26https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29074ark:/64986/001300000wps7A presente dissertação de mestrado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, da Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico do Agreste (UFPE Caa), na linha de pesquisa: Educação, Estado e Diversidade. Consiste no resultado de uma investigação que teve por objetivo compreender os processos de vivência, circulação, diálogo e partilha dos saberes tecidos pelos sujeitos diversos e plurais, mestres e mestras da oralidade (Benzedeiras, Raizeiros, Parteiras, Rezadeiras, Agricultores e Hare Krishnas) residentes no Vila do Murici e entrono - Caruaru - PE. Estes sujeitos vivem mediante a uma compreensão dialógica com a terra, com a natureza. Assim, o fio norteador deste estudo é a concepção de Mãe-Terra. A pergunta que orientou o nosso percurso dentro desta investigação foi considerando a Mãe-Terra, enquanto concepção dos povos indígenas, mediadora das culturas ancestrais e ecológicas: como os mestres e mestras da oralidade, da região da Vila do Murici-PE, vivenciam, dialogam e partilham seus saberes sobre a Mãe-Terra, a partir de práticas de educação popular e ancestralidade? Epistemologicamente inspira-se nas Epistemologias do Sul contando com a contribuição de pensadores como Boaventura de Sousa Santos, Mahatma Gandhi, Maria Paula Meneses, Suzane de Oliveira, Mogobe B. Ramose, dentre outras contribuições. Sobre o conceito de Mãe-Terra, contamos com a contribuição de Fernando Mamani, Carlos Rodrigues Brandão, Cacique Seatle, Aílton Krenak, dentre outros. No que se refere à educação, realizamos uma discussão relacionada à educação popular com foco nos saberes populares, ancestralidade, oralidade e memória, por meio das contribuições de Paulo Freire, Carlos Rodrigues Brandão, Miguel Arroyo, Hampaté Bâ, Paul Zunthor, dentre outros. A partir da visão desses teóricos discutimos os saberes produzidos no Sul global, as principais concepções sobre a Mãe-Terra e a educação com o foco nos saberes ancestrais dos mestres e mestras da oralidade. Nas questões metodológicas utilizamos a pesquisa qualitativa para a investigação, com características de estudo exploratório e explicativo. O nosso percurso analítico foi trilhado nos termos do Método do Caso Alargado, conforme definido por Boaventura de Sousa Santos. O trabalho de coleta de dados foi realizado no Vila do Murici e entorno. por meio da observação participante, de conversas informais e da realização de entrevistas semiestruturadas com dez sujeitos, que nos serviu de fonte de informação. As nossas conclusões apontam que os sujeitos diversos pesquisados falam sobre educação, sobre situações, processos, tessituras de saberes, estruturas de trocas de símbolos, por meio dos quais se vivencia e se faz fluir o saber. Outro aspecto é que olhar para uma vida mais simples, orgânica, comunitária torna-se uma contribuição para novas epistemologias que se (re)constroem no mundo, nas quais a teoria se aproxima da prática e a vida se torna sinônimo de viver bem. Isso transforma o ser de um possível estado de individualismo para o estado que propicia o fluxo do encontro e vivência relacional direta com o mundo.CAPESThis dissertation is linked to the Postgraduate Program in Contemporary Education, Federal University of Pernambuco - Agreste Academic Center (UFPE Caa), in the line of research: Education, State and Diversity. It consists of the result about an investigation aimed at understanding the processes of living, circulation, dialogue and sharing of the knowledge woven by the various and plural people, masters of orality residents in Murici Village and around - Caruaru - PE. These people live through a dialogical understanding with the Earth, with nature. Thus, the guiding thread of this study is the Mother-Earth conception. The question that guided our course in this research was, considering the Mother-Earth, as a conception of indigenous peoples, mediator of ancestral and ecological cultures: how masters of orality, from the region of Murici Village - PE, experience, dialogue and share their knowledge about Mother-Earth, from practices of popular education and ancestry? Epistemologically, it is inspired by the Epistemologies of the South, with the contribution of thinkers such as Boaventura de Sousa Santos, Mahatma Gandhi, Maria Paula Meneses, Suzane de Oliveira, Mogobe B. Ramose, among other contributions. On the concept of Mother-Earth, we count on the contribution of Fernando Mamani, Carlos Rodrigues Brandão, Cacique Seatle, Aílton Krenak, among others. Regarding education, we held a discussion related to popular education focusing on popular knowledge, ancestry, orality and memory, through the contributions of Paulo Freire, Carlos Rodrigues Brandão, Miguel Arroyo, Hampaté Bâ, Paul Zunthor, among others. From the point of view of these theorists we discuss the knowledge produced in the global South, the main conceptions about the Mother-Earth and the education with the focus on the ancestral knowledge of the masters of orality. In the methodological questions we use qualitative research, with exploratory and explanatory study characteristics. Our analytical course was traced