Filogenia e taxonomia de Tarenaya Raf. (Cleomaceae)
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Data de Publicação: | 2019 |
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Resumo: | Tarenaya Raf. (Cleomaceae) abrange espécies herbáceas, subarbustivas ou arbustivas, de distribuição predominantemente Neotropical, com apenas uma única espécie presente no oeste da África. Após mudanças na taxonomia de Cleomaceae, Tarenaya, que antes era tratado como sinônimo de Cleome L., foi reestabelecido, mas, questões como a delimitação do gênero, problemas nomenclaturais, tipificação e relações interespecíficas encontravam-se em aberto. Portanto, os objetivos deste estudo foram: propor uma hipótese filogenética para o gênero; delimitar sua circunscrição; e realizar o tratamento taxonômico de suas espécies. As relações filogenéticas foram reconstruídas a partir de análises de Máxima Verossimilhança e Inferência Bayesiana, utilizando marcadores genômicos nuclear (ITS) e plastidiais (matK e ndhF), e incluíram 51 amostras de representantes do gênero. Complementarmente aos estudos de filogenia molecular, análises de tempo de divergência e reconstrução de área ancestral foram realizadas para conhecer a biogeográfica histórica do grupo. Para os estudos taxonômicos foram realizadas expedições de campo para coleta de material botânico e observação das plantas em seu hábitat. Além disso, foram analisados cerca de 6000 espécimes depositados em 29 herbários brasileiros e estrangeiros, incluindo tipos morfológicos. Como resultados obtidos, definiu-se que Tarenaya abrange 37 espécies caracterizadas, em sua maioria, pela presença de um par de espinhos na base dos pecíolos, pelas flores com brácteas foliáceas, e sementes com ornamentação rugolosa com a fenda de abertura possuindo uma membrana que liga as extremidades das sementes. A maior riqueza de espécies do gênero encontra-se no Brasil, que apresenta 22 espécies, das quais 10 são endêmicas. Das 37 espécies, quatro são novas espécies descritas para a ciência. Foram designados 27 lectótipos e 4 neótipos, além de 34 nomes terem sido sinonimizados. Os estudos filogenéticos mostraram que o gênero é monofilético, apresentando em sua topologia quatro subclados fortemente sustentados. As relações interespecíficas mostraram-se moderada a fortemente sustentadas. Além disso, as análises biogeográficas sugerem que Tarenaya teria se originado no Mioceno, há cerca de 17 milhões de anos atrás, com um ancestral comum distribuído nas áreas secas da América do Sul. |
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As relações filogenéticas foram reconstruídas a partir de análises de Máxima Verossimilhança e Inferência Bayesiana, utilizando marcadores genômicos nuclear (ITS) e plastidiais (matK e ndhF), e incluíram 51 amostras de representantes do gênero. Complementarmente aos estudos de filogenia molecular, análises de tempo de divergência e reconstrução de área ancestral foram realizadas para conhecer a biogeográfica histórica do grupo. Para os estudos taxonômicos foram realizadas expedições de campo para coleta de material botânico e observação das plantas em seu hábitat. Além disso, foram analisados cerca de 6000 espécimes depositados em 29 herbários brasileiros e estrangeiros, incluindo tipos morfológicos. Como resultados obtidos, definiu-se que Tarenaya abrange 37 espécies caracterizadas, em sua maioria, pela presença de um par de espinhos na base dos pecíolos, pelas flores com brácteas foliáceas, e sementes com ornamentação rugolosa com a fenda de abertura possuindo uma membrana que liga as extremidades das sementes. A maior riqueza de espécies do gênero encontra-se no Brasil, que apresenta 22 espécies, das quais 10 são endêmicas. Das 37 espécies, quatro são novas espécies descritas para a ciência. Foram designados 27 lectótipos e 4 neótipos, além de 34 nomes terem sido sinonimizados. Os estudos filogenéticos mostraram que o gênero é monofilético, apresentando em sua topologia quatro subclados fortemente sustentados. As relações interespecíficas mostraram-se moderada a fortemente sustentadas. Além disso, as análises biogeográficas sugerem que Tarenaya teria se originado no Mioceno, há cerca de 17 milhões de anos atrás, com um ancestral comum distribuído nas áreas secas da América do Sul.CAPESTarenaya Raf. (Cleomaceae) comprises herbs, subshrubs and shrubs, distributed predominantly in the Neotropical region, with only one species in West Africa. After taxonomic changes in Cleomaceae taxonomy, Tarenaya, previously treated as a synonym of Cleome L., was reestablished, but, issues as its generic delimitation, nomenclatural questions, typification and its species relationships remained open. Therefore, this work aimed to provide a phylogenetic hypothesis to the genus; delimit its circumscription; and provide a taxonomic treatment for its species. The reconstruction of phylogenetic relationships was carried out by Maximum Likelihood and Bayesian Inference, performed with nuclear (ITS) and two plastidial (matK and ndhF) genomic regions, and included 51 samples of representatives of the genus. In addition, analyses of time divergence and reconstruction of the ancestral area were performed to understand the historical biogeography of the genus. Fieldwork, to gather botanical specimens and observation of plants in their preferred habitats, and analyses of ca. 6000 specimens from 29 Brazilian and foreign herbaria, including morphological types, were carried out to perform taxonomic studies. Based on the results, Tarenaya comprises 37 species characterized mostly by the presence of a pair of spines at the base of the petioles, the foliaceus floral bracts, and the seeds with rugulose ornamentation with the cleft recovered by a membrane which attachs the seeds extremities. The main richness of the genus is in Brazil, with 22 species distributed troughout the country, of which 10 species are endemic. Four new species were described, and 34 names were sinonimized, besides the designation of 27 lectotypes and 4 neotypes. The phylogenetic studies demonstrated that the genus is monophyletic, presenting four subclades strongly supported in its topology. The species relationships were moderate to strongly supported. Furthermore, the biogeographic analyses suggest that Tarenaya has originated in the Miocene, at circa 17 million years ago, with a more recente common ancestor distributed in the dry areas of South America.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBotânicaClassificação (Biologia)FilogeniaBiogeografiaFilogenia e taxonomia de Tarenaya Raf. (Cleomaceae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Raimundo Luciano Soares Neto.pdf.jpgTESE Raimundo Luciano Soares Neto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1245https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34604/5/TESE%20Raimundo%20Luciano%20Soares%20Neto.pdf.jpge634108071b56ec03500bb8bf2e453bfMD55ORIGINALTESE Raimundo Luciano Soares Neto.pdfTESE Raimundo Luciano Soares Neto.pdfapplication/pdf11796441https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34604/1/TESE%20Raimundo%20Luciano%20Soares%20Neto.pdfd0df405c2df89472af58ab7ccd84bdddMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34604/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34604/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTTESE Raimundo Luciano Soares Neto.pdf.txtTESE Raimundo Luciano Soares Neto.pdf.txtExtracted texttext/plain506579https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34604/4/TESE%20Raimundo%20Luciano%20Soares%20Neto.pdf.txtd318201c2c35450efd996965f5df8b5cMD54123456789/346042019-10-26 04:04:31.204oai:repositorio.ufpe.br:123456789/34604TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T07:04:31Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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