Diabetes tipo 2 em idosos sedentários: aspectos emocionais, funcionais e metabólicos
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12691 |
Resumo: | Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) em idosos vem sendo associado à presença de transtornos emocionais, alterações no estado nutricional, redução da capacidade funcional e aumento dos riscos cardiovasculares e metabólicos. Concomitantemente, a presença desses fatores e do comportamento sedentário favorece a redução do desempenho cardiorrespiratório, interferindo na independência desse idoso ao realizar suas atividades cotidianas. Deve-se salientar que, embora a atividade física regular venha sendo um dos principais eixos do programa de tratamento não farmacológico do DM2, qualquer tipo de exercício não deve ser iniciado antes de uma avaliação criteriosa do estado geral desse idoso, principalmente na presença de outra doença crônica, comumente associada ao diabetes, a hipertensão arterial sistêmica. Como parte dessa avaliação, incluem-se o estado nutricional e emocional, os exames laboratoriais, a expressão dos índices de avaliação funcional e o teste ergoespirométrico para avaliação do desempenho cardiorrespiratório. OBJETIVOS: Para designar as relações entre DM2 em idosos e sedentarismo quanto aos aspectos emocionais, funcionais e metabólicos, foram conduzidos três estudos: (I) Estudo transversal, com o objetivo de analisar a interação de declínio funcional, dislipidemia e redução da atividade física como preditora de sintomas depressivos em 85 idosos diabéticos; (II) Estudo transversal, para descrever a influência do DM2 no desempenho cardiorrespiratório de hipertensos e diabéticos, realizado em 40 idosos sedentários e (III) Ensaio paralelo, para comparar os efeitos da execução do teste ergoespirométrico sobre as variáveis lipídicas de indivíduos sedentários com hipertensão arterial e com hipertensão arterial associada ao diabetes mellitus tipo 2 em 20 idosos hipertensos e 20 hipertensos e diabéticos. MÉTODOS: Foram avaliados sujeitos de ambos os gêneros, com idade igual ou superior a 60 anos. Para todos os estudos, foram realizadas avaliações do estado nutricional (Índice de Massa Corporal), pressão arterial sistólica e diastólica (PAD e PAS), autonomia funcional (Índice de Lawton e Brody), nível de atividade física (International Physical Activity Questionnaire) e determinações bioquímicas (Glicose, Triglicerídeos, Colesterol total e suas frações, colesterol de baixa densidade_LDL-C, de muito baixa densidade_VLDL-C e alta densidade_HDL-C). Apenas para o estudo (I), foram avaliados os sintomas depressivos (Yesavage Geriatric Depression Scale) e o desempenho cardiorrespiratório (variáveis do teste ergoespirométrico: consumo de oxigênio de pico_VO2pico, tempo para atingir o VO2pico, produção de gás carbônico_VCO2 e equivalente ventilatório do gás carbônico_VE/VCO2) fez parte da avaliação nos estudos (II) e (III). A análise dos dados foi processada utilizando-se o aplicativo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 15.0. Todos os testes foram aplicados com 95% de confiança. Em todos os estudos, foi utilizado o Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Para associações intergrupos, aplicou-se o Teste Mann-Whitney e intragrupos, o Teste Wilcoxon. Os estudos das correlações foram conduzidos pelo teste não paramétrico de Spearman assim como as Regressões Lineares Múltiplas, com análise de variância, foram realizadas para testar preditores de determinados desfechos. RESULTADOS: De acordo com os estudos conduzidos, os principais resultados foram: os sintomas depressivos foram correlacionados significativamente com o declínio funcional, a dislipidemia e a redução da atividade física, os quais foram preditores dos sintomas depressivos (estudo I); o DM2, quando associado à hipertensão e ao sedentarismo, produziu menor eficiência cardiorrespiratória que teve como principal preditora a pressão arterial diastólica (PAD) (estudo II), e idosos hipertensos e diabéticos apresentaram pior desempenho cardiorrespiratório, ocorrendo uma relação linear do tempo para atingir o VO2pico com os níveis de LDL-C, assim como a relação entre VE/VCO2 com as concentrações plasmáticas de TG e as frações de colesterol, VLDL-C e HDL-C (estudo III). CONCLUSÕES: Diante dos principais achados, foram elaborados três artigos que permitem concluir que a associação de declínio funcional, dislipidemia e redução da atividade física favorece a presença de sintomas depressivos nos idosos diabéticos. Mas, dentre todos os fatores estudados, os mais altos níveis de PAD e LDL-C assim como os mais baixos de HDL-C demonstraram ser preditores do pior desempenho cardiorrespiratório em idosos diabéticos e hipertensos, fortalecendo, ainda mais, a continuidade no sedentarismo. Novas estratégias para incentivar a prática da atividade física regular, a partir de intensidades leve e moderada, podem prevenir o surgimento dos sintomas depressivos, retardar a progressão do declínio funcional, controlar a dislipidemia e melhorar a capacidade cardiorrespiratória dessa população. |
