Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MELO, Evenildo Bezerra de
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300001051z
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15619
Resumo: Os granitóides estudados se situam geotectonicamente na Faixa Pajeú- Paraíba, Domínio Tectônico Central da Província da Borborema, ao Sul da Zona de Cisalhamento Afogados da Ingazeira, tão proximais que não distam mais de 3 (três) Km do traço principal do cisalhamento. São corpos de pequenas dimensões, com áreas de exposição de até 20Km², denominados plútons Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão, Açude do Caroá, Serra do Zuza e Serra do Minador. Os três primeiros são intrudidos no contato entre ortognaisses e metassedimentos (Complexo Sertânea) do Paleoproterozóico, enquanto os dois últimos fazem contato também com metassedimentos (Complexo São Caetano) do Eo- NeoProterozóico. Petrograficamente são monzonitos, monzogranitos, sienogranitos e álcalifeldspato- granitos contendo enclaves de quartzodioritos, quartzomonzodioritos, monzodioritos e granodioritos. A intrusão de Açude do Caroá é caracteristicamente quartzodiorítica a quartzomonzodioritica. Os plútons de Serra do Pereiro e Serra do Boqueirão são mais alongados, ao contrário de Serra do Zuza e Serra do Minador, sem orientação mineral, linear ou planar. Enclaves métricos a decimétricos, mostrando contatos crenulados e composição quartzomonzodiorítica a diorítica, são observados nos plútons Serra do Pereiro e Serra do Boqueirão, enquanto em Serra do Zuza e Minador predominam enclaves menores que decímetros, mais alongados e com composição mais granodiorítica. Dados de química mineral indicam biotitas enriquecidas na molécula de annita, com razão Fe / (Fe + Mg) variando desde 0,62 a 0,87, enquanto os anfibólios são cálcicos, ricos em ferro, classificados como hornblenda ferro-edenítica e hornblenda ferro-potássica-pargasíticas, cuja razão Fe / (Fe + Mg) varia desde 0,55 a 0,85. Os plagioclásios variam desde Ab83,3An16,7 a Ab61,6An38,4, dominantemente oligoclásicos, enquanto o K-feldspato varia no intervalo de Or100 a Or80Ab20. Utilizados para geotermobarometria, dados de química mineral determinaram pressões 3,57 to 5,86 +- 0,6 Kbar e as correspondentes temperaturas de 776,2°C a 892,5°C, para as intrusões quartzomonzodioríticas a quartzodioríticas de Açude do Caroá, com profundidade de alojamento da ordem 15Km. Seguiram-se todos os preceitos ao geobarômetro Alumínio em Hornblenda e ao geotermômetro anfibólio-plagioclásio, calculando-se as pressões usando a equação de Schmidt. A avaliação da temperatura (776°C a 812°C, sob pressão de 3,57 a 5,86Kbar) considerou apenas os pares anfibólio-plagioclásio, cujo equilíbrio foi testado através de diagramas de correlação entre as razões Na/Ca e Si/Al, adicionando este critério estatístico conjugal às restrições individuais tais como o teor em albita do plagioclásio ( inferior a 90%) e o respeito ao intervalo 0,45 a 0,65 para a razão Fe / (Fe + Mg) no anfibólio. Dados de litogeoquímica permitiram determinar a temperatura de saturação de zircônio, quando começa a cristalizar zircão, fase mineral cedo-formada em todas as rochas analisadas. Para os magmas que originaram as rochas máficas, os resultados se mostraram compatíveis com aqueles determinados por química mineral e, em geral, bastante coerentes: quartzomonzonitos e quartzodioritos de Açude do Caroá (872°C e 883°C, respectivamente), monzodiorito de Serra do Boqueirão (865°C), quartzodiorito de Serra do Pereiro (890°C) e granodioritos de Serra do Zuza (830°C a 862°C). Para os litotipos mais félsicos do pluton Serra do Minador, as temperaturas de saturação em Zr mostraram variação entre 779°C e 844°C, enquanto os de Serra do Zuza variaram desde 815°C a 909°C. A litogeoquímica dos elementos maiores mostra que os granitoides estudados são metaluminosos a peraluminosos, corroborando os dados obtidos com as composições das biotitas. Mostram teores de