in terms of the extended Case Method, as defined by Boaventura de Sousa Santos. The work of data collection was carried out in Murici Village and surroundings. Through participant observation, informal conversations and semi-structured interviews with ten subjects, which served as a source of information. Our conclusions point out that the various people interviewed talk about education, about situations, processes of knowledge, structures of exchanges of symbols, by means of which knowledge is lived and made to flow. Another aspect is that looking at a simpler, organic, community life becomes a contribution to new epistemologies that construct in the world, in which theory approaches practice and life becomes synonymous with living well. This transforms the being from a possible state of individualism into the state that fosters the flow of encounter and direct relational experience with the world.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAAUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEpistemologiaMãe-TerraAncestralidadeMemóriaMestras e mestres da oralidade: ensinem-nos os saberes ancestrais da Mãe-Terrainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Otávio Augusto Chaves Rubino dos Santos .pdf.jpgDISSERTAÇÃO Otávio Augusto Chaves Rubino dos Santos .pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1276https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29074/12/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ot%c3%a1vio%20Augusto%20Chaves%20Rubino%20dos%20Santos%20.pdf.jpg60b12410517b238c59080becaa258967MD512ORIGINALDISSERTAÇÃO Otávio Augusto Chaves Rubino dos Santos .pdfDISSERTAÇÃO Otávio Augusto Chaves Rubino dos Santos .pdfapplication/pdf9840906https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29074/7/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ot%c3%a1vio%20Augusto%20Chaves%20Rubino%20dos%20Santos%20.pdf73909b1d95299535a996c6b89beaaaf1MD57LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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A presente dissertação de mestrado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, da Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico do Agreste (UFPE Caa), na linha de pesquisa: Educação, Estado e Diversidade. Consiste no resultado de uma investigação que teve por objetivo compreender os processos de vivência, circulação, diálogo e partilha dos saberes tecidos pelos sujeitos diversos e plurais, mestres e mestras da oralidade (Benzedeiras, Raizeiros, Parteiras, Rezadeiras, Agricultores e Hare Krishnas) residentes no Vila do Murici e entrono - Caruaru - PE. Estes sujeitos vivem mediante a uma compreensão dialógica com a terra, com a natureza. Assim, o fio norteador deste estudo é a concepção de Mãe-Terra. A pergunta que orientou o nosso percurso dentro desta investigação foi considerando a Mãe-Terra, enquanto concepção dos povos indígenas, mediadora das culturas ancestrais e ecológicas: como os mestres e mestras da oralidade, da região da Vila do Murici-PE, vivenciam, dialogam e partilham seus saberes sobre a Mãe-Terra, a partir de práticas de educação popular e ancestralidade? Epistemologicamente inspira-se nas Epistemologias do Sul contando com a contribuição de pensadores como Boaventura de Sousa Santos, Mahatma Gandhi, Maria Paula Meneses, Suzane de Oliveira, Mogobe B. Ramose, dentre outras contribuições. Sobre o conceito de Mãe-Terra, contamos com a contribuição de Fernando Mamani, Carlos Rodrigues Brandão, Cacique Seatle, Aílton Krenak, dentre outros. No que se refere à educação, realizamos uma discussão relacionada à educação popular com foco nos saberes populares, ancestralidade, oralidade e memória, por meio das contribuições de Paulo Freire, Carlos Rodrigues Brandão, Miguel Arroyo, Hampaté Bâ, Paul Zunthor, dentre outros. A partir da visão desses teóricos discutimos os saberes produzidos no Sul global, as principais concepções sobre a Mãe-Terra e a educação com o foco nos saberes ancestrais dos mestres e mestras da oralidade. Nas questões metodológicas utilizamos a pesquisa qualitativa para a investigação, com características de estudo exploratório e explicativo. O nosso percurso analítico foi trilhado nos termos do Método do Caso Alargado, conforme definido por Boaventura de Sousa Santos. O trabalho de coleta de dados foi realizado no Vila do Murici e entorno. por meio da observação participante, de conversas informais e da realização de entrevistas semiestruturadas com dez sujeitos, que nos serviu de fonte de informação. As nossas conclusões apontam que os sujeitos diversos pesquisados falam sobre educação, sobre situações, processos, tessituras de saberes, estruturas de trocas de símbolos, por meio dos quais se vivencia e se faz fluir o saber. Outro aspecto é que olhar para uma vida mais simples, orgânica, comunitária torna-se uma contribuição para novas epistemologias que se (re)constroem no mundo, nas quais a teoria se aproxima da prática e a vida se torna sinônimo de viver bem. Isso transforma o ser de um possível estado de individualismo para o estado que propicia o fluxo do encontro e vivência relacional direta com o mundo. |
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