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Deve-se salientar que, embora a atividade física regular venha sendo um dos principais eixos do programa de tratamento não farmacológico do DM2, qualquer tipo de exercício não deve ser iniciado antes de uma avaliação criteriosa do estado geral desse idoso, principalmente na presença de outra doença crônica, comumente associada ao diabetes, a hipertensão arterial sistêmica. Como parte dessa avaliação, incluem-se o estado nutricional e emocional, os exames laboratoriais, a expressão dos índices de avaliação funcional e o teste ergoespirométrico para avaliação do desempenho cardiorrespiratório. OBJETIVOS: Para designar as relações entre DM2 em idosos e sedentarismo quanto aos aspectos emocionais, funcionais e metabólicos, foram conduzidos três estudos: (I) Estudo transversal, com o objetivo de analisar a interação de declínio funcional, dislipidemia e redução da atividade física como preditora de sintomas depressivos em 85 idosos diabéticos; (II) Estudo transversal, para descrever a influência do DM2 no desempenho cardiorrespiratório de hipertensos e diabéticos, realizado em 40 idosos sedentários e (III) Ensaio paralelo, para comparar os efeitos da execução do teste ergoespirométrico sobre as variáveis lipídicas de indivíduos sedentários com hipertensão arterial e com hipertensão arterial associada ao diabetes mellitus tipo 2 em 20 idosos hipertensos e 20 hipertensos e diabéticos. MÉTODOS: Foram avaliados sujeitos de ambos os gêneros, com idade igual ou superior a 60 anos. Para todos os estudos, foram realizadas avaliações do estado nutricional (Índice de Massa Corporal), pressão arterial sistólica e diastólica (PAD e PAS), autonomia funcional (Índice de Lawton e Brody), nível de atividade física (International Physical Activity Questionnaire) e determinações bioquímicas (Glicose, Triglicerídeos, Colesterol total e suas frações, colesterol de baixa densidade_LDL-C, de muito baixa densidade_VLDL-C e alta densidade_HDL-C). Apenas para o estudo (I), foram avaliados os sintomas depressivos (Yesavage Geriatric Depression Scale) e o desempenho cardiorrespiratório (variáveis do teste ergoespirométrico: consumo de oxigênio de pico_VO2pico, tempo para atingir o VO2pico, produção de gás carbônico_VCO2 e equivalente ventilatório do gás carbônico_VE/VCO2) fez parte da avaliação nos estudos (II) e (III). A análise dos dados foi processada utilizando-se o aplicativo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 15.0. 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RESULTADOS: De acordo com os estudos conduzidos, os principais resultados foram: os sintomas depressivos foram correlacionados significativamente com o declínio funcional, a dislipidemia e a redução da atividade física, os quais foram preditores dos sintomas depressivos (estudo I); o DM2, quando associado à hipertensão e ao sedentarismo, produziu menor eficiência cardiorrespiratória que teve como principal preditora a pressão arterial diastólica (PAD) (estudo II), e idosos hipertensos e diabéticos apresentaram pior desempenho cardiorrespiratório, ocorrendo uma relação linear do tempo para atingir o VO2pico com os níveis de LDL-C, assim como a relação entre VE/VCO2 com as concentrações plasmáticas de TG e as frações de colesterol, VLDL-C e HDL-C (estudo III). CONCLUSÕES: Diante dos principais achados, foram elaborados três artigos que permitem concluir que a associação de declínio funcional, dislipidemia e redução da atividade física favorece a presença de sintomas depressivos nos idosos diabéticos. Mas, dentre todos os fatores estudados, os mais altos níveis de PAD e LDL-C assim como os mais baixos de HDL-C demonstraram ser preditores do pior desempenho cardiorrespiratório em idosos diabéticos e hipertensos, fortalecendo, ainda mais, a continuidade no sedentarismo. Novas estratégias para incentivar a prática da atividade física regular, a partir de intensidades leve e moderada, podem prevenir o surgimento dos sintomas depressivos, retardar a progressão do declínio funcional, controlar a dislipidemia e melhorar a capacidade cardiorrespiratória dessa população.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDiabetes Mellitus tipo 2HipertensãoIdosoSintomas DepressivosDislipidemiasCondicionamento FísicoEstilo de Vida SedentárioDiabetes tipo 2 em idosos sedentários: aspectos emocionais, funcionais e metabólicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE_Etiene Oliveira da Silva Fittipaldi.pdf.jpgTESE_Etiene Oliveira da Silva Fittipaldi.