Modelos Mentais e a construção discursiva do sexismo em espaços virtuais de interação : uma abordagem sociocognitiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Jamile Maria de Fátima da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42962
Resumo: A teoria dos “modelos mentais”, proposta por van Dijk (2014; 2017), é uma abordagem fundamental para a análise crítica do discurso. Neste trabalho, analisamos Modelos Mentais como fruto de processos sociocognitivos, os quais servem à manutenção de hierarquias de poder. Entendemos, pois, que debruçar-se sobre eles é promover a desconstrução de estereótipos e, assim, reaver a identidade de grupos marginalizados. Como lócus investigativo, inserimo-nos em esferas virtuais de interação por entender que, atualmente, a internet figura como teia na qual todos os dias se tecem novas relações que conectam a sociedade em rede; as temáticas oriundas desses elos interferem na construção do pensamento humano e, consequentemente, nas atitudes de seus usuários. Dessa forma, nosso objetivo é aclarar significados encobertos por meio de categorizações depreciativas, imputadas às mulheres militantes da causa feminista, analisando discursos misóginos disseminados no site da rede social Facebook, com vistas à observação da construção de Modelos Mentais que emergem das produções linguístico-discursivas dos comentários reproduzidos nesses espaços. Para tanto, ancoramo-nos em pressupostos multidisciplinares embasados, sobretudo, na Análise Crítica do Discurso, especificamente, através das teorias desenvolvidas por van Dijk (1998; 2014; 2015a; 2015b; 2015c; 2017), as quais, por meio da interface da socio cognição, nos revelam o corpo de significações que compõe as representações mentais. Para compreender a constituição social de gênero, recorremos à Beauvoir (2016) e Butler (2003;2019); no que concerne às influências tecnológicas/ideológicas dos meios digitais, amparamo-nos, essencialmente, em Recuero (2015) e Zuboff (2019); quanto às discussões teórico-analíticas, buscamos suporte em Ciulla (2014); Cavalcante (2011); Falcone (2008). Metodologicamente, adentramos nos domínios textuais da fanpage Quebrando o Tabu, do Facebook, por esta ser uma página que abrange temas de relevânciapara sociedade, especialmente sobre a violência de gênero, e cujo alto número de seguidores garantem uma rica fonte de Modelos Mentais. Ao destacar os modos de referir desses usuários, nosso intuito é mostrar como certos referentes são ressignificados na construção das redes de interação/significação, de acordo com as representações sociais, por meio das (re)categorizações. Dessa forma, convém enfatizar que nossa análise se centra no âmbito lexical e, ainda, multissemiótico dessas (re)categorizações. Os resultados revelam que os Modelos Mentais são pessoais e avaliativos, portanto, influenciáveis. Eles induzem categorizações que, por sua vez, operam no depreender sociocognitivo do evento comunicativo em que os interactantes estão inseridos. Assim, os Modelos Mentais, amparados pelo contexto, infligem à produção discursiva traços simbólicos inerentes ao conhecimento e às crenças compartilhadas entre grupos, sendo, pois, por meio dessas elaborações que as representações nascem e se solidificam no meio social, consolidando modelos legitimadores de uma “realidade” ideologicamente orientada.
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Como lócus investigativo, inserimo-nos em esferas virtuais de interação por entender que, atualmente, a internet figura como teia na qual todos os dias se tecem novas relações que conectam a sociedade em rede; as temáticas oriundas desses elos interferem na construção do pensamento humano e, consequentemente, nas atitudes de seus usuários. Dessa forma, nosso objetivo é aclarar significados encobertos por meio de categorizações depreciativas, imputadas às mulheres militantes da causa feminista, analisando discursos misóginos disseminados no site da rede social Facebook, com vistas à observação da construção de Modelos Mentais que emergem das produções linguístico-discursivas dos comentários reproduzidos nesses espaços. Para tanto, ancoramo-nos em pressupostos multidisciplinares embasados, sobretudo, na Análise Crítica do Discurso, especificamente, através das teorias desenvolvidas por van Dijk (1998; 2014; 2015a; 2015b; 2015c; 2017), as quais, por meio da interface da socio cognição, nos revelam o corpo de significações que compõe as representações mentais. Para compreender a constituição social de gênero, recorremos à Beauvoir (2016) e Butler (2003;2019); no que concerne às influências tecnológicas/ideológicas dos meios digitais, amparamo-nos, essencialmente, em Recuero (2015) e Zuboff (2019); quanto às discussões teórico-analíticas, buscamos suporte em Ciulla (2014); Cavalcante (2011); Falcone (2008). Metodologicamente, adentramos nos domínios textuais da fanpage Quebrando o Tabu, do Facebook, por esta ser uma página que abrange temas de relevânciapara sociedade, especialmente sobre a violência de gênero, e cujo alto número de seguidores garantem uma rica fonte de Modelos Mentais. Ao destacar os modos de referir desses usuários, nosso intuito é mostrar como certos referentes são ressignificados na construção das redes de interação/significação, de