SiO2 variando desde 56% a 76%, (K2O / Na2O) > 1, baixos teores de CaO, sendo melhor classificados como álcali-cálcicos. Os granitoides mostram elevados teores de Ba, Zr, Y e Nb e baixos teores de Sr, semelhantes aos do tipo-A, mais caracteristicamente Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão e Açude do Caroá. Os teores de Zr, Ba e Sr diminuem para os lititipos mais ricos em SiO2, o que não acontece com Y e Nb. Os padrões dos elementos Terras Raras - ETR, normalizados em relação ao condrito, revelam pronunciada anomalia negativa de Eu, corroborando a semelhança com os granitóides tipo A, mais pronunciada nos plútons Serra do Zuza e Serra do Minador. As razões Ce/Yb mais elevadas sugerem maior fracionamento para o plúton Serra do Zuza (56 a 75, nos granitoides e 29 a 38, nos enclaves máficos). Também se revela o mais regular e extensivamente rico em Th, explicando-se as anomalias radiométricas. O plúton Serra do Minador apresenta a menor razão entre aqueles Terras Raras, da ordem de 11 a 22, ao passo que Serra do Pereiro as correspondentes razões Ce/Yb variam desde 46 a 62. Os diagramas do tipo spider LILE/HFSE, multielementos, revelam que os granitoides dos plútons Serra do Minador, Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão e Açude do Caroá são enriquecidos em relação ao manto primitivo, porém dez vezes menos que o plúton Serra do Zuza. Há depressão em Sr sugestiva de alcalinidade do magma. Dados combinados de Nd-Sr apontam para uma origem de crosta inferior (0 > Nd > -20 e 0 < Sr < 80), com protólito dominantemente ígneo, cujo T(DM) remete ao Transamazônico ( 1,8 a 2,0 Ga.). Idades absolutas obtidas pelo método U-Pb em zircão apontam para o plúton Serra do Pereiro 543 +- 7 Ma. e para o plúton Serra do Zuza 538 +- 23 Ma., dados que podem ser aproximados para 540Ma. Todos os plútons plotam como intra-placa e tardi-orogênicos, mas Serra do Zuza e Serra do Minador tendem a anorogênicos nos diagramas discriminantes de ambiente tectônico. Coexistência e mistura de magmas, nos plútons de Serra do Pereiro, Açude do Caroá e Serra do Boqueirão, são evidenciadas por: presença de enclaves microgranulares mostrando contatos crenulados e lobados com os granitoides hospedeiros; cristais de feldspatos cortando transversalmente o contato entre enclaves/granitoide hospedeiro; textura de desequilíbrio com feldspatos e anfibólios manteados; presença de apatita acicular ; e ainda xenocristais de feldspatos e fragmentos de rochas félsicas inclusas nas máficas. Os estudos de anisotropia de susceptibilidade magnética – ASM – realizados no plúton de Serra do Zuza revelaram um controle através de minerais paramagnéticos e o baixo grau de anisotropia indica inexistência de deformação no estado sólido e estruturas magnéticas adquiridas no estado magmático, sugestão confirmada pela falta de relação entre o grau de anisotropia e a susceptibilidade magnética total. Os padrões de lineação e foliação magnéticas resultam numa trama mista sem prioridade para qualquer dos elementos – linear ou planar – indicando que o plúton Serra do Zuza se alojou em um ambiente transtensional, vinculado com o traço do cisalhamento. O caimento preferencial das lineações é para Sudoeste ou Oeste- Sudoeste, espraiando-se para Sudeste e para Nordeste, donde se conclui um alojamento ascendente do magma procedente desde Sudoeste ou Oeste-Sudoeste. Finalmente, os menores valores de caimento das lineações magnéticas caracterizam maior distanciamento da raiz, o que também se evidencia pelo tamanho reduzido e forma mais alongada dos enclaves. Os dados possibilitam que os plútons Serra do Boqueirão e Serra do Pereiro representam nível crustal mais profundo do que Serra do Zuza, mas o magma, que aqui se alojou, teve procedência justamente do sentido oposto, sugerindo-se que se tratem de pontos transtensivos isolados, ao longo do traço da zona de cisalhamento de Afogados da Ingazeira, considerado como um limite isotópico e estrutural, de segunda ordem.