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1293https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12691/5/TESE_Etiene%20Oliveira%20da%20Silva%20Fittipaldi.pdf.jpg6b7333fd9b0a50accc534baa418841fbMD55ORIGINALTESE_Etiene Oliveira da Silva Fittipaldi.pdfTESE_Etiene Oliveira da Silva Fittipaldi.pdfapplication/pdf1915350https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12691/1/TESE_Etiene%20Oliveira%20da%20Silva%20Fittipaldi.pdf8ad4dcb5c9dc25065bba5f76fdfe0be3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) em idosos vem sendo associado à presença de transtornos emocionais, alterações no estado nutricional, redução da capacidade funcional e aumento dos riscos cardiovasculares e metabólicos. Concomitantemente, a presença desses fatores e do comportamento sedentário favorece a redução do desempenho cardiorrespiratório, interferindo na independência desse idoso ao realizar suas atividades cotidianas. Deve-se salientar que, embora a atividade física regular venha sendo um dos principais eixos do programa de tratamento não farmacológico do DM2, qualquer tipo de exercício não deve ser iniciado antes de uma avaliação criteriosa do estado geral desse idoso, principalmente na presença de outra doença crônica, comumente associada ao diabetes, a hipertensão arterial sistêmica. Como parte dessa avaliação, incluem-se o estado nutricional e emocional, os exames laboratoriais, a expressão dos índices de avaliação funcional e o teste ergoespirométrico para avaliação do desempenho cardiorrespiratório. OBJETIVOS: Para designar as relações entre DM2 em idosos e sedentarismo quanto aos aspectos emocionais, funcionais e metabólicos, foram conduzidos três estudos: (I) Estudo transversal, com o objetivo de analisar a interação de declínio funcional, dislipidemia e redução da atividade física como preditora de sintomas depressivos em 85 idosos diabéticos; (II) Estudo transversal, para descrever a influência do DM2 no desempenho cardiorrespiratório de hipertensos e diabéticos, realizado em 40 idosos sedentários e (III) Ensaio paralelo, para comparar os efeitos da execução do teste ergoespirométrico sobre as variáveis lipídicas de indivíduos sedentários com hipertensão arterial e com hipertensão arterial associada ao diabetes mellitus tipo 2 em 20 idosos hipertensos e 20 hipertensos e diabéticos. MÉTODOS: Foram avaliados sujeitos de ambos os gêneros, com idade igual ou superior a 60 anos. Para todos os estudos, foram realizadas avaliações do estado nutricional (Índice de Massa Corporal), pressão arterial sistólica e diastólica (PAD e PAS), autonomia funcional (Índice de Lawton e Brody), nível de atividade física (International Physical Activity Questionnaire) e determinações bioquímicas (Glicose, Triglicerídeos, Colesterol total e suas frações, colesterol de baixa densidade_LDL-C, de muito baixa densidade_VLDL-C e alta densidade_HDL-C). Apenas para o estudo (I), foram avaliados os sintomas depressivos (Yesavage Geriatric Depression Scale) e o desempenho cardiorrespiratório (variáveis do teste ergoespirométrico: consumo de oxigênio de pico_VO2pico, tempo para atingir o VO2pico, produção de gás carbônico_VCO2 e equivalente ventilatório do gás carbônico_VE/VCO2) fez parte da avaliação nos estudos (II) e (III). A análise dos dados foi processada utilizando-se o aplicativo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 15.0. Todos os testes foram aplicados com 95% de confiança. Em todos os estudos, foi utilizado o Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Para associações intergrupos, aplicou-se o Teste Mann-Whitney e intragrupos, o Teste Wilcoxon. Os estudos das correlações foram conduzidos pelo teste não paramétrico de Spearman assim como as Regressões Lineares Múltiplas, com análise de variância, foram realizadas para testar preditores de determinados desfechos. RESULTADOS: De acordo com os estudos conduzidos, os principais resultados foram: os sintomas depressivos foram correlacionados significativamente com o declínio funcional, a dislipidemia e a redução da atividade física, os quais foram preditores dos sintomas depressivos (estudo I); o DM2, quando associado à hipertensão e ao sedentarismo, produziu menor eficiência cardiorrespiratória que teve como principal preditora a pressão arterial diastólica (PAD) (estudo II), e idosos hipertensos e diabéticos apresentaram pior desempenho cardiorrespiratório, ocorrendo uma relação linear do tempo para atingir o VO2pico com os níveis de LDL-C, assim como a relação entre VE/VCO2 com as concentrações plasmáticas de TG e as frações de colesterol, VLDL-C e HDL-C (estudo III). CONCLUSÕES: Diante dos principais achados, foram elaborados três artigos que permitem concluir que a associação de declínio funcional, dislipidemia e redução da atividade física favorece a presença de sintomas depressivos nos idosos diabéticos. Mas, dentre todos os fatores estudados, os mais altos níveis de PAD e LDL-C assim como os mais baixos de HDL-C demonstraram ser preditores do pior desempenho cardiorrespiratório em idosos diabéticos e hipertensos, fortalecendo, ainda mais, a continuidade no sedentarismo. Novas estratégias para incentivar a prática da atividade física regular, a partir de intensidades leve e moderada, podem prevenir o surgimento dos sintomas depressivos, retardar a progressão do declínio funcional, controlar a dislipidemia e melhorar a capacidade cardiorrespiratória dessa população. |
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