acordo com as representações sociais, por meio das (re)categorizações. Dessa forma, convém enfatizar que nossa análise se centra no âmbito lexical e, ainda, multissemiótico dessas (re)categorizações. Os resultados revelam que os Modelos Mentais são pessoais e avaliativos, portanto, influenciáveis. Eles induzem categorizações que, por sua vez, operam no depreender sociocognitivo do evento comunicativo em que os interactantes estão inseridos. Assim, os Modelos Mentais, amparados pelo contexto, infligem à produção discursiva traços simbólicos inerentes ao conhecimento e às crenças compartilhadas entre grupos, sendo, pois, por meio dessas elaborações que as representações nascem e se solidificam no meio social, consolidando modelos legitimadores de uma “realidade” ideologicamente orientada.The theory of “mental models”, proposed by van Dijk (2014; 2017), is a fundamental approach forcritical discourse analysis. At this work, we analyze Mental Models as result of socio-cognitive processes, which serve to maintain power hierarchies. We understand, therefore, that to focus on them isto promote the deconstruction ofstereotypes and, thus, recover the identity of marginalizedgroups. As an investigative locus, we insert ourselves in virtual spheres of interaction because weunderstand that currently, the internetfigures as a web in which new relationships are woven everyday that connect society in a network; the themes arising from these links interfere in the construction of human thought and, consequently, in the attitudes of its users. Thus, our objective is to clarify hidden meanings through derogatory categorizations attributed to women militants of the feminist cause, analyzing misogynistic discourses disseminated on the social network website Facebook, with a view to observing the construction of Mental Models that emerge from linguistic-discursive productions of the comments reproduced spaces spaces. For this, we anchored in multidisciplinary assumptions grounded, above all, in the Critical Discourse Analysis, specifically, through the theories developed by van Dijk (1998; 2014; 2015a; 2015b; 2015c; 2017), which, through the interface of sociocognition, reveal to us the body of meanings that make up mental representations. To understand the social constitution of gender, we turn to Beauvoir (2016) and Butler (2003;2019); with regard to the technological/ideological influences of digital media, we rely, essentially, on Recuero (2015) and Zuboff (2019); asfor the theoretical-analytic discussions,we seek support in Ciulla (2014); Cavalcante (2011); Falcone (2008). Methodologically, we entered the textual domains of the Facebook fanpage Quebrando o Tabu, as this is a page that covers topics of relevance to society, especially about gender violence, and whose high number of followers ensure a rich source of Mental Models. By highlighting these users' ways of referring, our aim is to show how certain referents are re-signified in the construction of interaction/signification networks, according to social representations, through categorizations. Thus, it is worth emphasizing that our analysis focuses on the lexical and even multisemiotic scope of these categorizations. The results reveal that Mental Models are personal and evaluated, therefore, influenceable. They induce categorizations that, in turn, operate on the socio-cognitive understanding of the communicative event in which the interactants are inserted. Thus, Mental Models, supported by the context, inflict symbolic traits on the discursive production inherent to the knowledge and beliefs shared between groups. It is, therefore, through these elaborations that representations are born and solidified in the social environment, consolidating models that legitimize an ideologically oriented “reality”.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessModelos MentaisSociocogniçãoDiscursoFeminismoFacebookModelos Mentais e a construção discursiva do sexismo em espaços virtuais de interação : uma abordagem sociocognitivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Jamile Maria de Fátima da Silva.pdfDISSERTAÇÃO Jamile Maria de Fátima da Silva.pdfapplication/pdf9197726https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/42962/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jamile%20Maria%20de%20F%c3%a1tima%20da%20Silva.pdf299ffb6cfbe4d82b5fbf10fd3dc0db23MD51TEXTDISSERTAÇÃO Jamile Maria de Fátima da Silva.pdf.txtDISSERTAÇÃO Jamile Maria de Fátima da Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain258483https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/42962/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jamile%20Maria%20de%20F%c3%a1tima%20da%20Silva.pdf.txt7ff30606f35dc39fc7cbce2c0411530dMD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Jamile Maria de Fátima da Silva.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Jamile Maria de Fátima da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1184https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/42962/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jamile%20Maria%20de%20F%c3%a1tima%20da%20Silva.pdf.jpg428ce211ef3783b1c3e026fd1dd63542MD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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