id UFPE_5f8c6166f54fb4fe36219a10071b9c60
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/15619
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling MELO, Evenildo Bezerra deGUIMARÃES, Ignez de Pinho2016-03-02T19:40:38Z2016-03-02T19:40:38Z2004-02-26https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15619ark:/64986/001300001051zOs granitóides estudados se situam geotectonicamente na Faixa Pajeú- Paraíba, Domínio Tectônico Central da Província da Borborema, ao Sul da Zona de Cisalhamento Afogados da Ingazeira, tão proximais que não distam mais de 3 (três) Km do traço principal do cisalhamento. São corpos de pequenas dimensões, com áreas de exposição de até 20Km², denominados plútons Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão, Açude do Caroá, Serra do Zuza e Serra do Minador. Os três primeiros são intrudidos no contato entre ortognaisses e metassedimentos (Complexo Sertânea) do Paleoproterozóico, enquanto os dois últimos fazem contato também com metassedimentos (Complexo São Caetano) do Eo- NeoProterozóico. Petrograficamente são monzonitos, monzogranitos, sienogranitos e álcalifeldspato- granitos contendo enclaves de quartzodioritos, quartzomonzodioritos, monzodioritos e granodioritos. A intrusão de Açude do Caroá é caracteristicamente quartzodiorítica a quartzomonzodioritica. Os plútons de Serra do Pereiro e Serra do Boqueirão são mais alongados, ao contrário de Serra do Zuza e Serra do Minador, sem orientação mineral, linear ou planar. Enclaves métricos a decimétricos, mostrando contatos crenulados e composição quartzomonzodiorítica a diorítica, são observados nos plútons Serra do Pereiro e Serra do Boqueirão, enquanto em Serra do Zuza e Minador predominam enclaves menores que decímetros, mais alongados e com composição mais granodiorítica. Dados de química mineral indicam biotitas enriquecidas na molécula de annita, com razão Fe / (Fe + Mg) variando desde 0,62 a 0,87, enquanto os anfibólios são cálcicos, ricos em ferro, classificados como hornblenda ferro-edenítica e hornblenda ferro-potássica-pargasíticas, cuja razão Fe / (Fe + Mg) varia desde 0,55 a 0,85. Os plagioclásios variam desde Ab83,3An16,7 a Ab61,6An38,4, dominantemente oligoclásicos, enquanto o K-feldspato varia no intervalo de Or100 a Or80Ab20. Utilizados para geotermobarometria, dados de química mineral determinaram pressões 3,57 to 5,86 +- 0,6 Kbar e as correspondentes temperaturas de 776,2°C a 892,5°C, para as intrusões quartzomonzodioríticas a quartzodioríticas de Açude do Caroá, com profundidade de alojamento da ordem 15Km. Seguiram-se todos os preceitos ao geobarômetro Alumínio em Hornblenda e ao geotermômetro anfibólio-plagioclásio, calculando-se as pressões usando a equação de Schmidt. A avaliação da temperatura (776°C a 812°C, sob pressão de 3,57 a 5,86Kbar) considerou apenas os pares anfibólio-plagioclásio, cujo equilíbrio foi testado através de diagramas de correlação entre as razões Na/Ca e Si/Al, adicionando este critério estatístico conjugal às restrições individuais tais como o teor em albita do plagioclásio ( inferior a 90%) e o respeito ao intervalo 0,45 a 0,65 para a razão Fe / (Fe + Mg) no anfibólio. Dados de litogeoquímica permitiram determinar a temperatura de saturação de zircônio, quando começa a cristalizar zircão, fase mineral cedo-formada em todas as rochas analisadas. Para os magmas que originaram as rochas máficas, os resultados se mostraram compatíveis com aqueles determinados por química mineral e, em geral, bastante coerentes: quartzomonzonitos e quartzodioritos de Açude do Caroá (872°C e 883°C, respectivamente), monzodiorito de Serra do Boqueirão (865°C), quartzodiorito de Serra do Pereiro (890°C) e granodioritos de Serra do Zuza (830°C a 862°C). Para os litotipos mais félsicos do pluton Serra do Minador, as temperaturas de saturação em Zr mostraram variação entre 779°C e 844°C, enquanto os de Serra do Zuza variaram desde 815°C a 909°C. A litogeoquímica dos elementos maiores mostra que os granitoides estudados são metaluminosos a peraluminosos, corroborando os dados obtidos com as composições das biotitas. Mostram teores de SiO2 variando desde 56% a 76%, (K2O / Na2O) > 1, baixos teores de CaO, sendo melhor classificados como álcali-cálcicos. Os granitoides mostram