Conflitos socioambientais e participação social no Complexo Industrial Portuário de Suape, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVEIRA, Karla Augusta
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000008g67
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3321
Resumo: A discussão sobre conflitos socioambientais vem sendo uma questão chave para a compreensão das diversas contradições existentes no atual modelo de desenvolvimento global ancorado predominantemente no modo de produção capitalista. É nessa perspectiva de estudo e reflexão que este trabalho trilha seus esforços na compreensão da temática dos conflitos socioambientais aproximando a questão ambiental das ciências sociais. O trabalho desenvolveu-se com base no conceito de Acselrad (1995) sobre conflito socioambiental. Entende-se o conflito socioambiental como sendo um conflito social em torno do modo de apropriação e uso dos elementos da natureza envolvendo relações de poder onde os sujeitos envolvidos constroem uma dimensão ambiental para suas lutas. O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS) em Pernambuco, como referencial empírico, é um exemplo relevante desta temática que surge na história do país entre as mais claras evidências da abordagem que considera o meio ambiente como simples externalidade do cálculo econômico. A partir desse tema foi possível demonstrar a influência dos valores econômicos sobre os conflitos socioambientais em torno do uso e apropriação dos recursos naturais. Essa dinâmica tem afetado, diretamente, comunidades localizadas no CIPS, a maioria formada de populações tradicionais de pescadores e agricultores que vivem em constante ameaça de perda da terra e da identidade cultural. Diante dessa conjuntura, este estudo teve como objetivo analisar os conflitos socioambientais no espaço do CIPS, identificando os atores envolvidos e as formas de participação social nesses conflitos. Parte do pressuposto de que o uso e apropriação privada da terra e dos recursos naturais interferem nas condições de trabalho e na qualidade de vida de comunidades nativas que desenvolvem relações metabólicas com a natureza, provocando restrições de direitos e o aparecimento de conflitos socioambientais. O estudo caracterizou o CIPS nos aspectos geográfico, histórico e sócio-econômico; mapeou os conflitos socioambientais existentes com identificação dos atores envolvidos; e identificou as formas de participação social nos conflitos socioambientais existentes. A metodologia da pesquisa, dentro de um enfoque dialético, se estruturou na Triangulação de Métodos (MINAYO, 1994) estabelecendo abordagens qualitativas com enfoque interdisciplinar na análise e discussão dos resultados. O estudo, de um modo geral, evidenciou que a produção social do espaço possui profundos rebatimentos nos conflitos socioambientais. Demonstrou também, que a compreensão da geograficidade dos conflitos socioambientais é importante no estudo desses conflitos, por ser o espaço geográfico um elemento significativo nas relações conflituosas de apropriação da natureza que caracterizam o conflito socioambiental. Os conflitos socioambientais identificados demonstraram a existência de políticas socioambientais que atendem à classe capitalista e aos ambientalistas conservacionistas , sem atender aos grupos sociais que mantinham relações metabólicas com a natureza, mas que por conta do desenvolvimento industrial-portuário, foram expropriados e tiveram seu modo de vida degradado de forma irreversível. O estudo também apresenta os processos de participação social nos conflitos socioambientais manifestos, demonstrando que os expropriados e excluídos das políticas socioambientais vigentes, criaram seus espaços diferenciais mediante organização de movimentos sociais, manifestando seus desacordos, suas dificuldades, suas revoltas e suas reivindicações. Destaca-se colocando, também, como os atores envolvidos apresentam-se como portadores de projetos políticos alternativos de interação com o meio ambiente, onde a produção social do espaço não venha a servir como meios instrumentais de preservação do poder político
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O trabalho desenvolveu-se com base no conceito de Acselrad (1995) sobre conflito socioambiental. Entende-se o conflito socioambiental como sendo um conflito social em torno do modo de apropriação e uso dos elementos da natureza envolvendo relações de poder onde os sujeitos envolvidos constroem uma dimensão ambiental para suas lutas. O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS) em Pernambuco, como referencial empírico, é um exemplo relevante desta temática que surge na história do país entre as mais claras evidências da abordagem que considera o meio ambiente como simples externalidade do cálculo econômico. A partir desse tema foi possível demonstrar a influência dos valores econômicos sobre os conflitos socioambientais em torno do uso e apropriação dos recursos naturais. Essa dinâmica tem afetado, diretamente, comunidades localizadas no CIPS, a maioria formada de populações tradicionais de pescadores e agricultores que vivem em constante ameaça de perda da terra e da identidade cultural. Diante dessa conjuntura, este estudo teve como objetivo analisar os conflitos socioambientais no espaço do CIPS, identificando os atores envolvidos e as formas de participação social nesses conflitos. Parte do pressuposto de que o uso e apropriação privada da terra e dos recursos naturais interferem nas condições de trabalho e na qualidade de vida de comunidades nativas que desenvolvem relações metabólicas com a natureza, provocando restrições de direitos e o aparecimento de conflitos socioambientais. O estudo caracterizou o CIPS nos aspectos geográfico, histórico e sócio-econômico; mapeou os conflitos socioambientais existentes com identificação dos atores envolvidos; e identificou as formas de participação social nos conflitos socioambientais existentes. A metodologia da pesquisa, dentro de um enfoque dialético, se estruturou na Triangulação de Métodos (MINAYO, 1994) estabelecendo abordagens qualitativas com enfoque interdisciplinar na análise e discussão dos resultados. O estudo, de um modo geral, evidenciou que a produção social do espaço possui profundos rebatimentos nos conflitos socioambientais. Demonstrou também, que a compreensão da geograficidade dos conflitos socioambientais é importante no estudo desses conflitos, por ser o espaço geográfico um elemento significativo nas relações conflituosas de apropriação da natureza que caracterizam o conflito socioambiental. Os conflitos socioambientais identificados demonstraram a existência de políticas socioambientais que atendem à classe capitalista e aos ambientalistas conservacionistas , sem atender aos grupos sociais que mantinham relações metabólicas com a natureza, mas que por conta do desenvolvimento industrial-portuário, foram expropriados e tiveram seu modo de vida degradado de forma irreversível. O estudo também apresenta os processos de participação social nos conflitos socioambientais manifestos, demonstrando que os expropriados e excluídos das políticas socioambientais vigentes, criaram seus espaços diferenciais mediante organização de movimentos sociais, manifestando seus desacordos, suas dificuldades, suas revoltas e suas reivindicações. Destaca-se colocando, também, como os atores envolvidos apresentam-se como portadores de projetos políticos alternativos de interação com o meio ambiente, onde a produção social do espaço não venha a servir como meios instrumentais de preservação do poder políticoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessConflito socioambientalParticipação socialProdução do EspaçoConflitos socioambientais e participação social no Complexo Industrial Portuário de Suape, Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo801_1.pdf.jpgarquivo801_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1219https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3321/4/arquivo801_1.pdf.jpgfca24d4bc0f86ba0b7a83db35a865fa3MD54ORIGINALarquivo801_1.pdfapplication/pdf3680766https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3321/1/arquivo801_1.pdfa374f37694b21e2c1a153427ebc7bde6MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3321/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo801_1.pdf.txtarquivo801_1.pdf.txtExtracted texttext/plain215744https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3321/3/arquivo801_1.pdf.txt6788beb5b48d651809bf69a7ccd85cc4MD53123456789/33212019-10-25 13:47:17.264oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3321Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T16:47:17Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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