Aleitamento materno e fatores de risco para seu desmameum estudo de coorte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Danielle Maria da
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000zcs2
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12872
Resumo: O aleitamento materno favorece a saúde materno-infantil, diminuindo o risco de morbi-mortalidade da mulher e da criança, porém alguns fatores podem dificultar ou impedir essa estratégia para fortalecimento da saúde dessa população. O objetivo do presente estudo de coorte, realizado no período de julho de 2005 a dezembro de 2006, foi estimar a freqüência, início e continuidade do aleitamento materno e os fatores de risco associados ao período pré, Peri e pós-natal associadas a mulheres e crianças, cadastradas no Programa de Saúde da Família do Distrito Sanitário II do Recife. A população do estudo foi constituída por 753 mulheres que foram entrevistadas durante o período gestacional e após seis meses de vida do bebê, com entrevistas realizadas pessoalmente com ela. Na análise de dados foram medidas a média, mediana e desvio padrão do tempo de aleitamento das mulheres e o OR (odds ratio) foi a medida de associação adotada. Foi observada uma prevalência de 96,41% no início do aleitamento e de 47,41% na continuidade. Além disso, foi observada redução de 49% na taxa do aleitamento materno, quando comparado a continuidade até o sexto mês de vida do bebê. Na análise bivariada foram observadas associações entre o não início do aleitamento materno e poucos anos de instrução (OR=3,34, IC95%: 1,16-10,77), e o pré-natal inadequado (OR=3,21, IC95%= 1,31-7,87), assim como da descontinuidade do aleitamento com a não aceitação da gravidez pelo companheiro (OR=1,16, IC95%=1,01-1,84), com o tipo de parto cesariano (OR=1,37, IC95%=1,01-1,84), com ausência de fonte de renda (OR= 0,65, IC95%= 0,49-0,87), com o relato de dificuldade de aleitar (OR= 1,96, IC95%=1,35-2,81), com assistência pré-natal inadequada (OR=2,01, IC95%=1,22-3,33) e com o trabalho no puerpério (OR=0,50, IC95%=0,36-0,67). Após ajuste, a associação do não início do aleitamento materno com a assistência pré-natal inadequada (OR=3,2, IC95%=1,31-7,87) e da descontinuidade do aleitamento até o sexto mês de vida do bebê com a assistência pré-natal inadequada (OR= 1,97, IC 95%= 1,18-3,30) e com o trabalho no puerpério (OR=1,97, IC95%=1,40-2,80). Considerando a necessidade de fortalecimento da estratégia do aleitamento materno e os fatores de risco levantados, conclui-se que estudos sobre a influência do uso do álcool e do tabaco pelas mulheres durante a gravidez devem ser aprofundados e que a estratégia de incentivo ao aleitamento deve ser estendida no pós-parto e nas consultas de puericultura.
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A população do estudo foi constituída por 753 mulheres que foram entrevistadas durante o período gestacional e após seis meses de vida do bebê, com entrevistas realizadas pessoalmente com ela. Na análise de dados foram medidas a média, mediana e desvio padrão do tempo de aleitamento das mulheres e o OR (odds ratio) foi a medida de associação adotada. Foi observada uma prevalência de 96,41% no início do aleitamento e de 47,41% na continuidade. Além disso, foi observada redução de 49% na taxa do aleitamento materno, quando comparado a continuidade até o sexto mês de vida do bebê. 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