elevados teores de Ba, Zr, Y e Nb e baixos teores de Sr, semelhantes aos do tipo-A, mais caracteristicamente Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão e Açude do Caroá. Os teores de Zr, Ba e Sr diminuem para os lititipos mais ricos em SiO2, o que não acontece com Y e Nb. Os padrões dos elementos Terras Raras - ETR, normalizados em relação ao condrito, revelam pronunciada anomalia negativa de Eu, corroborando a semelhança com os granitóides tipo A, mais pronunciada nos plútons Serra do Zuza e Serra do Minador. As razões Ce/Yb mais elevadas sugerem maior fracionamento para o plúton Serra do Zuza (56 a 75, nos granitoides e 29 a 38, nos enclaves máficos). Também se revela o mais regular e extensivamente rico em Th, explicando-se as anomalias radiométricas. O plúton Serra do Minador apresenta a menor razão entre aqueles Terras Raras, da ordem de 11 a 22, ao passo que Serra do Pereiro as correspondentes razões Ce/Yb variam desde 46 a 62. Os diagramas do tipo spider LILE/HFSE, multielementos, revelam que os granitoides dos plútons Serra do Minador, Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão e Açude do Caroá são enriquecidos em relação ao manto primitivo, porém dez vezes menos que o plúton Serra do Zuza. Há depressão em Sr sugestiva de alcalinidade do magma. Dados combinados de Nd-Sr apontam para uma origem de crosta inferior (0 > Nd > -20 e 0 < Sr < 80), com protólito dominantemente ígneo, cujo T(DM) remete ao Transamazônico ( 1,8 a 2,0 Ga.). Idades absolutas obtidas pelo método U-Pb em zircão apontam para o plúton Serra do Pereiro 543 +- 7 Ma. e para o plúton Serra do Zuza 538 +- 23 Ma., dados que podem ser aproximados para 540Ma. Todos os plútons plotam como intra-placa e tardi-orogênicos, mas Serra do Zuza e Serra do Minador tendem a anorogênicos nos diagramas discriminantes de ambiente tectônico. Coexistência e mistura de magmas, nos plútons de Serra do Pereiro, Açude do Caroá e Serra do Boqueirão, são evidenciadas por: presença de enclaves microgranulares mostrando contatos crenulados e lobados com os granitoides hospedeiros; cristais de feldspatos cortando transversalmente o contato entre enclaves/granitoide hospedeiro; textura de desequilíbrio com feldspatos e anfibólios manteados; presença de apatita acicular ; e ainda xenocristais de feldspatos e fragmentos de rochas félsicas inclusas nas máficas. Os estudos de anisotropia de susceptibilidade magnética – ASM – realizados no plúton de Serra do Zuza revelaram um controle através de minerais paramagnéticos e o baixo grau de anisotropia indica inexistência de deformação no estado sólido e estruturas magnéticas adquiridas no estado magmático, sugestão confirmada pela falta de relação entre o grau de anisotropia e a susceptibilidade magnética total. Os padrões de lineação e foliação magnéticas resultam numa trama mista sem prioridade para qualquer dos elementos – linear ou planar – indicando que o plúton Serra do Zuza se alojou em um ambiente transtensional, vinculado com o traço do cisalhamento. O caimento preferencial das lineações é para Sudoeste ou Oeste- Sudoeste, espraiando-se para Sudeste e para Nordeste, donde se conclui um alojamento ascendente do magma procedente desde Sudoeste ou Oeste-Sudoeste. Finalmente, os menores valores de caimento das lineações magnéticas caracterizam maior distanciamento da raiz, o que também se evidencia pelo tamanho reduzido e forma mais alongada dos enclaves. Os dados possibilitam que os plútons Serra do Boqueirão e Serra do Pereiro representam nível crustal mais profundo do que Serra do Zuza, mas o magma, que aqui se alojou, teve procedência justamente do sentido oposto, sugerindo-se que se tratem de pontos transtensivos isolados, ao longo do traço da zona de cisalhamento de Afogados da Ingazeira, considerado como um limite isotópico e estrutural, de segunda ordem.Granitoids founded at Pajeú-Paraiba belt, Alto Pajeú Terrain, Central Tectonic Domain of Borborema Province, as near as 3Km maximum at south of Afogados da Ingazeira shear zone were studied. Short outcropping at most 20Km² each, Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão, Açude do Caroá, Serra do Zuza and Serra do Minador pluton. The three first bodies intruded orthogneiss and metassediments (Sertanea