Alocação econômica ótima na Bacia do Rio Tapacurá – Pernambuco sob diferentes cenários climáticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AMORIM FILHO, Carlos Alberto Gomes de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000vb7w
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11198
Resumo: O crescimento econômico desordenado e as persistentes agressões ambientais, juntamente com a ausência de ações eficazes de gerenciamento e preservação dos recursos hídricos, vêm limitando a disponibilidade dos mesmos. Isto restringe o atendimento aos usos e exacerba os conflitos entre os usuários de água. É nesse contexto que se encontra a bacia hidrográfica do rio Tapacurá, cujo reservatório é responsável pelo abastecimento público de cerca de 1,5 milhões de habitantes da Região Metropolitana do Recife e, apesar de sua grande importância, o mesmo tem sofrido com problemas de poluição e de disponibilidade hídrica. Neste estudo foi desenvolvido um modelo hidro-econômico para a bacia do rio Tapacurá capaz de determinar uma alocação econômica ótima de água para os seus usuários. O modelo incorpora oferta de água que simula condições climáticas atuais e futuras, e as demandas presentes. Busca-se dessa forma contribuir para o melhor planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos desta região, de modo a minimizar os potenciais conflitos pela água que ali possam eventualmente ocorrer e possibilitar seu desenvolvimento sustentável. Os resultados mostraram que, utilizando dados de um ano hidrológico médio para um cenário com as condições climáticas atuais, as restrições de quantidade de água não comprometeram o atendimento das demandas requeridas pelos usuários. No entanto, ao serem consideradas também as restrições de qualidade da água, houve uma redução na quantidade total da água alocada aos usuários, o que resulta em uma diminuição do benefício econômico para esses usuários. Apesar do modelo ter sido desenvolvido inicialmente para ser aplicado num horizonte de tempo de um ano com passos mensais, o mesmo foi estendido e aplicado para um período de 3 anos, possibilitando uma gestão da água interanual. Além das simulações para um cenário atual, o modelo foi executado para cenários futuros, considerando mudanças climáticas. Nesse caso, o modelo foi aplicado em duas situações: utilizando dados de um ano representativo do período de 2010 a 2039, em que foi considerado uma diminuição das vazões de 4,98% em relação a um ano médio do cenário atual, e do período de 2040 a 2069, em que a redução considerada foi de 14,28%. Para o primeiro período (2010-2039), às restrições de quantidade não comprometeram o atendimento das demandas requeridas pelos usuários. Entretanto, ao ser executado o modelo com as restrições de qualidade, tem-se uma redução nos benefícios dos usuários. Já para o período de 2040 a 2069, o atendimento às restrições de disponibilidade hídrica resultam em uma pequena redução dos benefícios líquidos dos usuários, contudo, ao serem adicionadas as restrições de qualidade essa redução passa a ser maior do que a do período de 2010 a 2039.
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