complex) from the age Paleoproterozoic while last two intrude early Neoproterozoic São Caetano complex too. Monzonites, monzogranites, sienogranites and alkali-feldspar-granites rocks, while quartzdiorites, quartz monzodiorites, monzodiorites and granodiorites are petrographical compositions of enclaves. Açude do Caroa pluton is characteristically quartz diorite and quartz monzodiorite. Serra do Pereiro and Serra do Boqueirão pluton are longest, the other way round Serra do Zuza and Serra do Minador pluton without foliation or lineation mineral. Metric and submetric enclaves reveal crenulate boundary and quartzmonzodioritc or dioritic composition at Serra do Pereiro and Serra do Boqueirão pluton, while there is smaller enclaves in Serra do Zuza and Serra do Minador pluton, leading decimeter to millimeter, longer and with more granodiorite in composition. Microprobe data point out biotites annite-rich, Fe / ( Fe + Mg) rate varies 0.62 to 0.87, while amphiboles are calcic, Fe-rich, named Fe-edenite hornblende and hornblend Fe-K-pargasitic, with rate Fe / (Fe + Mg) varying since 0.55 to 0.85. Plagioclases are Ab82.3 An16.7 until Ab61.6 An38.4 oligoclases, and K-feldspar varies since Or100 to Or80 Ab20. Microprobe data was applied to geothermobarometry to definite 3.57 to 5.86 +- 1.6 Kbar and temperatures since 776.2°C to 892.5°C for quartzmonzodiorites and quartzdiorites in Açude Caroá pluton, emplaced at 15 Km deep in crust. All path for Al-in-Hornblend barometry and amphibole-plagioclase geothermometer was regarded and calculate the pressures using Schmidt`s equation, regarding the interval 0.45 to 0.65 for a rate Fe / (Fe + Mg). The temperature evaluation counts only each amphibole plagioclase pair that equilibrium Na/Ca versus Si/Al has been verified through statistics correlation diagrams. This statistic criteria is grouped with other restrictions as the albite content plagioclase less than Ab90An10 and regard the interval 0,45 to 0,65 for a rate Fe / (Fe + Mg) of amphibole. Geochemical data in whole-rock calculate temperature Zr saturation when begin zircon crystallization, mineral phase common in most rocks. Mafic rocks and their magmas leading compatible results with microprobe data, as coherent as 872°C to 883°C for quartz monzodiorite and quartzdiorite of Açude do Caroá pluton, 865°C for monzodiorite of Serra do Boqueirão pluton, 890°C for quartzdiorite of Serra do Pereiro pluton and 830°C until 862°C for granodiorite of the Serra do Zuza pluton. Analogously in the type of rocks with more felsic mineral composition from Serra do Minador pluton, the temperatures of saturation in Zr show variation between 779°C and 844°C, while the Serra do Zuza`s types show variation between 815°C to 909°C. The geochemical of the bigger elements displays that the granitoids studied are metaluminous to peraluminous. It was took when this were compared with the biotites composition. It shows substances of SiO2 altering since 56% to 76%, (K2O / Na2O) > 1, low substance of CaO. So it's better classified lyke alkali-calcic. The granitoids show high purport of Ba, Zr, Y and Nb and low purport of Sr, as the same as the A-type granites. It can be seem in Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão and Açude do Caroá. The substances of Zr, Ba and Sr get less in case of the type of rocks wealthy in SiO2. And it not happens with Y and Nb. REE patterns normalized for CHUR reveal Eu anomalies, as similarity as A-type Granitoids, mainly Serra do Zuza and Serra do Minador plutons. The higher relations Ce/Yb suggest a larger breach to the Serra do Zuza pluton (56 a 75 in granitoids and 29 to 38 in mafic enclaves) it is response to disclose the most regular an rich in Th, explaining the radiometric anomalies. Serra do Minador pluton exhibits the smallest relation between the REE, in class of 11 to 22, and in Serra do Pereiro the relations Ce/Yb changes since 46 to 62. The spiderdiagrams LILE/HFSE shows granitoids enriched, compared to the original mantle, in plutons of Serra do Minador, Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão and Açude do Caroá. But this granitoids are ten times less enriched compared with Serra do Zuza pluton. There is a depression in Sr that suggests aluminous magma. Combined data of Nd-Sr aim to a lower crust origin (0 > Nd > -20 and 0 < Sr < 80) with protolite prevailing igneous, whose T (DM) send to Transamazonic ( 1.8 Gy. to 2.0 Gy). Absolut ages obtained by U-Pb in zircon method aim to the Serra do Pereiro 543 +- 7 Ma, and to the Serra do Zuza pluton 538 +- 23 Ma. This datas can be approximated to 540 Ma. All plutons are within plate and late orogenic, but Serra do Zuza and Serra do Minador plot as anorogenic in diagrams. There is features showing magma mixing evidences in Serra do Boqueirão pluton and Serra do Pereiro pluton and Caroá pluton, too: presence of microgranular enclaves showing crenular and cuspate contacts with hostless granitoids; feldspar crystals cutting crossly the contact between the hostless enclaves/granitoids; imbalance condition of texture with feldspar and amphibole manted; presence of acicular apatite; and feldspars xenocrystals and fragments of felsic rocks in mafic rocks. The lineation and foliation magnetic patterns results in a mixed texture without priority to any elements – linear or planar – showing the Serra do Zuza pluton took lodgings in a transtentional ambient, linked with the shear line. The preferential depression of the features is to the SW or WSW, widening to SE and NE, from we can conclude about an ascendant lodging of the magma that comes since SW or WSW. Finally, the less datas of depression of the magnetic lineations characterize amre separation from the rule. And that also is proved by reduced size and lengthened shape of enclaves. The data make possible that Serra do Boqueirão and Serra do Pereiro plutons represent crustal level deeper that Serra do Zuza. However, the magma which lodgings there, origins in the opositte direction, It suggests that this plutons are from the isolate relief points along the Afogados da Ingazeira shear zone, that is considered a isotopic and structural boundary.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeocienciasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeociênciasGeologia.PetrografiaPlútonAfogados da Ingazeira-PE.GeoscienceGeologyPetrographyPlutonShear ZonePetrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Evenildo de Melo.pdf.jpgTESE Evenildo de Melo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1092https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/5/TESE%20Evenildo%20de%20Melo.pdf.jpg4695cdaa5b63c50a79335891a39b4b6dMD55ORIGINALTESE Evenildo de Melo.pdfTESE Evenildo de Melo.pdfapplication/pdf12846711https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/1/TESE%20Evenildo%20de%20Melo.pdf78cce42f5c2b4b7945cd698bf7c3a622MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Evenildo de Melo.pdf.txtTESE Evenildo de Melo.pdf.txtExtracted texttext/plain307840https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/4/TESE%20Evenildo%20de%20Melo.pdf.txt14843162800c669a1be5c0a3da65ee4bMD54123456789/156192019-10-25 07:25:02.365oai:repositorio.ufpe.br:123456789/15619TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T10:25:02Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil
title Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil
spellingShingle Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil
MELO, Evenildo Bezerra de
Geociências
Geologia.
Petrografia
Plúton
Afogados da Ingazeira-PE.
Geoscience
Geology
Petrography
Pluton
Shear Zone
title_short Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil
title_full Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil
title_fullStr Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil
title_full_unstemmed Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil
title_sort Petrologia e geoquímica de granitóides a sudeste da zona de cisalhamento Afogados da Ingazeira – PE Nordeste do Brasil
author MELO, Evenildo Bezerra de
author_facet MELO, Evenildo Bezerra de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv MELO, Evenildo Bezerra de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv GUIMARÃES, Ignez de Pinho
contributor_str_mv GUIMARÃES, Ignez de Pinho
dc.subject.por.fl_str_mv Geociências
Geologia.
Petrografia
Plúton
Afogados da Ingazeira-PE.
Geoscience
Geology
Petrography
Pluton
Shear Zone
topic Geociências
Geologia.
Petrografia
Plúton
Afogados da Ingazeira-PE.
Geoscience
Geology
Petrography
Pluton
Shear Zone
description Os granitóides estudados se situam geotectonicamente na Faixa Pajeú- Paraíba, Domínio Tectônico Central da Província da Borborema, ao Sul da Zona de Cisalhamento Afogados da Ingazeira, tão proximais que não distam mais de 3 (três) Km do traço principal do cisalhamento. São corpos de pequenas dimensões, com áreas de exposição de até 20Km², denominados plútons Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão, Açude do Caroá, Serra do Zuza e Serra do Minador. Os três primeiros são intrudidos no contato entre ortognaisses e metassedimentos (Complexo Sertânea) do Paleoproterozóico, enquanto os dois últimos fazem contato também com metassedimentos (Complexo São Caetano) do Eo- NeoProterozóico. Petrograficamente são monzonitos, monzogranitos, sienogranitos e álcalifeldspato- granitos contendo enclaves de quartzodioritos, quartzomonzodioritos, monzodioritos e granodioritos. A intrusão de Açude do Caroá é caracteristicamente quartzodiorítica a quartzomonzodioritica. Os plútons de Serra do Pereiro e Serra do Boqueirão são mais alongados, ao contrário de Serra do Zuza e Serra do Minador, sem orientação mineral, linear ou planar. Enclaves métricos a decimétricos, mostrando contatos crenulados e composição quartzomonzodiorítica a diorítica, são observados nos plútons Serra do Pereiro e Serra do Boqueirão, enquanto em Serra do Zuza e Minador predominam enclaves menores que decímetros, mais alongados e com composição mais granodiorítica. Dados de química mineral indicam biotitas enriquecidas na molécula de annita, com razão Fe / (Fe + Mg) variando desde 0,62 a 0,87, enquanto os anfibólios são cálcicos, ricos em ferro, classificados como hornblenda ferro-edenítica e hornblenda ferro-potássica-pargasíticas, cuja razão Fe / (Fe + Mg) varia desde 0,55 a 0,85. Os plagioclásios variam desde Ab83,3An16,7 a Ab61,6An38,4, dominantemente oligoclásicos, enquanto o K-feldspato varia no intervalo de Or100 a Or80Ab20. Utilizados para geotermobarometria, dados de química mineral determinaram pressões 3,57 to 5,86 +- 0,6 Kbar e as correspondentes temperaturas de 776,2°C a 892,5°C, para as intrusões quartzomonzodioríticas a quartzodioríticas de Açude do Caroá, com profundidade de alojamento da ordem 15Km. Seguiram-se todos os preceitos ao geobarômetro Alumínio em Hornblenda e ao geotermômetro anfibólio-plagioclásio, calculando-se as pressões usando a equação de Schmidt. A avaliação da temperatura (776°C a 812°C, sob pressão de 3,57 a 5,86Kbar) considerou apenas os pares anfibólio-plagioclásio, cujo equilíbrio foi testado através de diagramas de correlação entre as razões Na/Ca e Si/Al, adicionando este critério estatístico conjugal às restrições individuais tais como o teor em albita do plagioclásio ( inferior a 90%) e o respeito ao intervalo 0,45 a 0,65 para a razão Fe / (Fe + Mg) no anfibólio. Dados de litogeoquímica permitiram determinar a temperatura de saturação de zircônio, quando começa a cristalizar zircão, fase mineral cedo-formada em todas as rochas analisadas. Para os magmas que originaram as rochas máficas, os resultados se mostraram compatíveis com aqueles determinados por química mineral e, em geral, bastante coerentes: quartzomonzonitos e quartzodioritos de Açude do Caroá (872°C e 883°C, respectivamente), monzodiorito de Serra do Boqueirão (865°C), quartzodiorito de Serra do Pereiro (890°C) e granodioritos de Serra do Zuza (830°C a 862°C). Para os litotipos mais félsicos do pluton Serra do Minador, as temperaturas de saturação em Zr mostraram variação entre 779°C e 844°C, enquanto os de Serra do Zuza variaram desde 815°C a 909°C. A litogeoquímica dos elementos maiores mostra que os granitoides estudados são metaluminosos a peraluminosos, corroborando os dados obtidos com as composições das biotitas. Mostram teores de SiO2 variando desde 56% a 76%, (K2O / Na2O) > 1, baixos teores de CaO, sendo melhor classificados como álcali-cálcicos. Os granitoides mostram elevados teores de Ba, Zr, Y e Nb e baixos teores de Sr, semelhantes aos do tipo-A, mais caracteristicamente Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão e Açude do Caroá. Os teores de Zr, Ba e Sr diminuem para os lititipos mais ricos em SiO2, o que não acontece com Y e Nb. Os padrões dos elementos Terras Raras - ETR, normalizados em relação ao condrito, revelam pronunciada anomalia negativa de Eu, corroborando a semelhança com os granitóides tipo A, mais pronunciada nos plútons Serra do Zuza e Serra do Minador. As razões Ce/Yb mais elevadas sugerem maior fracionamento para o plúton Serra do Zuza (56 a 75, nos granitoides e 29 a 38, nos enclaves máficos). Também se revela o mais regular e extensivamente rico em Th, explicando-se as anomalias radiométricas. O plúton Serra do Minador apresenta a menor razão entre aqueles Terras Raras, da ordem de 11 a 22, ao passo que Serra do Pereiro as correspondentes razões Ce/Yb variam desde 46 a 62. Os diagramas do tipo spider LILE/HFSE, multielementos, revelam que os granitoides dos plútons Serra do Minador, Serra do Pereiro, Serra do Boqueirão e Açude do Caroá são enriquecidos em relação ao manto primitivo, porém dez vezes menos que o plúton Serra do Zuza. Há depressão em Sr sugestiva de alcalinidade do magma. Dados combinados de Nd-Sr apontam para uma origem de crosta inferior (0 > Nd > -20 e 0 < Sr < 80), com protólito dominantemente ígneo, cujo T(DM) remete ao Transamazônico ( 1,8 a 2,0 Ga.). Idades absolutas obtidas pelo método U-Pb em zircão apontam para o plúton Serra do Pereiro 543 +- 7 Ma. e para o plúton Serra do Zuza 538 +- 23 Ma., dados que podem ser aproximados para 540Ma. Todos os plútons plotam como intra-placa e tardi-orogênicos, mas Serra do Zuza e Serra do Minador tendem a anorogênicos nos diagramas discriminantes de ambiente tectônico. Coexistência e mistura de magmas, nos plútons de Serra do Pereiro, Açude do Caroá e Serra do Boqueirão, são evidenciadas por: presença de enclaves microgranulares mostrando contatos crenulados e lobados com os granitoides hospedeiros; cristais de feldspatos cortando transversalmente o contato entre enclaves/granitoide hospedeiro; textura de desequilíbrio com feldspatos e anfibólios manteados; presença de apatita acicular ; e ainda xenocristais de feldspatos e fragmentos de rochas félsicas inclusas nas máficas. Os estudos de anisotropia de susceptibilidade magnética – ASM – realizados no plúton de Serra do Zuza revelaram um controle através de minerais paramagnéticos e o baixo grau de anisotropia indica inexistência de deformação no estado sólido e estruturas magnéticas adquiridas no estado magmático, sugestão confirmada pela falta de relação entre o grau de anisotropia e a susceptibilidade magnética total. Os padrões de lineação e foliação magnéticas resultam numa trama mista sem prioridade para qualquer dos elementos – linear ou planar – indicando que o plúton Serra do Zuza se alojou em um ambiente transtensional, vinculado com o traço do cisalhamento. O caimento preferencial das lineações é para Sudoeste ou Oeste- Sudoeste, espraiando-se para Sudeste e para Nordeste, donde se conclui um alojamento ascendente do magma procedente desde Sudoeste ou Oeste-Sudoeste. Finalmente, os menores valores de caimento das lineações magnéticas caracterizam maior distanciamento da raiz, o que também se evidencia pelo tamanho reduzido e forma mais alongada dos enclaves. Os dados possibilitam que os plútons Serra do Boqueirão e Serra do Pereiro representam nível crustal mais profundo do que Serra do Zuza, mas o magma, que aqui se alojou, teve procedência justamente do sentido oposto, sugerindo-se que se tratem de pontos transtensivos isolados, ao longo do traço da zona de cisalhamento de Afogados da Ingazeira, considerado como um limite isotópico e estrutural, de segunda ordem.
publishDate 2004
dc.date.issued.fl_str_mv 2004-02-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-03-02T19:40:38Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-03-02T19:40:38Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15619
dc.identifier.dark.fl_str_mv ark:/64986/001300001051z
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15619
identifier_str_mv ark:/64986/001300001051z
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Geociencias
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/5/TESE%20Evenildo%20de%20Melo.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/1/TESE%20Evenildo%20de%20Melo.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/15619/4/TESE%20Evenildo%20de%20Melo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4695cdaa5b63c50a79335891a39b4b6d
78cce42f5c2b4b7945cd698bf7c3a622
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
14843162800c669a1be5c0a3da65ee4b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1815172959906562048